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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Pregos de ouro e balneários de ouro, são momentos que todos na Figueira esperam para gozarem e falarem mal, sem se preocuparem com o politicamente correcto...

Esta reconstrução ficou mais cara que o custo de um apartamento na marginal!.. Será que os 90 mil euros poderão ser explicados pelo facto da arquitectura ter a assinatura de Ricardo Viera de Melo?
Pronto: depois de 90 mil euros gastos para reconstruir um balneário, "a Câmara Municipal abriu hoje ao público um equipamento que vem dignificar a praia e servir a população e os veraneantes que frequentam a praia naquela zona. Trata-se dos balneários/sanitários perto da rotunda, na Avenida do Brasil."
A Figueira não tem apenas um prego de ouro: também tem um balneário de ouro!..

Nota: se a taxa a aplicar fosse de 23%, que é o que paga um cidadão normal, o custo iria para cerca de 120 MIL EUROS!..

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Cabo Mondego

Adicionar legenda
"A Cimpor reclamou em tribunal o título de propriedade dos terrenos junto ao mar do Cabo Mondego e perdeu. Entretanto, desistiu de recorrer da sentença. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, adiantou, na reunião de câmara, que a cimenteira desistiu da reivindicação da área em questão, passando, assim, os terrenos para o domínio público. Com aquela decisão, a autarquia tem via aberta, ou mais aberta, para realizar obras na zona em causa para valorizar o interesse turístico, geológico e ambiental do Cabo Mondego. A inclusão daquele monumento natural na candidatura a geoparque da UNESCO também deverá beneficiar da desistência da titularidade dos terrenos pela Cimpor, empresa que explorou cal hidráulica durante várias décadas naquele sítio. A intenção da autarquia requalificar da estrada que liga o Cabo Mondego a Quiaios, através da Murtinheira, via panorâmica em terra batida construída pela cimenteira e designada como “estrada enforca cães”, também deverá ser facilitada. A empreitada, de resto, está incluída no orçamento da câmara para 2019. O mesmo acontecerá com o troço ciclável que liga Mira a Pombal, integrando uma ciclovia europeia.
“Santuário” geológico
O património edificado da Cimpor na antiga exploração de cal hidráulica, que se mantém na empresa, esse, poderá ser reconvertido em equipamentos turísticos, centro interpretativo ou outras finalidades, exceto construção de habitações. Os imóveis, situados no Cabo Mondego, têm como vizinhos o mar, a Serra da Boa Viagem e Buarcos, mas a revisão do Plano Diretor Municipal tratou de salvaguardar que não se destinariam ao setor imobiliário. A zona de exploração à superfície de cal hidráulica no Cabo Mondego é um “santuário” geológico e centro informal de estudo internacional sobre a história geológica do planeta Terra. Foi ali, aliás, onde foram descobertas as primeiras pegadas de dinossauro em Portugal e se têm achado vestígios geológicos (fósseis) de grande valor científi co. De resto, a comunidade científica mundial reconheceu a importância geológica do Cabo Mondego ao atribuir-lhe o Prego de Ouro, cravado na Praia da Murtinheira. Aquele monumento natural é, por isso, a âncora da candidatura que a autarquia está a elaborar para tentar elevar o concelho a geoparque da UNESCO."
J.A. via
DIÁRIO AS BEIRAS

quinta-feira, 6 de julho de 2017

A verdade

Cito o jornal AS Beiras.
"O cientista Paulo Trincão coordena a equipa que está a elaborar a candidatura que a câmara vai apresentar à Unesco para a classificação do geoparque jurássico do Cabo Mondego como património mundial. Em declarações a este jornal, adiantou que aquele organismo das Nações Unidas já elogiou, em público, o processo da Figueira da Foz. 
A representação da Unesco em Portugal só pode sugerir duas candidaturas por ano. 
Neste momento, no entanto, há pelo menos três: Figueira da Foz, Região Oeste e Viana do Castelo. A primeira avaliação deverá ser feita no início de 2018. Paulo Trincão, contudo, sossegou os figueirenses: “Estamos à frente das outras candidaturas”. Por outro lado, acrescentou aquele responsável, “a autarquia assumiu a candidatura como um desígnio”. Portanto, sublinhou: “Estamos a trabalhar para fazermos um geoparque”. Ou seja, mesmo que, na remota hipótese da Unesco não aprovar a candidatura, afiançou o cientista, “a Figueira da Foz já tem um geoparque”. “Há 100 anos que o monumento natural do Cabo Mondego é um geoparque de grande referência para académicos de todo o mundo”, enfatizou Paulo Trincão. 
Por seu lado, o Prego de Ouro, atribuído em 2016, é mais um importante elemento para convencer a Unesco. 
Estudo único no país 
Paulo Trincão pediu seis especialistas em regime de avença, mas a Câmara da Figueira da Foz só disponibilizou verbas para dois. Os restantes 12 elementos da equipa são quadros da autarquia. Um dos avençados é o arquiteto João Sebastião Ataíde Goulão, autor de uma tese de mestrado sobre o edificado do Cabo Mondego, que concluiu com 19 valores. Ao que se sabe, aquele é o único estudo sobre o tema, que o autor entretanto ofereceu ao município figueirense. Aquele avençado é sobrinho do presidente da câmara, João Ataíde, e filho da chefe de divisão do Departamento de Urbanismo da autarquia, Maria Manuel Ataíde. O contrato tem duração de um ano, auferindo 900 euros por mês. “O Sebastião Goulão foi-me sugerido pela minha colega Helena Henriques e só pus uma condição: ver 
a tese e conhecê-lo. Gostei muito da tese e do seu autor. Sem a sua contratação, o processo sofreria um atraso de, pelo menos, seis meses”, declarou Paulo Trincão, garantindo que os laços familiares do contratado não influenciaram a decisão.
Contrato controverso 
Quem assinou o despacho foi o vice-presidente da câmara, António Tavares, porque o avençado é familiar do presidente. A proposta partiu da vereadora Ana Carvalho. “As pessoas não podem estar impedidas por terem laços familiares. Não ficam diminuídas por causa disso, mas devia evitar-se, porque, geralmente, estas situações trazem adversidades por parte da opinião pública”, declarou António Tavares. Contactado pelo Diário As Beiras, o gabinete de João Ataíde respondeu que o presidente, “quando lhe foi colocada a questão, demonstrou o máximo de reservas”. No entanto, acrescentou: “Desde que a equipa entendesse que a sua contratação era imprescindível e indispensável, não seriam as reservas do Sr. presidente que iriam por em causa o mérito do contratado, pelo que, nesses termos, nada teria a opor”

Nota de rodapé.
“Na roça com os tachos”, é uma série em exibição na Figueira há 40 anos...
Na Figueira, lida-se com muita dificuldade e muito mal com a verdade.
A acreditar na caixa de comentários deste blogue, só existem duas maneiras de dizer toda a verdade.
1. Anonimamente.
2. Postumamente.
Mais de 11 anos decorridos, posso afirmar que este é um blogue, que é verdadeiramente um blogue.
11 anos decorridos resiste.
Já assisti, falando apenas na Figueira, ao nascimento, à agonia e à morte de muitos blogues. Isso, pode querer dizer que os promotores desses blogues tinham poucas coisas e pouca coragem para as dizer. 
Por aqui há sempre - e cada vez mais - verdades para dizer e coragem para escrever.
Quanto mais não seja, para tentar contrariar a Figueira das convenções e dos arranjinhos. 
Odeio convenções. Odeio arranjinhos. Aborrecem-me.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Chama-se a isto, recorrer ao prego...

A AUTARQUIA E OS PREGOS, uma crónica de Carlos Tenreiro.

..."em clara atmosfera propagandista, com a realização da cerimonia de atribuição do Prego de Ouro, o dito, foi cravado na presença de altas individualidades da comunidade científica internacional e nacional, sendo encontrado, mais tarde, caído, junto ao local, por alegadamente ter sido objecto duma tentativa de furto, gorada, em face do mesmo ser tão somente dourado e não de ouro (!?) , segundo reza a nota de imprensa da CMFF.

Atento à inabilidade que venho constatando por parte da autarquia em lidar com iniciativas que envolvam pregos, atrevo-me a discordar da referida notícia, inclinando-me mais para a tese do prego ter caído porque, simplesmente, foi mal pregado.

Já não é a primeira vez, nestes últimos tempos, que se assiste a pregos mal pregados por parte da autarquia, como é o flagrante exemplo dos novos passadiços colocados na praia da Figueira. Não que estes pregos tenham caído como o do Cabo Mondego, mas antes, porque não podiam ser ali pregados por razões de ordem legal, devido a normas actuais de segurança e saúde pública, precisamente, por não serem de ouro, nem dourados, mas sim de cobre e, enferrujarem pela acção do tempo(potenciais transmissores do tétano), assim como, encontrando-se sujeitos a grandes amplitudes de ordem térmica, tendem a despregar-se, fazendo com que as ripas dos passadiços se soltem, ao ponto de já terem causado, durante o corrente Verão, graves acidentes nos transeuntes com menor poder de locomoção – crianças e idosos –.

O caderno de encargos daquela obra impõe (e bem) a fixação dos passadiços com parafusos em inox, não só pelas referidas razões de segurança e defesa de saúde publica mas também como forma de assegurar a sua manutenção periódica, por reaperto.

Contudo, em manifesto desrespeito pela Lei em vigor e do supra indicado requisito concursal, cada uma das múltiplas ripas que se estendem pelos novos passadiços da praia, encontram-se, todas elas, pregadas com vulgos pregos...

Depois de ter perdido todo o seu esplendor por não ver limpo o areal, a Rainha das Praias arrisca-se agora a ficar conhecida pela praia dos pregos ferrugentos, pagos a peso de ouro!"

quinta-feira, 28 de julho de 2016

E se a "lata" pagasse imposto?..

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"Comecemos por desmistificar a ideia de que o “Prego de Ouro” colocado no domingo no Cabo Mondego - uma distinção mundial atribuída pela União Internacional de Ciências Geológicas no Estratotipo Global - não é de ouro e, monetariamente, nada vale. Dito isto, vamos à “estória” rocambolesca do prego. Depois de colocado pelas mais altas individualidades da comunidade científica internacional e nacional, na presença de diversas entidades (ver edição de segunda-feira), na zona da Murtinheira, na freguesia de Quiaios, terá sido tirado e abandonado no local (possivelmente porque se aperceberam que, afinal, não era de ouro). O “alerta” surgiria via facebook, por uma bióloga que não escondia a tristeza do acto de vandalismo, efectuado no mesmo dia em que foi colocado. Mas a “estória” tem um final feliz, porque o “Prego de Ouro” acabou por ser encontrado no chão, junto da rocha onde fora colocado, por um munícipe, que, num acto de cidadania, o foi entregar na Junta de Freguesia. Do gabinete do presidente, depois de questionado pelo nosso Jornal, veio a confirmação de que «alguém retirou o objecto denominado “Prego de Ouro” (sem valor financeiro e apenas com valor simbólico), tendo o mesmo sido entregue na Junta de Freguesia», refere Tiago Castelo Branco, garantindo que ontem mesmo seria recolocado no local, pelos serviços da Câmara Municipal."

segunda-feira, 18 de julho de 2016

"Prego de Ouro": reconhecimento científico e político...

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Já lá vai muito tempo, que tomei como o melhor para mim, que mais valia ser ingénuo (eu sei que, para muitos, isso é o mesmo que dizer parvo -  e  não se trata obviamente da parvoíce mesquinha que por aí abunda, mas sim uma de tipo mais raro e valioso, que devia ser procurada com o mesmo entusiasmo com que os gulosos vão ao arroz doce).
Falo da liberdade de ser ingénuo (parvo) sem ter que me render às formalidades de idade (cargos, capacidades intelectuais ou status social, factores que convertem tanta gente, com potencial, em cinzentistas, são formalidades excluídas no meu caso). 
Porém, do meu ponto de vista, ser ingénuo (parvo) não obriga a ser burro, grosseiro ou boçal. Ser ingénuo (parvo) com elevação, exige alguma inteligência, maturidade, capacidade de discernimento e um bom sentido do timing. 

Quem estiver a ler este texto, e ainda não conseguiu perceber, não  pertence à minha casta de ingénuos (parvos). 
Isso não faz de vocês más pessoa, simplesmente estabelece a fronteira entre dois estados.
Uns estão do lado de lá, os outros de cá. 
Entretanto, vamos convivendo neste meio.
Porque já ando por aqui há algum tempo.
E vocês já perceberam que há coisas que fazem sentido e coisas que não fazem sentido nenhum. 
Eu gosto de fazer ambas.
E vocês de as ler...