domingo, 28 de junho de 2015

Morrer a tentar viver...

Maria da Glória escolheu Sousse em memória do marido, das férias felizes que ali passaram os dois. 
Era a primeira viagem que esta mulher de 76 anos fazia depois de ter ficado viúva há dois anos. 
Morreu ao 5º. dia de férias...
Maria da Glória foi a portuguesa que morreu no ataque terrorista na Tunísia.
Viajou para recordar um amor...
O seu amor. 
Tinha ficado viúva recentemente e resolveu escolher como destino aquele onde tinha sido feliz com o seu marido.
Tão simples quanto isto. 
Uma história de amor.

Dizem que estes senhores são "socialistas" e verdadeiros "democratas"!..


"Tsipras falhou o alvo: apostou em ser anti-Merkel" - Francisco Assis, eurodeputado do PS!.. 




Decisão do governo grego "é muito lamentável" - Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo!..

A Figueira e o mar...

Navio "JOSÉ CAÇÃO"o último bacalhoeiro da  Figueira da Foz, numa foto tirada a 14 de Maio de 2002
"O dr. António Cação ofereceu o navio à Câmara Municipal e não foi aceite tão preciosa oferta. Que belo seria podermos ver hoje o navio José Cação instalado numa abertura feita na Morraceira, junto à Ponte dos Arcos. Ílhavo tem um belo museu, o navio Santo André e tem o casco do Santa Maria Manuela, o qual pensam aparelhar para pôr a navegar. E o que tem a Figueira que honre os seus filhos?" - palavras de Manuel Luís Pata.

Estávamos em 1998 na Figueira da Foz.
Santana Lopes tinha tomado posse de presidente da Câmara Municipal há poucos meses.
Com o apoio do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, uma comissão de cidadãos (constituída por Manuel Luís Pata - que, então, estava a publicar os seus livros sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, e já era associado do CEMAR - e pelos últimos Capitães figueirenses desse navio: o Capitão Marques Guerra e o Capitão Abreu da Silva) desenvolveu esforços para tentar salvar da destruição e da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor").

Com o declínio das pescas portuguesas, fruto em grande parte da adesão à União Europeia, após o falhanço da tentativa levada a cabo nos anos de 1998 e 1999 de transformar este navio em museu - a Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes não apoiou a iniciativa da sociedade civil - o “José Cação” acabou na sucata por volta de 2002-2003.
Recordo, um pequeno excerto de uma  interessante crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207, que pode ser lida na íntegra aqui.
"A pesca do bacalhau foi a indústria que mais contribuiu para o desenvolvimento da Figueira da Foz. Nas campanhas de 1913/14 foi este o porto que mais navios enviou à Terra Nova (15 navios), ou seja, quase metade de toda a frota nacional. Hoje o que resta? Nada de nada!” 

Foi assim que as coisas se passaram, mas tudo poderia ter sido diferente. Recordo as palavras do vereador então responsável, Miguel Almeida de seu nome: “esta proposta (a oferta do navio que o dr. António Cação fez em devido tempo à Câmara Municipal da Figueira da Foz, presidida na altura por Santana Lopes) foi o pior que nos podia ter acontecido”.
Como disse na altura Manuel Luís Pata, “nem toda a gente entende que na construção do futuro é necessário guardar a memória”.  
E, assim,  o “José Cação” foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.

sábado, 27 de junho de 2015

Os políticos são como o vinho: há sempre uma altura em que azedam de vez…

“A Figueira Domus reestruturou a dívida com a Caixa Geral de Depósitos, alargando para 12 anos a maturidade e estabelecendo uma mensalidade de 100 mil euros. 
A empresa municipal de habitação social e o banco do Estado renegociaram dois empréstimos. Um deles, no valor de 7,5 milhões de euros, foi contraído em 2002, era de curto prazo, e devia ter sido liquidado em seis meses. Porém, devido ao esforço financeiro que implicava, a empresa municipal entrou em incumprimento. O valor da nova mensalidade foi definido em função da capacidade financeira da Figueira Domus, cuja dívida global ascende aos 12 milhões de euros.” 
Em tempo.
O troca-tintas do "leme" já está no lote…

À atenção dos votantes...


Em tempo.
"O chefe de gabinete do primeiro-ministro, o diplomata Gilberto Jerónimo, vai ser colocado como embaixador na UNESCO em Paris depois de o actual Governo cessar funções. A embaixada de Portugal na Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura havia sido encerrada pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas no início de 2012, a pretexto de poupança de custos. A representação passou desde então a ser assegurada pelo embaixador na capital francesa."
Isto, é apenas uma notícia do Expresso de hoje, não é campanha eleitoral...
Aliás, como se facilmente se dá conta, Passos é  amigo do seu amigo: reabrir uma embaixada só para dar um tacho ao seu adjunto, é obra. 

Não se cuidem não...

Em Abril de 2011, Pedro Passos Coelho foi a uma escola nos arredores de Lisboa, já em plena pré-campanha eleitoral. As crianças perguntaram-lhe se era verdade que ele tinha intenções de acabar com o subsídio de Natal. 
"Nada disso, isso é um disparate". E para melhor rejeitar tão "disparatada" ideia, Pedro Passos Coelho não hesitou em acusar José Sócrates de ser o autor dessa invenção como sendo do PSD. Um "disparate", sublinhe-se, que um grupo de crianças também concordou. 
Pode ser ouvido no vídeo clicando aqui, com as vozes das crianças e a rejeição convicta de Passos Coelho
É sempre bom, nestas alturas de pré-campanha eleitoral, recordar estes pequenos disparates que se dizem na caça ao voto.
Depois de ganhar as eleições, em Outubro desse mesmo ano de 2011, Passos Coelho anunciou o fim dos subsídios de Natal e de Férias para salários acima dos 1000 euros na Função Pública.
Reparando bem, a visita à escola aconteceu no dia 1 de Abril. Dia das mentiras. Ou Passos Coelho estava a brincar com as crianças ou foi ainda mais maquiavélico: disse a verdade, era um disparate, de facto, cortar UM subsídio. Nos DOIS é que estava a verdade.

DISTINÇÕES HONORÍFICAS E HOMENAGENS PARA NOVENTA E OITO [98] ENTIDADES, INSTITUIÇÕES E PESSOAS NA FIGUEIRA DA FOZ…

foto de Pedro Agostinho Cruz, que me
 convidou para o acompanhar na entrega,
 que fez no passado dia 9 a este velho e
 incansável lutador
 
pelo progresso
da nossa Figueira, de
 um exemplar
do ALERTA COSTEIRO 14/15
Nos últimos dias, através dos jornais e outros órgãos de informação, tomámos conhecimento de que, comemorando-se em 24.06.2015 o dia anual do Município da Figueira da Foz (Portugal), para além dos habituais festejos e folias de praia, localmente tradicionais — e também uma "Procissão e tradicional Benção do Mar" [sic]... (que, de facto, não tem nada de verdadeiro, pois é uma mentira que foi inventada, para ser "tradicional", por volta do ano de 1998 [!], ao mesmo tempo da preparação da Expo de Lisboa…) —, foi também agora celebrada, nesse mesmo dia 24.06.2015 (numa cerimónia solenizada à maneira local, numa instalação que parece que se chama "Centro de Artes e Espectáculos Pedro Santana Lopes"...), uma atribuição de distinções honoríficas, e homenagens, conferidas a noventa e oito (98) entidades, instituições e pessoas individuais desta cidade (segundo o jornal, tratou-se de "...98 entidades repartidas entre funcionários do Município, entidades e personalidades figueirenses, PMEs", etc.).

O Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR) — a pequena associação científica privada que, neste ano de 2015 (desde 27 de Janeiro), por acaso, está a celebrar os vinte (20) anos da sua fundação (pois foi criada, por escritura pública assinada no salão nobre da Câmara Municipal da Figueira da Foz, em 27.01.1995, e tendo como primeira sede o Forte de Santa Catarina, na Foz do Mondego) —, congratula-se portanto com o facto de que, ao que parece, nesta cidade, são consideradas como existentes e como homenageáveis (e em números tão significativos) tantas entidades, instituições e pessoas que tão publicamente se prestigiam localmente como merecedoras de tais distinções e homenagens municipais. Mas não pode, nem deve, deixar de lamentar que não tenha sido tida em conta a sugestão, que atempada e discretamente havíamos formulado (perante quem havíamos julgado que dirigia e representava a cidade), de que fosse homenageado, em vida, neste ano de 2015, um homem como o nosso Exº. Amigo (e Associado Honorário do CEMAR) Senhor Manuel Luís Pata, o homem a quem a Figueira da Foz deve um capítulo tão importante da sua História Marítima como é a publicação dos três volumes sobre a Pesca do Bacalhau pelos Navios Figueirenses (uma actividade que, no passado, foi tão central, tão importante e tão emblemática para a economia, a sociedade e a identidade local figueirense); e a quem a Figueira da Foz deve o esforço para a organização do movimento cívico que, ingloriamente, tentou salvar da destruição o último navio bacalhoeiro figueirense (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor", que acabou por ser entregue para a sucata); e a quem a Figueira da Foz deve (em parceria com o seu conterrâneo Capitão João Pereira Mano) o esclarecimento do equívoco e do erro científico (que, nas últimas décadas do século XX, estava cada vez mais disseminado, avolumado, e generalizado… por estar a ser doutoralmente repetido a partir dos "milieus" da "comunidade científica"…) de se andar a chamar "Xávega" [sic] e "Barco da Xávega" [sic] à "Arte" e ao "Barco da Arte" ("Barco do Mar") da Beira Litoral; etc..

Enfim, o Senhor Manuel Luís Pata, neto, bisneto e trineto de pescadores, a quem a Figueira da Foz deve tudo isso, e muito mais do que isso, pela sua voluntariosa e inglória tentativa de defesa do Património Local, ao longo de muitas décadas.
A quem a Figueira da Foz deve e, infelizmente, vai continuar a dever.

De facto, o nosso Exº. Amigo Senhor Manuel Luís Pata, um homem corajoso, e de opiniões desassombradas — e que, por isso, na Figueira da Foz, é alguém que sempre muito admirámos, e continuamos a admirar —, é o homem que em 1997, 2000, 2002, 2003, havia coligido, publicado, e re-publicado (com a nossa colaboração, do CEMAR, que nos orgulhamos de então ter prestado) os livros, que vão ficar para sempre, sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau. E é o homem que, em 1998-1999, tentou em vão salvar da destruição o último navio figueirense (e com uma denúncia cívica que, em 07.09.1998, chegou a ter que ser feita em conferência de imprensa realizada na rua, na via pública, à porta do Museu e Auditório Municipal…! [em mesas, e cadeiras, fornecidas, à última hora, pelo Centro de Estudos do Mar...], devido à proibição de utilização desse Auditório Municipal...). E é o homem que, além disso — para além dessa sua defesa do Património Cultural e Histórico —, teve sempre também a coragem de se manifestar em defesa do Património Natural e Ambiental… apontando a catástrofe da acumulação das areias represadas pelo molhe norte do porto comercial da Figueira da Foz (as areias que, ao longo das últimas décadas, cada vez mais, afastaram a cidade do mar, destruíram o turismo urbano, e fizeram falta, dramaticamente, nas outras praias, escavadas e ameaçadas, do sul da Foz do Mondego).

E é o homem que, já antes disso, em 17.10.1997, se havia prontificado a testemunhar, corajosamente, a destruição dos seis (6) exemplares antigos de arquitectura naval — barcos tradicionais, seleccionados, obtidos, e estudados, para fins museológicos, pelo próprio Arq. Octávio Lixa Filgueiras (a maior autoridade científica, em Portugal, sobre arquitectura naval tradicional em madeira…) —… os seis (6) exemplares únicos e insubstituíveis (incluindo um "Meio Batel-do-Sal", verdadeiro… e um "Barco-da-Arte", grande, da Leirosa…) que foram destruídos no pátio interior do Museu Municipal da Figueira da Foz.

Não somente pela publicação dos seus três volumes, mas também por todas estas outras razões, acima citadas — pela denúncia da destruição do património de Arquitectura Naval local, e pela denúncia da destruição do património ambiental marítimo (aquilo que, nas suas próprias palavras, veio a ser, em frente à Figueira da Foz, "a Praia da Calamidade"… —, Manuel Luís Pata, descendente de uma das primeiras (se não a primeira) família de patriarcas pescadores ilhavenses que no século XVIII criaram as povoações a sul da Foz do Mondego (Cova, Gala, etc.), é credor de um reconhecimento, na sua cidade, que ainda não lhe foi prestado.

Pela nossa parte — pela parte do Centro de Estudos do Mar - CEMAR (em que, desde há muitos anos, já nos orgulhávamos de o ter como associado) —, fizemos o que nos competia: neste mesmo ano de 2015, em 29.03.2015 (por ocasião do vigésimo [20º] aniversário do próprio Centro de Estudos do Mar, que, neste mesmo ano de 2015, estamos a celebrar), atribuímos ao Senhor Manuel Luís Pata o título de "Associado Honorário" do CEMAR, pelo seu Mérito Cultural e Histórico (mérito, acrescido, de alguém que é um autodidacta).

Não é demais repetir que, para além dessas matérias culturais, também nas outras matérias, as do Património Natural e Ambiental (dinâmica sedimentar das areias, porto comercial errado, erosão costeira), foi Manuel Luís Pata quem chamou as coisas pelos seus nomes — chamou bois aos bois... —, pronunciando-se sobre o maior e o mais grave de todos os problemas da Figueira da Foz, o problema que levou à decadência e ao desaparecimento, no todo nacional, desta região e desta Cidade de Mar.

O problema que, ainda hoje (e, agora, mais do que nunca), continua a ser decisivo, momentoso, e grave, para o Presente e o Futuro da Figueira da Foz e da sua praia… Mas perante o qual, em vez de se procurarem e se encontrarem quaisquer soluções verdadeiras e efectivas, só se têm aumentado, acrescentado, e avolumado, os maiores erros vindos do Passado… Assim se agudizando as contradições, eternizando os impasses, e se originando as situações insustentáveis, absolutamente previsíveis, e de extraordinária gravidade (que nenhuma hipocrisia pseudo-"ambientalista" vai poder disfarçar), que cada vez mais se aproximam, nos desenlaces do futuro próximo dessa "Praia da Calamidade" que é, infelizmente, a da Figueira da Foz.

Em suma, para além da dramática gravidade da catástrofe cultural que é o estado de destruição, abandono, e desprezo, do Património Cultural e Histórico Marítimo da Figueira da Foz (uma área em que este homem, só, absolutamente autodidacta, e descendente de Pescadores, fez o que pôde, e fez muito, somente com os seus próprios meios, enfrentando todas as contrariedades que lhe foram movidas nos círculos que eram supostos defender e preservar esse Património Cultural), também acerca da calamidade ambiental irresolúvel em que a Figueira da Foz desde há décadas se encontra sepultada (com toda a gente a fingir que não vê, quando a areia, tanta, está à frente dos olhos…) foi Manuel Luís Pata quem tomou sempre posição pública, voluntariosamente, corajosamente, à sua maneira.
Foi ele quem disse o essencial: "a Figueira da Foz virou costas ao Mar…!".

É essa coragem que distingue a verdadeira intervenção e serviço de utilidade pública (e da parte de quem nem sequer recebe, para fazer tal intervenção cultural ou ambiental, quaisquer remunerações, reformas, etc., pagas com dinheiro público…!). É a coragem de quem tenta voluntariosamente ser útil à sua terra, metendo ombros a tarefas e a obras que são trabalhosas e meritórias (em vez de viver simplesmente em agrados e ambições de carreirismo pessoal, em intrigas políticas fáceis, nos bastidores, acotovelando à esquerda e à direita, à sombra do poder do momento). É a coragem de quem é capaz de se pronunciar, não menos voluntariosamente, sobre tudo o que é verdadeiramente importante, não receando, para isso, tocar nas feridas dos assuntos verdadeiramente graves e polémicos (em vez de mostrar a cara em artigos de jornal para escrever sobre insignificâncias pessoais e diletantismos, "culturais", pseudo-"progressistas").
É a coragem — típica de Pescador…? (mesmo quando um pouco brusca…?) — de quem é capaz de tentar mesmo fazer alguma coisa, a sério (mesmo que não consiga…)… e, para isso, é capaz de tentar enfrentar, de frente, qualquer vaga, seja de que tipo for. Em vez de viver no (e do) manhoso tacticismo, no (e do) elogio mútuo, no (e do) tráfico de influências, nos bastidores do poder que anseia e rodeia, e ao qual espera chegar rodeando.
Enquanto todos os verdadeiros problemas, os do Presente e do Futuro, culturais ou ambientais, ficam por resolver (e, por isso, se agravam)… e todos os verdadeiros patrimónios, os do Passado, culturais ou ambientais, se vão perdendo com o tempo ("como neve diante do sol")... Enquanto as nuvens negras das catástrofes, quer culturais e sociais, quer ambientais e ecológicas, se avolumam, em dias de sol, no horizonte próximo.

A Cultura e a Natureza estão, talvez, estranha e paradoxalmente ligadas de uma forma muito íntima, de maneira muito simbólica: quem sabe se, um dia, na luxuosa pobreza extrema, e na merecida desgraça última, quando se enfrentar as vagas assassinas de um tsunami que venha a devastar uma área de ocupação humana ao nível do mar — mas… será possível que haja alguém que, em pleno século XXI, esteja a querer legitimar ("ecologicamente"…!!!), e a, assim, adensar e avolumar (!) uma ocupação humana (dita "turística", e "cultural"… e, até, "ambiental"…! [e, na verdade, pré-imobiliária…?!]) ao nível do mar…?! —, irá ser lembrada, e recordada, com saudade, a geometria fina e a silhueta esguia, cortante, dos antigos "Barcos-da-Arte" ("Barcos-do-Mar"), em "meia-lua"… Que, nesse dia, já não existirão… nem existirá ninguém que os saiba construir...! (embora, provavelmente, vá continuar a existir gente funcionária e política, paga com dinheiro público, que estará pronta para tentar continuar a viver à custa dessas tais matérias, "culturais", e "ambientais", dos barcos antigos, e das praias ecológicas…).

Com o nosso Exº. Amigo Senhor Manuel Luís Pata, aprendemos, há muito tempo, o lema que ele sempre proclama (e que nós sempre repetimos): "O Mar não gosta de cobardes… não gosta de quem lhe vira as costas…".

Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR)

Verão 2015, praia a sul do quinto molhe...

foto António Agostinho

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O tempo não está para ingenuidades...

O ex-presidente do PSD e protocandidato presidencial não admite deixar de ser comentador político na campanha. Marcelo Rebelo de Sousa vai manter o seu espaço semanal de comentário político na TVI, ao domingo à noite, mesmo durante o período da campanha para as eleições legislativas. Questionado pelo SOL, o professor justifica que nunca interrompeu os seus comentários políticos durante nenhuma campanha. «Nunca interrompi noutras campanhas anteriores. Eu e o dr. Marques Mendes vamos continuar firmes», justifica. Os dois comentadores são militantes e ex-líderes do PSD e são actualmente os únicos que mantêm espaços de comentário político em canal aberto.
E assim vamos andando, sem esperança de qualquer futuro com esperança de dignidade...
Esta maltinha é  igual à outra que passou. Chegados ao poder, criaram empregos e mordomias para os seus, enquanto alargou o saque fiscal, empobreceu um país já de si pobre e aumentou o alastramento da miséria em ritmo acelerado.
Cortes e despesa inútil, continua a ser o dia a dia.
São especialistas em fazer  de conta. Lembram-se das viagens em classe turística, da redução do número de freguesias!..
Tudo medidas com que este  elenco de cómicos pretendia ofuscar a anterior e impagável  gestão socialista.
Os municípios, os que gerem os orçamentos e gastam dinheiro em festas e carnavais e merdas do género, esses mantiveram-se todos, pela razão simples de que são os maiores empregadores - em especial dos filiados nos partidos que detêm o poder a nível local.
Há cerca de 4 anos era difícil imaginar que uma cambada pior do que a anterior viesse tomar conta do poder. Era muito difícil imaginar que depois de um engenheiro habilidoso viesse um charlatão que fizesse do engenheiro manhoso quase um anjinho.
Todavia, eles aí estão…
“A direita tem o poder e com a ajuda da troika teve todo o poder, governou à margem da Constituição, contou com um presidente mais dócil do que o Américo Tomás, não precisou da PIDE para meter quase todos os jornalistas na linha. Enquanto isso, a oposição tem demonstrado uma ingenuidade ou mesmo um oportunismo arrepiante. A comunicação social é obediente, os ex-líderes do PSD são falsos comentadores…”
Portanto, fica o aviso: “as próximas eleições não são para ingénuos”.

L'état c'est moi...

A ministra da Justiça está a utilizar dirigentes da Administração Pública para analisar o programa eleitoral socialista e identificar as medidas que já foram, ou vão ser tomadas pelo seu Governo. O PS está "perplexo". Hoje, na audição parlamentar com Paula Teixeira da Cruz, vai exigir explicações para esta inédita iniciativa ,que pretenderá esvaziar as ideias do maior partido da oposição em ano de eleições legislativas. O caso está também a gerar muito incómodo entre alguns dos altos responsáveis do ministério da Justiça que foram confrontados com a ordem.

DN

Isto é tão imperfeito que mete nojo...

"Em Portugal, impõe-se a austeridade, mas ouve-se os milhões que a “indústria” do futebol “produz” e mostram-se a destruição e abandono da Zona Industrial de Coimbra, as cerâmicas encerradas na Marinha Grande, as filas para conseguir, pelo Serviço Nacional de Saúde, uma colonoscopia, etc., etc..
Há uma tristeza mansa no povo português: vivemos um tempo cinzento, embora o sol brilhe. Vivemos um tempo ambíguo, equívoco, no qual tendem a nascer novos salvadores de difícil credibilidade. 
Mas - há sempre um mas - o futuro estará nas nossas mãos."

António Augusto Menano, hoje no jornal AS BEIRAS 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O objectivo do atleta é subir no ranking e terminar o ano dentro do top 30 mundial

Fogo de artifício às 2 e 30 da manhã dona vereadora Ana Carvalho?..

Eu sei que às vezes o excesso de ruído nos pode tornar patetas...
Todavia, confesso que ainda estou siderado com o que li hoje no jornal AS Beiras: fogo de artifíco do S. João da Figueira, em 2015, foi lançado cerca das O2H30!.. 
Confesso que não dei por nada.
Mas, ao tomar hoje conhecimento fiquei espantado!
Espantado é pouco: estou mesmo perplexo...
E surpreendeu-me - e muito -  o silêncio táctico dos que militaram sempre na causa do ruído na Figueira.

Em tempo
A Dona vereadora Ana Carvalho, até prova em contrário, é uma pessoa de bem. Mas, a Dona Vereadora não é uma cidadã qualquer. É uma vereadora em potência. Portanto, deveria saber que em Política, aquilo que parece, acaba por ser.
O facto, incontornável, é que a um mero mortal o que parece é

Negócio...

“Recentemente, foi atribuída a nova concessão da piscina mar, apenas por quatro meses. As experiências de concessão recentes oscilaram entre a megalomania e a charlatanice. Desde 2010, a piscina deu cerca de 130 mil euros de prejuízo à câmara. Tal como outras instituições figueirenses, a piscina mar abandonou a filosofia para a qual foi pensada e projectada pelo seu arquitecto e foi lançada à voracidade de investimentos efémeros que assombraram a Figueira nos anos 90, com gestões erráticas, irresponsáveis e duvidosas. Dá a sensação que algumas das gestões destes espaços até se esforçaram para os levar à falência. É o capitalismo dos tempos modernos, que continua bem presente na Figueira.” 

Rui Curado da Silva, hoje no jornal AS BEIRAS

Em tempo.
Somos cada vez menos a tentar lutar pela sobrevivência moral na Figueira.
Todos os dias, acordamos rodeados de notícias que falam, de forma explícita, ou nas entrelinhas, de negócios.
Negócios, bons negócios, dinheiro, muito dinheiro a circular por aí...
E não digam que a culpa foi toda do Santana Lopes… 
Antes de 1998, já era o que sabíamos. Depois de 2004, é o que sabemos.

O centro político que domina o poder, desde o 25 de Novembro, os negócios cinzentos (ou escuros...), os fretes, a atribuição de lugares e prebendas, além daquilo que a minha imaginação não alcança...

Os tempos da JSD e o primeiro emprego.
Os casos e polémicas de Valongo.
As relações suspeitas com empresas.
Os processos em tribunal.
Os amigos fiéis e a rede de influências.
Dinheiro e património: do início à actualidade.
Ex-governante, vice-presidente do PSD, Marco António Costa está sob investigação do Ministério Público na sequência de denúncias públicas de Paulo Vieira da Silva, militante e ex-dirigente distrital do PSD.
Durante um mês, a VISÃO investigou o percurso pessoal, profissional e político do poderoso "número dois" do PSD, desde as origens, em Gondomar, até à fase em que se tornou mais poderoso e mediático.
Num dossier de 13 páginas, com recurso a testemunhos e documentos inéditos, está hoje nas bancas a história desconhecida do homem a quem muitos militantes do PSD chamam, com admiração, "Big MAC".
Em exclusivo, a VISÃO revela também o relatório preliminar da inspecção do Tribunal de Contas à Câmara de Gaia onde Marco recebe, por 19 vezes, "um forte juízo de censura".

Distracções (talvez uma explicação para as sondagens...)

Ribeiro e Castro demorou décadas a perceber que Paulo Portas é um embusteiro.
Eurico Figueiredo chegou à conclusão que Marinho e Pinto é um ditador em potência.
Se gente tão qualificada, cultural, social e politicamente, é tão distraída, quem pode criticar o povo...

quarta-feira, 24 de junho de 2015