sábado, 1 de junho de 2013
Cada um sabe a delícia de ser o que é…
fotos sacadas daqui |
Às vezes deveríamos ser de ferro, para dias menos felizes...
Outras vezes, ser de
ferro negaria a beleza da nossa fragilidade.
Há momentos que não têm explicação.
Há atitudes que nos calam ...
Fiquemos, pois, pelo silêncio, que é a voz que me sossega os
momentos em turbilhão ...
Como este…
António Aleixo
"Esta mascarada enorme
Com que o mundo nos aldraba
Dura enquanto o povo dorme
Quando ele acordar, acaba"Em legítima defesa
Todos, a meu ver, cada um à sua maneira, pese embora o que
nos divide e o que nos move, gostamos da Figueira.
Portanto, todos nós, SOMOS FIGUEIRA.
A Figueira é importante para todos nós…
Como disse um dia um
político do país, mas também da nossa cidade, “gostem ou não, vou continuar a andar por
aqui.”
Vivo num país onde um governo - este governo PSD/CDS -, contribuiu para acabar com o meu posto de trabalho, minguar-me o subsídio de desemprego, pode vir a negar-me a futura pensão de reforma, ou pode mesmo vir a roubar-me o pouco que tenho no banco para uma eventualidade...
Tudo isso pode acontecer-me. A mim, ou a si, caro leitor.
Mas, vivo na cidade que gosto, onde ninguém vai conseguir tirar-me a voz ou a alegria de estar vivo.
Porque eu não quero! Porque eu não deixo!
Vivo num país onde um governo - este governo PSD/CDS -, contribuiu para acabar com o meu posto de trabalho, minguar-me o subsídio de desemprego, pode vir a negar-me a futura pensão de reforma, ou pode mesmo vir a roubar-me o pouco que tenho no banco para uma eventualidade...
Tudo isso pode acontecer-me. A mim, ou a si, caro leitor.
Mas, vivo na cidade que gosto, onde ninguém vai conseguir tirar-me a voz ou a alegria de estar vivo.
Porque eu não quero! Porque eu não deixo!
sexta-feira, 31 de maio de 2013
E as mães, os pais e os filhos dos outros que se lixem?..
O deputado do PSD José Manuel Canavarro pediu a palavra para «defender a honra da mãe», considerando ser «inadmissível» que a tenham insultado. «As nossas mães não são para aqui chamadas», exclamou.
Via TVI
Via TVI
Baralhou e tornou a tirar...
Os subsídios de desemprego e de doença superiores a 419 euros por mês vão ser sujeitos ao pagamento de taxas de 6% e 5%, respetivamente. Com a criação de uma salvaguarda de isenção para as prestações inferiores àquele montante, correspondente ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS), o Governo contornou a recente inconstitucionalidade declarada pelo Tribunal Constitucional. A medida está inscrita no Orçamento Retificativo, ontem aprovado em Conselho de Ministros, onde estão incluídos cortes na despesa pública equivalentes ao chumbo de 1,3 mil milhões de euros declarado pelo Tribunal Constitucional. E terá um efeito financeiro evidente no subsídio de desemprego de valor mais elevado (ver infografia). A aplicação de uma taxa de contribuição de 6% sobre o subsídio de desemprego irá abranger um universo de quase 400 mil desempregados.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Mais uma Colectividade do nosso concelho a viver momentos difíceis...
Se não acontecer um milagre,o Grupo Desportivo Cova-Gala, um clube que formou alguns craques, mas muitos Homens e uma agremiação desportiva com história, no nosso concelho e no distrito de Coimbra, fecha as portas em Junho...
Curiosidades marginais (III): Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização
O assoreamento do Rio Mondego é um problema antigo e
complicado. Mas, para a Figueira, nem tudo sempre foram desvantagens.
Antes do século XI, o Mondego navegável era a estrada
natural para o comércio existente nos princípios da nacionalidade. Coimbra,
Soure, Verride, Montemor-O-Velho eram então importantes praças comerciais e
influentes portos fluviais no centro do país. Por sua vez, a Figueira
limitava-se a ser um pequeno ponto localizado na foz do Mondego.
A partir do século XII, porém, o assoreamento do Mondego,
com a natural perda da navegabilidade que daí resultou, fez com que um pequeno
povoado pertencente ao concelho de Tavarede viesse a ganhar actividade e
importância e se desenvolvesse até à cidade na moda, cosmopolita, mas ainda
provinciana, dos dias de hoje.
E tudo começou, em boa parte, por há cerca de oitocentos
anos o rio ter começado a ficar impraticável para a navegação. Como em tantos
outros casos, o mal de uns foi a sorte de outros.
O rio e o porto estão associados ao crescimento da Figueira
e são factores de desenvolvimento concelhio, pelo que deveria ter havido (e
continuar a haver) o máximo de cuidado e planeamento na execução e expansão das
obras portuárias.
As razões são óbvias: basta verificar qual será a função
principal do porto comercial.
Fácil de responder: proporcionar o escoamento a mercadorias
da zona centro do país, em especial das empresas sediadas na zona industrial da
Figueira da Foz e das celuloses.
Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a
vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um
erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em
manter o porto comercial na margem norte é um factor condicionante para as
condições de funcionalidade da estrutura portuária.
Duas razões simples:
1º. Se
estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias
de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no
tabuleiro da ponte da Figueira.
2º. Principalmente
no inverno, os navios acostados no cais comercial têm frequentes problemas de
segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona
abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que
torna mais onerosa e menos operacional a vinda dos navios à barra da Figueira.
Tempo é dinheiro no competitivo mercado dos transportes
marítimos. O mal, contudo, está feito, mas não pode ser escamoteado. Até porque
a vinda para a margem sul do porto de pesca não foi inocente. Era poluente ...
Também podemos aprender com os erros. E erro estratégico
foi, igualmente, a implantação da zona industrial logo a seguir à zona
habitacional da Gala, quando teria sido perfeitamente possível e fácil a sua
deslocação mais para sul, possibilitando assim a criação de uma zona tampão
entre as fábricas e as residências.
É uma questão pertinente, apesar do optimismo que aí vai com
a notícia da implantação de uma fábrica que, segundo a responsável pela gestão
do Parque Industrial, “é o maior projecto”, desde que a câmara tomou posse dos
terrenos da zona industrial.
Com erros, ou sem erros, porto comercial e zona industrial
são estruturas complementares no progresso e desenvolvimento do nosso concelho.
Contudo, convém que o planeamento seja devidamente sustentado, pois erros já
foram cometidos bastantes. Apesar dos alertas feitos em devido tempo.
Historicamente é conhecido que a ocupação espanhola dos
Filipes foi penosa para Portugal. Na Figueira, conforme pode ler-se no
Manifesto do Reino de Portugal, “nos séculos XV e XVI até as pescarias não eram
seguras, porque nos nossos portos tomavam mouros e turcos as mal defendidas
barcas de pesca; cativavam e faziam mercadoria humana dos miseráveis
pescadores; e ainda se atreviam licenciosa e insolentemente ao mesmo nos
lugares marítimos, como senão tiveram rei que os pudesse defender; e proibida a
pescaria faltava ao reino uma considerável parte do seu sustento”.
Isto aconteceu na dinastia dos ocupantes Filipes. Nesse
tempo, mouros, turcos e habitantes do norte da europa, todos piratas, saquearam
e flagelaram Buarcos e a Figueira. Essa realidade só veio a mudar com a
independência, a partir de 1640.
Todavia, só em meados do século XVIII o porto da Figueira
conheceu o esplendor, beneficiando, é certo, de um factor exógeno: a quase
inutilização da barra de Aveiro. Mais uma vez, o mal de uns foi a sorte de
outros.
A região interior centro passou a processar o movimento de
importação e exportação das mercadorias pelo porto da Figueira, a tal ponto que
embora com demoras, dificuldades e riscos, a nossa cidade “ foi considerada a
terceira praça comercial e marítima do país do século XIX”.
De então para cá aconteceram períodos mortos, avanços,
recuos, estudo e mais estudos técnicos, ilusões, desencantos, mentiras, mas,
nas últimas dezenas de anos, apesar de tudo, avançou-se desde o cais de madeira
obsoleto e podre, apenas equipado com uma grua a vapor, tempos esses aliás
ainda presentes na nossa memória.
Pena foi o cais comercial ter morto e enterrado as
memoráveis regatas de outros tempos. Também por isso, porque é que não o
implantaram na margem sul?
Em tempo.
Crónica Marginal de António Agostinho, 18 de Junho de 2001, publicada
no jornal Linha do Oeste
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Como é bom continuar a andar de bicicleta...
A grande vantagem das pessoas que andam de bicicleta é que podem fugir mais facilmente de todos aqueles que insistem em querer salvar-lhes a vida e a reputação.
terça-feira, 28 de maio de 2013
28 de maio
Foi
num 28 de Maio, mais concretamente em 1936, no 10º aniversário da «Revolução
Nacional», que Salazar proferiu um discurso que ficou tristemente célebre pela
frase que se ouve no vídeo:
«Não
discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e a sua História; não
discutimos a autoridade e o seu prestígio; não discutimos a família e a sua
moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever.»
Mas
ninguém refere o resto do discurso que foi longo e que
termina deste modo lapidar: «Nada valem filosofias e filósofos ou sonhos de
sonhadores contra estas realidades.»
Não
estamos em ditadura, mas sim numa democracia, embora débil, e ouvimos todos os
dias frases equivalentes a esta. Mas os «sonhadores» um dia vencerão – contra
estas e contra muitas outras tristes realidades.
Mia Couto ganha Prémio Camões
Um prémio merecido que segundo o Juri foi entregue tendo em conta a “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Curiosidades marginais (II): Semear para se ver?
Existe “desunião” na Figueira?
É possível que sim.
A comunidade citadina “preocupa-se mais com questões
pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”?
É possível que sim.
Existem figueirenses que, quando alguém aponta para a lua,
olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto?
É possível que sim.
Haverá figueirenses a torcer para que o “oásis do Santana”
vá por água abaixo?
É possível que sim.
Mas - é bom não esquecer, - também existem os outros: os que
estão unidos pela Figueira; os que não querem saber das tricas pessoais; os que
se preocupam com as verdadeiras necessidades do seu concelho (freguesias rurais
incluídas) e as medidas estruturais necessárias à sua resolução. Existem,
ainda, os que para quem o “oásis do Santana” é irrelevante (já agora, aproveito
para esclarecer o porquê: normalmente semeia-se para se colher. O oásis, faz
parte de um conjunto de outros (alguns pseudo) mega-projectos onde se semeia
para se ver. Dá para entender?)
Embora não se deva duvidar que se “continue a trabalhar com
todas as forças”, pelos projectos do concelho, até porque não se pode ser
“presidente de Câmara a brincar”, percebe-se porque é que se perdeu a
capacidade de sonhar: em política, tal como na vida real, tem de se semear para
colher. E, mesmo assim, por vezes, há problemas com as colheitas....
Quem semeia para se ver, acaba por sofrer as consequências
dos chamados “acidentes de percurso”. Daí, ao esfumar de um sonho, é um passo.
Em tempo.
Crónica Marginal de António Agostinho, 10 de Setembro de 1999,
publicada no jornal Linha do Oeste.
domingo, 26 de maio de 2013
Quem avisa amigo é...
Tinha avisado para entrarem em "alerta vermelho", pois o Benfica estava a correr sérios riscos de contrair o "The Peseiro Syndrome"...
E não é que assim aconteceu!..
E não é que assim aconteceu!..
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