segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Campanhas eleitorais...

Na Figueira, em período pré- eleitoral, existem duas espécies de promessas eleitorais:  as disfarçadas...  E as ostensivas...
A escolha é vossa.

A Figueira é uma Aldeia de humoristas...

A Figueira é um grande show de humor. O problema é que às vezes não entendo a piada...
Luís Pena, hoje no facebook:
"Começar o dia a rir é um bom começo...sobretudo depois de ler as Beiras de hoje. Para os meus amigos quero fazer-vos um convite: riam-se! Apenas vos posso dizer que gosto muito da Figueira da Foz, que tem sido muito maltratada ao longo dos últimos 40 anos e que, de facto, merecia mais cuidado e outro tipo de desenvolvimento. Os que me conhecem, sabem que sempre defendi o espaço público e ajudei a impedir verdadeiros atentados urbanísticos, mesmo afrontando o partido de que fiz parte. Teria sido mais confortável para mim ter calado e consentido...Não está no meu genes essa postura. Daí até querer ser candidato à Câmara vai uma grande distância...O jornalismo sério devia ouvir os visados antes de colocar o seu nome nas páginas dos jornais..."
Só posso testemunhar o seguinte. Troco ideias sobre a Figueira com o  Luís Pena desde 1993. E acrescento mais: pelo que conheço da sua postura, da sua honradez e do seu carácter, que pena que eu tenho que ele não seja candidato. Seria o meu candidato.
Conhecem a piada do fotógrafo, que é o que nunca fica na fotografia?
Ah, pois não: também ainda não foi revelada!
Começo a perceber o porquê destes dias estivais em pleno inverno: servem para contrastar com o frio da política figueirense...

O PS/Figueira na morte de Mário Soares

"Mário Soares partiu!
Foi com ele que muitos de nós apreendemos o significado da Democracia e Liberdade!
A sua ligação a Figueira da Foz era profunda e genuína!
Aqui passou férias enquanto adolescente atacado pela asma e com seu pai desterrado nos Açores!
Aqui, junto ao actual Teimoso, reuniu em 1949 com Álvaro Cunhal como nos confidenciou um dia ao almoço íntimo em Buarcos!
Aqui realizou alguns dos maiores comícios do PS!
Aqui realizou um sonho de gerações de figueirenses ao adjudicar a Ponte sobre o Mondego e as obras de regularização do mesmo rio!
Aqui veio inaugurar a primeira Fimar e aqui chegou na noite dos acontecimentos trágicos da Marinha Grande!
Aqui voltou na sua última campanha presidencial, no seu apoio a candidatos autárquicos e para receber a justíssima homenagem da Medalha de Ouro da cidade!
Tive a honra e o privilégio de o ter como amigo e de o ter acompanhado de perto em múltiplas eleições legislativas, presidenciais e em Viagens de Estado!
Hoje, como muitos Figueirenses, fui à sede concelhia do partido que fundou para assinar o livro de condolências!
Lamentavelmente estava fechado como se nada se tivesse passado, para além dum comunicado de circunstância!
Mas Soares é superior a tudo isso!
Viverá na nossa memória individual e coletiva como o Homem mais livre e mais jovem que conheci!
Obrigado Mário Soares!
Viva Mário Soares!!"
Carlos Beja, candidato pelo PS, em 1997, ao cargo de presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Finalmente, percebi o porquê destes dias estivais em pleno inverno: servem para contrastar com o inverno da política figueirense...

Agradecimento

Pelos vistos, as notícias sobre a anunciada morte dos blogues eram francamente exageradas. 
Este espaço, ano após ano, atinge novo pico de visualizações.
Em 2016, mais uma vez, assim aconteceu.
Em 2006, começou com algumas centenas  por mês. 
No ano passado, nos mesmos 30 dias, teve uma média de 66 mil. 
Neste momento, no décimo ano de vida, está a poucos milhares de atingir os 2 milhões de visualizações.
Obrigado a todos os leitores deste espaço.
Continuem a utilizar.... 
E à borla, pois claro! 
Isto sim, é verdadeiro serviço público!

Portugal: pode não haver pão, mas houve sempre muito circo...

..."os portugueses afinal não são moinantes."

Surfar à noite no Cabedelo? Dizem que vai ser possível... (II)

Beiras, edição de sábado, dia 7 de janeiro de 2017

domingo, 8 de janeiro de 2017

Aldina Duarte

Cá está uma fadista que transmite sentimentos e emoções quando canta.
Levou muito tempo até se decidir a soltar a voz...

Vivamos a vida

foto sacada daqui
Mais um dia. 
Mais um dia em que, como todos os dias, podem surgir problemas. 
Eles, os problemas,  fazem parte das nossas vidas... 
Mas, eles, os problemas, não podem ser as nossas vidas! 
Cada um de nós, tem uma uma vida que deve ser vivida com entusiasmo e alegria. 
O resto, depois de resolvidos os problemas, resolve-se...
Por de trás da pequena montra que cada um de nós deixa passar para o exterior, existe a nossa vida - que pode ser simples, mas bela, imensa e fantástica... 
A vida de cada um de nós, é sempre única - por isso, preciosa. 
Hoje, como todos os dias, é mais um dia de festejar a vida, que pode ser, simplesmente, um encontro e o calor bom que ele traz, um sorriso, uma conversa, um passeio, ou uma boa recordação!
Todas as vidas têm momentos de tensão.
Todas as vidas têm momentos complicados. Uns, inevitáveis. Outros, criadas por nós próprios. 
É difícil viver, em permanência, de forma despreocupada. Mas, nunca podemos desistir de o tentar fazer.
Afinal, qual o sentido da vida? 
Para vocês, não tenho resposta.
Para mim, encontrei há muitos anos a resposta: o sentido da (minha) vida, é viver a minha vida!

Árvores sem ramos

Avenida 12 de julho, Gala, foto antónio agostinho
«Neste inverno de 2017, tal como em 1997, várias árvores colapsaram depois das “rolagens e podas camarárias”. O pinheiro manso, com mais de 50 anos, junto ao campo de basquetebol das “Traseiras” foi destruído. As Juntas de Freguesia continuam a “podar” as árvores “a torto e a direito”. Há anos que me questiono sobre os motivos que levam os serviços da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia a olhar para as árvores somente como fonte de problemas: folhas que caem, raízes que crescem, ramos que incomodam “vizinhos”, etc. Surpreende a ausência de estratégia para a conservação das árvores com história e estética. Presidente, vereadores e técnicos, parecem indiferentes. Mitigação das alterações climáticas? Ambiente? Plantio e manutenção de novas cortinas arbóreas? Manter o pouco que resta dos pinheiros mansos? Mobilizar a sociedade para a valorização das espécies que caracterizam esta zona do Atlântico? – “Não estamos nem aí”, como se diz no Brasil. Nos últimos dias do ano, uma brigada da Junta de Freguesia de Buarcos resolveu “higienizar” uma zona verde. O resultado foi o corte de toda a vegetação, incluindo duas aprazíveis figueiras que desapareceram num ápice. São precisos poucos minutos para destruir o que levou anos e anos a “construir” (crescer). Em matéria de árvores e “ambiente” regredimos, mantendo-se as mesmas rotinas, as podas e rolagens sem sentido, e uma falsa “higienização” que nos desenraíza.»

Um crónica de João Vaz, consultor de ambiente

sábado, 7 de janeiro de 2017

Morreu Mário Soares, antigo primeiro-ministro e chefe de Estado

Estava internado desde terça-feira, 13 de Dezembro, no Hospital da Cruz Vermelha, onde entrou em situação crítica, depois de uma indisposição. 
Passou dez dias nos cuidados intensivos, para onde regressou na véspera de Natal, depois de um súbito agravamento do estado de saúde e onde esteve até este sábado. Tinha 92 anos.

Prendas...

Recebi algumas nos últimos dias...
Esta, era a que esperava receber de quem gosta de me "morder" em vários lados, nomeadamente nos calcanhares.
Fica a sugestão, para o ano que vem, do modelo que saquei do facebook do professor...
Esta, foi-me oferecida pela Família. 
Mais do que a prenda, que me vai fazer muito jeito, vale os sorrisos que a acompanharam...
Obrigado Família.

Que sorte têm os gajos dos esquemas, por viverem em Portugal!..

MP investiga gastos de milhares de euros na Metro Mondego em hotéis, vinho e striptease.
"PJ concluiu investigação num inquérito em que seis ex-administradores são arguidos por administração danosa, peculato e participação económica em negócio. Cartões de crédito da empresa pública pagaram despesas pessoais e responsáveis duplicaram estudos e custos."

Realidades

"A realidade pode sempre imaginar-se. O nosso espírito é mestre em fazer composições, em particularizar para concretizar, adjetivando, para deduzir.
Braque, um pintor cubista companheiro de Picasso, dizia: “Amo a regra que corrige a emoção”. E Juan Griss, artista elogiado por Apollinaire e Gertrude Stein, retorquia: “Amo a emoção que corrige a regra”. Em que ficamos? Na emoção, na regra?
Muitos se emocionaram, com as mortes de Fidel de Castro, Leonard Cohen, David Bowie. Lamentaram o encerramento da Cornucópia, alegraram-se com a doação à Biblioteca Nacional do espólio de José Saramago.
Mas o ordenado mínimo não atingiu os 600 euros/mês, a dívida do país continua a aumentar, os juros pagos por todos nós ultrapassam o Produto Interno Bruto, o governo diz que, até haver eleições na Alemanha, não se fala em renegociar a famigerada dívida.
Não há espírito que possa reformular estas questões, melhor, que as esqueça, que as consiga colorir de rosa. Embora, e felizmente, estejamos muito menos no purgatório dos cortes, no “stress” permanente, e tenha crescido o número de optimistas.
Na Figueira ouvimos os The Gift, Dillaz e Dengaz, mas cerca de 100 crianças e adolescentes receberam prendas de Natal."
Uma crónica de António Menano, escritor.

Surfar à noite no Cabedelo? Dizem que vai ser possível...

Recuemos ao ano de 1996. No Cabedelo decorria o primeiro evento do World Championsip Tour a disputar-se no nosso país, o Coca Cola Figueira, 12ª etapa dessa época, disputada entre 1 e 8 de outubro. 
Um dos momentos mais marcantes na história do surf nacional estava agendado para as ondas do Cabedelo, na Figueira da Foz. 
Kelly Slater já somava na altura três títulos mundiais, e chegava a Portugal com o «tetra» na mira - que igualaria o recorde do australiano Mark Richards.
Na luta pelo título dessa época estava também Shane Beschen e a matemática para a etapa portuguesa era simples: para Kelly bastava que Shane não conseguisse chegar à final e sagrar-se-ia campeão do mundo. O seu rival na altura acabou por facilitar a tarefa, ao não comparecer na etapa portuguesa. Slater era, antes sequer de competir, campeão do mundo pela quarta vez.
João Ataíde (presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz),
Eurico Gonçalves (SOS Cabedelo) e Pedro Machado (Turismo do Centro)

Pois é neste local mítico, para quem gosta de desportos com ondas, que a Câmara da Figueira da Foz, em janeiro de 2017,  afirma que vai avançar com um projecto de requalificação da praia do Cabedelo, que inclui a iluminação permanente do mar, criando condições para a prática nocturna de surf.
A iluminação permanente do mar junto à praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, é um projecto pioneiro a nível europeu, que a autarquia local quer concretizar no âmbito dos investimentos previstos para se iniciarem em 2017, naquela zona a sul do rio Mondego e que merece o apoio, quer da comunidade surfista (que o promoveu), quer do presidente da entidade regional de Turismo do Centro.
“É nosso objectivo que este local seja uma estância para a prática dos desportos de ondas”, refere o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, avançando que a empreitada de requalificação vai decorrer ao abrigo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PEDUS), contratualizado no âmbito do Pacto Regional.
A iluminação do mar, nesta praia da margem sul do concelho da Figueira da Foz, é uma aspiração antiga do movimento cívico SOS Cabedelo, que apresentou uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo (OP) de 2017.
O projecto acabou por não conseguir os votos suficientes para ser contemplado com uma fatia do OP, apesar de ter recebido o apoio incondicional da comunidade de surfistas do concelho, mas mereceu o reconhecimento do executivo municipal, que decidiu incluí-lo na empreitada mais alargada de requalificação do Cabedelo.
“Por solicitação do SOS Cabedelo serão enquadrados neste projecto os equipamentos de iluminação necessários à prática do surf nocturno”, esclarece João Ataíde.
A decisão da autarquia já foi saudada por João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, que destaca “o carácter pioneiro da iluminação do Cabedelo no contexto nacional”.
Segundo fonte da autarquia figueirense, a empreitada arrancará “o mais cedo possível”, surgindo como um claro sinal de apoio à comunidade surfista e aos desportos de mar.
“Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconhece o escritor e surfista Gonçalo Cadilhe.
Primeiro subscritor da candidatura do SOS Cabedelo ao Orçamento Participativo de 2017, Gonçalo Cadilhe destaca que “são poucas as praias do planeta onde tal já é possível”, acrescentando que “a Figueira marcará pontos a nível de notoriedade com esta decisão”.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

E os cavalos espantaram-se...

Esta é uma crónica de ficção. Na Figueira, porém, a diferença entre a verdade e a ficção, é que a ficção, por vezes,  faz mais sentido. Portanto, a semelhança entre os cavalos da foto sacada daqui e os cavalos na crónica ficcionada que se espantaram, só poderá ser mera coincidência.
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Em tempos que já lá vão, à noite, próximo da Praça Nova, 3 ovelhas pastavam junto a um estábulo. 
E uma disse: 
- Méeeeee. 
E outra respondeu: 
- Méeeeeee. 
E a terceira anuiu: 
- Méeeee... que rica noite que hoje está! 
Ao longe,  avistaram os séquitos de Belchior, Gaspar e Baltazar, acompanhados de pajens, pastores e respectivos animais.
No cortejo, vinha um burro que se acercou do estábulo onde se encontravam. 
Uma vaca que também por ali andava. Ao ver o burro perguntou-lhe: 
- Muuuuuu... quem és tu? 
- Sou um burro... por andar com este tempo na rua. 
- Então chega-te aqui e partilha da minha palha... - convidou-o a vaca.
Passados uns minutos, a vaca virou-se para o burro e disse: 
- Não olhes agora, mas caiu um miúdo na nossa manjedoura, mesmo em cima da palha! 
Ao que o burro respondeu: 
- Foi?..
Foi então que se aperceberam que o miúdo, procurava o calor dos seus bafos. Começaram então a respirar sobre ele. 
- É pena, não haver palha de mentol - disse a vaca. Que acrescentou -  hoje, estou com mau hálito
As ovelhas, continuavam espantadas com o miúdo deitado na palha. 
Uma das ovelhas ao verificar que o miúdo tinha frio disse: 
- É pena ele não pegar na lã de uma de nós para fazer uma camisola... 
- És burra... ele não faz milagres! - disse uma das outras. 
- Deixa-o crescer e tu vais ver! Vai ser uns atrás dos outros! - retorquiu a primeira. 
Foi nessa altura que se aproximaram os cavalos, sobre os quais vinham 3 reis. 
- Estamos a mil e poucos metros do comboio... Mas quiseram vir de cavalo... E os cavalos somos nós - disse um dos cavalos entre dentes... 
O cavalo do lado, também entre dentes, queixou-se: 
- Já não posso das minhas costas...
- Raios partam isto! - disse o terceiro dos cavalos. 
E, de repente, ouviu-se o barulho de uma fanfarra e os cavalos começaram a ficar nervosos.
Acabaram por se espantar...

Presumo que terá sido por isto que apareceu a ideia de plástico do jardim Natal...
Na Figueira, Presidente da Câmara que se preze, tem de acreditar no Pai Natal. 

Escuro...

"O plano de Ação e Orçamento para 2017 da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra inclui, entre as suas prioridades, iniciativas direcionadas à eficiência energética.
Entre essas iniciativas estão a implementação de soluções eficientes para a iluminação de edifícios históricos e a redução do consumo energético de edifícios públicos. Estas medidas são bem-vindas, constituem uma diminuição de gastos públicos a curto e a médio prazo, apenas pecam por tardias.
Apesar de a iluminação mais económica baseada na tecnologia LED (Light Emitting Diode) se estar a generalizar, substituindo a iluminação baseada em lâmpadas incandescentes e fluorescentes, ainda há pouca sensibilidade para a opção pelo escuro quando a luz não é necessária ou é prejudicial.
Hoje em dia já existem sensores de movimento a preços razoáveis para espaços públicos que ativam a iluminação local quando se aproxima uma pessoa ou um veículo.
Estes sistemas permitem desligar a luz durante as horas de menor circulação e acender apenas quando necessário. Existem também sistemas de iluminação de baixa intensidade adequados a limitar a perturbação da vida animal de jardins, de parques e de espaços naturais.
O excesso de luz tem uma influência direta na estabilidade do comportamento de aves e consequências diretas e indiretas no surgimento de pragas de insetos. Quem gosta de astronomia também agradece a escuridão."
"O direito ao escuro", uma crónica de Rui Curado da Silva.

Nota de rodapé.
Sempre que recebo uma factura da EDP, fico com saudades da meninice - de quando não tinha medo do escuro
Agora, quando recebo o mail com a facturinha da chinesa EDP, fico é com suores frios e medo da luz!

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