sábado, 26 de abril de 2025

A PARVOÍCE POLÍTICA LEVADA AO EXTREMO

Rui Pereira

«No dia 25 de abril de 2025, em Lisboa, o fascismo tinha um lugar para ser combatido: a Avenida da Liberdade. Quem folcloricamente julgou que ia fazê-lo para o Martim Moniz e tão estupidamente o fez que até crianças ali estavam, confundiu a mão esquerda com a direita e deu a borla de uma tarde de tempo de antena a uma tribo de delinquentes e descerebrados que não constituem um assunto de política, mas um caso de polícia. Esta noite, enquanto alguns dos supostos elementos da "contramanifestação de esquerda" estão a gelo e mercurocromo, os protagonistas da tarde estão a beber umas canecas e a brindar à tarde bem passada na televisão.

Porque quando e se -esperemos que não- as leis e as polícias se tornarem insuficientes para combater a chamada extrema-direita, isso terá de fazer-se - para usar adaptamente uma expressão conhecida -, através de uma eficaz "política nocturna". Até lá, por favor, é deixar o porco rodar anonimamente no espeto, rodeado de um cordão policial capaz.
Quanto a Carlos Moedas, proibindo a manifestação dos delinquentes, não sei se o fez no seu papel de extremista da moderação de direita ou se cometeu apenas um flagrante da sua própria incompetência. Em qualquer dos casos não chegará sequer ao nível de nota de rodapé.»

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