João Ataíde, o independente reeleito numa lista do PS, tomou posse em 19 de outubro passado. Leva,
portanto, cerca de meio ano deste segundo mandato – o primeiro com maioria
absoluta.
Na tomada de posse, o presidente da Câmara da Figueira da
Foz afirmou ter como intenção, nos próximos quatro anos, “prosseguir a consolidação financeira, manter
a eficiência, rapidez e transparência dos serviços municipais, intervir no
espaço público e nos equipamentos, melhorar a qualidade de vida no concelho e
incrementar o desenvolvimento”.
Começou mal, porém, este segundo mandato do dr. João Ataíde:
uma das duas reuniões mensais passou a ser realizada à porta fechada; depois,
surgiu o caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz; a seguir, a polémica no CAE que envolveu
directamente o seu vereador de confiança e agora vice-presidente – o dr. António Tavares. Outras polémicas estão em cima da mesa. Uma,
que envolve também directamente o
seu vereador de confiança - o dr.
António Tavares, pois começou com uma frase do vereador PS no jornal AS BEIRAS:
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."; a outra, que vai ter
novos capítulos, em breve, tem a ver com o facto de “a Câmara da Figueira da Foz ter chamado a si a gestão do EstádioMunicipal José Bento Pessoa, que era gerido há várias décadas pela Naval 1.º de Maio, no âmbito de um protocolo assinado com o clube”.
Presumo que um vice-presidente
de câmara, sirva talvez para substituir
o presidente, quando este está ausente, e usar a sua magnífica cultura,
inteligência e lata visão e experiência política para tentar prevenir e evitar “tiros nos
pés”, que causam sempre danos políticos para os protagonistas, como certamente o futuro nos irá demonstrar...
É estranho, ou talvez não, que quem quer dar a imagem que tudo faz e faz e fará para proteger os
cidadãos figueirenses tenha
assistido e continue a assistir a
tudo isto caladinho, fazendo manobras de
diversão no jornal, direccionadas para
alvos que nada têm a ver com a forma como é gerida a autarquia figueirense, como,
por exemplo, o autor deste blogue e outras pessoas que ousam divergir da
maneira como esta maioria absoluta está a governar os destinos do nosso
concelho.
Seja como for – e oxalá isso não aconteça - arrisca-se a que
um destes dias o presidente, para voltar a mostrar quem manda (as pessoas
esquecem-se com frequência), o despromova de vice para vereador dos cemitérios.
Depois do prometedor salto qualitativo que, como político desta política, deu em meados do ano passado, seria muito mais condizente com a actuação que tem tido nos últimos meses.