segunda-feira, 24 de outubro de 2016

À homem do catano...

Pelo menos, se isto for verdade, que eu saiba, deve ter sido a única pessoa que, neste país, nos últimos anos, pagou decentemente a quem escreve...

Declaração de interesses.
Estou perfeitamente à vontadinha: há mais de 40 anos que ando escrever de borla.

Tudo tem uma explicação. Mas, na Figueira, para o que não tem, existe uma palavra: milagre!..

Via AS BEIRAS, fiquei a saber que na primeira edição, a CRIATIVA reuniu cerca de três centenas de criadores. Na segunda, porém, o número desceu para menos de metade. A terceira, por sua vez, deverá juntar duas centenas. Mas esta é diferente das duas anteriores: em vez de se concentrar em três dias seguidos, dispersa-se no tempo e no espaço, para se reinventar e sobreviver.
“A CRIATIVA tem-se vindo a esvaziar”, afirmou o vereador António Tavares, na inauguração da referida mostra, no sábado. O autarca acrescentou que o evento teve de ser repensado, para voltar a atrair os jovens criadores figueirenses. Assim, o encontro prolonga-se até 4 de junho, com exposições temáticas seccionadas. A fotografia mostra-se ainda no Núcleo Museológico do Mar, até 3 de fevereiro, com a exposição “Uma mesa no mar”, de Maria Inês Mendes.
Por sua vez, o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz leva a exposição “Olívia Ribau” ao Núcleo Museológico do Mar, de 14 de fevereiro a 2 de junho. O título remete-nos para o naufrágio do pesqueiro que em outubro de 2015 provocou a morte de cinco dos sete pescadores que seguiam a bordo, acidente que aconteceu à entrada da barra da Figueira da Foz.
Ainda segundo o que li no jornal AS BEIRAS o programa é flexível.
Assim, a  música tem palco reservado, em fevereiro, no Centro de Artes e Espectáculos, com os ciclos “Café com arte” e “Jardins de inverno”
O programa ainda não está fechado, o que abre a porta a outros eventos e outros espaços. Também há lugar para a literatura, nos dias 24 e 25 de março, com a Feira do Livro do Autor Figueirense. E para a dança, no dia 29 de abril, na forma de visita guiada dançada ao Museu Municipal Santos Rocha.
Por último, o programa provisório agendou as artes plásticas para o período de 29 de abril a 4 de junho, através de uma exposição colectiva, no citado museu. Poderão ainda ser inseridos o cinema, o teatro e a multimédia. “Este figurino pode ser um incentivo” para que haja mais participantes, defendeu António Tavares. Os artistas e criadores podem ser amadores ou profissionais, desde que sejam jovens e tenham nascido na Figueira da Foz.

A erosão costeira e o Programa da Orla Costeira (POC)

foto António Agostinho
tiro-no-pé faz POC
- Via SOS CABEDELO

MOVIMENTO SOS CABEDELO DENUNCIA O DEFICIENTE FUNCIONAMENTO DO POC

- Via SURTOTAL

SURFISTAS DENUNCIAM POC NOS AÇORES

- Via BEACHCAM 

O pormenor que está a faltar: comprem duas motos de água...

Via António Durão, tomei conhecimento destas imagens.
O conteúdo pode ser lido aqui.
"Está a escapar-me alguma coisa?", perguntou ele no facebook.
Só pode estar mesmo a escapar alguma coisa, não só ao António Durão, como a todos nós...
Acredito que haja ainda inúmeros pormenores a considerar. 
Fazer a promoção de um produto como o surf, não é tarefa fácil. 

É preciso saber-se. 
Muitos dirão: isso é um preciosismo. 
Será!.. 
Mas, as coisas únicas não são exactamente isso: preciosas?

Pelos vistos, a Figueira é um milagre, mas a folha continua em branco…
É preciso estratégia. Por exemplo, "a onda de Buarcos não estava no PENT, foram os cidadãos que a meteram lá e a Câmara nem sequer subscreveu a iniciativa nem nada disse para o PENT", como sublinhou em devido tempo Miguel Figueira
Na Figueira,  "nas comemorações do Dia Mundial do Turismo , a iniciativa na Figueira é andar de bicicleta."
Nada tendo  contra as bicicletas, tal como o Miguel Figueira, pergunto: "mas então e as ondas?"..

O que escapou a  António Durão talvez possa ser explicado, simplesmente, por a Figueira ser sempre a Figueira.
Quem tem passado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, privilegiou e espectáculo, em vez do planeamento e do trabalho.
Por exemplo, João Ataíde traz, de vez em quando,  o tal de Garrett McNamara, que há alguns anos vive entre o Havai e a Nazaré, à Figueira da Foz para aparecer em fotos...
Ao menos, a Câmara que compre duas motos de água para ajudar o tal de McNamara a surfar a tal onda...

domingo, 23 de outubro de 2016

Futebol: isto não será lá grande presságio!..

Antes do jogo: vamos dar-lhes cinco! 
Depois do jogo: Ufff... empatámos por um triz!
Os Sportinguistas ainda vão criar Grupo de Lesados, não do Espírito Santo, mas do Jesus...

Bom domingo...


E, chegado aqui, pergunto-me: consegues definir-te partidária e ideologicamente?
Não. 
A única bandeira política que acho valer a pena, por ser válida, é o anarquismo. 
E nisso tenho grandes companheiros, como Jesus Cristo e Friedrich Nietzsche. 
Cada vez mais, acho que é o único sistema político, que seria, civilizado, não violento, feito de e para pessoas responsáveis e que não precisariam de políticos manipuladores, polícias e soldados para nada.
Mas, isto tem dias: talvez tudo dependa da maneira como se ouve Chopin. 
Penso que é uma boa ideia acreditar que a arte nos pode salvar, embora não seja certo que isso possa acontecer. 
Pelo menos, se a arte não pode salvar uma sociedade, não pode salvar uma política, não pode salvar um sistema social, poderia salvar a ética das pessoas, o que daria esperança e, nesse sentido, poderia salvar o mundo.

A lei, a justiça e o xerife...

foto sacada daqui
Esquisito e estranho tempo, este, que se vive na Figueira, em que existe uma maioria absoluta, protagonizada por um partido, um presidente de câmara e vereadores, que se dizem da esquerda que põe Abril na boca por tudo e por nada...
Esquisito e estranho tempo, este, para quem gostava de ver alegria e felicidade à sua volta... 
Esquisito e estranho tempo, este,  pois a paisagem e o ambiente condiciona a Figueira e os figueirenses, e é determinante para o seu estado de espírito. 
O que nos rodeia condiciona-nos. Não lhe somos indiferentes. Há uma interacção e simbiose entre tudo o que nos cerca e o nosso interior profundo. Quer queiramos, quer não, o meio em que vivemos interfere.
Duas perguntas: nunca ouviram falar de liberdade de expressão? 
Ou já se esqueceram do que isso quer dizer?

Esquisito e estranho tempo, este, em que numa cidade como a Figueira, maioria absoluta não é sinónimo de respeito pela democracia. 
Esquisito e estranho tempo, este, em que na Figueira, a maioria absoluta, que diz "ouvir" outras opiniões, recusa ouvir (e deixar ouvir...)  a oposição nas reuniões de Câmara! 
Esquisito e estranho tempo, este, em que na Figueira, a maioria absoluta, se desconfia e teme que o fim do filme não é do seu agrado, retira o filme de exibição pública... 

Onde ficou o princípio do contraditório?.. 
Esquisito e estranho tempo, este, em que na Figueira, um juiz desembargador, que suspendeu a magistratura para se candidatar, em 2009, à autarquia figueirense, pelo PS, conquistada que foi, em 2013, uma maioria absoluta, sem ultrapassar a lei (que não é o mesmo que justiça. Temos leis diferentes, aqui e no Brasil, por exemplo... Poderemos concluir, por isso, que um dos sistemas é menos justo que o outro?.. Quando muito, podemos concluir que visam interesses diferentes. Nada mais. A lei emana do legislador, que por sua vez defende interesses, regra geral os interesses do momento desse legislador...) actua como se fosse tudo do xerife... 

sábado, 22 de outubro de 2016

Nesta imagem há algo que desconcerta. Nesta imagem há qualquer coisa já de irreal...

Ao ver a primeira página do jornal Público, edição de hoje, interroguei-me sobre o que o autor nos quis transmitir com ela. 
A imagem contem sempre uma mensagem. 
Esta, confirma-me a ideia que tenho do personagem, que me interessa mais que a sua imagem.
A ideia teima em  permanecer. A imagem está a  tornar-se mais e mais difusa com o andar dos tempos!.. 
A ideia exige compreensão. Esta imagem é apenas uma imagem, logo algo irreal...

Olho e vejo decrepitude e decadência. Vejo um político sem ideias e em ruína, já sem serventia, a percorrer um caminho íngreme.
Enfim, um político próximo de ser desactivado, já  rodeado apenas de políticos infestantes! 
Quem andou a praticar jornalismo na província há 35 anos, sabe que uma das maiores dificuldades com que então se defrontava era a escassez de imagens.
Os jornais eram então, sobretudo, uma enorme mancha de texto. 
Quem duvidar disto, compare um jornal de então com os jornais de hoje.
Há 35 anos os jornais pecavam pela quase ausência de fotos. 
E agora, não estarão, por vezes, a pecar pelo excesso de apelo à imagem?..

No país do porreirismo...

"SEF deixa argelino ir fumar e ele foge do aeroporto"!..

É bom que não percamos este sentido lúdico, esta vontade forte de ir comendo e vivendo...

"Os resultados líquidos da Jerónimo Martins subiram 98,9% nos primeiros nove meses deste ano, face a igual período do ano passado, para 502 milhões de euros"...

O voo da gaivota...

foto Cristina Silva. Para ver melhor, clicar na imagem
E perante esta foto, interroguei-me...
Se fosse eu que tivesse tirado esta foto,  teria certamente receado que esta gaivota, eventualmente, por ser culta e determinada, pudesse ser capaz de fazer o que os portugueses gostariam de fazer, mas que, nomeadamente,  por falta de coragem deixam de fazer: cagar na cabeça de certa espécie de gente...

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Velho Portugal...

Vou citar o meu Amigo Luís Pena.
"Muito antes de Portugal entrar para a CEE já a Figueira tinha um Café EUROPA ..."

E, desde aí, pouco evoluímos: continuamos a fazer contas e contas e mais contas...
Continuamos com preços europeus e os salários mais baixos da Europa, incluindo alguns dos países de leste que  entraram...
Portugal, continua onde sempre esteve: um dos países da União Europeia com as mais elevadas taxas de risco de pobreza, mantendo-se na cauda da Europa... 

O bom disto é que nada está a piorar!
Estamos na cauda... 
Portanto, já não descemos!.. 

A dignidade de um país está no seu âmago. O próprio é que se pode tornar indigno...

Construído nos anos 20 por um emigrante português regressado do Brasil, o 125 da Rua Antero de Quental foi "tomado" pelo governo de António Salazar para ali instalar a PIDE/DGS de Coimbra. Após o 25 de Abril, entre outros serviços do Estado, esteve lá um centro de saúde de Celas. Em 2013, voltou às páginas dos jornais: estava à venda por €1,950 milhões. Houve indignação, ali deveria estar um museu, ou algo do género, em memória do que ali se passou. Alberto Martins, histórico deputado do PS, e António Marinho e Pinto, eurodeputado, foram dois dos estudantes de Coimbra presos no edifício.
Na revista SÁBADO desta semana contam como foram essas noites negras da sua biografia.

Cito Samuel Quedas
"É assim que um país, um povo e a sua História se tornam irrelevantes no contexto universal. Não pela sua menor dimensão, ou pouca riqueza… mas por se deixarem governar, por demasiado tempo, por gente menor, rasteira, venal e corrupta, que não respeita a sua cultura e a sua História.
Gente sem uma pista que seja sobre o que significa a dignidade colectiva. 
Gente que é capaz de, por meia dúzia de euros, vender a mãe ou as filhas no bordel do lucro fácil dos "mercados"… e gabar-se de o ter feito."

Aqui está porque sou um citadino desiludido com a grande cidade e me assumo como Aldeão de corpo e Alma

"Nas ruas de Lisboa, já circula um autocarro movido a electricidade"...

 Mas, o que é isso perante "as preocupações ambientais" da edilidade figueirense?..

A oposição a este governo está de parabéns... Graças a Passos... Parabéns Pedro.... E obrigado!

«O PSD exige uma "clarificação" do Governo sobre as declarações do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, numa entrevista ao DN/JN/TSF, em que o governante afirmou que "todos os membros do governo carregam consigo uma lista grande de entidades em relação às quais não devem tomar decisões".
Para o PSD, o Governo deve esclarecer "de quem fala" o secretário de Estado. "Está a falar do primeiro-ministro?", questionou o deputado, exigindo saber se António Costa está inibido de tomar decisões sobre alguma matéria. Se assim fosse, acusou, "seria um governo quase em part-time"
Via Diário de Notícias

"O deputado Marques Guedes é um rapazola novo nestas coisas, nunca reparou que havia advogados no parlamento ou nos governos, está convencido de que todos os membros do governo são umas virgens profissionais, nunca trabalharam para ninguém, não têm familiares com interesses económicos. Certamente nunca soube que Passos Coelho trabalhou para as empresas de Ângelo Correia, não sabe que a Maria Luís trabalha para a Arrow.
Se o deputado Marques Guedes, que até já foi ministro da presidência, não sabe qe há membros dos governos impedidos de tomar decisões sobre assuntos que envolvem interesses em que estiveram envolvidos, é por que nos seus governos esse princípio ético nunca foi respeitado. Passos decidia sobre dossiers do interesse de Ângelo Correia, Moedas decidia em questões de interesse para a Goldman e por aí adiante.
Marques Guedes é um rapazola ingénuo e não percebeu o alcance das palavras do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e deverá estar convencido que António Costa trabalhou para o BES como o Durão Barroso ou para alguma empresa de Ângelo Correia como Passos Coelho.
Em vez de andar a fazer estas figuras tristes o deputado Marques Guedes deveria dedicar-se a coisas mais sérias, poderia, por exemplo, ocupar o seu tempo a encontrar uma solução para a liderança do PSD pois já tempo de o país ter uma oposição séria, credível e competente, o que por este tipo de declarações é óbvio que não existe."
Via Jumento

Manhã de neblina

foto  Cristina Silva. Para ver melhor, clicar na imagem.
Ontem, estava uma manhã  quente. 
A neblina dava um certo ar de difusibilidade ao Mondego. 
Na margem norte, o silêncio provocado pela distância, tornava a imagem enganadora e irreal, mas atractiva! 
Deixei-me ficar ali por instantes a imaginar o que estava para além da torre que se vê na foto.
É bom perdermo-nos assim um pouco a ouvir o rumor do mar logo ali ao lado...
Há manhãs assim, despreocupadas, em que o bem estar é notório.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Como se uma coisa tivesse a ver com a outra

Como se ordenados altos fossem sinónimo de profissionalismo, como se ordenados altos fossem sinónimo de responsabilidade, como se ordenados altos fossem sinónimo de racionalidade e independência nas decisões, como se não fosse precisamente o contrário, depois das provas dadas o mérito reconhecido pelo promoção salarial.

Ver a esquerda, que quer marcar a diferença em relação à direita, a argumentar pelos mesmos padrões da direita que pariu administradores de excelência, e bem remunerados, como Jardim Gonçalves, Zeinal Bava, Oliveira e Costa, Henrique Granadeiro, Ricardo Salgado, como se o cerne da questão não fosse a fiscalização e a supervisão que não há, a justiça que não funciona, nem sequer é célere para os infractores e prevaricadores, a impunidade que reina.

A viagem leva-nos ao encontro do que desejamos e queremos...

"Marcelo encontra-se com Fidel Castro. 
Foi Marcelo quem solicitou o encontro"...