"O dinheiro emprestado pela troika é muito barato", explica aqui o senhor FMI... Abebe Selassie, o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional disse também que Portugal tem "um ministro das Finanças muito impressionante". |
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Ironia (III)
É preciso ter lata...
Cavaco: "portugueses esqueceram o mar, a agricultura e a indústria"!..
Isto, depois de durante dez anos (1985/1995), ter ajudado a desmantelar as pescas, a indústria e a agricultura, a troco de alguns (muitos) milhões que da Europa (CEE) vieram, para distribuir generosamente e torrar em cimento e alcatrão.
Valha-me Deus...
"Em Belém já não mora ninguém e lá só se ouvem passos..."
Isto, depois de durante dez anos (1985/1995), ter ajudado a desmantelar as pescas, a indústria e a agricultura, a troco de alguns (muitos) milhões que da Europa (CEE) vieram, para distribuir generosamente e torrar em cimento e alcatrão.
Valha-me Deus...
"Em Belém já não mora ninguém e lá só se ouvem passos..."
Vamos ter cá o fantástico Santana…
imagem sacada daqui |
Considero verdadeiramente fantástica a capacidade, que este
ex-presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, tem para continuar a projectar
a voz em todas as suas intervenções políticas - na Figueira e no País!..
Do assunto mais comezinho à questão mais importante, Santana engrossa o aparelho fonador e, qual barítono de opereta, faz estrondear as suas sentenças políticas sobre os amedrontados adversários políticos e jornalistas.
Do assunto mais comezinho à questão mais importante, Santana engrossa o aparelho fonador e, qual barítono de opereta, faz estrondear as suas sentenças políticas sobre os amedrontados adversários políticos e jornalistas.
Sim, amedrontados... E eu não os censuro.
Confesso, aliás, que se eu fosse seu adversário político ou jornalista e tivesse de enfrentar a fúria retórica deste
ex-presidente da câmara municipal da Figueira da Foz ficaria cagadinho de medo. Acham que estou a exagerar?.. Olhem em redor - para a Figueira e para o País.
Como certamente já perceberam, sou, desde sempre, um atento fã deste homem.
A sua voz denota firmeza, carácter, força, convicção, pujança, ímpeto e integridade - talvez não por esta ordem, mas tudo isto ao mesmo tempo.
Sim, porque aquela voz só pode brotar de um genuíno e puro desejo de fazer o bem-comum. E aquele ribombar das palavras requer a certeza de quem sabe o que está a fazer e não admite dúvidas ou opiniões contrárias, porque estas são pura e simplesmente inadmissíveis, por ignorantes.
A sua voz denota firmeza, carácter, força, convicção, pujança, ímpeto e integridade - talvez não por esta ordem, mas tudo isto ao mesmo tempo.
Sim, porque aquela voz só pode brotar de um genuíno e puro desejo de fazer o bem-comum. E aquele ribombar das palavras requer a certeza de quem sabe o que está a fazer e não admite dúvidas ou opiniões contrárias, porque estas são pura e simplesmente inadmissíveis, por ignorantes.
É claro que, em
certas situações, todo este troar eloquente já chegou a ser um pouco ridículo...
Mas, isso, foram as excepções…
Em tempo e antes que seja tarde de mais...
Mas, isso, foram as excepções…
Em tempo e antes que seja tarde de mais...
Não obstante toda a minha admiração, espero que o Santana
nunca venha a ler este post.
É que eu não o quero ver aborrecido comigo.
É que eu não o quero ver aborrecido comigo.
Pensando melhor, talvez este post não tenha sido uma grande
ideia.
Vocês não lhe digam nada, ouviram?..
Vocês não lhe digam nada, ouviram?..
Vejam lá!.. É que não posso correr o risco que se pense que estou a brincar com quem tem uma voz e um peso, que todos conhecemos e reconhecemos.
Na Figueira... E não só!
Na Figueira... E não só!
Apenas uma pergunta…
para ler melhor clicar em cima da imagem |
Se Portugal está como sabemos a Figueira poucas melhoras
tem. O que nos rodeia está, de facto, de pantanas. Vejam isto: “religar o contador da água na
Figueira passa de 50 euros para 92 euros"!..
Posto isto, o grande lamento, em jeito de questão, que eu
gostava de colocar, hoje, aqui, é o seguinte: privatizar, é elevar o preço de
um serviço básico até ao infinito?..
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Tem razão senhor primeiro ministro!..
Passos Coelho...
"Não são os Governos que criam empregos".
Tem razão senhor primeiro ministro.
Mas, já agora, penso eu...
Também poderiam evitar criar desemprego...
Ou, isso, seria pedir muito?..
Em tempo.
"...Há cada vez mais gente desesperada, um sem--número de pessoas que não aguentam a situação em que sucessivos governos deixaram Portugal. Nos bairros dos subúrbios os filhos nunca tiveram emprego e os pais já não têm. Temos uma falsa democracia, em que os manifestantes são espancados mas os antigos responsáveis do BPN, banco em que desapareceram para os bolsos de alguns milhares de milhões de euros, nunca foram presos e tornam-se conselheiros do primeiro-ministro. Portugal é um país com milhão e meio de desempregados. As estatísticas falam de um número recorde de pessoas na pobreza, de gente expulsa das suas casas e sem dinheiro para comer. A violência é filha de um país sem saída. Como querem ter a paz social da Suécia com a miséria da vida da Grécia?"
"Não são os Governos que criam empregos".
Tem razão senhor primeiro ministro.
Mas, já agora, penso eu...
Também poderiam evitar criar desemprego...
Ou, isso, seria pedir muito?..
Em tempo.
"...Há cada vez mais gente desesperada, um sem--número de pessoas que não aguentam a situação em que sucessivos governos deixaram Portugal. Nos bairros dos subúrbios os filhos nunca tiveram emprego e os pais já não têm. Temos uma falsa democracia, em que os manifestantes são espancados mas os antigos responsáveis do BPN, banco em que desapareceram para os bolsos de alguns milhares de milhões de euros, nunca foram presos e tornam-se conselheiros do primeiro-ministro. Portugal é um país com milhão e meio de desempregados. As estatísticas falam de um número recorde de pessoas na pobreza, de gente expulsa das suas casas e sem dinheiro para comer. A violência é filha de um país sem saída. Como querem ter a paz social da Suécia com a miséria da vida da Grécia?"
“O executivo e a troika não alteraram as previsões para 2013, mas reviram em baixa o crescimento para 2014, o ano da retoma.”
Infelizmente, o país "inventado" por Vitor Gaspar, Passos Coelho e Paulo Portas está muito distante daquele que encontramos diariamente - feio, pobre e triste,
cuja única coisa que tem para nos oferecer, é conseguir esvaziar-nos as
"carteiras" ...
Desgraças...
Pelo facto de ser covagalense, tive obstáculos ao longo da vida…
Mas, ser covagalense não
foi uma escolha - foi um destino.
Ainda que ser covagalense não me impeça de escrever, creio
que só vale a pena fazê-lo, a partir de uma lucidez exasperada.
Assim, afirmo que ter nascido covagalense foi uma desgraça.
Como é uma desgraça ser figueirense, português, pobre,
negro, homossexual, poeta – e outras coisas assim, marginais.
Tirando esse pormenor, o importante é aquilo que fazemos com as
nossas desgraças.
Memória curta?.. (II)
Outra Margem pode não ser o blogue mais bem
escrito.
Outra Margem pode não ser o blogue com mais
humor.
Outra Margem pode
não ser o blogue mais irreverente.
Outra Margem pode
não ser o blogue mais original.
Outra Margem pode
não ser o blogue mais bonito.
Outra Margem pode não ser o blogue mais bem
formatado.
Outra Margem pode ser o blogue mais foleiro.
Aceito isso, e muito mais, com toda a naturalidade…
Fica, porém, uma confissão: o que eu gostaria mesmo, é que Outra Margem fosse o blogue com os melhores comentários dos leitores.
Fica, porém, uma confissão: o que eu gostaria mesmo, é que Outra Margem fosse o blogue com os melhores comentários dos leitores.
Obviamente, “conhecidos”.
A contribuição dos comentaristas para a elevação do nível dos blogues,
é uma questão sempre pertinente na blogosfera local e nacional. Daí, o meu enorme regozijo ao receber, a propósito deste post, o seguinte comentário:
“António Joaquim Rosa disse...
Boa noite.
Você adora ser do contra, contra tudo o que se faz e contra
todos.
Se fosse na SUA cova-gala tinha sido bem feito, como foi em
outra freguesia, que por acaso "é" do PSD, já têm memória curta.
Quando o sr. sorridente (pres. camara) fez promessas devia
ter pensado que estas são para cumprir.
Obrigado”.
Meu caríssimo António Joaquim Rosa (que eu desconheço, em
absoluto, quem seja):
Para minha grande irritação, este seu comentário consegue
ter bastante mais piada e sentido de humor do que o meu post que motivou a sua
reacção.
É pois com muito prazer que deixo acima a sua excelente
contribuição para elevar o nível do Outra Margem.
Bem haja.
Tenha um bom dia.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
“O bom caminho”: miséria, miséria, sempre mais e mais miséria…
Isto não são políticas de redução de despesa pública: ela
não tem sido reduzida. Não são políticas para colocar as finanças na ordem...
são políticas de empobrecimento, de manipulação grosseira do valor do preço da
mão-de-obra, e por arrasto, dos "mercados".
Estes liberais, que defendem que o estado tem de deixar o
mercado trabalhar, estão a baixar o valor que cada trabalhador cobra pelo seu
suor.
É esta a solução que encontraram para combater as
deslocalizações para a Ásia: se não os podemos vencer, juntamo-nos a eles.
É este o “bom caminho"?..
Resumindo e concluindo: traduzindo para linguagem popular, em 2013, 2014, 2015 e por aí fora, vamos ser ainda mais "fodidos e mal pagos".
Resumindo e concluindo: traduzindo para linguagem popular, em 2013, 2014, 2015 e por aí fora, vamos ser ainda mais "fodidos e mal pagos".
Memória curta?..
Segundo li nas Beiras e no Diário de Coimbra, “desconhecidos
colocaram faixas negras contra fecho do Paço de Maiorca”.
Pois quanto a mim, esses tais desconhecidos, antes de colocarem faixas negras, deveriam ter feito o trabalho de casa.
Não há pior coisa para combater aquilo que se considera uma má medida, do que usar argumentos maus e errados...
Será que já se esqueceram que o negócio do Paço de Maiorca e a ruinosa parceria público-privada com a Quinta das Lágrimas, são da responsabilidade de executivos municipais PSD, liderados pelo dr. Santana Lopes e pelo falecido eng. Duarte Silva?..
Premonitório…
Portugal é um país pobre. Antigamente, no Natal, as famílias juntavam-se ao borralho e como não havia prendas, "o pai dava peidos e a gente ria-se.” Contudo já não é bem assim.
.
O país continua pobre mas as pessoas conhecem mundo. Diz-se até que vivem acima das possibilidades. Na Figueira, por exemplo, de manhã fazem jogging na Avenida; passeiam-se, à tarde, no Centro-Comercial; depois, despem o fato informal e vão, de noite, às tertúlias do Casino: ouvir, entre suspiros, Medina Carreira arrotar.
A notícia é que já ninguém se ri. Aplaudem de pé.
A notícia é que já ninguém se ri. Aplaudem de pé.
O que, na Figueira e entre figueirenses, pode ser premonitório.
Fernando Campos,
Ironia (II)
Ontem, decidi ouvir a homília de Marcelo na TVI.
Surpreendentemente, a dado passo, penso que percebi Marcelo dizer, nas
entrelinhas, que Vítor Gaspar está
a exercer o seu cargo neste Governo a pensar nas instituições onde irá trabalhar, quando deixar de ser ministro!..
Será assim?
Será assim?
Ou será que, também, estava apenas a ser irónico?...
Vamos esperar pela próxima semana…
Carlos Moreno explica o que vai acontecer a Portugal a partir de Janeiro
O ex-juiz do Tribunal de Contas explica as razões pelas quais os portugueses se tornarão, inutilmente, num país de 9 milhões de pedintes...
São 10 minutos e 8 segundos. Vale a pena ouvir com atenção.
domingo, 18 de novembro de 2012
Ironia!..
Como sabemos, sempre teve um sonho - ser artista…
Teve, finalmente, uma
promoção inesperada para a sua ambição
de sempre: o primeiro-ministro lamentou hoje não ter sido
"possível" ao ministro da Administração Interna fazer "uma
declaração mais esclarecedora" sobre a intervenção do Governo na sequência
da tempestade no Algarve. Mais tarde, veio o esclarecimento: Passos estava a ser irónico.
Se era ironia, foi uma ironia tão subtil que ninguém percebeu!..
O Bordalo e o Fernando
Em vésperas de inaugurar uma exposição de caricaturas e de esculturas, o Fernando esteve recentemente de visita às Caldas da Rainha,
segundo ele, “em busca de, enfim, algo específico para construir uma das suas peças.”
Apesar de, certamente por mera coincidência, ter ido às Caldas “em dia de feira da fruta” não deixou “de visitar o maior artista português de todos os tempos, e assim, de certo modo, pedir-lhe a bênção.”
A prova está nesta postagem, do lado direito. A filha do Fernando,
que sabe do apreço que ele tem pelo Bordalo, fez a foto.
E cá vemos o Fernando, em pose, o mais dignamente que lhe foi possível. Nota-se que está “um tanto contrito e intimidado, para gáudio de Bordalo que, por detrás do monóculo e do bigodão, parece estar particularmente divertido.”
Meu caro Fernando: pese
embora a tua natural modéstia, deixa-me felicitar-te pelo teu bom gosto humorístico. Não é amiúde que
encontramos alguém que saiba apreciar uma alma verdadeiramente talentosa como o
“nosso” Raphael Bordalo Pinheiro, que
com o traço irreverente e satírico construiu uma galeria de figurões
políticos e financeiros "de todos os mil grotescos que por ahi fervilham
como formigas num assucareiro", intervindo decisivamente na demolição das
estruturas caducas duma monarquia decadente e na rápida ascensão e propagação
dos ideais republicanos.
Mas, cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. A
política continua uma “grande
porca”. Nos chamados partidos do chamado
“arco do poder”, todos querem é mamar.
E como não chega para
todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma
teta...
Ah, quase me ia esquecendo do pormenor, que presumo importantíssimo...
"O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá."
Ah, quase me ia esquecendo do pormenor, que presumo importantíssimo...
"O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá."
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