quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O poder...

O CM de hoje, afirma que "o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa ganha à primeira volta das presidenciais, segundo uma sondagem CM/Aximage, com 54,6%. Os números revelam ainda um dado surpreendente: o ex-líder do PSD vence em quase todo o eleitorado, da direita à esquerda, com excepção do PCP, em que o concorrente oficial, Edgar Silva, é o escolhido."

Lembro-me que na minha juventude, vivida antes do 25 de Abril de 1974, havia medo de muita coisa - por exemplo, do futuro, sobretudo, penso eu, por causa da artrose...
Muitos, desde logo, negaram-se a viver em função do medo. 
Optaram por viver.

Se não tivessem vivido não teriam tido artrose. 
A imobilidade causada pelo medo, não faz a felicidade de ninguém. Precisamos do desgaste contínuo de estarmos vivos, da animada fricção das engrenagens com que nos vamos  deparando durante a vida. 
Devido à quilometragem da vida, aos ossos, tal como a nós, só lhes resta chegar ao fim gastos.

2015, foi um ano que deu para muito. 
Portugal, está em mudança.
Deu para ver, por exemplo, um Português que emigrou para França, a salto nos anos 60, dizer que “não se identifica” com “essa gente que está invadir a Europa”
O futuro de Portugal, é límpido como água pura e cristalina...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A formatação contra a diferença...

O deputado do PSD, Duarte Marques, desafiou hoje Pacheco Pereira a deixar o PSD por iniciativa própria. Em entrevista ao jornal i, o deputado social-democrata diz que Pacheco Pereira devia ter vergonha em continuar a ser militante do partido, afirmando que é um sinal de incoerência que se mantenha no PSD.
Em causa, está o facto de Pacheco Pereira ser um dos oradores de um Fórum promovido pela candidatura de Marisa Matias a 19 de dezembro próximo.
Só que Pacheco Pereira ainda não decidiu qual a candidatura presidencial que vai apoiar e disse que a tomar uma decisão, vai tomá-la apenas numa segunda volta das eleições. Em entrevista a Maria Flor Pedroso, na Antena 1, o social-democrata admite que vai intervir em acções de campanha de Marisa Matias e de Sampaio da Nóvoa e não descarta a hipótese de fazer o mesmo com Marcelo Rebelo de Sousa.
Será que vai ser possível um dia PSD vir a ser liderado por Duarte Marques, tendo Miguel Morgado e Bruno Maçães como ideólogos?..

O jornalismo já ardeu?...

"...Marcelo fez o seu último comentário na TVI e despediu-se com uma festa “pouco ortodoxa” (na realidade ligeiramente indecente, a beliscar as nádegas da deontologia) mas afinal era Marcelo e os jornalistas da TVI, depois de dizerem que ele era “amigo”, “cúmplice” e “da casa” até prometeram “incomodar” o candidato e “não lhe dar tréguas” e foi bonito e todos tinham os olhos um pouco húmidos e saiu em todas as televisões e em todos os jornais. Não foi normal nem ético mas que diabo… era Marcelo e quem tem ética morre de fome, como dizia a outra."
Depois de ler a crónica de José Vítor malheiros, ontem no Público, fiquei ainda com mais pena genuína do Marcelo, se ele vier a vencer,  as próximas eleições presidenciais.
Vai ser um homem enclausurado num lugar mal situado e, ultimamente, muito mal frequentado - "Cavaco foi mostrando pela negativa, como as presidenciais são mesmo importantes. A questão é que os media (e, em particular, as TV) continuam a não lhes dar importância - o que significa que estão a boicotar o confronto de candidatos e impedem os eleitores de os conhecer… com excepção daquele que todos já conhecem..."
O jornalismo que acorde... 
O que está em causa é a felicidade do comentador Marcelo...
Como presidente, penso que Marcelo não vai conseguir ser feliz...

aF258


Marcelo, o candidato, na SIC

Ontem na SIC, Marcelo, o candidato, comparativamente ao ex-comentador Marcelo, ficou a perder: os cuidados e a contenção a que se vê agora obrigado, é um fato que não lhe assenta bem.
Fez lembrar o Paulo Rangel nas constantes presenças na televisão: depois dos quilos que perdeu, parece que ficou a boiar dentro do corpo.
Pelo menos no pequeno ecran, Rangel dá a ideia que, depois da cura de emagrecimento, ficou com um corpo desfasado no novo visual. 
O mesmo se passa com o ex-comentador Marcelo, agora o candidato da direita a PR.

Comunicado do PSD/Figueira sobre a Protecção Civil no concelho

Na foto, o Comandante Operacional Municipal, acompanhado pela comitiva do PSD
«Atendendo às palavras do Sr. Presidente de Câmara, Dr. João Ataíde “não há razões para temer algum factor de menos segurança” veiculadas na Comunicação Social, no passado dia 23 de Novembro de 2015, o PSD efectuou uma visita ao novo Quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz.
Nesta visita fomos acompanhados pelo Sr. Comandante Operacional Municipal (Nuno Osório) onde este manifestou uma serie de preocupações, nomeadamente, de que o recente e inaugurado quartel ainda está em fase de implementação, ou seja, a obra ainda não está entregue ao Município, no entanto, já fora inaugurada, apesar de ainda persistirem obras de acabamento.
O Sr. Comandante referiu que todos os equipamentos já se encontram no quartel, no entanto não existe local de armazenamento de material, assim como não foi previsto local de oficinas, estando a ser estudada uma solução de contentores.
Recordando palavras do Sr. Presidente da Câmara, onde “afirmou a existência de um corpo municipal com 32 bombeiros, dos quais 8 em permanente piquete para garantir uma intervenção rápida” confirmamos que Sr. Presidente, mais uma vez, não sabe os meios que tem ao seu dispor, pois o Comandante do corpo de bombeiros municipais referiu, que cada piquete tem apenas 6 elementos (o mínimo exigido por lei).
Nesse seguimento e visto que na referida reunião de Câmara não falou nesse facto, foi-nos transmitido nesta visita que a auto-escada dos BMFF está inoperacional.
De facto, sentimo-nos bem mais tranquilos com as palavras produzidas pelo comandante dos BMFF e que denotam um vasto conhecimento dos meios ao seu dispor, o mesmo não acontece relativamente às declarações proferidas pelo presidente de Câmara, sendo este último quem detém a competência e autoridade em matérias de protecção civil

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

“Tubo de ouro” para a Águas da Figueira

A Fátima Lopes pode resolver...

Hoje, no DN, Marco António Costa, Vice-presidente do PSD, acusa o PS de ter chegado ao poder "por arranjo administrativo-político-partidário".
Para Marco António Costa, 1.747.685 (um milhão, setecentos e quarenta e sete mil, seiscentos e oitenta e cinco votos), escrutinados numa coligação do PSD/CDS, é uma «maioria», comparativamente e em relação à «minoria» de 2.819.697 (dois milhões, oitocentos e dezanove mil, seiscentos e noventa sete) de votantes no conjunto de partidos que apoiam o actual governo, também, eles uma coligação!..
Como "o respeito impecável pela democracia" é "fundamental", o que fazer para acabar com este trauma da direita?..
Se eu pudesse, levava-os à máquina da verdade da Fátima Lopes...

Em tempo.
"Os deputados da Coligação PSD/PP foram eleitos com apenas vinte mil votos cada; mas já o Bloco de Esquerda precisou de trinta mil. E o único deputado do PAN necessitou mesmo de setenta e cinco mil votos para a sua eleição"
Paulo Morais, hoje, no Público.

aF257


domingo, 6 de dezembro de 2015

A água parece um espelho

foto sacada daqui
Na imagem: a borda do rio na Gala. As "recoletas", os botes e as bateiras. 
A velha doca que desapareceu nos primeiros anos da década de 80 do século passado.
Na minha memória, esta imagem continua presente, como se ainda lá estivesse.

Radicalismo

Estamos num num país em que a direita se recusa a ser de direita, porque é facilmente associada ao salazarismo e à opressão das liberdades.  
Seguindo o ensinamento de Napoleão Bonaparte, “nunca  se deve interromper um inimigo enquanto ele estiver no processo de auto-destruição”.

Epitáfio


aF256


sábado, 5 de dezembro de 2015

Na terra dos autarcas "ronaldos"...

Imagem sacada daqui
Se, em vez de um José Esteves, de um Rui André Duarte, de um António Faim Cardoso, de uma Maria de Lurdes Palaio e de um Pedro Daniel dos Santos, esta equipa fosse constituída por cinco "ronaldos", teríamos um "ronaldinhinho", um "ronaldinho", uma "ronalda", um "ronaldão" e um "ronaldãodão"
Na terra  dos autarcas "ronaldos", as regras, para o tamanho das placas,  têm de passar a ser muito bem definidas. 
Não podemos correr o risco de, para os "ronaldos" das pontas, deixar de ter espaço na placa para o nome completo... 
Imaginemos, que este plantel de "ronaldos", era uma equipa de futebol de 5...
Teriam de usar manga comprida, o que, nos nossos pavilhões, sem ar condicionado, seria sempre uma enorme maçada e um desconforto terrível... 

Não se fazem omeletes sem ovos.

A imagem, que saquei ao jornal AS BEIRAS, é uma pequena notícia que é um retrato acabado da minha cidade e do meu País.
«Diogo Lima, 21 anos, trabalhador-estudante, é o novo presidente da Concelhia da Figueira da Foz da JS. Foi eleito com (apenas) 16 votos, num universo de 260 eleitores, encabeçando lista única.
O novo líder socialista imputa a escassa participação ao afastamento dos jovens da política. “As pessoas estão completamente afastadas e, por outro lado, nos últimos anos, não houve nada que ligasse os jovens locais à JS”.
A notícia termina com a  esperança renascida do novo líder da jotinha socialista na Figueira.
 “Acredito que, com o PS no Governo, possamos despertar mais interesse nos jovens”, disse...»

Recordo uma passagem de uma postagem de março deste ano, neste blogue.
«Não é só na Figueira que existem aviários de candidatos a "tachos" e a  políticos. Portugal, todo ele, incluindo as ilhas adjacentes, é um enorme aviário de candidatos a "tachos" e a políticos.»
Tal como na vida das pessoas normais - a maioria de nós, aqueles que nunca foram "jotinhas"... - também na vida dos "jotinhas", coisas que não foram aprendidas em criança, dificilmente se aprendem em adulto.

Sobre os anos que me restam, poucas ilusões já tenho.
Nunca vivi tendo como objectivo principal: “o que eu quero é ser feliz”
Neste país, nesta cidade e nesta Aldeia, ser feliz nunca  me pareceu um objectivo viável. 
A minha vida passou sempre por outra utopia: “viver em paz”.
Isto, porque sempre soube - e continuo a saber - que quem governa realmente, são pessoas muito inteligentes, que por serem muito inteligentes não precisam de praticar o mal, basta-lhes manipular alguém para que o faça por eles.
É esse o papel dos "jotinhas"... 
Não se fazem omeletes sem ovos.

Um exemplo de mau profissionalismo

Segundo informação dada ao Diário de Notícias por uma fonte do Executivo socialista, o Orçamento do Estado para 2016 não tem nada preparado, nem mesmo a informação básica.
Não basta ter ganho eleições, ter uma licenciatura e ter sido governante. 
Não bastam 4 anos a governar e 10, 15, 20, ou mais anos de experiência política. 
Profissionalismo, em política, é trabalhar melhor e mais rápido, agilizar processos, antecipar problemas, provisionar as ferramentas adequadas para uma tarefa e usá-las.
No fundo, ter o trabalho organizado, para que o profissional que se segue possa prossegui-lo.
É isso que se exige a um profissional competente...
Ainda para mais, quando o que está em causa é Portugal.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Cumprir a meta do défice é uma tarefa “exigente e de difícil concretização”...

 A avaliação é da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, que fez contas aos primeiros nove meses do ano.
Até setembro, o Estado terá tido um défice de 3,7 por cento, o que torna “exigente e de difícil concretização” a meta dos 2,7 estipulada pelo Governo de Passos Coelho para o ano. A UTAO avisa ainda que Portugal terá de crescer mais de 0,6 por cento no último trimestre para que a economia cresça os 1,6 por cento previstos pelo anterior executivo. As más notícias não acabam por aqui: a unidade técnica alerta que o executivo já gastou mais de dois terços da almofada financeira.
Tudo visto e resumido, sobra uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma: uma margem orçamental praticamente esgotada, a famosa "almofada", reduzida a ar e vento.
Nada que surpreenda como herança dum governo Passos/Portas...
Desde 2011, tanta austeridade para quê?
Os cofres do Estado, afinal, estão vazios. E o mais grave, é que os bolsos dos portugueses ainda mais vazios estão.

O pin de Passos - "chefe de governo"...

O desespero de Passos Coelho e Portas em regressar ao poder começa a roçar o desespero.
Eles sabem, melhor do que ninguém, que se este novo governo conseguir durar até 2017, o destino mais que certo, pelo menos no PSD, serão as eleições internas...
Entretanto, "até que volte a ter uma maioria de deputados que lhe dêem esse poder, Passos bem poderá guardar o pin que continua a ostentar na lapela e passar a tratar por Primeiro-ministro o Primeiro-ministro agora investido no pleno exercício de funções, porque a figurinha que está a fazer só serve para lembrar aquela que outro, antes dele e da democracia, já fez quando entrou em negação ao saber que tinha Caetano como Chefe do Governo."
Neste momento, só me apetece parafrasear um excelente conhecedor do bom povo: aquele banqueiro que no começo da austeridade disse - "Aguenta, aguenta!"