terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Uma Aldeia em agonia...
Vejam o que o mar comeu em 13 meses!..
Encontrei a foto acima no facebook do João Pita.
Foi publicada em 23 de Janeiro de 2014.
Encontrei a foto acima no facebook do Pedro Agostinho Cruz.
Foi publicada em 21 do presente mês Fevereiro.
Entre uma e outra fotos, decorreram apenas cerca de 13 meses.
Isto, que temos vindo a denunciar desde 11 de dezembro de 2006, é uma vergonha. Mais do que
uma vergonha, é uma imoralidade.
Para além das pessoas, sem dúvida o
mais importante, também está em risco, todo um património
conquistado ao longo de vidas trabalho, por vezes, sabe-se lá com
que sacrifícios...
Leituras
para ler a crónica, clicar na imagem |
Mas, isso, são outras contas.
Na Figueira não pode ser sempre carnaval. Todos sabemos que a maior razão da manutenção do Carnaval de Buarcos ao longo dos anos, pago com fundos públicos por executivos camarários PS e PSD, se deve ao facto de só assim ser possível manter as escolas de samba que, como sabemos, representam muitos votos.
As virgens ofendidas que têm permitido com a sua cobardia política a modalidade que praticam as escolas de samba, financiadas ao longo dos anos por dinheiros públicos,
provendo deste modo - com o dinheiro dos outros – as suas
actividades lúdicas, fariam um favor à sociedade se começassem a
custear do seu bolso essas práticas.
Seguramente que o seu orgulho, seria mais seu, e o seu esforço, mais
admirável.
No fundo, resume-se ao princípio tão
em moda, do utilizador-pagador.
Poderiam orgulhar-se, pessoal e individualmente, dos seus feitos ou, do apoio dado à escola do seu coração. As escolas de samba, enquanto auto-suficientes e propriedade dos seus indefectíveis, financiadas por eles próprios, merecem-me o respeito que qualquer pessoa colectiva ou particular é credora. As outras, as que se alimentam dos impostos e estratagemas diversos, merecem-me apenas, distanciamento.
É aceitável o argumento de que é preferível manter os jovens ocupados mesmo que seja a sambar do que deixá-los à deriva.
Creio, porém, que é para isso que os
contribuintes figueirenses já pagam, por exemplo, o desporto
escolar, o Museu e Biblioteca e o CAE.
No usufruto do direito de opinião e
livre expressão constitucionalmente garantidos, contesto a prática
de distribuição sistemática de subsídios para o carnaval -
entenda-se em minha opinião, gasto injustificável de dinheiro
público.
Na crise em que o nosso concelho
continua mergulhado, é inaceitável que as autarquias continuem a
exigir mais e mais impostos aos cidadãos para os delapidarem em
propaganda eleitoral. É óbvio que a este executivo, como disso já deu muitas provas - falta também a
lucidez e a coragem para acabar com este e outros carnavais.
Já quanto ao combate à anterior “tesura” - que até deu para ficar a dever ao quiosque - referida na crónica do vereador Tavares, é pena que se não verifique o mesmo empenho quando se trata de defender o património que mexe com a qualidade de vida de todos – como é o caso do lastimável estado das estradas do concelho.
Veja-se, por exemplo, o que se passa na saída do
Hospital Distrital da Figueira da Foz: no parque de estacionamento
pago a Câmara “investiu” mais de 80 mil euros num piso que está
um brinquinho. Logo que que se passa a cancela que controla a
“bilheteira” é o caos que clicando aqui pode constatar...
Pois é senhor vereador: no que é importante, assobia para o lado...
A política e a culinária devem
respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é
na sua correcta aplicação que está a arte.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Harald Schumann, jornalista alemão que está a realizar um documentário sobre a troika, explica ao PÚBLICO por que acusou o Governo português de "censura"...
Em tempo.
O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8 milhões de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.
O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8 milhões de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.
Ontem, foi noite de óscares...
Prémio para o melhor actor secundário:
Pedro Passos Coelho em “O bom alemão a quem o medo consome a alma"...
Pedro Passos Coelho em “O bom alemão a quem o medo consome a alma"...
A “barrinha do sul”... (II)
Tributo a José Afonso - 23/02/1987 - 23/02/2015
Onde quer que estejas...nós estaremos
contigo!
Obrigado pelas tuas canções!
Obrigado pelas tuas canções!
Aproxima-se Abril e a generosidade que
tantas vezes salta fronteiras e se aproxima dos que combatem pela
liberdade ou, apenas, por um futuro digno, começa a ser mais
assiduamente evocada.
Pode haver gente ignorante ou miserável
que despreza a história ou os outros - mas, a esses devemos ter a
sabedoria de desprezar...
Estamos quase em Abril, o mês do
generoso laço da Fraternidade e da Liberdade que nunca deveremos
calar no nosso peito.
A vida de um País é naturalmente
cheia de períodos bons e de outros para esquecer. O período que
estamos a atravessar é destes últimos: para esquecer.
Abril, para mim, todos os anos é um
bom mês para renascer.
José Manuel Cerqueira Afonso dos
Santos, que nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929,
morreu em Setúbal, no dia 23 de Fevereiro de 1987.
Foi um cantor e compositor português,
também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, que para muitos
continua a ser sinal de esperança no futuro.
Portanto, neste dia
que fica aqui superiormente assinalado com o texto inédito do meu Amigo Luís Pena, fica a esperança que a esperança renasça, que a vontade de
lutar renasça, que a força renasça - até porque, nossos, são possíveis todos
os caminhos.
O texto de Luís Pena:
"Hoje, tal como defendia o Zeca, já em 1963, é preciso enfrentar os Vampiros que “comem tudo e não deixam nada”, opormo-nos a um modelo de sociedade que nos oprime e que “é imposta aos jovens de hoje, teleguiada de longe por qualquer FMI, por qualquer deus banqueiro” por uma Troika sem qualquer legitimidade democrática, cuja politica cega de austeridade empobreceu o país e que foi, pasme-se, recentemente criticada pelo presidente da Comissão Europeia, o senhor Junkers.
"Hoje, tal como defendia o Zeca, já em 1963, é preciso enfrentar os Vampiros que “comem tudo e não deixam nada”, opormo-nos a um modelo de sociedade que nos oprime e que “é imposta aos jovens de hoje, teleguiada de longe por qualquer FMI, por qualquer deus banqueiro” por uma Troika sem qualquer legitimidade democrática, cuja politica cega de austeridade empobreceu o país e que foi, pasme-se, recentemente criticada pelo presidente da Comissão Europeia, o senhor Junkers.
José Afonso defendeu dois ideais
fundamentais: a liberdade e a justiça social.
O primeiro ele pôde realizá-lo ao
cantar sem ter a Pide à espreita…
O segundo, infelizmente, está por
alcançar e daí as suas canções continuarem actuais.
- Que canção cantaria Ele hoje, se
fosse vivo, sobre a corrupção e as gritantes desigualdades sociais
que assolam este país?
- Que canção cantaria Ele hoje, se
fosse vivo, sobre o patobravismo e chico-espertismo que destruiu a
paisagem do litoral português?
-Que canção cantaria Ele hoje, se
fosse vivo, sobre a emigração dos jovens?
-Que canção cantaria Ele, se fosse
vivo, sobre a Troika e a servil submissão de Portugal à Alemanha?
- Tantos temas e canções que tinhas
para nos cantar…
O Zeca está entre nós, com os seus
sonhos e denúncias, com a sua imensa autenticidade e generosidade.
Obrigado, Zeca, pelas tuas
canções, pelas tuas mensagens e, sobretudo, pela tua
Dignidade!
Um abraço,
Luís Pena"
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Um calendário - já!..
Na sua habitual crónica dos sábados no jornal AS Beiras, o engº. João Vaz deu conta do óbvio.
"A maior parte das estradas do concelho está degradada. Sabemos todos que não há manutenção preventiva nem planeamento na sua conservação. Além disso, o excesso de vias asfaltadas (mais de 900 km), devido à dispersão urbanística, exige meios financeiros consideráveis. Principalmente os “rasgos” e remendos sucessivos estragaram as vias. As várias entidades que abrem buracos (águas, electricidade, comunicações, gás) não comunicam entre si. Logo, abrem buracos a mais. Muitas vezes, a rua é asfaltada e na semana seguinte já alguém decidiu meter “um tubo” e criar um “rasgão”, ou seja, um “buraco”. Esta ineficiência do abre e fecha buraco é agravada por um regime legal que não obriga a quem abre “buraco” a repor o piso por completo. A lei fomenta o remendo. Pouco se houve ou vê que demonstre empenho das entidades em coordenar esforços e evitar os agora “inevitáveis” buracos. A câmara, ao tapar buracos, não o faz de forma eficiente."
No sentido de dar ideias para a resolução de tão cadente problema, fica o seguinte.
"A maior parte das estradas do concelho está degradada. Sabemos todos que não há manutenção preventiva nem planeamento na sua conservação. Além disso, o excesso de vias asfaltadas (mais de 900 km), devido à dispersão urbanística, exige meios financeiros consideráveis. Principalmente os “rasgos” e remendos sucessivos estragaram as vias. As várias entidades que abrem buracos (águas, electricidade, comunicações, gás) não comunicam entre si. Logo, abrem buracos a mais. Muitas vezes, a rua é asfaltada e na semana seguinte já alguém decidiu meter “um tubo” e criar um “rasgão”, ou seja, um “buraco”. Esta ineficiência do abre e fecha buraco é agravada por um regime legal que não obriga a quem abre “buraco” a repor o piso por completo. A lei fomenta o remendo. Pouco se houve ou vê que demonstre empenho das entidades em coordenar esforços e evitar os agora “inevitáveis” buracos. A câmara, ao tapar buracos, não o faz de forma eficiente."
No sentido de dar ideias para a resolução de tão cadente problema, fica o seguinte.
Que tal, todos os membros do executivo camarário - incluindo a oposição - e da assembleia municipal despirem-se para um calendário a vender no concelho e além-concelho...
Neste momento, não
vejo outra solução para a ajuda de que tanto necessitamos para colocar minimamente aceitável, por exemplo, a circulação nas estradas da Serra da Boa Viagem.
Além do mais, sempre
seria um gesto solidário, visto que há muitos anos não sabem fazer-nos mais nada...
"Nada há de mais ruidoso - e que mais vivamente se saracoteie com um brilho de lantejoulas - do que a política."
Será que, alguém com capacidade e talento, um dia, aparece nesta cidade, e consegue escrever sobre as putas, os putos, os chulos, os cabrões e os proxenetas que têm passado pelos meandros da política figueirense nos últimos 35 anos, dando nome aos animais?..
Será que a candidatura presidencial de Santana foi de carrinho empurrada pelo “lambretas”?..
O “Ministério da Segurança Social
abriu uma auditoria à Santa Casa no primeiro mandato de Santana”.
Segundo o Observador (que cita o
Expresso), “o lançamento da auditoria deu-se escassos dias antes de
Santana Lopes mudar de ideias sobre a data ideal para o lançamento
de uma candidatura às eleições presidenciais”...
Recorde-se
que o mandato de Santana Lopes à frente da Santa Casada Misericórdia de Lisboa tem
enfrentado diversos casos polémicos. Em agosto, o
Público noticiou que,
nos últimos cinco anos, o conselho de auditoria interna emitiu
pareceres sucessivos em que alertava para o facto de a
“sustentabilidade futura” da instituição não estar garantida.
Seguiram-se depois notícias sobre contratos
suspeitos na
área da saúde (que um inquérito interno desvalorizou) e ainda
sobre alegadas
preferências de
Santana por militantes do PSD e do CDS para cargos de gestão.
Santana Lopes é o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa desde 2011. Segundo o Diário de Notícias, o Gabinete de Mota Soares já respondeu oficialmente dizendo que fiscalização à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa faz parte da gestão "corrente".
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Gala, um olhar sobre a antiga borda do rio...
imagem COVA GALA...entre o rio e o mar... |
Em 25 de junho de 2007, sobre a antiga
borda do rio da minha Aldeia, escrevi aqui.
“É
bom ter boa memória.
A
nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez
a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória
esteja no sítio que deve ocupar.
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.
Vamos então olhar para este quadro com lucidez."
A imagem que desenterrei da minha memória ao olhar para este quadro, já desapareceu há anos.
A variante levou este postal magnifico da nossa Terra.
Ainda bem que o artista, em boa hora, pintou esta obra...
Era tão bonita a antiga borda do rio da minha Aldeia.
Uma informação final.
O autor do quadro é Carlos Camarão.
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.
Vamos então olhar para este quadro com lucidez."
A imagem que desenterrei da minha memória ao olhar para este quadro, já desapareceu há anos.
A variante levou este postal magnifico da nossa Terra.
Ainda bem que o artista, em boa hora, pintou esta obra...
Era tão bonita a antiga borda do rio da minha Aldeia.
Uma informação final.
O autor do quadro é Carlos Camarão.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
A “barrinha do sul”...
Tal como alertámos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira da orla
costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era
já então uma prioridade.
Continua a ser... Até porque,
entretanto, e já passaram quase 9 anos, nada se fez.
As dunas continuam a ser devastadas e
quem de direito nada faz...
Hoje, cerca das 16 horas, como as fotos documentam, o mar continuava a invadir a freguesia de S. Pedro.
O povo já baptizou o local por onde o
mar entra com facilidade como a “barrinha do sul”...fotos de António Agostinho. Mais fotos aqui. |
Quem não se sente, não é filho de boa gente...
Portanto,
sobre a postura adotada pela rapaziada que ocupa o poder apenas tenho
a pedir ao senhor Passos que fale por ele...
Posso
ser um fulano muito susceptível, mas a minha dignidade de cada vez
que lia coisas
como estas, ficava francamente afectada.
Passos Coelho, não tem o direito de confundir "a dignidade dos portugueses" - por conseguinte, também a minha... - com a falta de coluna vertebral dele próprio, Pedro Passos Coelho...
Como
li aqui, “a passagem da Troika pelo nosso País, é um período
negro na história de Portugal, não por causa da crise, não por
causa do empréstimo, não por causa das organizações
internacionais. Mas sim por causa de gente quase iletrada, ambiciosa
e com uma ideologia de discoteca que sujeitou o país a uma
experiência económica, com base num livro cheiro de erros técnicos
e com pressupostos como o do ideólogo agora arrependido Vítor
Bento, de que os portugueses eram culpados do pecado do consumo acima
das suas possibilidades.
Não
foi a Troika que ofendeu a dignidade dos portugueses, foi a direita
mais idiota deste país, gente sem dimensão humana e sem grande
currículo, com ministros doutores de diplomas aldrabados que
humilharam Portugal e os Portugueses.”
E
para terminar e para que conste...
Na Figueira é sempre Carnaval – rescaldo de 2015...
Pelo jornal AS BEIRAS, ficámos a saber
que “vários milhares de pessoas assistiram na passada
terça feira ao último Carnaval Figueira
da Foz/Buarcos."
Mais ainda: "já o desfile ia a meio, ainda havia longas filas nas
bilheteiras.”
Em declarações aos jornalistas, o
presidente da câmara, João Ataíde, admitiu o óbvio: no próximo ano,
“terá de ser melhorado o sistema de entradas no recinto do corso.”
Falta referir a parte da notícia que,
presumo, irá ser desmentida no Carnaval do próximo ano...
“Esta foi a última edição com a
organização da autarquia”...
Vejamos o que ficou desde já garantido
pela autarquia: “um apoio de 50 mil euros...”
E no precioso e valioso pormenor: “a autarquia vai
continuar «atenta» à organização do evento...”
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