domingo, 27 de outubro de 2013

Quando o fotógrafo é fotografado...

foto Ricardo Lucas
Ontem, um golfinho morto deu à costa na Praia do Hospital, em S.Pedro. 
 O fotojornalista Pedro Agostinho Cruz deu uma mãozinha na remoção do animal.  

Social...

Anda para aí um grande burburinho em torno de Carrilho e Bárbara...
Hoje, é primeira página num tablóide de grande tiragem e num jornal de referência...
O assunto, pelos vistos,  é importantíssimo para o país...
Entretanto,  com tudo isto, fico com a sensação de que o casamento do Relvas passou um pouco ao lado...
Vi  algures por aí que se casou na sexta feira...
Até estiveram presentes, entre muitos outros, Passos Coelho, Jorge Coelho, o inesquecível  Vítor Gaspar, Dias Loureiro e Santana Lopes.
Senhores jornalistas, mais atenção:  Relvas casou mesmo, não pediu a equivalência!..

No país da caridadezinha, temos mais um problema...

"Cantinas sociais. A sopa já não chega para tantos pobres"...

Bom domingo

sábado, 26 de outubro de 2013

Esta nossa barra... (II)

Ontem, editei este post, de que reproduzo parte...

Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores, e estas tragédias tocam-me profundamente, até porque tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
Daí, apesar de ter tido conhecimento da triste ocorrência,  praticamente no momento em que estava a ocorrer, só agora ter  arranjado estofo para publicar este post.
Entretanto, recuei até ao já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada,  do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto.
foto Pedro Agostinho Cruz
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

Hoje, li isto no Público.
"A forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída pode ter ajudado ao naufrágio da Jesus dos Navegantes, a embarcação da Póvoa de Varzim que levava oito pescadores, e naufragou na sexta-feira ao final da tarde, a 200 metros a sul da barra, causando a morte de dois e o desaparecimento de outros dois. Essa é, pelo menos, a tese do mestre José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
“Este barco foi engolido de lado”, diz José Festas, um antigo pescador que, como pertence à comunidade piscatória de Caxinas, zona de onde são originárias  vítimas do acidente, conhece todos os homens que foram para o mar na Jesus dos Navegantes. “Desde há dois anos e meio a três anos que isto está sempre a acontecer na Figueira da Foz”, refere.


Tal como ontem,  fico por aqui... O momento ainda assim o aconselha.

Foi recuperado o cadáver de um dos pescadores do acidente de ontem ao fim da tarde... *

foto tirada esta manhã no Cabedelo por António Agostinho
* Por enquanto, ainda há dois desaparecidos.

A "coisa" continua a dar que falar...

Tal como exprimi,  logo que de tal tomei conhecimento, “assim, a frio, a coisa pareceu-me desagradável...”
Isto aconteceu, em tempo real, pois a sessão camarária ainda estava a decorrer - por isso fui de certeza o primeiro a alertar para a gravidade da “coisa”...
Posteriormente, o meu amigo Fernando Campos, publicou um guião sobre a “coisa”.
A meu ver, completamente a martelo, meteu-me ao barulho ...
Ele lá saberá porquê...
O que está em causa - e isso, do meu ponto de vista,  é que é importante - é lembrar ao senhor que ocupa o cargo de presidente da câmara de uma cidade com tradições democráticas, que isso não é a mesma coisa que exercer as respeitáveis e difíceis funções de juiz.
Parafraseando um grande democrata figueirense, o doutor Luís Melo Biscaia, em democracia "nada há a esconder e é bom que quem dispõe da maioria num órgão político não julgue ter o direito de fazer o que quiser…"

Bem, ele continua a andar por aí, mas...

"Candidato da direita em 2015 vai ser Santana Lopes"- António Costa, presidente da câmara de Lisboa.

Naufrágio «Jesus dos Navegantes»

foto Pedro Agostinho Cruz

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Esta nossa barra..

Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores, e estas tragédias tocam-me profundamente, até porque tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
Daí, apesar de ter tido conhecimento da triste ocorrência,  praticamente no momento em que estava a ocorrer, só agora ter  arranjado estofo para publicar este post.
Entretanto, recuei até ao já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada,  do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto.
 “Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
 
Imagens de Pedro Agostinho Cruz
 
Hoje, aconteceu mais um acidente grave na barra da Figueira.
Esta tarde, por volta das 17h30, uma embarcação de pesca  da Póvoa de Varzim afundou-se à saída da barra da Figueira da Foz – molhe sul do Rio Mondego, junto à praia do Cabedelo.
Três pescadores estão ainda desaparecidos e um dos cinco entretanto resgatados está em estado muito grave no hospital.
“Jesus dos Navegantes” era o nome do barco.
“Iam dois barcos a sair e a vaga bateu num deles e virou-o”, disse à Lusa Mário Gomes, um pescador no local.
Um surfista também presente no local,  contou à Lusa que o barco subiu uma onda de três metros, rodou e bateu no mar já virado...
Entretanto, a barra do porto da Figueira da Foz está fechada a toda a navegação, pelo menos até ao início da manhã de sábado, até se aferir a localização da embarcação naufragada.
E fico por aqui... O momento assim o aconselha.

Grupo Desportivo Cova-Gala

Apoie o futebol amador no nosso concelho, indo assistir aos jogos do Cova-Gala. 
Clicando aqui fica a saber o calendário para o próximo fim de semana.

À atenção de quem de direito...

O mau tempo está aí. 
A protecção às dunas, entre o campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala e o Cabedelo está no estado que as fotos demonstram...  Para que conste e por ser verdade: há longos meses.

Porquê tanta preocupação com a “coisa” - manter alguns dossiês fora do conhecimento público?..

Tal como exprimi,  logo que de tal tomei conhecimento, “assim, a frio, a coisa pareceu-me desagradável...”
E a “coisa” é a seguinte: o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Dr. João Ataíde, um independente eleito numa lista do PS anunciou, ontem, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
Para justificar tal tomada de posição, o dr. João Ataíde recorreu à lei e à necessidade de reserva que alguns assuntos merecem para interromper uma prática que vigorava nesta autarquia desde Abril de 1974.
Acresce ainda que as reuniões sem público e sem jornalistas,  também não podem ser transmitidas pela internet, como acontecia até aqui -  e desde 2013.
Aliás, ontem, embora pelo menos estivessem jornalistas presentes, a reunião não foi transmitida pela internet.
O presidente da câmara frisou que a medida é aplicada, por enquanto, a título provisório e  garantiu que serão enviadas notas de imprensa sobre os assuntos deliberados nas reuniões sem a presença de jornalistas.
Miguel Almeida, líder da oposição (PSD), manifestou discordância: “vai exigir da parte dos vereadores algum cuidado, para não transformarmos o que se passou na reunião, através de fugas de informação, no que não se passou. Parece-me que vamos ter muitas reuniões de câmara nos jornais…”.
A proposta foi aprovada com os votos do PS.
No PSD houve duas abstenções (Azenha Gomes e João Armando Gonçalves. Anabela Tabaçó não participou nesta sessão) e um voto contra, o de Miguel Almeida.
Esta é a “coisa”.  Sobram as minhas inquietações.
Ao tomar esta atitude, a maioria absoluta que passou a gerir os destinos da Figueira desde 29 de setembro último, a meu ver, prepara-se para  não trazer para as reuniões públicas de câmara os assuntos mais importantes para os figueirenses.
Só pode ser por isso. Como diz o povo, “o segredo passa a ser a alma do negócio”, pois a regra geral, passará a ser que  as matérias importantes passem a ser aprovadas nas reuniões de câmara à porta fechada.
Se não fosse para manter alguns dossiês longe dos holofotes e do conhecimento público porquê tanta preocupação com o  secretismo por parte do Presidente João Ataíde?

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Vendedores de pantufas e de peúgas é que deviam subir a ministros...

Sempre me dei bem com gente como eu: simples.
É o caso do Custódio Cruz, meu Amigo de há muitos anos e vendedor de pantufas no Mercado Municipal.
Como é com gente simples que eu sempre me entendi, que pena que eu tenho de não conhecer este vendedor de peúgas de Barcelos!..
Este homem, de seu nome  Álvaro Costa, tem uma fábrica de peúgas em Barcelos e não diz que exporta "strumpor" para a Suécia. Diz "peúgas". Homem simples, ele não fala sueco e inglês pronuncia mal. Se calhar, Álvaro Costa também não lê jornais económicos, daqueles que explicam os swaps, assim: "No fundo é como no casino. Apostamos no vermelho mas às vezes sai o preto." Ora quem vai ao casino sabe onde entra, há luzinhas à porta a apagar e a acender. Mas, em 2008, quando o gerente de um banco falou ao fabricante de peúgas, não trazia na cabeça luzinhas a apagar e a acender. O bancário propôs um "contrato swap", o que ficou entendido como trocar para taxa fixa os juros do empréstimo que o empresário fizera. Troca, pensou este, dentro de um risco razoável entre gente séria. Mas veio a crise e Álvaro Costa descobriu que, afinal, até era mais do que roleta, era jogar a vermelhinha com aldrabões: "Eu ainda hoje não percebo muito bem o que é um contrato suópi", diz. Ignorante? Sim, como todos, até a nossa ministra das Finanças, que também fez swaps (ela pronuncia bem) sem calcular o risco todo. Mas se Álvaro Costa era ignorante em swaps, não era tanso. Pagou os juros que o banco lhe pedia, mas meteu-o em tribunal. Ganhou. O Supremo anulou o contrato e obrigou o banco a devolver o abuso. Infelizmente, os sapateiros que subiram acima do chinelo e chegaram a ministros não têm, com o nosso dinheiro, o mesmo interesse que o fabricante de peúgas tem com o dele. 
Pessoas simples, como este, é que deviam ser ministros.

Sócrates acertou na mouche: ele é o líder que a direita gostaria de ter...

Não nutro qualquer ódio primário a Sócrates. Também não pertenço ao grupo de patetas que lhe atribuem o exclusivo das responsabilidades pela situação a que o país chegou. Mas também não tenho por ele qualquer simpatia. Irrita-me que o digam um homem de esquerda depois do código laboral que aprovou, do desmantelamento das carreiras da Administração Pública e de serviços públicos que promoveu, dos negócios escuros e relações opacas que estabeleceu com os grandes interesses económicos, da austeridade que iniciou, apenas mais branda do que a actual por ter acontecido primeiro, da subserviência à Europa do Tratado de Lisboa que ratificou à revelia de uma consulta popular. Não sou daqueles que se contentam em pertencer a esta esquerda que está tão à direita do centro e que nunca sairá daí enquanto se cultivar como se cultiva a falta de memória, enquanto o não ser tão mau continuar a ser confundido com ser melhor, enquanto continuarmos a homenagear os homens do problema e a ostracizar os homens da solução. Sócrates foi um dos nossos homens do problema. Foi apenas um, Mas foi. Debater o futuro não é o mesmo que reescrever o passado. Passamos  a vida a reabilitar os nossos vilões de estimação. E depois queixamo-nos que estamos sempre a tropeçar nas mesmas pedras.

Via O país do Burro

Chiça, que não pára de chover na Figueira....

S. Pedro, também  foi um do locais afectados, como pode ver aqui.
Mas, houve outras situações complicadas. Figueira na Hora, dá-lhe uma ampla cobertura do que se passou na atribulada manhã de hoje, na Figueira,  um pouco por todo o concelho.

Assim, a frio, a coisa parece-me desagradável...

"Na primeira reunião de Câmara deste executivo municipal agora em funções, a decorrer neste momento, foi aprovada a proposta dos nomes de Carlos Monteiro, Ana Carvalho e António Tavares (PS) para vereadores a tempo inteiro.
João Portugal ficará apenas com funções de coadjuvação, tendo em conta a função que desempenha como deputado à Assembleia da República.

Foi ainda aprovada a proposta para realização de reuniões de Câmara às primeira e terceira segunda-feiras de cada mês. 
Como novidade, a primeira reunião de Câmara ficará vedada à presença de público e imprensa."

Em tempo.
Acabei de  de ler isto no Figueira na Hora - a quem, aliás, também saquei a foto
Tentei ver a reunião que está a decorrer em directo no site da Câmara Municipal da Figueira da Foz, como acontecia antes das autárquicas de 29 de setembro último,  e não consegui. 
Fiquei a saber que a primeira reunião não terá transmissão, só a segunda.
Isto,  da democracia,  tem muito que se lhe diga.
Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal. Um destes é a maioria absoluta...
Vamos lá ver no que isto vai dar, nos próximos 4 anos...

Actualização, via Figueira na Hora.
Distribuição de pelouros aprovada esta manhã.
• Presidente:
Finanças e Administração Geral
Turismo e desenvolvimento Económico
Recursos Humanos
Assuntos Jurídicos e Contencioso
Relações Institucionais e Comunicação
Protecção Civil, Bombeiros e Gabinete Técnico Florestal
Sector Empresarial Local
• Carlos Monteiro (vereador a tempo inteiro)
Projectos e Obras Municipais
Desporto
Ambiente e Espaços Verdes
Trânsito
Mercados e Feiras
Cemitérios
• Ana Carvalho (vereadora a tempo inteiro)
Urbanismo
Planeamento e Ordenamento do Território
Coadjuvação nas questões do Gabinete Técnico Florestal;
Coadjuvação nas questões de Desenvolvimento Económico;
Coadjuvação na modernização administrativa;
Serviço de informática e TIC
• António Tavares (vereador a tempo inteiro)
Acção Social e Saúde
Cultura;
Educação e Formação Profissional;
Colectividades;
Juventude
Comissão de Toponímia;
• João Portugal (vereador sem tempo)
Coadjuvação nas questões de promoção e apoio a medidas e acções visando o desenvolvimento do comércio e da qualidade da oferta turística do município.

Figueira na Hora, um projecto em evolução

Desde 7 de Abril do corrente ano, a Figueira da Foz tem um inovador portal de notícias – Figueira na Hora, no  Facebook.
“Noticiar a actualidade da Figueira da Foz, divulgar os acontecimentos no concelho e contribuir para uma cidadania informada, respeitando e contribuindo para a pluralidade democrática”, têm sido os objectivos dos seus promotores e autores – Andreia Gouveia e Jorge Lemos.
Desde o início tenho acompanhado  o Figueira na Hora.  
Por isso, tenho constatado que tem abordado diferentes temas sobre o dia a dia, sobretudo, da Figueira e do seu concelho (política, entretenimento, desporto,  ambiente,  educação, cultura, etc.), sempre de forma aberta e pluralista, permitindo também ampla participação dos leitores, que além de comentarem os textos do portal, podem sugerir temas e assuntos.
Fica o convite: conheça o Figueira na Hora,  um projecto em evolução, a partir da sua página do Facebook, para os figueirenses e com os figueirenses, pensado e feito  por jornalistas profissionais que amam o nosso concelho  e querem contribuir, com o seu trabalho competente, para que a Figueira continue a ser um óptimo lugar para se continuar a viver.