quinta-feira, 3 de junho de 2010
Morreu o Almirante Rosa Coutinho
O "Almirante Vermelho", como também é conhecido, integrou a Junta de Salvação Nacional e esteve ligado ao movimento das Forças Armadas que desencadeou o 25 de Abril.
Tive o privilégio de, em Fevereiro de 1983, ter falado com ele várias horas no Vale do Leão, onde pernoitou, por se ter deslocado à Figueira para participar na Homenagem promovida pelo jornal “Barca Nova” (onde então eu era chefe de redacção), a um dos nomes maiores da corrente literária conhecida por neo-realismo, - o poeta da “Incomodidade”, dr. Joaquim Namorado.
Essa noite, ficou para sempre marcada na minha memória, por ter conhecido, ao vivo, os dois mais caluniados militares de Abril – o General Vasco Gonçalves e o Almirante Rosa Coutinho.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Ontem, foi Dia Mundial da Criança...
... e a prenda do governo foi...
Um delas poderá ser "a Escola do 1º CEB de Lares, que ainda há poucos anos sofreu profundas obras de beneficiação"!..
Um retrato que impressiona
Ontem, fui ao CAE assistir ao filme/documentário do figueirense Jorge Pelicano PARE, ESCUTE, OLHE.
Em boa hora o fiz. O filme fala de Trás-os-Montes, região esquecida e despovoada, tal como quase todo o resto do País, vítima de promessas políticas por cumprir.
Mais do que uma ameaça à centenária linha ferroviária do Tua, o anúncio da construção de uma barragem é um atentado à identidade do povo transmontano.
O filme, na minha opinião, excelente, além de muitas outras coisas, é um retrato fiel da classe política que tem estado à frente dos destinos deste desgraçado Portugal, nos últimos 36 anos.
Basta ler a SINOPSE: “Dezembro de 91. Uma decisão política encerra metade da centenária linha ferroviária do Tua, entre Bragança e Mirandela.
Quinze anos depois, o apito do comboio apenas ecoa na memória dos transmontanos.
A sentença amputou o rumo de desenvolvimento e acentuou as assimetrias entre o litoral e o interior de Portugal, tornando‐o no país mais centralista da Europa Ocidental.
Os velhos resistem nas aldeias quase desertificadas, sem crianças. A falta de emprego e vida na terra leva os jovens que restam a procurar oportunidades noutras fronteiras.”
Este é o Portugal que temos em 2010 – e não só em Trás-os-Montes.
PARE, ESCUTE, OLHE, uma autêntica viagem pelo Portugal profundo e esquecido, conduzida pela maestria de Jorge Pelicano, impressiona e não nos deixa indiferentes. Então, aquele silêncio próprio do isolamento a que o povo ficou condenado, esmaga.
Aqueles sorrisos do Mexia e do Sócrates, as frases feitas de Mário Soares e Cavaco, são aviltantes para um povo gasto, velho, cansado sem futuro, que ficou condenado e esquecido por aqueles a quem deram o voto para o defender.
Jorge Pelicano, que eu não conheço, é um figueirense que honra a Figueira. Nos seus, penso, que 32 anos, revela-se um humanista, ainda por cima competente e talentoso, que consegue passar-nos estas histórias humanas com um excelente ritmo cinematográfico.
Como me disse um dia o talentoso jornalista Adelino Tavares da Silva, “é a contar estórias que a gente se entende”, por isso, apesar do conteúdo do filme do Jorge Pelicano, que, penso, não deixa ninguém indiferente, saí ontem do CAE, após a projecção do PARE, ESCUTE, OLHE, feliz, por ter tido a oportunidade de assistir a uma história, que fala de nós portugueses, mas que também fala de outros pontos do universo, ainda por cima magistralmente contada.
Obrigado Jorge Pelicano.
terça-feira, 1 de junho de 2010
O ressabiado
O secretário-geral do partido e primeiro-ministro entendeu que era cedo para decidir. Perante as dificuldades com que está confrontado e tantos opositores que o querem destruir, em lume brando, compreende-se. As eleições presidenciais serão daqui a seis meses e o actual Presidente não decidiu ainda, oficialmente, recandidatar-se.
No domingo passado, o secretário-geral do PS decidiu apoiar a candidatura Alegre, ao que disse porque é progressista, deixando ao candidato a liberdade de fazer a campanha.
No actual contexto político-partidário, julgo que Sócrates cometeu um erro grave, que porventura mesmo lhe poderá ser fatal e ao PS. Como socialista, e pensando como sempre e só pela minha cabeça, entendo ter a obrigação de dar a conhecer de novo aos meus camaradas e ao secretário-geral aquilo que penso.”
(Mário Soares, hoje no DN)
Não vou votar Manuel Alegre nas próximas presidenciais. Nem na primeira, nem, se a houver, na segunda volta.
"A mim ninguém me cala!", é talvez a frase que mais o celebrizou. Por isso mesmo, é que, depois do ruído feito durante anos – em especial, nos últimos 4 – porquê o silêncio táctico, frio, obsceno e calculista das últimas semanas?..
Até hoje não o ouvi justificar em termos políticos e intelectualmente sérios as razões para então se ter candidatado contra Cavaco Silva. Explicações de circunstância deu muitas. Ele, mas também o secretário-geral do PS e o presidente do partido que já nessa altura eram os mesmos.
É que as razões que são agora invocadas para apoiar Manuel Alegre já eram válidas em 2005. Por isso, aquilo que eu gostaria de ter lido ou ouvido Mário Soares explicar era por que razão o erro grave e fatal é o que o PS comete agora e não foi aquele que atirou Cavaco Silva para Belém e que o deixou, a ele Mário Soares, na história das presidenciais com uma votação típica do Bloco de Esquerda. Depois de ter vencido por duas vezes as presidenciais essa votação foi obra.
Eu teria vergonha desse resultado e da falta de visão política que essa candidatura representou. Porém, admito que a memória já não dê para tudo".
Parabéns Pedro
“Recortes da Aldeia”, a primeira exposição fotográfica do meu jovem amigo, companheiro de blogue e fotógrafo Pedro Cruz , que esteve patente ao público no Núcleo Museológico do Mar em Buarcos, desde 28 de Janeiro passado, encerrou ontem.
PARE, ESCUTE, OLHE...
... vai ser exibido, hoje, mais uma vez, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
Face à afluência de público, que esgotou a lotação na primeira apresentação, o CAE voltou a programar a exibição de “Pare, Escute, Olhe”, filme realizado pelo figueirense Jorge Pelicano.
Para abrilhantar as comemorações d0 8º. aniversário, o CAE integrou também o concerto de Frankie Chavez, um dos autores da banda sonora original do documentário..
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Amor com amor se paga!...
“O primeiro-ministro, José Sócrates, esteve presente no encerramento do V Congresso da Tendência Sindical Socialista/UGT para dar "apoio" e "incentivo" ao secretário-geral da UGT, João Proença"
“João Proença afirmou que a manifestação que decorreu em Lisboa irá comprometer a imagem de Portugal no estrangeiro.”
E agora?..
Na altura, a resposta coube a Luís Fazenda, em nome da Moção A (maioritária). Foi categórica e ficou registada em áudio, que pode ser ouvido clicando aqui.
Entretanto, Manuel Alegre, “já é candidato em comum do Bloco e do governo"!..
E agora?..
domingo, 30 de maio de 2010
Era inevitável...
“O PS aprovou apoio a candidatura presidencial de Alegre”.
Era inevitável e fácil de prever que, este PS de Sócrates, neste momento, já não tinha alternativa.
Nós próprios, que não percebemos nada de política, escrevemos neste blogue no passado dia 25 do corrente: “Manuel Alegre é bem capaz de ser, neste momento, o melhor candidato presidencial para o PS, pois é necessário não permitir que PC e Bloco penetrem, ainda mais, no PS de “esquerda”.”
Está explicado o apoio deste PS de Sócrates.