sábado, 12 de abril de 2014
Profetas da Figueira... (1)
“A Europa em 2014 continua a ser um lugar fascinante, aberto
e livre, onde a maioria vive muito bem.”
João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, hoje no jornal AS BEIRAS.
Tanto trabalho e tão pouca produtividade!..
As mais avançadas teorias de gestão empresarial ensinam que
é necessário repensar de forma radical os processos produtivos que se encontram
implementados.
Vejamos esta notícia:
"Foi uma noite “agitada” para os lados de Buarcos que obrigou
a PSP da Figueira a uma verdadeira “maratona” da qual saiu vencedora, ao
“deitar a mão”, já a madrugada ia alta, a um homem com cerca de 30 anos de
idade, que, em cerca de duas horas assaltou sete estabelecimentos comerciais,
designadamente dois restaurantes, dois cabeleireiros, uma clínica veterinária,
uma agência de viagens e o posto dos CTT de Buarcos."
Na sua posse tinha vários artigos, nomeadamente 84,18
euros - em várias moedas de pequeno
valor!..
Numa cidade em que tudo se esconde e quase todos "fazem
de conta", há que dizer frontalmente: apesar do optimismo, nota-se um notório e crescente
mal-estar na actividade económica!
Quando se imagina o futuro, ele é cinzento. Estamos em
recessão desde 2002...
sexta-feira, 11 de abril de 2014
"As promoções são uma droga e Portugal é líder no vício"
O importante é alimentar a ilusão de que se vive melhor.
No fundo o que é preciso, é promover o vício...
No fundo o que é preciso, é promover o vício...
Licenciaturas maradas...
Procurem bem, pois a Figueira estava "na moda"!..
"O inquérito - cuja existência foi confirmada ao SOL pela Procuradoria-geral da República (PGR), que se escusou a avançar pormenores invocando o segredo de justiça - decorre no MP da Figueira da Foz, onde até 2009 funcionou o pólo da Internacional..."
"O inquérito - cuja existência foi confirmada ao SOL pela Procuradoria-geral da República (PGR), que se escusou a avançar pormenores invocando o segredo de justiça - decorre no MP da Figueira da Foz, onde até 2009 funcionou o pólo da Internacional..."
O problema foi "nosso"
"A presidente da Assembleia da República disse que se os militares da Associação 25 de Abril não forem ao Parlamento nas comemorações do aniversário dessa data "o problema é deles".
A dra. Assunção Esteves está equivocada. O problema não é "deles". O problema é da senhora presidente da Assembleia da República que não quer ser incomodada...
Pensando melhor, contudo, talvez o problema não seja da senhora presidente da Assembleia da República. Talvez o problema seja do país que tem como segunda figura do Estado a dra. Assunção Esteves, que já demonstrou por várias vezes não ter um pingo de bom senso. E seguramente que essa tem de ser uma das qualidades exigidas para se ser a segunda figura do Estado português."
Na Figueira, nunca serei turista
Escrever com autencidade sobre uma terra e os seus
habitantes, não é apenas dizer "coisas bonitas e agradáveis”.
É também revelar matéria desagradável e sombras. É também falar das
contradições das pessoas e das sociedades. É também focar atitudes e nomear gestos que podem estragar a
fotografia a alguém.
Quem só escreve o bonitinho - no romance, na poesia, no
ensaio, na crónica, no blogue, no facebook - está a desrespeitar a vida e
aquilo que merece consagrar: o caos de existir.
A capacidade que cada um tem de se superar num gesto e de se
despenhar no gesto seguinte. De gostar e de não cumprimentar o vizinho. Desde os
gregos que é assim. A maior armadilha da vida e da arte acontece quando quer
ser uma forma de dourar a pílula.
O escritor não é o turista. A literatura nunca foi mandar postais. Eça, por exemplo, nunca mandou as nódoas para
debaixo do tapete.
O artista inofensivo tem sempre votos de louvor da câmara
municipal ou da junta de freguesia. Esse, nunca foi o meu objetivo...
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Sou do contra, porque sim...
Rui Curado Silva, investigador, no jornal AS BEIRAS.
“Recentemente em Pequim, durante uma visita a um laboratório
cruzei-me com uma fotocopiadora ao lado da qual se empilhavam várias caixas de
papel Navigator.
No país onde supostamente se inventou o papel, não resisti e
confirmei aquilo que já sabia no cantinho de uma das faces: “Made in Portugal by
Soporcel Portucel”.
No outro lado do mundo, naquela metrópole de mais de 20
milhões de habitantes fui transportado para a distante e pequenina Figueira da
Foz.
Quando se fala entre a elite figueirense em “colocar a
Figueira no mapa” é este tipo de colocação no mapa que me interessa.
Interessa-me menos aquela festa cara organizada na década
anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados
nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”
Tal como ao Rui Curado da Silva “interessa-me menos aquela festa
cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante
a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no
mapa.”
Porém, eu não acho
que a Figueira tenha mudado assim tanto - muito menos para melhor.
Mais: à sua maneira, as alegadas mudanças dão-nos um excelente retrato do que está mal
na Figueira em 2014.
O quer era bom, continua cá. O quer era mau, agravou-se.
Não ganhámos liderança, não mudou o espírito, não mudou a
filosofia - mudou a casca, pela força das circunstâncias - na Figueira e
no País.
As “mudanças”, na
Figueira, não são diferentes das “reformas”
do Passos no País – mais um retrato da
indigência nacional.
Vejamos o IMI e o preço da água pago pelos figueirenses...
Para quê?..
Vejamos o IMI e o preço da água pago pelos figueirenses...
Para quê?..
Dou só um exemplo: o estado das estradas do concelho em
locais fundamentais para a promoção do turismo figueirense.
Duvidam?.. Circulem, por exemplo, pela Serra da Boa Viagem ou pelas Lagoas de Quaios...
E depois é o que sabemos com os dinheiros gastos nos carnavais
e noutros festivais...
Como não há a mínima ideia do que é administrar uma
autarquia, faz-se mais do mesmo. Gasta-se menos, porque não há dinheiro...
A mim, como figueirense, interessava-me que tivesse mudado a filosofia e o espírito. No fundo, é uma questão de visão, de disciplina
- enfim, de um somatório de coisas, que não se “vendo”, se sentissem no dia a
dia.
Pergunto: “vendo-se”
muita coisa, sente-se o quê?
Modernidade? Originalidade ? Aumento de
qualidade/profundidade?
Qual é o valor acrescentado?
O que é que a Câmara e os figueirenses lucraram com as reuniões
à porta fechada?.. Ou com a intromissão da Câmara, via Figueira Parques, na
gestão do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz?
Ser teimoso, às vezes, não é mesmo uma virtude, mas agora já não estou só a falar da Figueira...
Dito isto, a Figueira mudou?
Se assim foi, viva a Figueira.
Afinal ter razão antes do tempo, é tão mau
como estar errado...
Eu, é que sou do contra, porque sim.
Termino como comecei...Volto a Rui Curado da Silva...
“Nos tempos que correm as exportações da Soporcel são
importantíssimas tanto para o município como para o país. Este caudal
exportador significa empregos e significa riqueza criada por produtos
transacionáveis, com existência real, não são swaps nem festas cor de rosa.
Quando uma empresa atinge este patamar de grandeza deve
manter essa grandeza na relação com os trabalhadores. Não existe nenhuma razão
para que o litígio entre os trabalhadores e a actual direcção da Soporcel em
torno da questão das pensões não seja ultrapassado com dignidade, sem pressões ou represálias sobre os operários
mais reivindicativos. Ao sucesso exportador exige-se o sucesso na concertação
com os trabalhadores.”
A Noite
«Estar desempregado pode, em certas condições, tornar-se
estimulante. De repente, encontramo-nos fora do sistema, não fazemos parte do
mundo, ninguém nos quer, batemos às portas e as portas não se abrem, os
conhecidos mudam de passeio quando nos vêm a tempo, ou então enchem-se de
piedade, o que ainda é pior. É uma boa altura para sabermos se somos apenas o
que fazemos, ou se vamos mais longe do que esse pouco.»
José Saramago, A Noite (1979), p. 66/Ed. Caminho, 2009 (4ª
edição)
Em tempo.
“A Noite” é a primeira peça de teatro escrita pelo único
prémio Nobel da Literatura da língua portuguesa, José Saramago.
Na redacção de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 de Abril
de 1974, a rotina vai ser interrompida pela discussão entre o Redactor da
Província, Manuel Torres (Paulo Pires), um jornalista de alma e coração que
defende a verdade jornalística acima de qualquer outro interesse, com o seu
Chefe de Redacção, Abílio Valadares (Vítor Norte), homem submisso ao poder
político, que aceita a censura nos textos do jornal sem questionar, e que conta
com o apoio incondicional de Máximo Redondo, o director do jornal.
O conflito ganha uma dimensão ainda mais dramática quando
surge na redacção o boato de que poderá estar a acontecer uma revolução na rua.
Um espectáculo intemporal…
A não perder, SÁBADO, 12 de ABRIL, 21h30 NO CAE!
O que é que falta perceber?..
Reduziram-se os dias de férias, eliminaram-se dias feriados,
proibiram-se as pontes e as tolerâncias de ponto, excepto no dia de Natal amém,
aumentou-se o horário de trabalho, reduziu-se o preço da hora extra e a
produtividade não aumenta para se aumentarem salários e o salário mínimo
nacional?
A erosão nas praias
“Tanto mar…” e tão pouca areia...
Um dossiê hoje publicado
no jornal AS BEIRAS a não perder na edição impressa.
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
Como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Entretanto, a praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano do país, está a crescer, em média, 40 metros por ano, devido ao prolongamento do molhe norte do rio Mondego...
Repito, mais uma vez, a pergunta que coloquei neste blogue antes da execução da obra, mas que ainda ninguém respondeu:será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE vão ter na zona costeira na margem a sul do Mondego?
quarta-feira, 9 de abril de 2014
O inglês é sempre útil, mas...
Por cá, são os polícias a aprender para melhor informar os turistas...
No Brasil, são as putas...
Quem acham que os turistas vão preferir?..
No Brasil, são as putas...
Quem acham que os turistas vão preferir?..
Plano de Pormenor do Bairro Novo encontra-se suspenso
Na passada segunda-feira, no decorrer da reunião realizada à porta
fechada, foi aprovada a suspensão do Plano de Pormenor do Bairro Novo da Câmara
Municipal da Figueira da Foz, publicado pela Deliberação n.º 441/2008, DR N.º35, 2.ª Série, de 19/02/2008, com cinco votos a favor da maioria socialista e
quatro votos contra da oposição Somos Figueira.
Este Plano de Pormenor
encontrava-se em vigor desde 2008 e “visava definir as orientações necessárias
à preservação e valorização do património edificado”.
Segundo a autarquia, em nota de imprensa tornada pública,
foram detectadas “situações de falta de adequação das normas do plano à realidade”, bem como a
“incapacidade” do mesmo em “responder às
novas intenções de uso e ocupação decorrentes de um novo contexto sócio-económico”.
Desta forma, com a suspensão “pretende-se agilizar as
intervenções urbanísticas no Bairro Novo, aproximando-as das novas realidades
salvaguardando a preservação cultural e patrimonial daquela área”, refere a
câmara.
O vereador da oposição João Armando Gonçalves, contactado
pelo DIÁRIO AS BEIRAS, afirmou: “parece-nos que a identidade do Bairro Novo é uma
das grandes mais-valias que a cidade tem. Importa preservar essa identidade e
o plano que existia assegurava essa missão, apesar de sabermos que tem alguns
erros. A suspensão do plano aumenta o risco de se desvincular essa identidade
do Bairro Novo”, disse ainda o vereador da oposição.
O equívoco
“Com a frequência com que se comemoram eventos relacionados com as freguesias do
concelho, agitam-se as bandeiras da reorganização administrativa que o actual
governo incompetentemente levou por diante, “para satisfação das imposições da
troika”.
Populisticamente, brande-se na direcção da oposição local,
“esses canalhas”, responsáveis pelas alterações a que a mesma deu origem, como
se da total inacção, nada acontecesse!
Qualquer reforma administrativa, local ou regional, deverá
obrigatoriamente ser precedida de estudos técnicos profundos que proporcionem
aos decisores políticos as bases que fundamentem as melhores soluções.
A lei que lhe serviu de base não o permitiu. Tão só, era
preciso fazer qualquer coisa!
E como a lei, não tendo sido revogada, teria que ser cumprida,
restou procurar o caminho menos prejudicial.
“De nada serve ao homem conquistar a Lua se acaba por perder
a Terra”, disse François Mauriac em 1952.
Convém recordar que no início do mandato anterior, aquando
da criação das célebres, improdutivas e caras equipas de planeamento, foi recomendado ao executivo que iniciasse tal
trabalho, antes mesmo de o governo decidir sobre a matéria. Lisboa e a Covilhã,
por exemplo, fizeram-no.
Se o governo foi incompetente, o executivo local não o foi
menos!
O alarido vai porém ter fim!
Quando o Dr. Seguro chegar a 1º ministro, ao mesmo tempo que
acaba com os sem-abrigo, revogará a reforma administrativa.
Helás! Está o problema resolvido! Não será melhor a
autarquia começar já a trabalhar, ocupando os seus inúmeros quadros técnicos na
preparação de uma reforma condigna?”
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje no jornal AS BEIRAS
Em tempo.
O eng. Daniel dos Santos, enquanto vereador e presidente dos
100% deixou-se, por razões que só ele saberá, enredar num vespeiro, onde havia, como certamente terá
conhecimento muito melhor do que eu, muita hipocrisia...
Sobre a lei que serviu de base e é a sua desculpa para se ter deixado enredar...
Os tribunais é que têm de obedecer cegamente à lei.
Mas, procuram fixar-lhe os contornos, porque a Lei
escreve-se em artigos indefinidos, plurais, numa abstração que obriga os
tribunais a moldá-la aos casos concretos.
Esta operação deve ser feita por especialistas.
O que se exigia então, a quem tomou decisões sem estudos técnicos profundos
que tivessem proporcionados aos políticos
as bases que fundamentam-se as melhores soluções?
Imparcialidade, claro. Isenção nas opiniões e fundamentações, também,
particularmente nas que conduziam directamente às decisões. Sabedoria técnica,
de preferência elevada. E sabedoria da
vida, conhecida como experiência.
E já agora, a integridade de carácter, a honestidade e
ainda a sensatez em estado sólido.
A administração da lei não é o mesmo que democracia, nem uma
coisa garante necessariamente a outra. A administração da lei é a aceitação de
que são as leis regulamentadas, não por uma autoridade suprema, mas pelos
cidadãos, que governam todos – os que estão no poder, os que e estão na
oposição e os que estão fora do jogo do poder...
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