Recordam-se? Foi há poucos dias...
Paulo Portas, em plena campanha eleitoral, com a desfaçatez, à vontade e falta de vergonha que lhe é peculiar, deu a entender que os empresários só estavam à espera de saber se ele e Passos Coelho seriam reeleitos para decidir dos investimentos na economia - na tal economia que cria emprego, do tal emprego que cria riqueza, da tal riqueza que traz bem-estar às pessoas e proporciona o tal crescimento económico ao país!...
O blah-blah-blah do costume, que, tal como a música pimba, entra mesmo nos ouvidos dos mais distraídos desta coisa da política, pois foi repetido até à exaustão pela tal comunicação social - tipo câmara de eco...
Passaram-se apenas 4 – quatro dias - 4, e a resposta dos empresários, que investem na economia, que cria emprego e coisa e tal, aí está.
«O ministro da Economia, Pires de Lima, admitiu hoje ficar preocupado com o encerramento da fábrica de Santarém da Unicer, que poderá envolver o despedimento de 150 pessoas"...
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
João Ataíde confirmou: a estação salva-vidas da Figueira da Foz "fecha às 18 horas e a embarcação de busca e salvamento estava há dois meses incapaz" ".
O Sindicato dos Trabalhadores Portuários acusou a Marinha de estar a iludir as pessoas sobre o naufrágio da Figueira da Foz e de o Instituto de Socorros a Náufragos não ter meios para acudir.
Segundo o JN, Serafim Gomes, da direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias, frisou que o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) não tinha meios disponíveis aquando do alerta, cerca das 19.15 horas de terça-feira, porque a estação salva-vidas da Figueira da Foz "fecha às 18 horas", dado que os seus funcionários "têm o regime normal da função pública como qualquer funcionário de secretaria", acusou.
"O porta-voz da Marinha está a iludir as pessoas. Diz que os pescadores deviam usar coletes salva-vidas e que foi o estado do mar e as redes na água, mas não diz que o ISN não tinha meios para acudir quando o alerta foi dado", frisou Serafim Gomes.
"Isto é uma situação incrível, que se arrasta há mais de uma década e que não serve para um socorro deste tipo. É como se os polícias e os bombeiros tivessem um horário limitado", comparou.
Serafim Gomes revelou que o salva-vidas do ISN Patrão Macatrão, fundeado na Figueira da Foz, "está avariado há duas ou três semanas" e não podia ser utilizado para acorrer às vítimas do naufrágio, que provocou um morto, havendo ainda quatro pescadores desaparecidos.
"Se tivessem uma embarcação em condições e meios humanos, se calhar, nada disto tinha acontecido", lamentou.
Serafim Gomes disse ainda que os capitães do porto possuem a "arte do desenrasca", porque não havendo meios no ISN "mandam polícias marítimos que não têm preparação" para operações de salvamento.
Ouvido pela Lusa, o comandante Nuno Leitão, porta-voz da Autoridade Marítima, disse que as declarações de Serafim Gomes "não fazem qualquer tipo de sentido", embora tenha admitido a avaria no salva-vidas do ISN.
"São declarações de quem não conhece minimamente a realidade de uma operação de busca e salvamento. Lamento que as pessoas, nestas alturas, apontem o dedo a outras pessoas que estão a fazer o seu melhor e com os meios todos disponíveis para o sucesso da missão", frisou Nuno Leitão.
"Esse sucesso resultou em duas vidas salvas pelo meio empregue , estou nessa tristeza também, foram vidas que se perderam, situações que se podiam ter evitado se as pessoas estivessem a envergar os coletes salva-vidas, se tivessem cumprido aquelas regras elementares que a Marinha e a Autoridade Marítima diariamente divulgam", adiantou Nuno leitão.
"Agora, não podem estar a apontar o dedo a atrasos do salvamento quando aquilo que foi possível fazer foi feito" justificou. No entanto, Nuno Leitão admitiu que o salva-vidas do ISN "está avariado".
"A avaria que tem é uma avaria normal, está a espera de peças para ser reparado. A capacidade da estação salva-vidas nunca deixou de estar em causa", garantiu.
O porta-voz da Autoridade Marítima frisou ainda que se a embarcação do ISN estivesse em condições de ser utilizada "não tinha qualquer tipo de empregabilidade" no socorro, por ser um navio "grande, com capacidade oceânica".
Apesar da explicação do porta-voz da Autoridade Marítima sobre a falta de adequação do salva-vidas do ISN à operação, vários pescadores lembraram que há cerca de dois anos, em outubro de 2013, o "Patrão Macatrão" salvou cinco pescadores num naufrágio de uma embarcação de pesca, sensivelmente na mesma zona do acidente do arrastão Olívia Ribau, junto à barra da Figueira da Foz e com condições adversas de mar.
Hoje, João Ataíde falou sobre o naufrágio. Sublinhou que "as condições de prevenção e segurança" do porto da Figueira da Foz não "estavam nos seus devidos termos". O ISN "fecha às 18 horas e a embarcação de busca e salvamento estava há dois meses incapaz".
"Não direi que falhou o socorro, falharam as medidas de prevenção. Esta questão de [não] termos conhecimento de que o Instituto de Socorros a Náufragos fecha às 18:00 é demasiado grave", frisou João Ataíde, que por inerência é o responsável pela Protecção Civil na Figueira. O autarca figueirense sublinhou que "não havia ninguém disponível" no ISN para acudir ao naufrágio e registou que o salva-vidas Patrão Macatrão "que é o único que tem condições para acudir a estas situações, estava indisponível devido a uma avaria técnica".
João Ataíde disse ainda que um porto comercial com a envergadura do da Figueira da Foz "merece ter a necessária prevenção", alegando que o ISN devia ter articulado com a administração portuária a permanência de meios que permitissem acudir a um acidente como o que ocorreu terça-feira. João Ataíde notou que nos últimos três anos, "este é o terceiro acidente" mortal junto à barra do porto da Figueira da Foz.
Por outro lado, o Presidente da Câmara lembrou que há mais de três anos que a autarquia vem fazendo "insistentemente" apelos para a dragagem da barra, a última vez em abril de 2014, dando nota das dificuldades das embarcações dos pescadores para entrarem no porto, após as obras de prolongamento do molhe norte em 2010.
E agora senhor comandante Nuno Leitão, o problema continua a ser os coletes?..
Segundo o JN, Serafim Gomes, da direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias, frisou que o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) não tinha meios disponíveis aquando do alerta, cerca das 19.15 horas de terça-feira, porque a estação salva-vidas da Figueira da Foz "fecha às 18 horas", dado que os seus funcionários "têm o regime normal da função pública como qualquer funcionário de secretaria", acusou.
"O porta-voz da Marinha está a iludir as pessoas. Diz que os pescadores deviam usar coletes salva-vidas e que foi o estado do mar e as redes na água, mas não diz que o ISN não tinha meios para acudir quando o alerta foi dado", frisou Serafim Gomes.
"Isto é uma situação incrível, que se arrasta há mais de uma década e que não serve para um socorro deste tipo. É como se os polícias e os bombeiros tivessem um horário limitado", comparou.
Serafim Gomes revelou que o salva-vidas do ISN Patrão Macatrão, fundeado na Figueira da Foz, "está avariado há duas ou três semanas" e não podia ser utilizado para acorrer às vítimas do naufrágio, que provocou um morto, havendo ainda quatro pescadores desaparecidos.
"Se tivessem uma embarcação em condições e meios humanos, se calhar, nada disto tinha acontecido", lamentou.
Serafim Gomes disse ainda que os capitães do porto possuem a "arte do desenrasca", porque não havendo meios no ISN "mandam polícias marítimos que não têm preparação" para operações de salvamento.
Ouvido pela Lusa, o comandante Nuno Leitão, porta-voz da Autoridade Marítima, disse que as declarações de Serafim Gomes "não fazem qualquer tipo de sentido", embora tenha admitido a avaria no salva-vidas do ISN.
"São declarações de quem não conhece minimamente a realidade de uma operação de busca e salvamento. Lamento que as pessoas, nestas alturas, apontem o dedo a outras pessoas que estão a fazer o seu melhor e com os meios todos disponíveis para o sucesso da missão", frisou Nuno Leitão.
"Esse sucesso resultou em duas vidas salvas pelo meio empregue , estou nessa tristeza também, foram vidas que se perderam, situações que se podiam ter evitado se as pessoas estivessem a envergar os coletes salva-vidas, se tivessem cumprido aquelas regras elementares que a Marinha e a Autoridade Marítima diariamente divulgam", adiantou Nuno leitão.
"Agora, não podem estar a apontar o dedo a atrasos do salvamento quando aquilo que foi possível fazer foi feito" justificou. No entanto, Nuno Leitão admitiu que o salva-vidas do ISN "está avariado".
"A avaria que tem é uma avaria normal, está a espera de peças para ser reparado. A capacidade da estação salva-vidas nunca deixou de estar em causa", garantiu.
O porta-voz da Autoridade Marítima frisou ainda que se a embarcação do ISN estivesse em condições de ser utilizada "não tinha qualquer tipo de empregabilidade" no socorro, por ser um navio "grande, com capacidade oceânica".
Apesar da explicação do porta-voz da Autoridade Marítima sobre a falta de adequação do salva-vidas do ISN à operação, vários pescadores lembraram que há cerca de dois anos, em outubro de 2013, o "Patrão Macatrão" salvou cinco pescadores num naufrágio de uma embarcação de pesca, sensivelmente na mesma zona do acidente do arrastão Olívia Ribau, junto à barra da Figueira da Foz e com condições adversas de mar.
Hoje, João Ataíde falou sobre o naufrágio. Sublinhou que "as condições de prevenção e segurança" do porto da Figueira da Foz não "estavam nos seus devidos termos". O ISN "fecha às 18 horas e a embarcação de busca e salvamento estava há dois meses incapaz".
"Não direi que falhou o socorro, falharam as medidas de prevenção. Esta questão de [não] termos conhecimento de que o Instituto de Socorros a Náufragos fecha às 18:00 é demasiado grave", frisou João Ataíde, que por inerência é o responsável pela Protecção Civil na Figueira. O autarca figueirense sublinhou que "não havia ninguém disponível" no ISN para acudir ao naufrágio e registou que o salva-vidas Patrão Macatrão "que é o único que tem condições para acudir a estas situações, estava indisponível devido a uma avaria técnica".
João Ataíde disse ainda que um porto comercial com a envergadura do da Figueira da Foz "merece ter a necessária prevenção", alegando que o ISN devia ter articulado com a administração portuária a permanência de meios que permitissem acudir a um acidente como o que ocorreu terça-feira. João Ataíde notou que nos últimos três anos, "este é o terceiro acidente" mortal junto à barra do porto da Figueira da Foz.
Por outro lado, o Presidente da Câmara lembrou que há mais de três anos que a autarquia vem fazendo "insistentemente" apelos para a dragagem da barra, a última vez em abril de 2014, dando nota das dificuldades das embarcações dos pescadores para entrarem no porto, após as obras de prolongamento do molhe norte em 2010.
E agora senhor comandante Nuno Leitão, o problema continua a ser os coletes?..
"Sem me querer mandar muito para fora de pé", deixo uma questão pertinente que acabei de ouvir no programa da manhã de hoje da SIC "Queridas Manhãs", sobre o naufrágio do Olívia Ribau, cerca das 13 horas e trinta e três minutos...
"A Figueira é a barra mais difícil do País... Não podemos cortar nas questões de segurança. Quando cortamos dá azar... O acidente deu-se às 19 horas e 13 minutos e se verificarmos a hora a que o helicóptero foi pedido, ficaremos a perceber muita coisa: verificamos que não há maus exércitos, há maus generais... E isso também se aplica ao mar...
As autoridades devem saber...
Na incapacidade de decisão pode estar o destino de muita gente..."
- Hernâni Carvalho, é jornalista auditor da defesa nacional. Não fala de cor...
Actualização às 14 horas e 28 minutos:
O vídeo pode ser visto aqui.
As autoridades devem saber...
Na incapacidade de decisão pode estar o destino de muita gente..."
- Hernâni Carvalho, é jornalista auditor da defesa nacional. Não fala de cor...
Actualização às 14 horas e 28 minutos:
O vídeo pode ser visto aqui.
Dois corpos encontrados esta manhã dentro de arrastão Olívia Ribau ...
Já apareceram mais 2 cadáveres, o que eleva para 3 o número de mortos confirmados.
Os trabalhos de busca vão prosseguir durante o dia de hoje.
O naufrágio provocou três mortos, dois corpos continuam desaparecidos e há ainda a registar o salvamento de dois pescadores.
Os trabalhos de busca vão prosseguir durante o dia de hoje.
O naufrágio provocou três mortos, dois corpos continuam desaparecidos e há ainda a registar o salvamento de dois pescadores.
NA FIGUEIRA E NO PAÍS EXISTE UM GRANDE PROBLEMA: A BARRA.
Recordo uma postagem de 11 DE ABRIL DE 2008, uma sexta-feira.
“O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi hoje adjudicado, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, vai permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz e deverá estar concluída até Fevereiro de 2010.
Com um preço base de 12,5 milhões de euros, a intervenção compreende a extensão do molhe em 400 metros, bem como a ampliação do canal de navegação.”
Mas, será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão?
Mas, neste País de merda, já tinha havido "avisos" anteriores a quem de direito.
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996.
Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
Como ninguém ligou, ninguém tratou do problema, o resultado aí está: desde que a obra que aumentou em 400 metros o molhe norte da barra da Figueira da Foz ficou concluída, temos um grande problema.
Tratar o problema é urgente: exige colocar ordem na desordem, que é a administração do território, e colocar ordem na desordem, que existe na gestão do litoral português.
António Miguel Lé, presidente da Cooperativa de Produtores de Peixe Centro Litoral, ONTEM, no decorrer da manifestação frente à Capitania da Figueira, disse aos jornalistas que “muita coisa falhou”, acrescentando que “não houve operação de socorro”. O armador figueirense relacionou a vaga de naufrágios de embarcações de pesca com mortos ocorridos à entrada da barra nos últimos cinco anos com as obras de prolongamento do molhe Norte.
“É a conclusão que toda a gente tira”, afirmou Lé, exortando que se faça a “correção” antes que aconteça outro acidente. A empreitada teve como finalidade melhorar o acesso e a segurança do porto comercial, mas as embarcações de pesca têm-se deparado com dificuldades, por terem de fazer uma abordagem à barra lateral, ficando mais vulneráveis a golpes fortes de mar. Foi o que terá acontecido com o “Olívia Ribau”.
Na mesma oportunidade, em declarações ao mesmo DIÁRIO AS BEIRAS, João Traveira defendeu que o “país tem que despertar para os problemas da barra da Figueira que estarão na origem de naufrágios com um saldo de 15 mortos, nove nos dois últimos anos”.
E tudo poderia ser diferente: a Figueira poderia ter um grande porto...
Naufrágio do arrastão Olívia Ribau gera onda de revolta e solidariedade na Figueira
A tarde de ontem ficou marcada pelos protestos de cerca de 300 manifestantes, entre familiares das vítimas, pescadores, muitos anónimos e praticantes de desportos de mar, que frente ao edifício da Capitania da Figueira da Foz, acusaram as autoridades de falta de meios e atraso no socorro e exigiram a colocação da bandeira a meia haste na capitania.
Entretanto, ontem também, a Câmara da Figueira da Foz decretou três dias de luto municipal na sequência do naufrágio de terça-feira à entrada da barra. A bandeira do município será colocada a meia haste em todos os edifícios municipais e nas 14 juntas de freguesia.
Por sua vez, a Direcção da Naval, com o acordo do Paços de Ferreira, solicitou à F. P. F. a emissão de 9500 ingressos para o encontro a realizar entre os dois clubes, referente à III Eliminatória da Taça de Portugal, que terá lugar na Figueira da Foz no próximo dia 18, ao preço único de 5.00€, cuja receita reverterá na íntegra para auxiliar as famílias dos pescadores da unidade pesqueira “Olívia Ribau”.
O Sindicato da Polícia Marítima alerta para fragilidades do salvamento.
Esta Associação Socioprofissional da Polícia Marítima alertou ontem, quarta-feira, para as "fragilidades do actual sistema de salvamento marítimo" e enalteceu a actuação de um agente daquela polícia que salvou dois pescadores num naufrágio na Figueira da Foz.
Sabe-se também que a Autoridade Marítima vai fazer uma análise interna à operação de busca e salvamento no naufrágio do arrastão Oliva Ribau na entrada da barra da Figueira da Foz.
Entretanto, ontem também, a Câmara da Figueira da Foz decretou três dias de luto municipal na sequência do naufrágio de terça-feira à entrada da barra. A bandeira do município será colocada a meia haste em todos os edifícios municipais e nas 14 juntas de freguesia.
Por sua vez, a Direcção da Naval, com o acordo do Paços de Ferreira, solicitou à F. P. F. a emissão de 9500 ingressos para o encontro a realizar entre os dois clubes, referente à III Eliminatória da Taça de Portugal, que terá lugar na Figueira da Foz no próximo dia 18, ao preço único de 5.00€, cuja receita reverterá na íntegra para auxiliar as famílias dos pescadores da unidade pesqueira “Olívia Ribau”.
O Sindicato da Polícia Marítima alerta para fragilidades do salvamento.
Esta Associação Socioprofissional da Polícia Marítima alertou ontem, quarta-feira, para as "fragilidades do actual sistema de salvamento marítimo" e enalteceu a actuação de um agente daquela polícia que salvou dois pescadores num naufrágio na Figueira da Foz.
Sabe-se também que a Autoridade Marítima vai fazer uma análise interna à operação de busca e salvamento no naufrágio do arrastão Oliva Ribau na entrada da barra da Figueira da Foz.
TRAGÉDIA DO ARRASTÃO OLÍVIA RIBAU EM 15 FOTOS IMPRESSIONANTES
Mais 14 Fotos de Paulo Octávio. Para ver clicar aqui. |
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Hoje pela 18 horas e 30 minutos frente à Capitania do Porto da Figueira da Foz
Actualização.
A manifestação silenciosa, agendada para as 18h30 desta quarta-feira em frente às instalações da Capitania do Porto da Figueira da Foz, pretende contestar a actuação dos meios de socorro no naufrágio ocorrido terça-feira.
Em declarações à agência Lusa, João Traveira, um dos promotores do protesto e praticante de 'bodyboard', frisou que a manifestação pretende contestar a demora na actuação dos meios de socorro e a versão da Marinha, que alega que as condições do mar e a existência de redes na água não permitiram que embarcações com hélices se aproximassem do navio naufragado.
"Dizem que não saíram porque o mar estava mau e havia redes na água. Mas quais redes? Onde estão as redes? Se houvesse uma ou duas motos de água com pessoas que soubessem andar no mar tinham salvado toda a gente", criticou João Traveira.
O promotor do protesto disse ainda que o agente da Polícia Marítima que estava de licença e veio a resgatar dois pescadores que estavam numa balsa à entrada da barra, mais de uma hora depois do naufrágio, "actuou sozinho, à revelia" da Autoridade Marítima, versão que o porta-voz daquela entidade, Nuno Leitão, desmentiu, alegando que a moto de água foi accionada pelo Comandante do Porto da Figueira da Foz.
A manifestação silenciosa, agendada para as 18h30 desta quarta-feira em frente às instalações da Capitania do Porto da Figueira da Foz, pretende contestar a actuação dos meios de socorro no naufrágio ocorrido terça-feira.
Em declarações à agência Lusa, João Traveira, um dos promotores do protesto e praticante de 'bodyboard', frisou que a manifestação pretende contestar a demora na actuação dos meios de socorro e a versão da Marinha, que alega que as condições do mar e a existência de redes na água não permitiram que embarcações com hélices se aproximassem do navio naufragado.
"Dizem que não saíram porque o mar estava mau e havia redes na água. Mas quais redes? Onde estão as redes? Se houvesse uma ou duas motos de água com pessoas que soubessem andar no mar tinham salvado toda a gente", criticou João Traveira.
O promotor do protesto disse ainda que o agente da Polícia Marítima que estava de licença e veio a resgatar dois pescadores que estavam numa balsa à entrada da barra, mais de uma hora depois do naufrágio, "actuou sozinho, à revelia" da Autoridade Marítima, versão que o porta-voz daquela entidade, Nuno Leitão, desmentiu, alegando que a moto de água foi accionada pelo Comandante do Porto da Figueira da Foz.
As vítimas do naufrágio do arrastão “Olívia Ribau”
foto Pedro Agostinho Cruz |
Até ao momento: um morto, quatro desaparecidos e dois sobreviventes.
Seis dos sete pescadores são da Figueira da Foz (Leirosa, Costa de Lavos e Cova-Gala) e um é de Mira. João Paulo Conceição, de 45 anos, e Adriano Conceição, de 32, foram retirados com vida pela Polícia Marítima, às 20H40, com recurso a uma moto-de-água. Eram os únicos náufragos que se encontravam na balsa.
Além dos dois irmãos da Leirosa, encontravam-se no pesqueiro Rui Gonçalves, Américo Tarralheira (Praia de Mira), os irmãos Adriano Comboio e Joaquim Comboio (da Cova-Gala) e António Fernando Mendonça.
Todos na casa dos 40 anos, os dois últimos, com 56 e 57, respectivamente.
Segundo o Jornal de Notícias, Joaquim Comboio, de 57 anos, é a vítima mortal. Quatro pescadores continuam desaparecidos.
Neste momento, está a dar a notícia na CMTV. Esta estação continua a afirmar que os 2 sobreviventes foram salvos por um elemento da Polícia Marítima que se encontrava de folga.
Isto, contraria em absoluto o que foi dito pelas autoridades competentes, nos directos feitos por esta mesma televisão.
Há muita coisa por apurar sobre mais um lamentável e grave acidente na barra da Figueira da Foz.
Este vídeo é impressionante.
Citando Camus: “Quando o grito mais dilacerante encontra a sua linguagem mais rigorosa, a revolta satisfaz a sua verdadeira exigência, e extrai dessa fidelidade a si mesma uma força de criação. Se bem que isso vá contra os preconceitos da época, o mais belo estilo em arte é a expressão da mais viva revolta.” (O Homem Revoltado)
Para quando um inquérito - a sério - à operacionalidade da barra depois das obras do prolongamento do molhe norte?
Depois da conclusão das obras do molhe norte, já aconteceram diversos acidentes na barra da Figueira.
Só em 2013, morreram 6 pessoas nesta nossa barra.
Os pescadores e os seus representantes, não se cansam de alertar para o perigo da barra da Figueira da Foz de há 5 anos a esta parte.
Em outubro de 2013, "a forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída pode ter ajudado ao naufrágio da Jesus dos Navegantes".
Essa foi, pelo menos, a tese do mestre José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
Entretanto, os responsáveis – os que projectaram e mandaram executar a obra do prolongamento do molhe norte, apesar dos avisos que foram feitos – continuam alheios à realidade.
Num país a sério, já teria sido mandado abrir um inquérito para apurar o que se passa, na realidade, com a operacionalidade da barra da Figueira da Foz...
Alguém tem conhecimento que, apesar da anormalidade do número dos acidentes ocorridos nos últimos anos, tenha acontecido alguma coisa?..
Ontem, houve mais um acidente grave que trouxe dor e revolta a famílias de homens do mar da minha Terra.
Quantas pessoas é preciso morrer ainda para que se apurem as verdadeiras causas dos sinistros na barra da Figueira nos últimos anos?..
Só em 2013, morreram 6 pessoas nesta nossa barra.
Os pescadores e os seus representantes, não se cansam de alertar para o perigo da barra da Figueira da Foz de há 5 anos a esta parte.
Em outubro de 2013, "a forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída pode ter ajudado ao naufrágio da Jesus dos Navegantes".
Essa foi, pelo menos, a tese do mestre José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
Entretanto, os responsáveis – os que projectaram e mandaram executar a obra do prolongamento do molhe norte, apesar dos avisos que foram feitos – continuam alheios à realidade.
Num país a sério, já teria sido mandado abrir um inquérito para apurar o que se passa, na realidade, com a operacionalidade da barra da Figueira da Foz...
Alguém tem conhecimento que, apesar da anormalidade do número dos acidentes ocorridos nos últimos anos, tenha acontecido alguma coisa?..
Ontem, houve mais um acidente grave que trouxe dor e revolta a famílias de homens do mar da minha Terra.
Quantas pessoas é preciso morrer ainda para que se apurem as verdadeiras causas dos sinistros na barra da Figueira nos últimos anos?..
terça-feira, 6 de outubro de 2015
"Que país de merda!" *
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996.
Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
E fico por aqui... O momento assim o aconselha.
Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores, e estas tragédias tocam-me profundamente, até porque tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
* Título roubado ao João Traveira, que pouco tempo depois do acidente escreveu isto que, passadas horas, continua a arrepiar-me.
"Não consigo por palavras dizer tudo o que sinto depois de mais um barco ir ao fundo, do salva vidas não ter ido lá buscar as balsas porque está avariado, ver o chapas sozinho sem luz a ir socorrer as pessoas no mar de noite. Os nossos políticos e decisores não fazem ideia de nada e a ignorância nestes cargos é crime. Que pais de merda!"O que se passa com a barra da Figueira da Foz...
As preocupações causadas por esta nossa barra continuam presentes.
"Uma embarcação de pesca naufragou hoje à entrada do porto da Figueira da Foz, desconhecendo-se para já a existência de vítimas mortais, observou a agência Lusa nas proximidades do local.Também de acordo com testemunhas oculares, pescadores que estavam naquele momento no molhe norte do porto, a embarcação estava a entrar na barra e enquanto esperava por uma ondulação favorável foi atingida por uma onda que a virou, naufragando-a. Às 19:32, vê-se do molhe norte da Figueira da Foz, junto à praia, a embarcação virada a umas dezenas de metros do molhe sul e uma balsa de salvamento, não se descortinando se está ou não ocupada por pescadores. Junto ao molhe norte estiveram igualmente várias ambulâncias e meios terrestres da polícia marítima, que entretanto abandonaram o local, aproximando-se da margem sul do rio."
Em tempo.
Esta notícia vai estar em actualização.
Segundo a LUSA, "populares criticam falta de salvamento uma hora após naufrágio na Figueira da Foz.
Uma lancha da polícia marítima no rio, 45 minutos depois do naufrágio de uma embarcação de pesca na entrada do porto da Figueira da Foz, era às 20:25, o único de salvamento aquático visível no local."
Entretanto, "meio aéreo e navio de patrulha estão a caminho do naufrágio na Figueira da Foz".
Neste momento a CMTV está em directo do local: há grande revolta no Cabedelo.
Neste momento, há cinco pescadores desaparecidos e dois foram resgatados com vida, avança a SIC Notícias.
Os dois pescadores resgatados do mar foram transportados para o Hospital da Figueira da Foz.
Acabei de tomar conhecimento via CMTV, que os dois tripulantes resgatados foram salvos por uma mota de água tripulada por um civil!..
"Uma embarcação de pesca naufragou hoje à entrada do porto da Figueira da Foz, desconhecendo-se para já a existência de vítimas mortais, observou a agência Lusa nas proximidades do local.Também de acordo com testemunhas oculares, pescadores que estavam naquele momento no molhe norte do porto, a embarcação estava a entrar na barra e enquanto esperava por uma ondulação favorável foi atingida por uma onda que a virou, naufragando-a. Às 19:32, vê-se do molhe norte da Figueira da Foz, junto à praia, a embarcação virada a umas dezenas de metros do molhe sul e uma balsa de salvamento, não se descortinando se está ou não ocupada por pescadores. Junto ao molhe norte estiveram igualmente várias ambulâncias e meios terrestres da polícia marítima, que entretanto abandonaram o local, aproximando-se da margem sul do rio."
Em tempo.
Esta notícia vai estar em actualização.
Segundo a LUSA, "populares criticam falta de salvamento uma hora após naufrágio na Figueira da Foz.
Uma lancha da polícia marítima no rio, 45 minutos depois do naufrágio de uma embarcação de pesca na entrada do porto da Figueira da Foz, era às 20:25, o único de salvamento aquático visível no local."
Entretanto, "meio aéreo e navio de patrulha estão a caminho do naufrágio na Figueira da Foz".
Neste momento a CMTV está em directo do local: há grande revolta no Cabedelo.
Neste momento, há cinco pescadores desaparecidos e dois foram resgatados com vida, avança a SIC Notícias.
Os dois pescadores resgatados do mar foram transportados para o Hospital da Figueira da Foz.
Acabei de tomar conhecimento via CMTV, que os dois tripulantes resgatados foram salvos por uma mota de água tripulada por um civil!..
Preto no branco...
Acabei de ouvir isto na SIC-N: "A esquerda não devia falhar às pessoas"...
Só que, mais uma vez, "era uma vez um partido «de esquerda», que podia mas não quis ser Governo, por recusar governar à esquerda. Por isso, usou os votos de esquerda que lhe foram confiados para viabilizar um Governo de direita.
E a culpa de quem é? Do Bloco e da CDU, pois claro...
Deviam ter ficado à espera do dia de S. Nunca, não tinham nada que tomar a iniciativa de convidar o PS para juntos darem a volta a isto.
A culpa nunca é do PS.
Moral da história: quem votou PS, foi nos dois senhores, ao centro na foto abaixo, que votou."
Só que, mais uma vez, "era uma vez um partido «de esquerda», que podia mas não quis ser Governo, por recusar governar à esquerda. Por isso, usou os votos de esquerda que lhe foram confiados para viabilizar um Governo de direita.
E a culpa de quem é? Do Bloco e da CDU, pois claro...
Deviam ter ficado à espera do dia de S. Nunca, não tinham nada que tomar a iniciativa de convidar o PS para juntos darem a volta a isto.
A culpa nunca é do PS.
Moral da história: quem votou PS, foi nos dois senhores, ao centro na foto abaixo, que votou."
foto sacada daqui |
As pessoas inteligentes quando não podem, sozinhas, continuar a praticar o mal, procuram manipular alguém para que também o faça com eles...
"A viabilização do programa do Governo pela nova Assembleia da República, bem como do Orçamento do Estado para 2016, poderá vir a estar assegurada através de negociações entre o PSD, o CDS e o PS" - PÚBLICO.
Francisco Assis...
"Um grande líder", - disse dele Álvaro Beleza.
Não só do PS. Também para o PSD. E, até, para o CDS!..
Considero eu...
“Assis é dos melhores quadros do Partido Socialista e daria um grande líder do Partido Socialista. Isso para mim é óbvio – e para milhares de socialistas e muitos portugueses. Portanto, se ele decidir dar esse passo, contará comigo porque é uma pessoa capaz. Não é o único socialista capaz, mas é dos melhores que nós temos porque, acima de tudo, pensa bem”, disse Álvaro Beleza à Renascença, o socialista que avançará para a disputa da liderança caso não surja alguém “em melhores condições”.
Alguém como Francisco Assis.
"Defensor de blocos centrais, hábil em despistar-se com Clios, um discípulo de Blair e outros cangalheiros da social-democracia europeia na economia.
Francisco Assis está para a esquerda como Paulo Fonseca estava para os adversários do FC Porto: é um abono de família..."
Não só do PS. Também para o PSD. E, até, para o CDS!..
Considero eu...
“Assis é dos melhores quadros do Partido Socialista e daria um grande líder do Partido Socialista. Isso para mim é óbvio – e para milhares de socialistas e muitos portugueses. Portanto, se ele decidir dar esse passo, contará comigo porque é uma pessoa capaz. Não é o único socialista capaz, mas é dos melhores que nós temos porque, acima de tudo, pensa bem”, disse Álvaro Beleza à Renascença, o socialista que avançará para a disputa da liderança caso não surja alguém “em melhores condições”.
Alguém como Francisco Assis.
"Defensor de blocos centrais, hábil em despistar-se com Clios, um discípulo de Blair e outros cangalheiros da social-democracia europeia na economia.
Francisco Assis está para a esquerda como Paulo Fonseca estava para os adversários do FC Porto: é um abono de família..."
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
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