sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Mais ou menos a meio...

O Real Madrid aí está para o provar: uma constelação de estrelas, não forma uma equipa!...

Por outro lado, penso que ninguém vai exigir à Naval que seja campeã nacional!..

Mas, que diabo: partir para uma maratona de quatro anos, a contar com a equipa do cartaz, não foi temeridade a mais do Eng. Duarte Silva?

Pelo que dá para perceber, mais ou menos a meio do percurso, não sei se o “carro vassoura” ainda não vai ter de entrar em acção!...

"Vivemos tempos sem a mínima glória..."


"Claro que não vou emigrar. Fico cá. Isto diverte-me: ver os velhos reformados a receber (por enquanto) uma esmola humilhante, enquanto seis meses num cadeirão dourado do “serviço” público assegura ao feliz traseiro uma aposentação escandalosa. Não, não vou chapiscar massa para o Luxemburgo. Fico cá, a chapiscar mossa enquanto puder."

Como compreendo este Ladrar de Daniel Abrunheiro .

Os cães ladram mas a caravana vai passando!... "Essa é que é essa", como diria o EÇA.
Numa linha mais séria, mais preocupada mesmo, Eça produziu esta preciosidade de análise política e social no primeiro número de "As Farpas", corria o ano de 1871 :

«O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida.

Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. (...)
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. (...) A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»

Um Covagalense entre os melhores do Mundo

Realizou-se, pelo 12º ano consecutivo, na Praia Grande em Sintra, mais uma etapa do Circuito Mundial de BodyBoard.
Estiveram presentes cerca de 170 atletas, entre eles cinco figueirenses: João Conceição ( Panhó, com apenas 17 anos de idade), Jaime Jesus, Pedro Rodriguez, Porkito e Trovão.
Jaime Jesus, esteve mais uma vez em evidência. Depois das etapas realizadas na Espanha e no Chile, desta vez a jogar em casa, mostrou toda a sua qualidade e chegou mesmo aos quatros de final da prova .
Este covagalense, irá assim marcar presença na próxima etapa do circuito Mundial de BodyBoard, que irá ter lugar no próximo mês de Outubro, na Venezuela.
Para além do patrocínio oficial da Deeply, contará ainda com o apoio da Plastik e da Junta de Freguesia de São Pedro.
OUTRA MARGEM, como não podia deixar de o fazer, deseja-te as maiores felicidades. ou seja, no teu caso, as melhores ondas.
Força Campeão.

Provas ainda a ter em conta:
Nacionais dias 7, 8 e 9 em Viana do Castelo.
Regionais dias 15 e 16 na Murtinheira.

X&Q148

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Reflexão em Setembro

Estamos, praticamente, a meio deste mandato autárquico...
Os mais cépticos viram confirmadas as suas negras expectativas.
Mesmo os mais convictos sentirem-se frustrados.
Finalmente, os mais iludidos desenganarem-se.
São Pedro, encontra-se prisioneira, de há 18 anos a esta parte, de uma oligarquia pequeno-burguesa, pretensamente desintegrada partidariamente, consolidada na manutenção dos interesses instalados, assente no retorno na competente compensação eleitoral, conseguida pela fidelidade do núcleo duro, pelas perspectivas de benesses várias para os politicamente próximos e, ainda, pela “jogada segura” das “famílias de clientes, fornecedores e prestadores de serviços da junta”, que preferem não arriscar uma mudança no executivo, de consequências por vezes nem sempre favoráveis para os seus interesses egoístas.

Também, pouco a pouco, vão ficando mais perceptíveis as subterrâneas “petiscadas”, onde se relacionam os responsáveis autárquicos e os patos-bravos da construção, os especulativos fundiários, os investidores imobiliários, configurando uma promiscuidade flagrante entre os interesses políticos, económicos e pessoais.
Este quadro evidencia, também, a incapacidade dos partidos em controlar e fiscalizar politicamente os “seus” autarcas, os quais ganham um protagonismo e um poder de influência que trazem reféns as estruturas partidárias locais e regionais e as condenam ao assentimento político ou, então, a “disparar para o lado”, elegendo como alvos o Governo nacional ou os adversários políticos.

Foi neste quadro estratégico, que surgiu a actual Lista Independente de São Pedro, uma extraordinária oportunidade para o PSD figueirense envolver em São Pedro, muitos daqueles que “serve” e capitalizar a insatisfação geral em torno do “triângulo” mítico do desenvolvimento, desviando as atenções do impasse estratégico e inépcia governativa de muitos dos seus autarcas.

A isto tudo, e muito mais, deve somar-se um presidente de Junta com um perfil totalmente desajustado ao cargo que exerce. Uma pessoa de impertinências e birras, impermeável às críticas, capaz de sacrificar o interesse comunitário ou a justeza de um apoio a uma associação ou a uma iniciativa por razão de incompatibilidade pessoal ou antipatia por um promotor.
Perante isto tudo, ao longo destes cerca de 18 anos, encontrámos uma oposição política atabalhoada e inconsequente, salvo raras excepções mais rebeldes.

Ora, chegados a meio do actual mandato autárquico, vai sendo tempo de se pensar e construir uma alternativa. Uma alternativa que não pode nascer da aprovação dos aparelhos partidários, nem de alianças pós-eleitorais.
Uma alternativa, que está na hora de começar a ser desenhada.
Isso, contudo, pressupõe um empenhado investimento de independentes e daqueles que, apesar das suas ligações partidárias, tenham a boa vontade política suficiente para pôr constrangimentos partidários de lado e a sabedoria e sensatez de se unirem em torno de um projecto plural e aberto, especialmente receptivo ao contributo dos cidadãos e das suas estruturas representativas e fortemente motivado para fechar um “ciclo político” em São Pedro.

Ciclo esse, que é bom ter bem presente, está repleto de vícios, desperdícios e cumplicidades.
Não tenhamos ilusões: a continuar, vai hipotecar definitivamente o futuro de São Pedro e das suas gentes.

A paisagem figueirense vista a partir da Ponte Edgar Cardoso


Toda a gente a conhece por “Ponte da Figueira”.
Todavia, desde 28 de Julho de 2005, que oficialmente se chama “Ponte Edgar Cardoso”, o nome do engenheiro que a projectou.
Edgar Cardoso, nascido em 11 de Maio de 1913, celebrizou-se como projectista de pontes. Com extraordinária capacidade inventiva e métodos originais, este engenheiro projectou pontes em Portugal - e no estrangeiro - que são autênticas obras de arte. Impressionam, sobretudo, pela estética, leveza e inovação. Edgar Cardoso rejeitava as soluções-padrão já testadas e tinha a preocupação de inserir cada obra na paisagem.
Este importante engenheiro português, que proporcionou novas perspectivas à Figueira com a abertura da nova ponte em 1982, morreu em 5 de Julho de 2000.

X&Q131

Tinha 71 anos

O tenor italiano Luciano Pavarotti, morreu hoje de madrugada em sua casa, em Modena, Itália, após uma longa luta contra um cancro no pâncreas.

Até sempre.

Estamos entre os 12 melhores da Europa


A selecção portuguesa de basquetebol qualificou-se para a segunda fase do Europeu da modalidade, que decorre em Espanha, ao beneficiar da vitória da Croácia sobre a equipa anfitriã (85-84), no último jogo do grupo B da primeira fase.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A pintura das casas

Na nossa Terra, cada um pinta a casa conforme lhe dá “na real gana”.
Noutras regiões do País, porém, como no Alentejo, o branco é a cor dominante.
A alvura das paredes mais parece uma obsessão, lá pelo sul do País.
Todavia, ao contrário do que, porventura, se julgue, a casa caiada de branco, como imagem de marca do Alentejo, não é uma tradição assim tão antiga.
Na realidade, esta agora, digamos assim, “tradição”, nasceu a partir de uma imposição do chamado Estado Novo, “como parte do programa ideológico de criação de uma iconografia e imaginário regional”, que era uma visão simplista de cada região cumprir o seu papel na definição da identidade nacional determinada pelo regime salazarista.
No Alentejo, para impor o branco, alegou-se a tradição islâmica, o que, em parte, até é verdade, ao mesmo tempo que se sustentava o princípio de que o branco era mais higiénico.
Esta norma, historicamente, data de 1937, com a implementação do Regulamento da Construção Urbana de Évora.
Ironia do destino, ou talvez não: nos dias de hoje, mais precisamente, depois do 25 de Abril de 1974, uma imposição salazarista, acabou por ser fortemente incrementada e apoiada, ao ponto de virar tradição, na região onde o poder local tem ainda algum pendor comunista.
São as próprias autarquias locais a suportar financeiramente o custo da matéria prima. A mão de obra para a caiação, fica, quase sempre, por conta das mulheres, que vêm nisso o prolongamento das suas tarefas caseiras.

X&Q144

A ROSA MURCHA DE SÓCRATES

"José Sócrates pode ser um guloso de tecnologia, um amante desvairado de cibernética, um "animal feroz", como se definiu numa preguiçosa e insensata entrevista ao Expresso. O que José Sócrates não é, sabemo-lo todos - e todos os dias: nem socialista, nem grande político nem grande primeiro-ministro."

Baptista-Bastos
escritor e jornalista no DN, de hoje.

Festa do Avante

Quem desejar informar-se o que vai ser a Festa do Avante que se realiza nos próximos dias 7, 8 e 9, clique aqui.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Memória


A memória individual é desejável e necessária.
Aquilo que se passou - o passado realmente acontecido - é o que resta na nossa memória.
Poder-se-á então definir a nossa história, como uma busca pelo auto conhecimento, tanto a nível individual como colectivo.
Esta fotografia, que eu tinha perdido e agora recuperei, graças ao meu Amigo Pedro Biscaia, foi tirada antes do Almoço de Confraternização ao Poeta da Incomodidade Dr. Joaquim Namorado, que decorreu no dia 29 de Janeiro de 1983 nas instalações do Cais Comercial da Figueira da Foz.
Este almoço, fez parte de um programa vasto de uma Homenagem promovida pelo extinto semanário Barca Nova a Joaquim Namorado e ao Neo-Realismo.
Esse evento, que trouxe à Figueira, na altura, vultos eminentes da Democracia e da Cultura do nosso País, penso que ainda estará na memória de muitos figueirenses – e não só.
É uma memória de que tenho orgulho.
O Barca Nova, um modesto semanário de província, onde na altura eu era chefe de redacção, cumpriu um dever de cidadania, pois ao homenagear o Dr. JOAQUIM NAMORADO e o Neo-realismo, marcou à época a vida cultural, na Figueira e no País.
Tal, no entanto, só foi possível, diga-se em abono da verdade, graças ao talento, à genialidade, à utopia e à capacidade de ver sempre mais além e de sonhar de um grande figueirense e grande jornalista, entretanto já falecido, que a Figueira esqueceu: JOSÉ FERNANDES MARTINS.
Para rematar: na fotografia da esquerda para direita, estou eu, o Dr. Joaquim Namorado, o Dr. Pedro Biscaia, o Alexandre Campos e a minha filha Joana..

X&Q139

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Como eu gostava de ser assim tão optimista...

Como pode ler, clicando aqui, o Dr. Luis de Melo Biscaia, no Lugar para Todos, tem esta frase confiante:

“Agora, felizmente, na democracia em que vivemos, jamais Manuel Fernandes Tomás deixará de receber, em 24 de Agosto o preito de homenagem dos seus conterrâneos.”

Eu não acredito que “se possam fazer morcelas sem sangue”...
E como a qualidade dos democratas, que andam por aí, é a que sabemos!..
Não sei não!..

Ai que saudades, ai, ai!...

Mais fotos aquiJá lá vai o tempo da passagem da Volta a Portugal pela Gala.
Na actual Av. 12 de Julho, então fazendo parte da 109, ainda com o piso empedrado, era uma festa ver o espectáculo deslumbrante e colorido que era o circo que acompanhava os corredores.
Não sou do tempo do Nicolau, do Trindade ou do Alves Barbosa, mas lembro-me do Roque, do Firmino, do Miranda e do inesquecível Agostinho.
A caravana de ciclistas jovens, que um dia destes passou pelo local onde passaram grandes glórias do ciclismo português de outros tempos, fez-me recuar a memória varias décadas.
Como diria o fabuloso e saudoso jornalista desportivo e grande escritor de histórias para crianças, Carlos Pinhão*:
Ai que saudades, ai, ai!..

(* Carlos Pinhão iniciou a sua carreira de jornalista em 1944, no jornal Sports, que posteriormente desapareceu dando origem ao também já desaparecido Mundo Desportivo. Onze anos depois (1955), entrou para a redacção do jornal A Bola onde fez a sua carreira até à morte. Foi ainda correspondente no nosso país de vários jornais desportivos de Espanha A Marca, França France Soir, e o Les Sprorts da Bélgica, tendo ainda publicações dispersas por várias outras publicações. Colaborou em diversos jornais regionais e nacionais, recebendo um prémio pelas suas crónicas no jornal Público.)