A propósito dos últimos
desenvolvimentos ocorridos na Empresa Municipal Figueira Domus, o
PSD/Figueira da Foz tornou público o seguinte comunicado:
"A Comissão Política de Secção
(CPS) do PSD da Figueira da Foz subscreve e concorda com a forma como
os vereadores eleitos pelo PSD na Câmara Municipal da Figueira
abordaram a recente polémica e instabilidade vivida na empresa
municipal Figueira Domus durante a última reunião de Câmara. Os
vereadores do PSD lamentaram toda esta situação e mostraram-se
contra a nomeação do novo administrador delegado, que reflecte uma
escolha pessoal do presidente João Ataíde.
A instabilidade a que
a empresa foi votada desde que o Partido Socialista (PS) assumiu o
poder camarário é inegável, sendo lamentável ter havido quatro
diferentes administrações em cinco anos de mandato autárquico.
Os
sucessivos erros de gestão, as falhas na elaboração de documentos
e imprecisões no esclarecimento de diversas questões acumularam-se
nos últimos tempos, sendo a Figueira Domus a empresa que mais
contribui para o leque de assuntos agendados para discussão nas
reuniões de Câmara e que foram de forma recorrente retirados da
Ordem do Dia.
A CPS não pode também, de forma alguma, concordar
com a política de nomeações de administradores delegados
protagonizada pelo Partido Socialista. Quando o PSD esteve no poder,
embora tenha procedido a nomeações por confiança política,
contudo, o PSD, no passado, abriu concurso público para a nomeação
dos administradores da Figueira Domus. Neste tipo de nomeações
valorizava-se o percurso profissional dos concorrentes na área da
gestão empresarial. O PS decidiu mudar a abordagem à questão,
optando pela nomeação de administradores, pautada por motivações
que não valorizam o currículo dos visados. Não pode a CPS do PSD
concordar com esta forma de gerir a empresa municipal, ainda para
mais, sendo uma empresa que trabalha diariamente na área do apoio
social a centenas de figueirenses.
A CPS opõe-se, assim, à
nomeação do novo administrador, por considerar que o seu currículo
não revela capacidades excepcionais no domínio da gestão quando
comparadas com o perfil de profissionais que já estão ligados à
autarquia e que poderiam desempenhar funções na Figueira
Domus.
Ficou-se também a saber na última reunião da Câmara
Municipal que a administradora demissionária efectuou levantamentos
indevidos de dinheiro para seu proveito próprio, tendo o Presidente
do CA da Figueira Domus, Dr.Hugo Rocha, de acordo com declarações
por si prestadas nessa reunião, admitido que facultou a sua password
pessoal, da respectiva conta bancária, não tendo em conta e
contrariando as regras de segurança mais elementares, permitindo
assim, a movimentação de dinheiros públicos sem qualquer tipo de
controle, o que consideramos LAMENTÁVEL!
A conduta assumida pelo actual
Presidente do CA da Figueira Domus, nesse particular, não só é
extremamente censurável, como evidencia uma postura altamente
negligente e de manifesta irresponsabilidade, demonstrando um
alheamento inaceitável na condução dos destinos dessa empresa,
levando a concluir que não preenche as condições mínimas de
confiança e competência para continuar a ocupar o cargo em questão,
pelo que, já devia ter apresentado a sua demissão, ao mesmo tempo,
que não se compreende qual o motivo que impede o Senhor Presidente
da Câmara Municipal, até hoje, em expor o presente caso junto do
Ministério Público, afim de ser averiguada a existência, ou não,
de comportamentos ilícitos em face dos factos acima referidos."
Em tempo.
A minha vida vale o que vale: para mim
serve e tem momentos bons.
É a que tenho – e de certa maneira
escolhi... - e não faço comparações com as vidas dos outros.
Procurei – é verdade que nem sempre
o consegui - fazer escolhas de trabalho, com base no que me dava gozo
e prazer.
Trabalhar não pode ser uma angústia
permanente, um sacrifício que arrastamos, como se estivéssemos amarrados a uma penitência.
Considero-me, neste campo, uma pessoa
afortunada.
Perdi algumas oportunidades, não fiz
fortuna, mas ganhei experiências de vida que não trocaria por
ordenados milionários.
Creio que, apesar de algumas
dificuldades com que a vida me presenteou, me posso considerar uma
pessoa feliz e realizada.
Dificilmente, por isso, me veria na
pele de certas pessoas que fazem vida profissional andando ao sabor dos humores dos políticos.
Como escreveu o Poeta:
"Não sou nada.
Nunca serei
nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso,
tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Isso me basta.