quinta-feira, 5 de maio de 2016

Cá está um anúncio que pode aumentar a venda de chapéus na Figueira: «João Ataíde abre as portas à sua recandidatura»...

Todas as carreiras, incluindo a carreira do pénis, têm semelhanças com a carreira de um ascensorista: têm um percurso de altos e baixos...
João Ataíde, ao referir-se «às preocupações recentes» das populações da Marinha das Ondas e de S. Pedro, perante a iminência do encerramento previsto para 2 do corrente mês de Maio dos seus Postos Médicos, disse que «não quer o afastamento dos médicos da população», nem «o encerramento de postos de saúde. Temos uma população idosa e a quebra de rotina é factor de stress e desmobilização», sublinhando ainda «que manter estes postos não tem custos acrescidos».
Ontem, ficaram aqui registadas, para memória futura, as palavras do dr. João Ataíde.
Outubro de 2017, altura em que se deverá recandidatar a um terceiro e último mandato autárquico à Câmara da Figueira da Foz, não está assim tão longínquo.
Vivemos em democracia. E a democracia tem regras. São as regras democráticas.
Como escreveu Mia Couto: «há quem tenha medo que o medo acabe»...

Esta, era, ontem a minha leitura política do que esteve na base do recuo que aconteceu no estranho caso do encerramento dos Postos Médicos da Marinha e da Cova e Gala.
Não podemos, como é o meu caso, perceber nada de política, mas todos temos algo de adivinho e de cusco...
O que não é necessariamente mau. Se o formos numa dose q.b., não é daí que virá mal, neste caso, ao nosso concelho e, muito menos, à Marinha e à Cova e Gala. É sempre através do gosto pelo conhecimento que nos vamos munindo de meios de defesa para o porvir...

O povo costuma dizer que a vida dá muita volta.
Numas alturas desejamos isso... Noutras nem por isso!..
O importante, é estar no lugar certo à hora certa!
Uma coisa é certa: sem visibilidade não há notoriedade.
E não é que hoje, no jornal As Beiras, com chamada de primeira página e tudo, o presidente da Câmara da Figueira da Foz admite candidatar-se ao terceiro mandato consecutivo, “se for útil”. A “utilidade” da recandidatura obedece a “um conjunto de interesses” e “um conjunto de projectos que possam estar pendentes”.
Indagado acerca da vontade de entrar na corrida, nas eleições autárquicas de 2017, João Ataíde respondeu assim: “Isto é um trabalho muito exigente mas tem algumas gratificações: ver as pessoas satisfeitas ou ver que concluímos projectos e atingimos objectivos e metas, é razão suficientemente para estimular querer continuar”.

O espectáculo alegra o povo. 
E certos senhores jornalistas, como é o caso do Jot´Alves,  só se preocupam com a alegria do povo.
Já um gajo como eu, são estas coisas que tem para contar, com aquele ar triste de quem falhou na vida.

"Erra aquele que não principia a aprender por supor que já é tarde" (Séneca)

"Equipamentos públicos", uma crónica do Engº. Daniel Santos

"Um dos dramas do urbanismo é o facto da decisão de edificar afectar o território e os habitantes de forma irreversível durante gerações, razão pela qual deve ser tomada de forma ponderada.

Esta conclusão é válida para a construção privada e, por maioria de razão, quando se trata de construir novos equipamentos públicos, levando em conta as projecções demográficas, as necessidades das populações ou, como como diz a lei de bases da política pública de solos, ordenamento e do urbanismo, assegurando a igualdade de oportunidades dos cidadãos.

A falta de visão estratégica, no que à distribuição territorial dos equipamentos de saúde concelhios respeita, foi a responsável pelos recentes episódios ocorridos com os postos de saúde de São Pedro e Marinha das Ondas, cujo desenvolvimento deixa vários problemas por resolver.

O Plano Estratégico de 2014 refere: “… o aumento da população idosa, apresentado pelo concelho em 2011, reflecte a necessidade de definir políticas activas, nomeadamente na área social, com principal enfoque para o grupo da população idosa.
A perda de mobilidade e a diminuição aos espaços do quotidiano tornam esta população mais vulnerável, na medida em que o isolamento promove a diminuição do contacto social, para além da perda de acesso a um conjunto de serviços fundamentais (com particular atenção para os serviços de saúde)”.

Identificado o problema, qual o caminho a seguir?"

Nota de rodapé.
É sempre tempo para pormos em causa o que até aqui fizemos. 
É sempre tempo para fazer o balanço. 
É sempre tempo de ponderar, para perceber como chegámos aqui. 
É sempre tempo de arrependimentos. 
É sempre tempo de olhar a vida de frente...

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fumo sem fogo?..

Na passada sexta-feira a Assembleia de Freguesia de Quiaios aprovou uma moção de censura ao executivo da Junta de Freguesia de Quiaios.
Em comunicado, segundo o Partido Social Democrata local, «em causa estão as deliberações do Tribunal Administrativo após análise dos contractos para manutenção das Piscinas e execução de uma esplanada panorâmica».
De harmonia com o documento, «o Tribunal arquivou um processo relativo à contratação do pai da presidente da Junta, Fernanda Lorigo, alegando que houve anulação dos contractos por iniciativa própria, sem que tenham dado origem a quaisquer pagamentos e não sem antes informar que havia lugar a perda de mandato, numa deliberação que teceu duras críticas ao executivo”Instaurou ainda duas acções administrativas para declaração de nulidade dos contractos celebrados com as empresas envolvidas na manutenção e execução da esplanada, por violação ao Código de Contractos Públicos. Segundo o PSD, «o executivo assumiu a sua culpa na elaboração destes contractos mas mesmo assim decidiu recorrer da decisão».
Perante estes factos, os elementos eleitos pelo PSD (António Marinheiro, Carlos Rabadão, Aldina Sá e Victor Cabete) apresentaram uma moção de censura à acção do executivo que consideram «ter sido incompetente, com uma gestão que tem prejudicado a freguesia».
Esta moção foi aprovada por maioria -  PSD e CDU - e teve os votos contra do PS.
Fernanda Lorigo, 
presidente da junta de Quiaios.
FOTO JOT’ALVES, sacada daqui
No comunicado que tem estado a ser citado, os social-democratas recomendam  ao executivo que «assuma as consequências políticas da moção aprovada».

Em tempo.
Será que o presidente da câmara da Figueira, neste caso, não tem nada para dizer?..
Será que o edil figueirense, neste caso, não defende que estas condutas são censuráveis, apesar de poder considerar que a Assembleia de Freguesia tem autonomia para demonstrar a sua vontade, independentemente da decisão tomada pelo presidente da junta?..
Penso que todos nos recordamos  do que aconteceu no passado recente...

O vereador invisível...

Eu sei que o vereador do pelouro da saúde da câmara municipal da Figueira da Foz, dr. António Tavares, invisível, desde 18 do passado mês de Abril, esteve sempre aqui! 
Por quê? 
Porque estive sempre a topá-lo!
Até na Assembleia Municipal de 29 de abril p.p., não foi visto, mas foi notado!..

João Ataíde: «manter os Postos Médicos da Marinha das Ondas e Cova e Gala abertos não tem custos acrescidos»

Para já, o posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.

Segundo declarações do presidente da junta de freguesia de S. Pedro, hoje publicadas num jornal, "foi afastada a ameaça de encerramento do Posto Médico da Cova e Gala."
Por enquanto, vão manter-se as valências, que não foram transferidas a partir de 2 de maio de 2016, e ficou a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 

António Morais, o mesmo Director Executivo do ACES, que em 19 de de Abril tinha mandado afixar um comunicado a determinar que  os doentes dos dois médicos que aqui prestam serviço - o dr. Albino Coelho e o dr. Bento Cunha - a partir do dia 2 de Maio mantinham o mesmo médico de família, mas tinham de se deslocar a Lavos, em declarações ontem prestadas ao Diário de Coimbra, sublinhou o «esforço significativo» para manter os dois postos (Cova e Gala e Marinha das Ondas) a funcionar, mas também afirmou que tem de haver «reorganização». E acrescentou: «Lavos tem todas as condições e temos de as rentabilizar»...
João Ataíde, por sua vez, também ontem, ao referir-se «às preocupações recentes» das populações da Marinha das Ondas e de S. Pedro, perante a iminência do encerramento previsto para 2 do corrente mês de Maio dos seus Postos Médicos, disse que «não quer o afastamento dos médicos da população», nem «o encerramento de postos de saúde. Temos uma população idosa e a quebra de rotina é factor de stress e desmobilização», sublinhando ainda «que manter estes postos não tem custos acrescidos».
Ficam registadas, para memória futura, as palavras do dr. João Ataíde.
É que outubro de 2017, altura em que se deverá recandidatar a um terceiro e último mandato autárquico à Câmara da Figueira da Foz, não está assim tão longínquo.
Vivemos em democracia. E a democracia tem regras. São as regras democráticas. 
Como escreveu Mia Couto: "há quem tenha medo que o medo acabe"...

E, como dizia, Vinicius de Morais na sua canção, “(…) é melhor ser alegre que ser triste (…)”

Na opinião publicada na Figueira, ontem no jornal AS BEIRAS, Isabel Cardoso, escreveu uma crónica para informar que temos "Um Presidente Feliz"!..
O que não escreveria de mim esta senhora se alguma vez me tivesse conhecido?!..
Um dia, em Janeiro de 1983já lá vão muitos anos, ajudei a  plantar uma árvore nas Abadias...
Já imaginaram quantos cães, durante estes anos todos, foram felizes à minha custa, sem o saberem?
Claro que ninguém pensou nisso...
Também, até até agora, ninguém tinha escrito sobre isso!..

A mesa é fundamental à vida...

Na foto de José Santos, sacada do Figueira na Hora
temos Margarida Perrolas, João Ataíde, Isabel João e José Esteves
Comer, beber e conversar...  Que mais se pode desejar depois de um dia chato?
Lembro-me de ter estudado o sistema de vasos comunicantes! Isto é porreiro, pá!..

Pelo 2.º ano consecutivo, a Associação Figueira com Sabor a Mar, vai realizar de 6 a 8 de maio, no Pavilhão Multiusos, a Feira de Sabores Terra e Mar, que envolve os associados e patrocinadores, mas também todos aqueles que estão ligados ao sector da restauração, hotelaria, pastelarias e similares.
Todos os espaços (stands) estão preenchidos, marcando presença três restaurantes (Caçarola Dois, Ratolas e A Cantarinha) que vão servir refeições (menus com três espécies de peixes 7,50 euros e sopa de peixe 2 euros) com bebidas e sobremesas à parte.
A feira que tem entrada livre, será inaugurada às 17h00 do dia 6, encerrando às 24h00; no dia 7 reabre às 12h00 até às 24h00 e no domingo reabre às 12h00 estando o encerramento marcado para as 19h00.
Na apresentação do evento, feita pela presidente do Figueira com Sabor a Mar, Isabel João, o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, congratulou-se com a realização desta iniciativa que considera importante para o conceito turístico da cidade “porque é bom para quem nos visita” e a cidade só tem a ganhar “com a afirmação da gastronomia e com todo este trabalho integrado”! 

terça-feira, 3 de maio de 2016

A vida custa a todos. Mas, especialmente a alguns...

Foto sacada daqui
"A autarquia da Figueira da Foz vai investir mais de 850 mil euros na construção de uma nova unidade de saúde no norte do concelho, na freguesia de Alhadas, de acordo com um contrato-programa hoje assinado.
De acordo com os termos do documento, assinado entre o município e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o valor total de investimento camarário ascende a mais de 850 mil euros na construção e equipamento do novo edifício, cuja utilização será depois cedida à ARSC por um prazo de 20 anos, renovável.
A autarquia vai candidatar o investimento a fundos europeus do quadro Portugal 2020, que têm um teto máximo de 520 mil euros, sendo o restante coberto por fundos municipais.
Nesta fase, José Tereso, presidente da ARSC, não garantiu a criação de uma USF na freguesia de Alhadas, argumentando que cabe aos profissionais – médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar – a criação de equipas nesse âmbito. Porém, é intenção da tutela aumentar o número daquelas unidades no concelho.
À margem da sessão, António Morais, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, disse que a intenção é vir a criar mais três USF no município da Figueira da Foz (uma na cidade, outra na freguesia de Alhadas e outra em Lavos, a sul), a juntar às duas que já existem na zona urbana.
O projecto da nova unidade de saúde é camarário e será agora candidatado aos fundos europeus e objecto de concurso público de construção. Segundo João Ataíde, a obra deverá iniciar-se em setembro e estar concluída nove meses mais tarde, em finais de junho de 2017." 
Via Figueira TV

Há dias assim. Em que me sinto bem, mesmo com pouca claridade...
Há dias assim. Em que apesar da penumbra, tenho algum sossego...
Há dias assim. Em que dispenso som de fundo, basta-me o silêncio e a luz coada. 
Nestes dias, consigo discorrer comigo longamente. 
A pensar nunca estamos sós...
Há dias assim, de um aparente sossego em que sobrevalorizamos o silêncio. 
Silêncio, não é  sinónimo de isolamento... 
Pode ser desejado! 
E, hoje,  depois destes dias inquietos e atarefados, o silêncio assenta lindamente! 
Pode ser por pouco tempo, mas gozêmo-lo...

Praias de São Pedro, esta tarde...

Cabedelinho...
... e Cabedelo.
As fotos de António Agostinho, mostram que as praias de São Pedro já começam a ter gente, mas ainda continuam a ser um convite a uma passeata calma. 
Aquele andar despreocupado em que se vai pensando nisto ou naquilo, um voejar de assuntos que se encadeiam com naturalidade, com a  cadência das ondas do mar a enrolar na areia, vai embalando os pensamentos enquanto caminhamos. 
Durante o percurso não devia haver lugar para preocupações. 
A paz do lugar devia conseguir afastá-las por completo.
Todavia, olhamos em redor e a paisagem é desoladora.
Eis um bom exemplo do desleixo dos poderes públicos figueirenses...

Mais tarde ou mais cedo, somos nós que pagamos caro o amadorismo dos políticos ...

Recordo este cartaz de propaganda eleitoral para as autárquicas de 2009.
  “Acreditar de novo”. Nada contra o lema, nada também contra o coração....
Todavia, a frase – “acreditar de novo” – continua a carecer de explicação!..
Pelo menos, concretamente, gostaria de saber em quê e em quem...
Para compreendermos a actual ameaça de encerramento dos Postos Médicos da Cova e Gala e Marinha das Ondas, temos de recuar a 2009.
Na altura, João Ataíde das Neves, que vinha da magistratura, politicamente era um neófito que conquistou a câmara da Figueira da Foz para o PS, mas em minoria
O PS conquistou quatro eleitos, mas a oposição elegeu cinco. O PSD, que tinha o poder desde 1998, teve três vereadores e o movimento de cidadãos "Figueira 100 por cento", encabeçado por Daniel Santos, antigo vice-presidente "laranja", conseguiu eleger dois membros para o executivo.
Foi neste cenário, que um inexperiente e imberbe, politicamente falando, executivo minoritário teve de "encontrar consensos" para governar o município.

Desencantado com a política partidária, José Elísio Oliveira, então com 61 anos, vereador do PSD na Figueira da Foz e antigo presidente da concelhia social-democrata fundou o movimento "ou vai ou racha", candidatou-se à junta de freguesia de Lavos - e ganhou.
Político experiente e sagaz, avisado e conhecedor do que estava preparado e em andamento pelo anterior executivo (de que fazia parte como vereador), na área da saúde, e prevendo por antecipação o que daí poderia resultar antecipou-se e tentou pescar junto de João Ataíde, um então novato e inexperiente presidente de câmara.

João Ataíde engoliu o anzol (na totalidade...) e José Elísio fez a pescaria política da sua vida: conquistou, na área da saúde, a excelência para os seus fregueses - os lavoenses
Todos os outros habitantes da margem esquerda do Mondego, que pertencem a um concelho governado por João Ataíde, desde 2009, é que vão ter de pagar o erro estratégico cometido por aquele responsável político figueirense ao construir  um "elefante branco". Já sabemos o que se passou na Costa de Lavos, na Leirosa, o que se está a passar na Marinha das Ondas e em S. Pedro e o futuro, prevejo eu, ainda virá trazer outras surpresas... 
Atenção, que isto não é crítica nenhuma ao José Elísio, que como autarca de proximidade fez o que tinha a fazer pela sua Terra
Como acredito em tudo o que os políticos dizem, principalmente o que eles dizem uns dos outros, cito mais uma vez o que disse o autarca de Lavos na última Assembleia Municipal: enquanto os outros presidentes de junta do concelho andaram a dormir, ele, José Elísio, político avisado, traquejado e informado fez aquilo que tinha que fazer pelos lavoenses. 
Mais uma vez, chapeau, caro José Elísio... 

Em 2009, na hora do PS a comemorar a sua minoritária vitória, no calor da festa, perante o cenário político que o aguardava, disse João Ataíde:  "não há problema" . "Nas eleições autárquicas os concorrentes têm por objectivo primordial servir o seu município. Vamos encontrar consensos", garantiu.
Recordo, que nessa noite, desde a sede de campanha, a festa do PS percorreu a cidade e a marginal da Figueira da Foz durante mais de um hora, naquilo que o presidente eleito chamou de "volta da retribuição e agradecimento ao figueirenses".
"Sentia-se que a Figueira da Foz precisava de uma mudança. Havia muita indecisão e as grandes opções estavam por tomar. Agora está afirmado o sentido de mudança", sublinhou na altura.

Recorde-se: em 2009, Duarte Silva, o candidato PSD derrotado,  recandidatava-se a um terceiro mandato. Tinha vivido últimos quatro anos do segundo mandato marcados por divergências internas no executivo, no qual os sociais-democratas detinham a maioria, com cinco vereadores contra quatro do PS.
Em Agosto de 2009, o PSD perdeu a maioria na autarquia da Figueira da Foz, após o vereador e ex-presidente da concelhia social-democrata, José Elísio Oliveira ter entregue os pelouros que detinha, por solicitação do presidente da Câmara, Duarte Silva.
Foi assim, num cenário conturbado e de "faca na liga" que o então "tenrinho", politicamente falando, João Ataíde começou a carreira política...

Há muito que não acredito em milagres. Há muito que deixei de acreditar no pai natal concebido pela coca-cola. 
Governar um concelho, não é como estar num tribunal, ou governar a nossa casa.
Há muito que sei, que os políticos, mesmo os do mesmo partido, não são todos iguais — a História prova-nos que existem diferenças substanciais... 
Quem, como eu, já anda por aqui há tanto tempo, já o sabia...
Recuso-me a aceitar, que o maior defeito da democracia seja que só quando não se está no poder se têm as boas ideias e se sabe governar...

Assumir, defender e escrever sobre a verdade, mesmo na Figueira, é difícil e é perigoso...

"Participar é preciso", uma crónica do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida.
"Todos os cidadãos em geral desempenham um papel fundamental no quotidiano da gestão concelhia, nomeadamente através da denúncia de situações que carecem de intervenção das Juntas de Freguesia ou da Câmara Municipal.
Os cidadãos têm o direito e a possibilidade de exporem as suas preocupações e reclamações, mas também os seus elogios, aos órgãos autárquicos, tanto através da participação nas reuniões públicas dos respectivos órgãos, como por escrito, junto dos serviços. Não basta a crítica fácil em conversa de café e depois esperar que outros façam o papel que cabe a cada um de nós.
A Figueira, que é um exemplo a nível nacional pela participação de tantas mulheres e homens na vida associativa, carece de uma maior cooperação entre eleitos e eleitores. Falta capacidade reivindicativa aos figueirenses e, vontade de ouvir a quem gere os destinos do concelho.
A participação cívica, que aqui reclamo, nada tem a ver com actividade política e por isso deverá estar despida de qualquer preconceito Ideológico, apenas de uma genuína vontade de poder ajudar a traçar os destinos do concelho.
As sociedades modernas constroem-se na partilha de opiniões e agregando vontades em que ninguém se deve sentir a mais ou com receio que a sua participação seja mal interpretada pelo poder vigente." 

Em tempo.
Disse um dia, algures por 2007,  José Pacheco Pereira: “…os blogues serão apenas mais uma câmara de ressonância da pobreza da nossa vida cívica”. 
Passados cerca de 9 anos, olhando globalmente para a blogosfera figueirense, Pacheco Pereira continua a ter alguma razão. 
Contudo, não tem a razão toda. 
Mesmo a blogosfera figueirense acrescentou e mudou  qualquer coisa no debate dos problemas que afectam os nossos dias. 
Para o bem e para o mal, por aqui, resistem ainda alguns espaços pessoais. 
A importância que merecem da sociedade figueirense, é pessoal, e depende de opções e gostos. 
Salazar, se vivesse nos dias de hoje, mesmo que não conseguisse impedir esta modernice,  não teria paciência para estes perturbadores do porreirismo instalado. 
A Figueira política ainda é assim. Mesmo dentro dos partidos, quando não os deixam mandar, os dirigentes, borrifam-se para a estrutura partidária e vão dar uma volta...
Depois, é o habitual: ficam independentes. 
Os resultados são conhecidos. Há alguns exemplo por aí... 
É mal do sistema democrático? 
Se calhar é, mas não há outro melhor.
Escrito isto, acrescento que não tenho filiação partidária. 
Voto em quem me apetece. Mas nunca  me apeteceu votar em qualquer um. 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Gosto da nudez, na medida em que ela representa a verdade!

A “ética republicana”, se é que isso existe, é mais do que a lei – é a condução dos negócios públicos com sentido de probidade e uma necessária exigência de responsabilidade de quem manda nos governos, nas câmaras municipais, nas juntas de freguesia, nos organismo públicos e nos partidos.
FREGUESIA DE MARINHA DAS ONDAS E DE S. PEDRO (Prefiro dizer, COVA/GALA) – A MESMA LUTA PELOS RESPECTIVOS POSTOS MÉDICOS.
Nunca tive dúvidas sobre o principal responsável do que se está a passar – o Dr. João Ataíde, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz!
Deixo aqui o excelente artigo de opinião do meu amigo, António Agostinho, Covagalense dos sete costados, ambos colaboradores no antigo jornal regional figueirense, BARCA NOVA, nos anos 70.
Com este artigo do nosso amigo António Agostinho, não haverá dúvidas quanto ao epicentro do problema, apontando como principal responsável o actual Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A solução, claro, estará na emenda da política de saúde para o concelho nos moldes da CARTA ABERTA que anteriormente publiquei aqui no Facebook e que enviei ontem para os jornais diários e não diários.


Em tempo.
Esta postagem é, especialmente, dedicada a quem tem andado por aí a espalhar calúnias, bocas de escárnio e mal dizer, boatos e mentiras.
Coitados e coitadinhas: eles, e elas, não sabem que a fofoca é a nova pornografia!..
Mentir às pessoas para conseguir dinheiro, é fraude
Mentir às pessoas para conseguir votos, é política.
Este processo, se não fosse triste, tinha-me divertido imenso...
Faz-me lembrar a velha história do aldeão que desceu à cidade e foi apanhado pela "ronda" numa casa de passe... 
Uma das meninas disse que era manicure;  a outra que era massagista; e assim por diante. 
Perante isto, o aldeão, confrontado pela polícia, respondeu: "querem ver que a puta sou eu!"...

Não há vencedores, mas apenas imbecis com contas bancárias na Suíça e noutros paraísos fiscais...

...as entidades Autárquicas da Figueira da Foz, Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Junta de Freguesia Buarcos e S Julião primaram pela ausência na Ceia Navalista de comemoração do 123º Aniversário.

Para os crentes, recordo antecedentes do processo que conduziram à tentativa de encerramento do posto de saúde na Cova e Gala, actualmente em curso...

João Ataíde, presidente da Câmara da nossa cidade.
António Tavares,, vereador do pelouro da saúde
Como disse na Assembleia Municipal na passada sexta-feira, cara a cara e olhos nos olhos, aos representantes da Câmara Municipal presentes, o epicentro do problema que está a sobressaltar os covagalenses é precisamente o órgão autárquico presidido por João Ataíde desde 2009.
Recuo a 30 de setembro de 2010 e à "CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP E A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ – EXTENSÃO DE SAÚDE DE LAVOS", citando a Acta nº 7 da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de 30-09-2010

Nessa data, foi presente à Assembleia Municipal - foi aprovado por unanimidade - o processo acima mencionado, o qual havia sido aprovado em reunião de Câmara, de 21 de Setembro de 2010
Registe-se, que o edifício onde está a funcionar o Centro de Saúde  de Lavos, foi construído num terreno doado pela Junta de Freguesia de Lavos e é propriedade do Município figueirense. 
A utilização, foi cedida pelo período de 2 anos, renováveis, à ARS Centro.
O PRESIDENTE DA CÂMARA, DR. JOÃO ATAÍDE, na altura, disse o seguinte: “só um acrescento de um documento que pode faltar e que é pertinente. Tenho aqui entre mãos a doação à câmara municipal da Figueira da Foz, do artigo em causa por parte da junta de freguesia de Lavos, era uma formalidade que ainda estava por cumprir, já temos a documentação que passa este prédio para nosso nome e, é ai que nós vamos levar a cabo esta obra, trata-se da extensão de saúde da Junta de Freguesia de Lavos. No fim de contas, foi uma adequação dos procedimentos para que fossem satisfeitas todas as regras necessárias. Este prédio por alteração do protocolo, constituirá activo da câmara municipal da Figueira da Foz. Como não podia deixar de ser, sob pena de estarmos a fazer uma obra, em terreno alheio e a favor de outrem o que é expressamente proibido, e foi isso que tentámos rectificar e é isso que está agora aqui em causa.” 
JOÃO TOMÉ, deputado municipal do BE, na altura, disse o seguinte: “apenas para referir um pequeno pormenor, segundo um trabalho que entreguei em 2009, sobre reestruturação do serviço nacional de saúde no concelho, gostaria de chamar a atenção para o seguinte, tinha-se proposto e defendo que cada freguesia deve ter uma extensão de saúde. No entanto o serviço nacional de saúde deve-se concentrar em cinco ou seis, isso exige estudos, unidades de saúde familiar devidamente distribuídas pelo concelho, de forma a que a população tenha um serviço de qualidade, porque se vão arranjar uma extensão de saúde onde vamos querer ter médico e enfermeiro e mais não sei quantos em dezoito sítios, não vamos ter serviços de saúde de qualidade para ninguém. É preciso acautelar isto"
ANTÓNIO PEDROSA, deputado municipal da bancada 100%, na altura, disse o seguinte: “fico bastante sensibilizado e bastante satisfeito com a celebração deste protocolo, no entanto tenho que secundar a intervenção do meu caro amigo João Tomé do BE, apesar de não ser algo muito próprio de alguém do BE dizer aquilo que você disse. Mas secundo e já falámos sobre isso, você tem toda a razão e segundo aquilo que você disse, temos aqui é um problema, a Freguesia de Lavos e, está ali o Presidente da Junta que o pode confirmar, tem tido muito sucesso neste ano de mandato do Sr. Presidente da Câmara. Porque há turismo governativo, há protocolos para instalação de uma extensão do centro de saúde, existe dinâmica. Se todas as freguesias tiverem este tipo de atenção, acho que é bom para o concelho. Mas queria recordar que há uma situação na freguesia ao lado, na Marinha das Ondas, que também é do conhecimento do Sr. Presidente da Câmara, que tem a ver com a extensão do centro de saúde da Marinha das Ondas, e o Sr. Presidente da Junta está ali, pode confirmar, algo que ainda não está resolvido na Praia da Leirosa. Era só chamar a atenção para esta questão agradecia que se tiverem alguma informação que nos possam disponibilizar, porque em Abril deste ano ainda não estava." 
JOSÉ ELÍSIO, na altura, interveio dizendo: “não queria intervir neste ponto, mas o Sr. deputado Pedrosa obriga-me a isso. Porque da intervenção pode trespassar pela cabeça das pessoas que há, por parte da câmara e do Sr. Presidente da Câmara, algum tratamento de favor em relação à freguesia de Lavos, o que aliás é falso. Tenho para com o Sr. Presidente da Câmara e para com a sua equipe de vereação o maior respeito, maior admiração, tenho colaborado dentro daquilo que me é possível colaborar e a câmara tem feito aquilo que é possível fazer por Lavos, como tem feito por outras freguesias. Houve de facto a visita do Sr. secretário de estado do turismo, porque foi ao museu do sal, e a iniciativa, tanto quanto julgo saber, até nem foi da câmara, foi da região de turismo do centro, não sei se estou a errar, mas admito que sim. Agora algumas iniciativas que a freguesia de Lavos tem tido e tem em curso, essas, com o devido respeito, têm sido da iniciativa do Presidente da Junta.” 

Postado isto, tiro o meu boné (não uso chapéu) ao presidente da junta de freguesia de Lavos. E só tenho de concordar com ele, quando na última sexta-feira afirmou, perante o público presente, perante toda a Assembleia Municipal e perante os membros do executivo camarário, que enquanto os outros presidentes de junta do concelho andaram a dormir, ele, José Elísio, político avisado, traquejado e informado fez aquilo que tinha que fazer pelos lavoenses. 
Chapeau, caro José Elísio...
José Elísio, presidente da junta de Lavos,
a entidade que doou o terreno para a
construção do Centro de Saúde lavoense.

Recordo que a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, deliberou por unanimidade, aprovar o contrato-programa entre a Administração Regional de Saúde do Centro, IP e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, tendo como objecto a cooperação técnica e financeira para a construção da Extensão de Saúde de Lavos.
Estávamos a 30 de setembro de 2010.
RECORDO A DECLARAÇÃO DE VOTO JOSÉ ELÍSIO, feita na altura: “votei a favor deste projecto com toda a convicção e até devo confessar com alguma emoção. Acho que este é o primeiro passo de uma caminhada que se afigura longa e difícil, e que espero que termine de uma forma feliz, para bem da comunidade lavoense, pois este equipamento, que é absolutamente necessário, irá contribuir de uma forma muito significativa para a melhoria da sua qualidade de vida. Por ser de justiça, não quero deixar de registar o meu agradecimento ao empenhamento que tem havido por parte do Sr. Presidente da Câmara e por parte dos senhores vereadores que super entendem nesta área, para que este processo se concretize. Têm sido revelador de uma grande vontade politica que, estou certo, que os lavoenses registarão. Quero também deixar claro que a freguesia de Lavos não deixa de contribuir de uma forma muito significativa para realização e concretização deste projecto, pois não sei se outros casos assim será, mas neste a junta de freguesia contribui com algo que ronda os 20 a 23% do total do investimento, e que mais não é do que ter alienado e ter doado com todo o gosto à câmara municipal o terreno de sua propriedade, que aliás era o único que possuía para que este equipamento ali pudesse ser construído.” 

A PARTIR DE HOJE AS CONSULTAS DE SAÚDE INFANTIL, SAÚDE MATERNA E PLANEAMENTO FAMILIAR, REALIZAM-SE NOS PERÍODOS HABITUAIS (2ª, 3ª E 5ª NO PERÍODO DA TARDE) NA EXTENSÃO DE LAVOS.

Quem disse que havia desacordo no acordo de 25 de Abril e havia acordo no eliminação do desacordo inicial?
Isto é, citando  o Diário de Coimbra de segunda-feira, dia 26 de abril de 2016
"A intenção de deslocar os médicos de família da Extensão de Saúde de S. Pedro (Cova-Gala) para o Centro de Saúde de Lavos, ficando apenas com médico um dia por semana, sofreu ontem uma “reviravolta”, numa reunião entre o director executivo do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) do Baixo Mondego, os presidentes das juntas de S. Pedro e da Marinha das Ondas e o presidente da Câmara Municipal.
Reunião entre autarcas e responsáveisdo ACES do Baixo Mondego "ditou", por enquanto, a reversão da  decisão.
Em Maio, há novo encontro, tudo indica que será para formalizar a decisão, sendo certo que, algumas consultas de especialidade, serão dadas em Lavos, onde existem melhores meios de diagnóstico..."

domingo, 1 de maio de 2016

Todos os dias continuam a ser para mim o Dia da Mãe...

Por  isso, assinalo e recordo este dia.

Manuel Cintrão, um cidadão marinhense e do país, completamente revoltado com o que se passa ao nível da política concelhia em relação à saúde.

Este caso do encerramento das extensões de saúde de São Pedro e da Marinha das Ondas, está a provar que existem alguns cidadãos interessados na política e no futuro da sua Terra, que não se revêem nos partidos, tal como existem e, sobretudo, funcionam actualmente. 
Ao contrário do que muitos receiam, esta genuína entrega  em torno de uma causa que afecta o dia a dia de pessoas que podem ficar isoladas e com dificuldades em aceder aos cuidados de saúde primários, não é contra os partidos, muito menos contra a política e os políticos. 
Antes pelo contrário, poderia é contribuir para uma revitalização da política. 
Na verdade, esta mobilização justifica que os partidos reflictam no caminho que estão a trilhar e na multidão que andam a deixar para trás...
Outra nota significativa do que se está a passar, desde 18 do corrente, na Marinha das Ondas e em São Pedro: algumas pessoas estão dar corpo e voz ao valor da intervenção cívica e isso, evidentemente, não é do agrado dos políticos.
A cidadania faz-se pela participação. Uma sociedade civil forte é feita destes pequenos nadas. Uma sociedade civil forte é a expressão maior da política.
Sem mais delongas, fica uma CARTA ABERTA DIRIGIDA AO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ, DR. JOÃO ATAÌDE, subscrita pelo velho “soldado”, cidadão inteiramente livre, sem papas na língua, escritor,  e meu companheiro no  Barca Nova, no final dos anos 70 do século passado, Manuel Cintrão,  "cidadão marinhense e deste país, completamente revoltado com o que se passa ao nível da política concelhia em relação à saúde." 
Cliquem aqui e leiam com a atenção que merece este testemunho do velho lutador contra a ditadura e contra a guerra colonial, sempre com os valores inabaláveis da liberdade de consciência e pela transparência moral e cívica presentes.
Grande abraço Manuel Cintrão.
Tu és um daqueles que nunca será velho. A velhice começa, para nós, pelo menos, pelo menos, 15 anos depois da idade em que estivermos.

Passo a citar:
"...o objectivo desta carta é centrar-se na política de saúde para o concelho de Figueira da Foz que o Dr. João Ataíde preconizou, tem defendido e dado a cara por ela. Por isso, a meu ver, é o principal responsável por ela, repito, é o grande responsável.
Com toda a frontalidade, lamento dizê-lo, sou totalmente contra essa política de saúde para o concelho. É uma visão errada, completamente deslocada da realidade e das verdadeiras necessidades e anseios dos seus munícipes – utentes dos serviços de saúde.
Confesso, estou contra essa política, errónea, que só contribui para o mau estar das populações. Uma política que não colhe qualquer unanimidade das pessoas que se servem dos serviços de saúde.
Se referendasse os munícipes nas áreas onde estão instalados os Postos Médicos, sem qualquer dúvida, obteria um rotundo NÃO à sua política de saúde para o concelho.
Os Postos Médicos que existem no concelho, a meu ver, estão mais ou menos bem distribuídos de acordo com as necessidades das populações. Distribuídos como estão actualmente, acautelam minimamente os problemas de transportes, de mobilidade das pessoas idosas, pessoas diminuídas fisicamente, pessoas com dificuldades de locomoção e carenciadas.
Acredito que alguns postos médicos não tenham as condições desejáveis para os utentes, pessoal de saúde e auxiliar. Nestes casos há que promover melhoramentos, fazendo-se as obras necessárias. Neste particular, a própria Câmara Municipal não fará favor nenhum mandar executar as obras necessárias, já que usufrui de boa receita de tributação, paga pelos contribuintes, e das mais onerosas do país - o IMI.
A política séria, repito, a política séria não é estática e nem é uma panaceia, molda-se de acordo com os mais elementares direitos dos cidadãos.
Não quero acreditar que seja insensível, porque o considero como pessoa atenta e clarividente, não quero acreditar que seja mais um neoliberal a defender em primeiro ludar os números e só depois as pessoas. Quero acreditar, face ao descontentamento das populações, que a sua espada de “Dâmocles” faça justiça a favor dos utentes dos serviços de saúde.
Nesse sentido, como cidadão sempre activo na participação em acção cívica e política, sugiro-lhe que mantenha todos os Postos Médicos, do concelho, em paz e promova a reconversão do Centro de Saúde de Lavos, uma vez sobredimensionado, para Centro de Cuidados Continuados Integrados. Igualmente, aquando da construção do Centro para o norte do concelho, creio Alhadas, tenha já em linha de conta a utilização para Cuidados Continuados Integrados.
Assim, sim, seria uma política de saúde de grande visão, não seria uma política de pacotilha, dotando o concelho com uma rede de Cuidados Continuados Integrados, que se integraria na Rede Nacional de Cuidados Integrados (RNCCI), novo modelo organizacional criado pelos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, formada por um conjunto de instituições públicas e privadas que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social.
Como se sabe são objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.
Como é óbvio, com essa conversão, melhorava-se os serviços de saúde, deixava-se os actuais Postos Médicos em paz e os utentes que deles se servem.
Por outro lado aliviava o Hospital Distrital da Figueira da Foz de algumas valências e vagava a ocupação de camas. Como se sabe, por vezes, os doentes do hospital têm alta antes do tempo desejável para dar lugar a outros.
Espero que o Dr. João Ataíde reveja a sua política, errada, de saúde para o concelho."

1º de Maio, Dia do trabalhador

Cada vez há mais razões para comemorar o 1º de Maio.
Não se pense que por termos uma gerigonça de esquerda no governo, em Portugal, ou por vivermos na zona do mundo onde melhor se vive, que o problema do trabalho se encontra resolvido.
A tendência é, cada vez mais, para desvalorizar o factor trabalho no processo produtivo, em favor de outros interesses...