sexta-feira, 25 de julho de 2014

Hoje, as manchetes estão muito pesadas...

"E ainda há quem diga que a justiça não é coisa de ricos. Que são três milhões de euros para quem só num ano se esqueceu de declarar mais de oito milhõesregularizando depois a situação com cerca de metade dessa verba? Que são três milhões para quem é acusado de ter recebido catorze milhões de um construtor civil a título de oferta? Pois eu respondo: são croquetes, salgadinhos. Nada que uma boa cervejola, ao pôr-do-sol, na Quinta da Marinha, não faça esquecer."
texto daqui

Na Aldeia ... (IV)


Na antiga aldeia de pescadores, Praia da Tocha, do concelho de Cantanhede, existem ainda vestígios dos antigos "Palheiros", onde os pescadores guardavam o material utilizado na faina diária da pesca. Alguns desses antigos palheiros foram recuperados e transformados em casas de férias.

O povoado não é muito antigo. Na opinião de alguns autores, a sua formação data do início do século XIX; outros recuam um pouco mais. Teriam sido pescadores vindos do norte (Ovar, Ílhavo e Murtosa), na procura de novos centros pesqueiros, os colonizadores de entrada e, posteriormente, os gandareses juntaram-se-lhes, acabando por se apropriarem das "artes". Essa "aldeia" piscatória e o que resta da sua memória, deve-se sobretudo a estes homens que se tornaram "anfíbios" ou que trocaram os carros de bois pelas xávegas.
Não podemos, no entanto, subestimar o contributo dos pastores de vacas e ovelhas na formação deste lugar. Segundo os mais velhos, foram eles que traçaram os primeiros caminhos, estabelecendo a ligação do mar com o interior.
Os palheiros foram-se erguendo, posicionando-se estrategicamente em função da vida da pesca uns no areal, outros nas zonas mais elevadas da duna, bem sobranceiros ao mar, como que a espiar os seus movimentos. Bastante rudimentares, os primeiros palheiros cumpriam no entanto a sua função: serviam de arrumos dos apetrechos da pesca ou de armazéns de salga, embora de reduzida expressão, e de habitação temporária dos pescadores que residiam neste povoado durante o período da safra (Abril a Outubro).

Estas construções tradicionais são bem elucidativas da humanização da paisagem, como podemos ver nas soluções peculiares que o homem encontrou, adaptando-as perfeitamente ao meio natural, agreste e isolado das terras do interior (altura em que não havia estrada e as dunas eram um obstáculo difícil de transpor). Nesse sentido, foram utilizados materiais locais: - O estorno na cobertura (substituído posteriormente pela telha caleira), e a madeira o material preferencialmente utilizado na sua construção. Assentes em estacaria, para que as areias tocadas pelos ventos fortes, passassem por baixo delas sem as soterrar. Ao contrário de outras praias do litoral central, os Palheiros da Tocha conseguiram manter até mais tarde parte das suas características primitivas, conservando o seu aspecto palafítico, isto é, estacas à vista, inclinadas para o exterior, dando maior base de sustentação ao palheiro. Fernando Galhano e Ernesto Veiga de Oliveira referiam em 1964, a esse propósito, que era «o carácter palafítico na sua pureza integral que conferia a este aglomerado o aspecto original.» (Palheiros do Litoral Central Português). (texto daqui)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

"Há tomates a crescer na praia da Figueira"...

Possivelmente, já todos associámos a anarquia à falta de tomates...
Na Figueira, ao que parece, temos agora algo de completamente novo: a anarquia com tomates!..
Portanto, recomendo vivamente a notícia de tomateiros entre "a vegetação que está a tomar conta de parte do areal figueirense, para ouvir nos blocos informativos da Foz do Mondego Rádio, às 17h00, 18h00, 20h00 e 22h00, com a reacção e a explicação do vereador António Tavares, defensor da renaturalização do areal. 
«Esta é a única praia que conheço que era lavrada», diz o vereador, que considera positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia»".
O vereador é um intelectual conceituado... 
E há uma poesia, um cinema, uma pintura que são um itinerário místico... 
Todavia, os maiores disparates, as maiores tragédias, começaram quase sempre com as melhores das intenções!..

É tão fácil e simples falar do óbvio

No geral, gosto das crónicas de Rui Curado da Silva, de que, aliás, sou leitor assíduo.
São simples, directas, objectivas e concisas. Habitualmente, o que aprecio sobremaneira, vão directas ao óbvio.
É o caso da que hoje publicou no jornal AS BEIRAS,O «evento» quotidiano”.
Fica um extracto. 
“Permitam-me ainda relembrar que há um “evento” quase diário que ocorre durante os três meses de Verão em toda a costa do concelho, que é a ida à praia.
É um “evento” ecológico que não requer a contratação de artistas estrangeiros ou de artistas pimba (tanto do agrado dos nossos autarcas) e que dá de comer a muita gente, do vendedor de bolachas americanas ao restaurante da moda. Requer apenas que sejam contratados nadadores-salvadores em condições minimamente dignas durante três meses, requer o pagamento de salários justos, o estabelecimento de horários e condições de trabalho que não envergonhem ninguém.
Não me parece que esteja a ser dada a devida importância aos nadadores-salvadores e ao “evento” quotidiano que assegura a sobrevivência de muitos pequenos negociantes.
Sem este “evento” os “12 eventos 12 meses” (ou 24 se quiserem) poderão ficar ameaçados.
Já agora não seria mau investir nas nossas praias para que outros “eventos” se possam estender ao inverno, como é prática de surf ou de desportos com velas, asas e paraquedas.”
O resto poder ser lido na edição impressa de hoje do jornal AS Beiras. 
E, normalmente, também aqui...

"Ricardo Salgado foi detido"

Neste tipo de  notícias, é de elementar justiça reconhecê-lo, o Correio da Manhã anda sempre à frente.
De acordo com o jornal, a detenção surge na sequência de buscas a várias entidades do Grupo Espírito Santo (GES) realizadas na quarta-feira. Em causa estará a empresa ESCOM, vendida a capitais angolanos em 2010. Cliquem aqui.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República em comunicado enviado às redacções confirmou a detenção de Ricardo Salgado esta quinta-feira de manhã.
"No âmbito do Processo Monte Branco, o Ministério Público (DCIAP) tem vindo a realizar várias diligências que culminaram com a detenção de Ricardo Salgado no dia de hoje", diz a nota. 
A PGR adianta ainda que o ex-presidente do BES será ouvido pelo juiz de instrução criminal.

Postagem em actualização: 
(às 12 horas e 50 minutos...)
O título dos títulos de hoje de “A voz de Fátima” poderia bem ser “Espírito Santo detido no aniversário de Jesus”. Mas não, não se trata de milagre nenhum e o Jesus que hoje faz anos é o encarnado. É apenas a história de uma detenção no âmbito de um caso com mais de dois anos, o Monte Branco, que ficou à espera quer da falência de mais um banco que todos vamos pagar, quer da perda de poder do detido. Já sabemos como a nossa Justiça é corajosa, tão bem como sabemos  que o poder legislativo sempre esteve em mãos amigas de delinquências várias, entre elas a fiscal e a banqueira. Para além disso, o regime não estará mesmo nada interessado em tornar públicos os negócios que foi fazendo com a família do banqueiro com quem sempre se deitou. Nada a festejar, portanto. E tudo a questionar. (daqui)

(às 13 horas...)
Segundo a TVI, Ricardo Salgado continua detido e está a ser ouvido.
Entretanto, apesar de todos os esforços o défice público continua a aumentar...

(às 15 horas e 45 minutos...)
José Gomes Ferreira, na sic, contou que por "iniciativa" conjunta de uma pessoa conspícua no mundo financeiro - presentemente em queda acelerada -, de uns quantos deputados e de uns quantos advogados, tentou-se que o parlamento aprovasse um diploma ad hominem (o homem era o primeiro) para "resolver" uns "problemas" fiscais do agora famoso ex-banqueiro. A coisa borregou e este pobre contribuinte aproveitaria, mais tarde, um regime especial geral sobre a matéria. Na peripécia que alegadamente conduziu esta criatura, em detenção, a um tribunal de instrução criminal para prestar declarações, estará envolvido um tal "Zé das Medalhas". No auge da "revolução liberal", apareciam nomes curiosos como o "Alfaiate Coxo da Rua do Ouro" ou o misterioso "Águia Inglesa" especializado em lançar patacas e insultos das galerias parlamentares. Portanto, em matéria de "Zé das Medalhas" estamos conversados. Mas quanto à primeira parte da história, não. Apesar da recente parceria com a Guiné-Equatorial, o que nos concede uma certa margem de manobra em pulhice político-financeira (ainda mais), conviria saber quem foram os insignes representantes da nação, e os não menos ilustres  causídicos, que se dispuseram a tão benemérita e patriótica "iniciativa" relatada pelo jornalista da sic. Já agora. (daqui)

(às 17 horas e 15 minutos...)
A queda de um Santo, por Pedro Santos Guerreiro. Ler aqui.


(às 19 horas e 40 minutos)
"Ricardo Salgado passou de testemunha a arguido no processo Monte Branco e teve de pagar uma caução de três milhões de euros para sair em liberdade do Tribunal Central de Instrução Criminal, onde prestou hoje declarações após detenção." (daqui)

A Figueira e os jornais

 Hoje, a Figueira é primeira página nos dois jornais distritais. 
O motivo, triste e lamentável, está à vista...
Primeiras páginas destas, aproximam cada vez mais os jornais – presumo que até nas vendas...
Se o  leitor compra, por exemplo, o Correio da Manhã sabe ao que vai: pretende ler as notícias e os pormenores sobre os casos de faca e alguidar e os acidentes.
Quem quer saber o que se passa na sua cidade espera notícias com outra densidade informativa.
Exemplos destes, nos últimos tempos, são repetidos a nível nacional, o que a meu ver mostra o declínio acentuado na qualidade do jornalismo que se pratica em Portugal.
Nestes tempos conturbados que vivemos, para sobreviver, um jornal tem que ser melhor que os seus leitores e dar-lhes a conhecer aquilo que eles não sabem!

Tal como li, um dia destes no blogue Delito de Opinião, escrito por Pedro Correia, "a utopia do «jornalismo cidadão», que transforma cada um de nós em repórter munido de uma câmara de filmar e de uma pena indignada pronta a retinir nas redes sociais, não substitui - de forma alguma - o jornalismo clássico, sujeito a princípios deontológicos e a um quadro de referências éticas muito específicas que podem ser alteradas no pormenor mas não no fundo.
Nenhuma democracia pode prescindir do jornalismo enquanto veículo formador da opinião pública. Porque não existe democracia sem opinião pública: só as ditaduras a dispensam e a sufocam.
Por este motivo, e apesar das incógnitas contemporâneas, julgo que o jornalismo conseguirá sobreviver a todas as crises. Em novos formatos, com novas perspectivas, com metas diferentes. Mas sem nunca trair, na essência, a matriz original."
Isto é também o que eu penso, pois só isso justificará que eu o continue a comprar e a ler um jornal.

Rio e Costa, a continuação do memorando da Troika?..

Penso que toda a gente já percebeu o que vem aí: um acordo entre partidos. 
Rui Rio e António Costa, na linha de partida para preencher a vaga, “defendem um entendimento de regime para o país”
É a lei da oferta e da procura a funcionar. Para mostrarem que se conseguem pôr de acordo, tentam, desde já, fazer estragos nos respectivos partidos... 
Grande começo que, porventura, os deverá levar longe. Cavaco deve andar satisfeito... 
E nós, vamos na onda?..
"A questão  básica tem a ver com a confiança". 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

"Presidente de Quiaios assina e anula contrato de trabalho com familiar”...

Fernanda Lorigo, presidente da junta de Quiaios.
FOTO JOT’ALVES
Um sistema político que se quer transparente exige homens e mulheres transparentes.
Um sistema político que se quer dignificante, deve ser comandado por Homens e Mulheres que dignifiquem a causa por que lutam. 
O PS no nosso concelho,  digamos assim, anda com azar. Para já, perdeu uma oportunidade de ouro de marcar a diferença no panorama político nacional. Perdeu hipótese de ser transparente, mas, acima de tudo, de ser fiel aos princípios que o executivo municipal apregoa como a marca da sua gestão
São atitudes como esta que nos levam a não acreditar no sistema político português, a não acreditar nos discursos inflamados prometendo coerência e transparência, a não acreditar nos políticos.
O PS figueirense que vá à bruxa...
Entretanto, fica o registo dos cómicos que vão fazendo de presidentes - enquanto procuram governar a vida...
Por mim, também considero que “estes", como escreveu ontem um vereador desta maioria que governa a Figueira na sua crónica semanal num jornal distrital, "uns pobres diabos que se esfalfam a todo custo por fazerem qualquer coisa, são os malfeitores responsáveis do que vai acontecendo e carregam às costas todas as críticas e ignomínias”devem ser apreciados na total plenitude do seu talento e aptidões!..

Entrada da Guiné Equatorial marca cimeira da CPLP

"A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é liderada por Angola e Brasil, como convém a Portugal. Nos momentos em que é preciso ser forte, presidente e PM podem dizer que não podem fazer nada e até tentaram tudo para evitar a entrada da Guiné Equatorial. Como são pequeninos, mesmo pequeninos..."

daqui

Na Figueira, porque é que quem decide não escuta quem sabe do que fala?

Ao longo dos anos, foram disparates em cima de disparates que se cometeram na orla marítima figueirense. Recordo este post  de março de 2009.

Tudo começou a 15 de Maio de 1959, com o concurso público para arrematação da empreitada das obras exteriores do porto da Figueira da Foz.

“Entre o progresso e a decapitação da beleza natural, decidiu-se pelo progresso.

Contudo, isto não ficou assim: o molhe norte do porto comercial da Figueira da Foz  cresceu mais 400 metros.
Entretanto, a  Figueira continua com o futuro adiado.
Mas, não foi por falta de alertas  que este desastre ambiental aconteceu.
Recordemos, a entrevista dada por  Pinheiro Marques à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008. Para ler melhor, basta clicar nas imagens.

Entretanto, tudo indica que vamos ter na Figueira mais uma polémica. Antes que seja tarde, fica aqui a solução apontada em devido tempo.

"O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas nada democráticas, democraticamente." - José Saramago

terça-feira, 22 de julho de 2014

Na Aldeia (III)

A partir da esquerda:  Rui Moura, António Agostinho, Manuel Capote, Francisco Curado, Domingos Laureano, Carlos Lima, António Russo, Manuel Rodrigues, Carlos Azevedo
5 de Janeiro de 1986. Constituição da primeira Assembleia de Freguesia de São Pedro
Quase 29 anos depois, tenho distanciamento e paz para escrever.
S. Pedro, tal como agora, em 1985 teve um verão quente. Depois, veio o ano de 1986 e a 5 de Janeiro desse ano tomou posse o primeiro executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro. Naturalmente, só no dia seguinte, a 6 de janeiro de 1986, começou o trabalho...
As dificuldades foram tantas. Lembro, ao correr da pena, o seguinte: haver uma Rua para dar nome, mas não haver dinheiro para mandar fazer a placa.

Na política, como disse Maquiavel, os resultados é que interessam.
Recordo, como se fosse hoje, que a tomada de posse foi bonita. Eu, como se pode ver na foto acima, estava bem: magrinho, bem penteado e um aspecto aprumado.

A minha presença na política activa decorreu igualmente de forma esplêndida.
Planeei tudo com cuidado. Por isso, fiz apenas um mandato: entre 1986 e 1989.
A minha passagem pelo poder correu gloriosamente. As ideias saíram do meu crâneo em catadupa.
Saí como entrei: com bom nome, o que não foi pouco, pois os autarcas, no geral, não primam pela inteligência.

Depois de 1989, o futuro foi meu. Apenas meu.
Basta olhar para o que se passou a seguir na Aldeia. Em 2005, estávamos no grau zero das alternativas.
Face a isso, por dever de cidadania - fica sempre bem dizer isto -  lá tive de dar o corpo ao manifesto e contra tudo o que tinha previsto para a minha vida, lá tive de ir fazer oposição.
Foram 4 anos a pregar no deserto: numa Assembleia de Freguesia de 9 membros, 8 (OITO), eram da situação. O outro era eu. E ainda havia mais da situação: os 3 do executivo da junta de freguesia.

E chegámos a 2014. 
No PS, a balbúrdia é total. 
Na lista da actual oposição tudo continua a depender do Alberto João local...

Entretanto, parece que vai fazer muito calor, mas, como não tenho de ir estacionar no parque pago do Hospital da Gala para ir à praia, onde a taxa de ocupação é de 120 por cento, não me importa. 
Em minha casa não há ar condicionado, mas tenho janelas que abrem.

Já agora, enquanto a política está a banhos, não se esqueçam de mimar os barões locais. 
Convém ter sempre do vosso lado estes tiranetes das cidades, vilas e aldeias.
Por mim, os maiorais do PS e do PSD que se lixem. 
E os outros também. 

Vou terminar...
Por ora, prefiro não falar das minhas aventuras amorosas que aconteceram desde 1990 até aos dias de hoje.
Por isso é que, possivelmente,  nunca vou escrever um diário. Não vá o seu conteúdo cair no domínio público.
Entretanto, não esqueçam: na Aldeia, o importante, é manter as aparências.
Por isso me comportei tão bem durante estes anos todos. 
Podem contar comigo para continuar a ser um velho bem comportado. 

Será que a Misericórdia – Obra da Figueira não quer comprá-lo?.. *

foto Pedro Agostinho Cruz
Este batel faz-me lembrar uma mulher vulgar, mas bem produzida: quando a conhecemos, acreditamos que vai mudar a nossa vida… 
Depois, perguntamos para que foi, afinal, tanta excitação…
De harmonia com o Correio da Manhã de hoje, “o batel de sal que a autarquia da Figueira da Foz possui para fins turísticos vai continuar sem navegar no Mondego, depois do presidente da Câmara ter comunicado a intenção de anular o concurso de concessão.
No período reservado à intervenção do público na reunião desta segunda-feira, Carlos Tenreiro, um dos sócios da empresa a quem a autarquia adjudicou, em março, em concurso público, a concessão do batel de sal por cinco anos acusou o presidente da autarquia de "tiques de autoritarismo" por alegadamente João Ataíde ter decidido anular o concurso "sem prestar uma satisfação". Em causa, está um despacho do presidente da Câmara, datado de junho, em que João Ataíde manifesta concordar com uma informação dos serviços camarários que propõe revogar a deliberação camarária e anular o concurso, depois da empresa ter suscitado quatro pontos "em falta" - palamenta (objectos indispensáveis ao uso) da embarcação incompleta, clausula de salvaguarda de danos estruturais no casco, isenção de pagamento da atracagem na marina, que seria feita através do protocolo existente entre a Câmara e a administração portuária e aumento da lotação dos 10 passageiros autorizados pela vistoria para 20 pessoas.”
É uma tristeza ver o último batel do Mondego, parado sem navegar...  

Ao  que julgo saber, todos os rios portugueses têm barcos tradicionais a navegar. A excepção é o  nosso rio - o Mondego.
Uma pergunta, passados todos estes anos, continua pertinente...
Que fazer com este batel?..

Em tempo.
*Entre os finais dos anos 80 do século passado e o ano 1 do nosso século, o barco do sal esteve ausente das águas do nosso rio.
A 5 de Agosto de 2001, porém, um batel de sal voltou a navegar no Mondego.
Tal acontecimento, ficou a dever-se à parceria “Sal do Mondego”, que foi a entidade responsável pela construção duma réplica de um barco de sal.
As entidades que constituíram a parceria Sal do Mondego foram as seguintes: Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca. 

Gestão do estádio municipal já não pertence à Naval

A proposta de resolução do protocolo que a Câmara Municipal da Figueira da Foz tinha com a Associação Naval 1.º de Maio, para as instalações desportivas do Estádio Municipal José Bento Pessoa, e a proposta de regulamento do complexo desportivo foram aprovadas ontem, por unanimidade, na reunião da autarquia figueirense.
Segundo o jornal AS BEIRAS, que cita João Ataíde, a Câmara “apresentou a proposta de resolução do protocolo, pelas razões que estão suficientemente defendidas”. 
“Foi um processo longo, com as audiências que se impunham. Foi, de todo, justificável a pronúncia da resolução, o que não evitará um litígio”, disse ainda João Ataíde.
Por sua vez, o vereador da oposição Miguel Almeida declarou que a Somos Figueira iria votar favoravelmente.
“Tenho pena que a situação tenha chegado ao ponto que chegou. Os protocolos são para cumprir e responsabilidades das partes também”, acrescentou o autarca.
Miguel Almeida lançou ainda um apelo para que se “tente encontrar uma solução”. “A Figueira merece que o clube volte a ter a vida que já teve".
Em relação ao regulamento, João Ataíde referiu que houve a preocupação de que não houvesse “discriminação” entre os possíveis utilitários. “No preâmbulo, é dada prioridade à competição e ao mérito de cada um”, disse o edil, salientando que foi feita a “supressão de algumas expressões que, pela sua natureza, tirariam o carácter geral e abstracto, do documento”.
“Congratulamo-nos de termos feito a intervenção que fizemos, quando chamámos à atenção da irracionalidade da resposta, condutora da instabilidade dos clubes”, referiu, por seu turno, Miguel Almeida – o vereador da Somos Figueira referia-se à primeira apresentação do regulamento, no 1.º trimestre deste ano.
“Esta (nova) proposta salvaguarda todas as questões que levantámos, mas não salvaguarda o bom senso na atribuição das horas (uma hora e meia para utilização)”, acrescentou Miguel Almeida.
“É o tempo ideal. É óbvio que, se houver uma evidência nas reuniões relativamente a esse facto, há que concertar e fazer proposta de alteração”, respondeu o vereador Carlos Monteiro.
À margem da sessão, o responsável pelo pelouro do Desporto explicou que, entretanto, irá decorrer uma reunião com os interessados.
Embora nada ainda esteja definido (presume-se que seja nomeado um gestor desportivo por parte da Câmara Municipal), recorde-se que a Naval tem a funcionar, desde há vários a esta parte, a sua sede na antiga casa do guarda do Complexo Desportivo do José Bento Pessoa...

A mudança de Cavaco...

Houve um tempo em que Cavaco se recusava a falar sobre o país nas viagens ao estrangeiro
Agora, quando está em Portugal cala-se...
Entretanto, o que é uma mudança, aproveita as viagens para se pronunciar sobre o que se passa por cá...

A venda da Casa dos Pescadores de Buarcos à Misericórdia - Obra da Figueira na reunião de Câmara...

A discussão deve ter sido interessante... Segundo o jornal AS BEIRAS, a Câmara Municipal da Figueira da Foz está manifestamente descontente com a forma como decorreu o processo que culminou com a venda da Casa dos Pescadores de Buarcos à Misericórdia – Obra da Figueira.
“Darei nota ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social do facto de não termos sido ouvidos sobre o processo de venda da Casa dos Pescadores de Buarcos, quando manifestámos interesse em adquirir a fracção”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, ontem, na reunião da autarquia.
“Felizmente que apareceu a Misericórdia. Andam (leia-se executivo PS...) há quatro anos a falar nisto”, disse, por sua vez, o vereador da oposição Somos Figueira. Miguel Almeida perguntou ainda a João Ataíde: “o que mudaria se o instituto tivesse consultado a câmara?”
“Procuraria ver se era possível adquirir em prestações, consultar a junta de freguesia, avaliar investimentos, condicionar ou não o processo de venda”, respondeu o presidente da câmara.
“Fomos completamente defenestrados deste processo”, concluiu João Ataíde.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Novidades do POCPM - Processo de Óbito em Curso (daquele que ainda quer ser) Primeiro Ministro



"12 dúzias de camaradas foram até ao excelente Parque Verde de Condeixa comemorar o Dia da Federação de Coimbra do Partido Socialista. Como o e-leitor começa a ver, apesar de ser dia de festa de Santa Cristina, a padroeira da terra, o entusiasmo não foi muito e os famosos eram poucos, mas ainda vimos Manuel Machado, Carlos Cidade, Álvaro Beleza, Luís Filipe Pereira, Luís Antunes, Pedro Coimbra, António Paredes, Victor Baptista ou Rui Duarte."
Mais pormenores aqui.

Presumo que Portugal (e sobretudo Lisboa...) nunca seja a Figueira - "uma república de santanas"!..


a entrevista de Santana Lopes

1. Santana sabe tocar piano;
2. Santana tem um livro sobre Sá Carneiro na prateleira (raio de sorte a minha que escrevi nesse livro);
3. Santana tem uma fotografia de Durão Barroso;
4. Santana acredita que pode ser melhor presidente da república do que foi primeiro-ministro;

5. Santana fala mais da Presidência que da Santa Casa. O costume. Quando era autarca na figueira da foz também falava mais de Lisboa. Quando era autarca em Lisboa também falava mais do governo.