quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A sombra proporcionada pela arte do podador é um bem inestimável!

Uma boa poda pode conseguir com que uma árvore cresça e se alargue na copa! 
Tudo tem a sua ciência. 
O saber, também neste caso, é necessário.
A recompensa, poderá ser a sombra proporcionada pela arte do podador, e é um bem inestimável!
Na Figueira, não sei se existe um plano de podas na  zona urbana da cidade.
Com ou sem plano, porém, a poda vai de vento em popa, com a multiplicação do corte de árvores, ficando os "cepos" no passeio...
Este caso é na Rua da Fonte.
O que tem a dizer a vereadora do PDM?
A poda, por hoje, está feita. Amanhã é um outro dia.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Como fazer um Durão chorar?..

Na Figueira, quanto a mim, é tão fácil como isto.
Tem duas maneiras.
A saber:
1. eleja-o presidente de câmara!..
2. obrigue-o a descascar uma cebola!

Há que alienar a Figueira Parques, antes que seja tarde, mas com regras claras, não vão os figueirenses pensar que é uma negociata, que é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados ...

foto sacada daqui
"População da Figueira da Foz recuará a número de 1950"!..
Esta é uma realidade conhecida.
Já em Março do ano passado, no decorrer da conferência “O futuro da Figueira da Foz – os negócios e o território”, o vereador António Tavares revelou que o concelho deverá perder 14 por cento da sua população até ao ano de 2030.
Em termos práticos, são 8.529 habitantes a menos do que actualmente tem o concelho figueirense.

Pelos vistos, o número de nascimentos, a diminuir, e o de óbitos, a aumentar, preocupa seriamente os responsáveis autárquicos figueirenses.
Eu, se fosse presidente ou vereador numa cidade que tivesse o melhor negócio do mundo a ser explorado pela própria câmara – o estacionamento pago na baixa e no parque do hospital – também estaria preocupado e a pensar tomar medidas...
Com a diminuição de população prevista para os próximos anos, qualquer dia já se consegue facilmente estacionar na baixa, sem se recorrer aos locais pagos, e o parque de estacionamento que serve a praia do hospital vai dar, mesmo no verão, para todos...
Portanto: estudem lá o assunto. Encontrem a solução. Mas, não esqueçam, que o que está em causa é o interesse público.

Política figueirense: a silly season fora da época... (VII)

Para ver melhor, clicara na imagem
Recuemos a  finais de 2005. 
Logo após as eleições  que elegeram José Elísio, candidato único,  para o terceiro mandato seguido de 2 anos, à frente dos destinos da concelhia do PSD/Figueira, os tais "ilustres" (na opinião de alguns, "os coveiros"...) do PSD/Figueira realizaram um almoço para iniciar um processo de reorganização interna para atacar o poder.
E, em 2007, fizeram-se ás eleições, com uma lista encabeçada por Lídio Lopes, debaixo das "bandeiras", coerência e memória, rigor e competência, lealdade ao partido e  às equipas por ele eleitas e aos interesses da Figueira da Foz, estabilidade no Partido e nas suas relações com a equipa eleita na Câmara, na Assembleia Municipal e nas Freguesias.
O objectivo era prosseguir na senda das vitórias autárquicas do PSD na Figueira da Foz.
As Autárquicas de 2009 eram o objectivo imediato.
A outra facção do PSD, afecta a Paulo Pereira Coelho, perdeu em 2007 e manteve-se calada até ao dia das eleições de 2009.
Numa entrevista, o próprio José Elísio disse que se ofereceu, em 2009, para ser candidato a Lavos e quem mandava no PSD Figueira, na altura (Lídio Lopes?..), recusou!
Porque terá sido?

Em 2009, como sabemos, aparentemente, o PSD tinha tudo para vencer na Figueira e, no entanto, perdeu...
Recorde-se, que nessas eleições surgiu uma novidade na política autárquica Figueirense que foi o Movimento 100%.
Que terá acontecido para que o eng. Daniel Santos tivesse invertido o rumo ao seu propósito de 2004/2005 - acautelar o futuro do PSD Figueira...
Incompatibilzou-se com a  equipa que o acompanhava, ou prometeram-lhe ser ele o candidato e não honraram a palavra?..
O que é certo, é que em 2009 foram "os ilustres" que foram a eleições e perderam...
Nada de novo...
O PSD, na Figueira, só conseguiu  ganhar  autárquicas, quando estes "ilustres" militantes estiveram à margem do processo.

Propaganda, é o que mais preocupa os "nossos" autarcas...

Dr. Manuel Carraco, António Augusto Menano, Drª Isabel Sousa, Dr. José Martins, Dr. António Cabete, Arquiteto António Carlos Albuquerque, Eurico Silva e Maria Rosa Anttonen
Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado...
Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009. Em nota à comunicação social, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes.
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Passados mais de sete anos, "o que há de novo?"
O arquitecto António Carlos Albuquerque transmitiu que o Sr. Presidente da CMFF autorizou a abertura de concurso público para apresentação de propostas para a reabilitação do Convento de Seiça e que a ordem dos Arquitectos tinha aberto no dia 4 de Dezembro o encontro de apresentação de uma candidatura à Ordem do Arquitectos no Convento de Seiça...

Actualização da postagem às 11 e 27 minutos.
Por ter tido conhecimento da posição do arquitecto António Carlos Albuquerque, neste momento, sobre este assunto, passo a publicá-la, com a devida vénia.
"Relativamente a este post cumpre-me esclarecer algumas situações:
O meu nome é António Carlos Albuquerque e sou Engenheiro Civil;
O que afirmei na Tertúlia relativamente ao Dossier do Mosteiro de Seiça foi a Vontade expressa do Senhor Presidente Dr João Ataíde em acelerar o processo com a decisão de mandar efectuar a consulta externa para a Execução do Projecto de Intervenção no Mosteiro de Seiça, de forma a que o Município esteja preparado para aceder a qualquer mecanismo de financiamento que venha a ser permitido no âmbito do Quadro Comunitário ou outro.
Entendo perfeitamente a renovada esperança que esta atitude revela, mas corresponde apenas a isso: vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente. 
Gostei imenso da Tertúlia onde mais uma vez aprendi muito sobre Seiça e o seu Mosteiro e estes esclarecimentos têm tão só a intenção de precisar os termos e o momento em que o Processo se encontra!!! Um Obrigado especial à Associação por me ter convidado e reafirmar o elevado interesse e compromisso de toda a Câmara Municipal no Mosteiro de Santa Maria de Seiça!!!"

Resumindo.
No fundo, a boa nova dada por um técnico municipal, resume-se a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
É, apenas, isto: "a vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Uma crónica que fez reflectir: será que o tempo me mudou?..

“Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas!…”. Este foi o comentário de Mark Twain ( 1835-1910 ) a notícias que o davam como morto… antes de o ser.
Mark Twain (nome artístico de Samuel Langhorne Clemens), reconhecido escritor americano sobretudo famoso pelos romances “As aventuras de Tom Sawyer” e “As aventuras de Huckleberry Finn” (este último frequentemente chamado de O Maior Romance Americano), não raras vezes nos propõe o mundo das crianças, idealizado, inocente mas astuto, em contraponto com o mundo dos adultos, dos homens e das mulheres da dourada era industrial, no qual a civilização, frequentemente apontada como a resolução dos problemas e o garante da felicidade, estava também prestes a trazer o flagelo das trincheiras e das armas químicas.
A consciência da perigosidade dos tempos que vivemos (ao nível local, nacional ou europeu) pode levar-nos a depositar a nossa confiança em líderes providenciais, ou a descarregar a raiva em posts inflamados no Facebook e a ficar sentado no sofá sem sequer ir votar ou ir a votos; ou a… participar!
De novo lembrando Twain: “Daqui a alguns anos tu estarás mais arrependido pelas coisas que não fizeste do que pelas que fizeste. Então, solta as amarras. Afasta-te do porto seguro. Agarra o vento em suas velas. Explora. Sonha. Descobre”. Assim, as notícias sobre algumas vitórias antecipadas… não serão manifestamente exageradas?!…

"Exageros…", uma crónica de Teotónio Cavaco, hoje publicada no jornal As Beiras.
Depois de ler esta crónica, dei comigo a pensar: o tempo mudou-me? 
A resposta é não. O tempo não me mudou: porventura, ter-me-ei moldado!...
Fez sobressair tendências, penso que esbateu alguns exageros, aguçou-me o entendimento das pessoas e da vida, mas - e isso foi o que mais me marcou - roubou-me muitos daqueles de que mais gosto.
Sobretudo por isso,  ensinou-me a odiá-lo. A ele, ao tempo.

Basta de realidade. Venham mais sonhos!...

Nota de rodapé.
Todos sabemos que não é uma tarefa fácil. Na Figueira, em 26 anos, vários executivos presididos por 4 autarcas - dois do PS e dois do PSD - não conseguiram realizar a revisão do PDM.

Francisco Sanchez...

... nunca me digam que a voz de um lisboeta, de ascendência espanhola, no fundo a voz da península ibérica, que decidiu, depois de reformado, viver na Cova Gala não tem importância: tem muita importância. Tem mesmo muita importância...
Se duvidam e querem confirmar, cliquem aqui.

E se a Câmara da Figueira tivesse um vereador da cultura, em vez de mais um “mal-amado” pelo poder, apesar de se ter “rendido” ao mesmo?..

Tenho pouco a acrescentar à imagem que reproduzo acima, que foi obtida a partir do facebook do meu Amigo Luís Penaapenas direi que sinto que dar o relevo merecido à obra fotográfica de Gilberto Branco Vasco, seria uma homenagem mais que merecida e positiva para a Figueira da Foz...
Só que também sei que dificilmente serei surpreendido pelos políticos deste executivo municipal.
Os figueirenses têm o que merecem. Votam para eleger um político, como compram um sabonete: deixam-se influenciar pela publicidade...
Pouco, ou nada mesmo, tenho contra os sabonetes.
Contudo, tenho quase tudo, ou tudo mesmo, contra os políticos sabonete!
Depois de eleitos, os políticos sabonete chegam ao ponto de disfarçar e omitir os pontos mais importantes da sua personalidade política, nomeadamente, a sua cultura e o seu pensamento...
Depois, admiram-se se nos queixamos que o sabonete que foi vendido não presta!

O burro, porque é burro, só faz o que lhe apetece...

"O 1.º de Dezembro não é uma data qualquer na história de Portugal. Não se comemora uma mudança de regime ou de sistema político ou o nascimento de um santo ou outra qualquer data importante. Dias, acontecimentos, efemérides que, claro está, devem também ser lembrados e comemorados porque são parte da nossa história, do nosso passado comum. O 1.º de Dezembro é muito mais importante. Comemora-se a restauração da independência nacional. Uma data em que voltamos a tomar o nosso destino nas mãos. Em que, juntos, decidimos arriscar a nossa vida e a dos nossos filhos para sermos donos do nosso futuro. Não é possível conceber uma data na nossa história que tenha mais relevância, mais significado para aquilo que somos enquanto povo.

O que os dirigentes do PSD fizeram ao não estar presentes nas comemorações do 1.º de Dezembro foi preferir fazer uma birrinha politiqueira a respeitar o passado do seu país, a memória de um povo, do seu povo. Não consigo imaginar maior falta de sentido de Estado, maior falta de patriotismo, maior ausência de conhecimento sobre valores fundamentais, maior ignorância sobre o que une uma comunidade e o que lhe dá sentido. Uma mancha vergonhosa na história do partido."

Na crónica de que transcrevi dois excertos, "O 1.º de Dezembro, a memória e a politiquice", Pedro Marques Lopes explica a falta de visão e mais um tiro no pé deste PSD de Passos Coelho.
Embora oficialmente o 1º de Dezembro tenha deixado de ser feriado, por obra e graça de um governo presidido por Passos, Passos não compreendeu em tempo útil, que essa é das tais datas que nunca iriam cair  no esquecimento dos portugueses, pois é uma data que está associada a um dos maiores acontecimentos da História de Portugal: a reconquista da independência em 1640, depois de 60 anos de domínio espanhol
Uma data com este significado merecia continuar a ser assinalada em celebrações oficiais. E António Costa, percebeu que a memória dos feitos que forjaram, ao longo dos séculos, a identidade e o futuro de Portugal entre as outras nações europeias, é uma memória que deve continuar a ser comemorada a nível de Estado. Por isso restabeleceu a comemoração oficial deste feriado.

Passos tinha obrigação de saber, que reconquistar a liberdade, para os conjurados do 1º de Dezembro de 1640, foi um acto patriótico, cheio de abnegação e de fé, em que empenharam a vida, a família, os bens e a honra, uma missão cujos lances eram incertos e arriscados, pois nem o rei que queriam pôr no trono, o Duque de Bragança, lhes prometera lealdade absoluta. Que tal como o Mestre de Avis, quando entrou no paço da rainha para matar o conde Andeiro, também eles não hesitaram em invadir o palácio da Duquesa de Mântua, dar-lhe voz de prisão e atirar por uma janela o traidor Miguel de Vasconcelos. 
O futuro estava traçado e o preço da nova liberdade custaria a Portugal, como no tempo de D. João I, um duro esforço de guerra, até finalmente os tercios filipinos regressarem à fronteira de Badajoz, vergados sob o peso da derrota, e outros estados europeus, incluindo o Vaticano, esquecerem as suas alianças com Espanha, reconhecendo como legítima a subida ao trono de D. João IV.
É por isto, que a ausência do PSD nas comemorações do 1.º de Dezembro, em 2016, não pode ser vista como mais um fait divers político.

A ausência do PSD das comemorações do Dia da Restauração, em 2016, é  uma falha gravíssima, uma atitude que envergonha quem a cometeu, mas também quem votou no PSD, quem já tenha votado e, no fundo, todos os portugueses.

Política figueirense: a silly season fora da época... (VI)

Estávamos em finais de 2005. 
José Elísio, candidato único, tinha acabado de ser reeleito para o terceiro mandato seguido de 2 anos, à frente dos destinos da concelhia do PSD/Figueira.
Pois, foi precisamente nesse final do ano de 2005, que "insatisfeitos com a orientação da concelhia do PSD e preocupados com a estratégia do partido para futuras eleições", alguns militantes do PSD decidiram juntar-se num primeiro encontro para analisar a situação e acautelar o futuro do partido.
Entre os presentes, destacavam-se Joaquim de Sousa, Lídio Lopes, Daniel santos, David Azenha, Gil Ferreira, Albano Lé, Azenha Gomes, entre outros "ilustres" militantes sociais democratas figueirenses. Nessa reunião, registou-se a ausência de Pereira da Costa, que também fazia parte do grupo...
O porta voz foi Lídio Lopes, que na altura manifestou aos jornalistas "as preocupações associadas às dificuldades que o concelho atravessava" (recorde-se que em 2009, a Figueira estava na ressaca do ciclo PSD - mandato de Santana Lopes, a que se seguiu Duarte Silva...) e a "necessidade de inverter a situação".
Este grupo, dissidente da concelhia, então presidida por José Elísio, previa a necessidade de "acautelar algo que possa acontecer", manifestando, contudo, "toda a solidariedade a Duarte Silva".
Já sabemos o resto da história do PSD/Figueira. Quatro anos depois, em 2009, até aos dias de hoje, o PSD foi varrido do poder e as divisões e convulsões internas continuam a fazer caminho.   
Portanto, enquanto o PSD/Figueira não fechar este ciclo, Ataíde pode dormir descansado.

Neste momento, (até porque há quem considere que foram as divisões internas vividas pelo PSD/Figueira, em 2009, mas que já vinham de trás, que permitiram a vitória a João Ataíde) a incógnita é: será que as feridas então abertas vão conseguir ser saradas em tempo útil?
Se este ciclo estivesse fechado - a expressão "fim de ciclo" tem méritos... - isso significaria que o trauma dentro do PSD/Figueira,  que vem desde 2009,  estaria amansado.
Abro um parênteses, para sublinhar que há quem considere, dentro do PSD/Figueira, que estes "ilustres" companheiros acima referidos, foram os «coveiros» que, em 2005, com este primeiro encontro, registaram o momento em que se começou a cavar a sepultura onde este partido, no nosso concelho, jaz há sete anos...

Se tudo se renova, se os fins fazem parte da mesma ordem dos começos, a sagração deste "fim de ciclo" requer o elementar talento para aceitar enterrar de vez o passado recente do PSD/Figueira  e começar novo caminho.
Porém, pelo que conheço da realidade política figueirense, não consigo vislumbrar esse  talento dentro deste PSD/Figueira. 
No entanto, para um observador fora dos meandros partidários, parece que é por aí, pela capacidade ou incapacidade de arrepiar o actual trilho, que irá passar a explicação, para mais um contributo - o terceiro seguido - do PSD/Figueira para nova maioria de João Ataíde.

Em 2005, dentro do PSD/Figueira,  Joaquim de Sousa, Lídio Lopes, Daniel Santos (entretanto, já saiu do PSD), David Azenha, Gil Ferreira, Albano Lé, Pereira da Costa,  entre outros "ilustres" militantes sociais democratas figueirenses, funcionaram como funcionam os profetas dos fins de ciclo, os profetas das pequenas coisas, pois eles sabiam, já em 2004, que nada terminava sem mais...
Para eles, na altura,  tudo fazia parte de uma lógica mais vasta, que os figueirenses normais, como eu, ainda hoje não somos capazes de perceber, naturalmente pela nossa estreiteza de vistas, falta de paciência ou renúncia à esperança. 

Uma coisa o futuro provou.
Não convenceram: nem dentro, nem fora do partido.
E continuam a não convencer. 
Tanta sabedoria e talento junto só podia assustar... 

domingo, 4 de dezembro de 2016

Uma análise que poderia ter sido feita por um dermatologista, que é o único especialista que pode emitir um diagnóstico superficial...

O desenvolvimento do turismo de iates na Figueira da Foz passa, segundo um investigador da Universidade de Coimbra, pela promoção da marina local e criação de condições, hoje praticamente inexistentes, para aquele segmento.
Autor de uma tese de doutoramento intitulada “O Turismo de Iates – Estratégia de Desenvolvimento para a Figueira da Foz”, Luís Silveira, investigador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), alega que o município do litoral do distrito de Coimbra possui “potencialidades imensas para o desenvolvimento do turismo de iates”, mas frisa que "não existe uma estratégia para esse desenvolvimento, quer da parte da Câmara Municipal, quer da administração portuária", que tutela a marina.

“Não há uma estratégia. Quando comecei a entrar em contacto com essas entidades, houve sempre muita abertura, mas não há muita definição do que se quer fazer. Na Câmara Municipal disseram-me que estavam em conversações para trazer cruzeiros de média dimensão, mas é tudo muito experimental. O turismo náutico está identificado como potencialidade [no plano estratégico da autarquia], mas depois não há um plano específico”, disse Luís Silveira.
Pelos vistos, por cá, toda a energia se perdeu... 
Depois de sete anos anos a falhar, foi isso que aconteceu?..

Perante isto, 10 anos depois da análise que a imagem do jornal O Figueirense, edição de 24 de Novembro de 2006, dá conta, é fácil de verificar porque o sonho de António Tavares desvaneceu e porque sobrou a desilusão, a inacção e a apatia. 
Sete anos de poder - de 2009 até agora - e continuamos sem saber "os modelos de estratégia adaptados para o desenvolvimento do concelho".
Sete anos de poder e continuamos, "pegando no tema Turismo, sem um diagnostico cabal do concelho".
Entretanto, passados sete anos de poder e "os planeamentos e os planos continuam a ser coisas diferentes"
Continua por fazer "a articulação dos planos existentes  e continua por se saber o que precisa a Figueira da Foz".
Sete anos passados no poder e continuamos "a viver um claro momento  de impasse".
Sete nos no poder e o "concelho continua doente, e nem com aspirinas lá vai"
Pelos vistos, sete anos de poder e continuamos  "a precisar de antibióticos"...
  
Aviso.
isto não é uma queixa narcísica.
É, apenas, a resultante esquemática de algumas reflexão que o tempo deu...
Sou do tempo em que havia perdedores. 
Há muito tempo, antes de 2009, pelo menos, Tavares e eu...
Nos últimos sete anos, apenas eu...
Hoje, de novo, presumo que, pelo menos, Tavares e eu.

Haja, ao menos, bom gosto, pois quanto a bom senso estamos conversados!..

Para ver melhor, clicar na imagem. Foto de  Flórido Toni
Lá tenho de citar João Paredes: "Nova Ponte" a ser inaugurada brevemente. A "Ponte da Torre do Relógio", junto ao futuro Pinhal da antepraia da claridade. Infraestrutura estratégica. Parece-me bem. Está jeitosa a coisa."
Acabada a citação, tenho de sublinhar que vou continuara a acreditar, que apesar do mau gosto deste executivo camarário, os figueirenses não vão perder o bom gosto que já têm há séculos... 
Senhores "quens" de direito: para quê o invasivo, o exótico, e o estranho,  se nos podíamos  contentar com o simples? 
Tudo tem o seu lugar certo, o seu tempo certo e o seu modo certo de se harmonizar a coisa e a paisagem

Sente-se e respira-se história nesta frase de João Ataíde, que preserva para todo o sempre, este legado da autarquia por si presidida há 7 anos, para encanto e deleite da maioria dos figueirenses...

imagem de Fernando Campos
"Fomos pioneiros na afirmação da cidade como espaço de festejos"
 - João Ataíde, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Nota de rodapé.
"Abobrinha",  via o sítio dos desenhos.

O populismo na Figueira

"O país continua longe do equilíbrio financeiro, a dívida externa persiste. A nível local passa-se o mesmo, a dívida da Câmara Municipal tem que ser paga. Face a esta situação parece pouco adequado que a despesa aumente em ano de eleições ( 2017 ) e que a Câmara resolva prescindir de receita (IRS): 1,2 milhões de euros. Será que não há necessidade de investimento no concelho? Está tudo feito? E a promoção da economia, apoios sociais, pagamento da dívida, etc? 
No mesmo registo a Câmara Municipal iniciou a “reversão das medidas de poupança iniciadas em 2010”. Na iluminação pública “religam-se” centenas de postes de iluminação em zonas não habitadas, em caminhos não utilizados e mantendo tecnologias ultrapassadas (globos em vapor de sódio). Dezenas de milhares de euros desperdiçados em energia eléctrica cujo consumo não aproveita a ninguém. 
O caminho seria investir bem, modernizar, substituir as luminárias ineficientes, dar melhor iluminação a passadeiras, vias perigosas, intersecções com elevado número de acidentes, troços com circulação pedonal. Mas, prevalece o facilitismo, “religa-se tudo, sem critério” que há eleições em 2017. 
O executivo municipal, neste segundo mandato ( 2013-2007 ) está diferente. Políticas sem eficiência, manifestando um populismo (redução dos impostos, aumento da despesa) que pensá- vamos só existir noutras forças políticas, mais à direita do PS."

João Vaz, na sua habitual crónica dos sábados no jornal AS BEIRAS.

Bom domingo

sábado, 3 de dezembro de 2016

Um presidente de Câmara tem de acreditar no Pai Natal!..

O Pai Natal chegou esta manhã ao Jardim do Natal, na Figueira da Foz. O Jardim do Natal decorre de 3 a 24 de Dezembro.

João Ataíde, mesmo já como presidente da Câmara da Figueira teve a fase - presumo que tenha passado mesmo pela fase... - em que não acreditava no Pai Natal...
O tempo foi passando e, entretanto, o mesmo João Ataíde começou a acreditar no Pai Natal...
Passaram mais dois ou três anos e, ainda o mesmo João Ataíde, começou a parecer-se com o Pai Natal...
Em 2016, véspera das autárquicas de 2017, o mesmo João Ataíde já se confunde, ele próprio, com o Pai Natal!
imagem daqui

A mensagem que tirei desta foto genial do Mário Bertô Ribeiro




Tal como ao "mendigo" da foto acima, também a mim é difícil fugir à quadra que se aproxima.
Portanto, desde já, ficam os meus votos para que tenham o Natal que queiram ou possam ter... 
Contudo, e esse é o meu sincero desejo,  sempre o melhor possível!

Natal, para mim, acaba por ser um dia, não triste, mas melancólico, pois a saudade assalta. 
É um dia em que a ausência dos que já partiram, dói mais ainda. 
É um dia em que não há conforto para quem o perdeu. 
É um dia em que tudo pode magoar ainda mais. 

Nem todas as datas são comemoráveis.
O natal é uma delas.
A  meu ver, o consumismo, o desperdício, o sorriso de circunstância - resumindo, a hipocrisia em que transformaram o que era o Natal, não é  para comemorar.

E depois, na Figueira temos a cereja em cima do bolo.
Numa cidade que apagou, pelo menos, metade das lâmpadas de iluminação pública para poupar, chegados a esta época, temos as ditas iluminações de Natal! 
Isso também me irrita: ao menos, dessem-lhe o nome correcto.
Chamassem-lhe iluminações comerciais, já que só surgem para apelar ao comércio. 
Este apelo desmedido ao consumismo, num mundo que tanto precisa de uma melhor distribuição da riqueza, é uma afronta a quem tenha um sentido mínimo de humanidade.