terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Morreu Maria Teresa Horta, a última das “Três Marias” que sacudiram o Estado Novo

“A paixão pode magoar, mas é tudo o que há de mais maravilhoso”. 
Mulher-poetisa insubordinada, desobediente e apaixonada, escritora, jornalista e poetisa, Maria Teresa Horta ficou conhecida na história da literatura portuguesa como uma das "três Marias". Por ser uma das três autoras do livro "Novas Cartas Portuguesas", foi processada e julgada em 1972, ao lado de Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Esta obra, escrita a partir das cartas de amor dirigidas a um oficial francês por Mariana Alcoforado, constituiu-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril, que denunciava a Guerra Colonial, as opressões a que as mulheres eram sujeitas, um sistema judicial persecutório, a emigração e a violência fascista.
Além do Movimento Feminista de Portugal fez parte do grupo Poesia 61. Publicou diversos textos em jornais como Diário de Lisboa, A Capital, República, O Século, Diário de Notícias e Jornal de Letras e Artes, entre outros. “Uma perda de dimensões incalculáveis para a literatura portuguesa, para a poesia, o jornalismo e o feminismo, a quem Maria Teresa Horta dedicou, orgulhosamente, grande parte da sua vida”, pode ler-se no comunicado enviado pela editora Dom Quixote à comunicação social.

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