segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A Figueira só tem uma opção nas eleições autárquicas de 2025: escolher os melhores candidatos disponíveis

Em 2021, os candidatos à Câmara da Figueira da Foz foram os seguintes:
Por lei, as próximas eleições para escolha dos eleitos autárquicos, têm de realizar-se obrigatoriamente entre 22 de setembro e 14 de outubro de 2025.
Como é natural, dada a sua importância, precisam de ser preparadas com tempo, se queremos ter bons candidatos e boas eleições. 
Na Figueira, a um ano do acontecimento, o que já não é muito tempo, a maior preocupação é com outras eleições - as presidenciais de Janeiro de 2026.
Porém, a meu ver, se o objetivo dos figueirenses é a escolha de políticos capazes e competentes para a gestão do concelho, o foco deve ser a escolha dos candidatos para os órgãos autárquicos do concelho. A saber: Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia. 
Certamente que nos bastidores dos partidos, as coisas já estão a ser pensadas, isto é, os mesmo do costume já estão a pensar na estratégia para se manterem à tona de água.
A fase da escolha aproxima-se. Mas os cidadãos em geral vão passar ao lado desse processo, pois isso passa por aqueles que dominam os aparelhos partidários, que muitas vezes estão longe de ser aqueles que o concelho, as freguesias e os habitantes precisam. 
Creio que é escusado referir a pobreza de quadros políticos nos partidos, mesmo os principais, a nível local. Por outro lado, as candidaturas de verdadeiros independentes exige muito trabalho: a lei, feita por quem não tem interesse nessas candidaturas, coloca imensas dificuldades.
Diga-se, por ser verdade, que a escolha de candidatos, dentro ou fora dos partidos não é fácil. Os mais capazes e qualificados raramente estão dispostos a aceitar os convites que lhes são feitos. Por conseguinte, o campo de recrutamento é limitado. Praticamente fora da função pública e de certas profissões liberais, poucos estão dispostos a aceitar cargos que exigem exercício a tempo inteiro ou meio tempo. 
Não é fácil deixar uma profissão, para ocupar lugares poucos aliciantes em termos remuneratórios e sujeitos a uma exposição pública que ultrapassa muitas vezes o razoável.
Num contexto em que o campo de recrutamento é limitado, oxalá que  os candidatos disponíveis na Figueira em Setembro de 2025, sejam os que melhor sirvam a polis nos quatro anos que se seguem. 

"Dos 6745 matriculados nas escolas do concelho, mais de 1100 são alunos migrantes"

 Via Diário as Beiras

Cantigas de embalar

(Volksvargas)

"
Assinalando o 45º aniversário do Serviço Nacional de Saúde, Luís Montenegro envereda pela habitual conversa da direita, destinada a criar uma cortina de fumo que disfarce os objetivos de sempre: privatizar o SNS e promover o mercado da doença. Na lógica de um sistema de saúde - e não de um serviço público - que integra e financia os privados, o Primeiro-Ministro diz que «a saúde não se gere com preconceitos ideológicos», como se a sua visão de negócio para o setor, contrária aos princípios da provisão pública, não fosse por demais ideológica.


Nada mudou, portanto, num partido que - ao lado do CDS - votou contra a criação do SNS em 1979, e que, vinte anos depois, substituiu a consagração, na Constituição, do direito «universal, geral e gratuito» à saúde, por um acesso «tendencialmente gratuito». E que, na proposta de revisão constitucional de 2021 pretendia, num quadro de garantia minimalista, que o acesso a cuidados não pudesse «ser recusado por falta de meios económicos». Ou seja, começando a abrir a porta ao pagamento pelo utilizador, nos restantes casos.

É este o mesmo PSD que agora - no governo com o CDS - tem em curso um plano dito de emergência, mas que é, na verdade, de transformação da saúde, com uma abertura sem precedentes ao setor privado e que desinveste no SNS e nos seus profissionais. Plano em que a AD se prepara, por exemplo, para financiar com dinheiros públicos centros de saúde de gestão privada, concedendo-lhes um grau de autonomia que nega às unidades do serviço público. «Preconceitos ideológicos»? Sem tudo aquilo a que Montenegro chama de preconceitos ideológicos, o SNS e as suas conquistas nunca teriam visto a luz do dia."

domingo, 15 de setembro de 2024

Contra a corrente

Via Público

"O voto em Trump não é em Trump: é contra a corrente. Pode não ser contra o progresso em si, mas é contra a velocidade do progresso. O voto em Trump traduz o medo de ser desapossado pela aliança entre a elite de sempre e as classes desprivilegiadas que usa para avançar. É esta aliança — entre os mais ricos e poderosos e os mais pobres e fracos — que faz medo aos eleitores de Trump. O medo é que substituam a classe trabalhadora tradicional — branca, cristã, conservadora e cortês — por uma nova classe multirracial, que é imprevisível, anárquica, zangada e ateia. Concluo assim que os eleitores de Trump são, acima de tudo, negativos. Têm medo, sentem-se inseguros, acham que os EUA estão a ir por mau caminho. Trump é apenas uma oportunidade para mostrar isso."

A anedota da semana que passou

Jornal Público, edição de sábado, 14 de Setembro de 2024:
Ministro da Defesa diz que Olivença “é portuguesa” e “por tratado, deverá ser entregue ao Estado português”. “Não se abdica” dos “direitos quando são justos”, afirmou Nuno Melo. “Olivença é portuguesa, naturalmente, e não é provocação nenhuma”, disse o ministro.

Olivença é um município com cerca de 11 mil habitantes que fica junto a Badajoz. Foi anexado por Espanha em 1801. Nuno Melo, o ministro da Defesa Nacional, que cumpriu parte do seu serviço militar precisamente no RC3, unidade do Exército também conhecida como Dragões de Olivença, considera que “muitos avaliam a circunstância [de Olivença] numa razão caricatural”“ Diz-se que desde o Tratado de Alcanizes, como Portugal tem as fronteiras mais antigas definidas, excepto esse bocadinho”, porque, “no que toca a Olivença, o Estado português não reconhece como sendo território espanhol”
Na sua opinião, esta não é uma questão “de ontem, é de hoje”. O ministro da Defesa Nacional referiu o próprio Regimento de Cavalaria n.º 3, a mais antiga unidade do Exército em actividade, que assinalou na passada sexta-feira os seus 317 anos: “Estes dragões são de Olivença por alguma razão”.
Olivença “é portuguesa”, o que está estabelecido por tratado. Para Nuno Melo, ministro da Defesa Nacional, “não se abdica” dos “direitos quando são justos”.
Indignado, Manuel Andrade, Alcaide de Olivença, disse: "estou convencido de que o ministro [da Defesa, Nuno Melo] tem assuntos mais urgentes e importantes para tratar neste momento".
Imagem via Público. 

sábado, 14 de setembro de 2024

A galinha dos ovos de ouro

"Das 54 medidas publicadas no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS) diria que apenas uma é centrada na prevenção da doença: a contratação de 100 psicólogos para os cuidados de saúde primários. Ainda que na sua fundamentação o foco seja o tratamento de ansiedade e depressão, acredito convictamente que podem ter um papel inquestionável na promoção da saúde mental. A medida, que foi classificada como ‘urgente’, estava dada por ‘concluída’ pelo Governo, ainda que ninguém conseguisse dizer para onde tinha ido algum dos eventuais contratados. 
Entretanto, no início deste mês, recuou para ‘em curso’
Estranho. 
Nenhum serviço nacional de saúde é sustentável se não apostar na redução da carga da doença, com um foco especial na promoção da saúde. Portugal continua a ser, nos países europeus, um dos que menos investe nesta dimensão, que, para além da vertente económico-financeira, tem impacto na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Impressiona perceber que num programa de transformação do SNS não exista nenhuma estratégia focada na prevenção da doença. Facilmente se verifica, nestes meses de governação, que a aposta clara é no mercado da doença. Ser saudável não induz a procura de serviços de saúde nem gera despesa".

Série filmada na Figueira tem antestreia agendada para o dia 27 deste mês

 Via Diário as Beiras

Recolha de biorresíduos vai começar a ser feita em Outubro

 Via Diário as Beiras

A demagogia eleitoralista do Chega até já os patrões preocupa: CAP e Confederação do Turismo alertaram para falta de mão de obra e papel central dos imigrantes

Todos sabemos que o Chega, espalha falsidades sobre o real contributo dos estrangeiros e alimenta a perceção de que todos eles tiram partido do bem-estar social dos países. Um discurso utilizado maliciosamente porque é uma forma fácil de provocar medo e obter votos.
Vejamos o que se passa com a Segurança Social. Segundo o Chega, os imigrantes estão a beneficiar dos pagamentos feitos pelos nossos pais e avós, recebendo chorudas ajudas da Segurança Social. É exatamente o contrário, pois a diferença entre as suas contribuições e benefícios é bastante positiva para o Estado: os últimos dados de 2022 referem um saldo de 1,6 mil milhões de euros. A questão da imigração deve ser abordada - nisso o Chega tem razão -, mas com rigor e sem preconceitos, até porque Portugal está condenado ao envelhecimento. E se não fosse a chegada de estrangeiros, a inversão da tendência da natalidade não seria possível, conforme os últimos dados do INE.

“Cuidado, sem imigrantes não vamos a lado nenhum.” 
O alerta foi dado pelo secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, durante as jornadas parlamentares do Chega, em Castelo Branco — com a proposta de referendo à imigração do partido em cima da mesa —, tentando fazer ver aos 50 deputados que só os imigrantes podem resolver a falta de mão de obra em sectores como a agricultura, turismo, pescas e construção. “Tentei dar uma palavra para que o deputado Filipe Melo entendesse. Espero que tenham percebido”, disse ao Expresso o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros.
Quem conhece a realidade portuguesa, sabe que a falta de mão de obra  se arrasta há anos e só tem sido ultrapassada pela imigração.
Como disse Francisco Calheiros: “Acho que não há outra maneira de o fazer”.
Para isso, defendeu, será preciso incentivar a imigração e garantir um acolhimento digno dos imigrantes, criando “condições para que venham, não haja filas intermináveis nos serviços, que tenham habitação, contrato de trabalho e possam todas as condições para serem integrados”
Opinião partilhada por Luís Mira, que sublinhou que há uma “falta crónica” de trabalhadores e 40% da mão de obra agrícola já são imigrantes (64% asiáticos), sendo vital garantir o recurso a cidadãos estrangeiros para as colheitas. “Sem estas pessoas não é possível agir e aumentar a capacidade produtiva no interior do país, aumentar as exportações e continuar a crescer.” 
Cabe, desta forma, a Portugal mudar a “má imagem de acolhimento” de imigrantes, aqueles de que o país precisa e vai precisar mais, até porque a população está envelhecida.

"Nem mais um" imigrante, gritou-se num comício do Chega

Como alertou em Janeiro passado António José Gouveia"o Chega tem sabido explorar o medo daqueles que sofreram com a crise económica para apontar o estrangeiro como a ameaça real. E o mais grave é que pode arrastar os partidos da direita tradicional para esta dinâmica. É um discurso de ódio que, muito provavelmente, só serve para ganhar votos e carrega emocionalmente uma questão que deve ser acordada entre a direita e a esquerda."

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Um aforismo de Nietzsche

«O aforismo que mais me ajudou a compreender os intelectuais portugueses é este, de Nietzsche: “Quem se despreza a si próprio não deixa de se respeitar como autodesprezador.” 
A tradução de Auden é melhor: “Até a pessoa que se despreza a si próprio se congratula, mesmo assim, como auto-desprezador.” 
É um bom exercício ir mexendo neste aforismo, tentando trazê-lo para a língua portuguesa, como se tivesse sido escrito em português. “Autodesprezador”, por exemplo, é feio, não é português. 
Para traduzir bem, é preciso apanhar a ideia. A ideia, pelo menos para mim, é que muitas vezes somos surpreendidos pela vaidade de quem se odeia, pela facilidade com que se ofende uma pessoa especializada em deitar-se abaixo.
E está certo. A pessoa implacável consigo mesma tem o direito de se congratular por ser impiedoso. Ou, pelo menos, de se respeitar por não se iludir, por não cair na tentação de ser caridoso quando se contempla. 
Toda a gente — eu diria, todos os bichos — precisa de dignidade. Na pessoa que se confronta a si própria, que expõe todos os defeitos e tem a coragem de os lamentar e desprezar completamente, resta a consolação de ter sido capaz de o fazer, de ter tido a independência e a presença de espírito necessárias para a demolição de si próprio. 
A dignidade dele, a vaidade dele, é como a bola pesada que deita o prédio abaixo: quando só restam ruínas, a bola continua a balançar, quase feliz. É o aforismo 78 do capítulo de epigramas do Para Além do Bem e do Mal. O aforismo 79 é este: “Uma alma que sabe que é amada, mas não ama, expõe o seu sedimento: o que lhe está no fundo sobe à superfície.” Nietzsche é o mais treslido de todos os filósofos, por ser tão fácil de ler e de apropriar. O melhor que podemos fazer é traduzi-lo e retraduzi-lo, e comparar traduções, à procura do que isso nos diz sobre os tradutores. É a maior ambição que um escritor pode ter: ser sempre mal interpretado, para manter o “sempre” das más interpretações.»

"Vão ser construídos 14 apartamentos a custos controlados destinados ao arrendamento acessível"

 Via Diário as Beiras

A política são opções

Via Expresso

"Estamos perante o inconciliável: um PSD que, de regresso às origens da governação de Sá Carneiro (não às de Cavaco Silva), acredita que temos Estado a mais, intervindo demais onde não interessa, gastando demais e financiando-se à custa de uma receita fiscal que suga a capacidade de indivíduos e empresas, assim capturando quase metade da riqueza produzida no país; e o PS de Pedro Nuno Santos, com um passado de grande e despreocupado gastador de dinheiros públicos, que acredita que quanto mais receita fiscal existir mais dinheiro haverá para distribuir pelos mais pobres e mais o Estado será independente dos grupos empresariais, para poder encaminhar o país no caminho das boas políticas económicas. No fundamental, trata-se de uma discussão com quase um século de história e vivida ao longo dos tempos entre os seguidores de Keynes e os de Milton Friedman."

Miguel Sousa Tavares

"Exploração de suinicultura instalada em Carvalhais devia estar fechada desde 21 de agosto"

 Via Diário as Beiras

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Resistir

PS aprova habitação na Casa da Praça, FAP recorre ao Ministério Público

 Via Diário as Beiras

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Professor catedrático José Augusto Bernardes

Imagem via Diário as Beiras
"
O professor catedrático José Augusto Bernardes é o novo comissário-geral da Estrutura de Missão para as comemorações do V Centenário do Nascimento de Luís de Camões, anunciou hoje o Ministério da Cultura."

Na reentre, mais do mesmo na política figueirense...

Tendo mais com que ocupar o tempo que resta de uma vida, tenho andado desatento aos melodramas da ficção política local.
Aliás, penso ser esta a posição maioritária do figueirense comum. 

Em Setembro de 2024, um leigo político como eu, não consegue ver vida política na Figueira, muito menos vida partidária, oposição - muito menos ainda líder da oposição.
Politicamente falando, em Setembro de 2024, a Figueira tem a situação - que o mesmo é dizer: Pedro Santana Lopes.

O resto são inutilidades avulsas que não sabem o que fazer.
A oposição sombra, acaba na sombra: as caras são poucas, os porta-vozes são ineficazes e as venerandas figuras não têm disponibilidade para criticar o executivo. 

Num concelho relativamente pequeno, onde as oportunidades não abundam, a sociedade civil (esse sonho de todos os conspiradores, renovadores e revolucionários) prefere ter boas relações com o poder, a dar apoio explícito a uma oposição que tem apenas a oferecer um futuro longínquo, portanto, pouco aliciante no imediato.

O resto, as diferenças ideológicas e as alternativas políticas, não existe.
Por conseguinte, as saídas são redutoras. Não esquecer que, em 50 anos de regime democrático, por escolha do Povo, vivemos num concelho governado quase sempre pelo PS e por Santana Lopes.

O eleitorado é conservador e não está disponível para grandes transformações.
O normal, por cá, é um discurso político cuidadoso, que não perturbe, assuste, nem comprometa o status, que é aquilo que rende votos no eleitorado do centro. 

Para não ir mais longe, recordo que foi assim que João Ataíde ganhou. 
E foi também assim que Santana Lopes chegou, nas duas vezes em que concorreu, a presidente de Câmara da Figueira da Foz. 

Porém, a reentre política, em 2024, na Figueira, tem sido acidentada.
O que se passa?
Já estão a ser aquecidos os motores para Março/Abril/Maio/Junho de 2025, quando começar a disputa pelos lugares nas listas? 

Quem já viveu muito, sabe que os cravos na Figueira nunca tiveram muita saúde.
Por outro lado, quem há cinquenta anos viveu o dia de todos os sonhos do mundo, sabe também que é muito difícil voltar a viver (se alguma vez voltar...) um novo e verdadeiro “dia das surpresas”.
Entretanto, não deprimam e, sobretudo, não desesperem.
Na Figueira, a esperança está  sempre nesse elemento fundamental das nossas vidas e que nos acompanha 365 dias por ano: o vento
Será que alguma vez soprará a favor da mudança?
O banco, sem utilizadores, faz lembrar o vazio da tristeza em que vegeta a vida politica figueirense. Presumo que este banco tenha sido colocado naquele lugar, para facilitar o diálogo, mesmo em silêncio, ou em contemplação. Presumo, também, que o objectivo fosse estabelecer algum tipo de relacionamento. Será que os figueirenses alguma vez se vão conseguir sentar num banco (mesmo poético) para trocar ideias?..

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Heranças dos executivos camarários do PS

 Via Diário as Beiras


50 mil euros para escolas de música das filarmónicas do concelho

 Via Diário as Beiras

Gliding Barnacles realiza-se de 18 a 22 deste mês

 Via Diário as Beiras

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Padre não quer obedecer à ordem do bispo

Padre de Coimbra recusa transferência de paróquias


«O pároco de Dornes, Areias, Bêco, Chãos e Paio Mendes, em Ferreira do Zêzere, não aceita a transferência ordenada pelo bispo de Coimbra e garante que não tenciona mudar e tomar posse de novas paróquias para onde a diocese indicara. O padre Manuel Vaz Patto, de 24 anos, recusa ser transferido para as novas paróquias em Oliveira do Hospital, contrariando a ordem de Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, num comunicado tornado público nas redes sociais. “Estando ainda por acabar o meu mandato e pelo respeito que me merece a ligação sacerdotal que me une a todos os meus paroquianos das minhas atuais paróquias, sempre recusei a proposta de transferência, desde que me foi feita pela diocese, não fazendo tenção de me mudar e tomar posse de novas paróquias”, afirmou Vaz Patto. O sacerdote é conhecido pelas suas posições tradicionalistas e é contra, entre outros rituais, a comunhão na mão.»

O mirandês

Capicua

«Hoje, já na terceira década do século XXI, ensina-se mirandês nas escolas do concelho (com uma adesão esmagadora por parte dos estudantes), já há traduções de clássicos da literatura para mirandês, dos “Lusíadas” ao “Principezinho”, há bandas de dimensão nacional que cantam em mirandês como os Galandum Galundaina, há uma consciência cultural e política de que é preciso valorizar o mirandês como um património comum, mas apesar disso tudo, a língua está em perigo. Nas últimas sete décadas, o planalto mirandês perdeu metade da sua gente. O advento dos meios de comunicação em massa disseminou o uso da língua portuguesa nos quotidianos e a transmissão intrafamiliar do mirandês foi enfraquecendo. Nunca, como hoje, o mirandês esteve em risco de extinguir-se e é irónico que nem a proibição ativa tenha sido tão eficaz na sua erosão. É irónico que no momento em que há mais registos escritos e documentação sobre a língua haja cada vez menos falantes. Como é irónico que as autoridades, municipais e nacionais, demonstrem as suas teóricas boas intenções, ano após ano, mas que tão pouco seja feito de concreto para salvar o mirandês.»

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Morreu Graça Lobo

Foto daqui
«...a actriz — e mulher — que tinha “a mania da liberdade”.»

"... preservação/requalificação, ou falta dela, do património edificado concelhio"...

Via Município da Figueira da Foz

 

Ser "mesquinho e malandro" é isto mesmo...

Via P Santana Lopes

 

Há gente muita fraquinha e atrasada não há?
Nota de rodapé.

Passe a publicidade, de todo imerecida...
"Errar é humano, assumir o erro é ter caráter!"

Por vezes, quando não se querem enfrentar os factos opta-se pela ficção...

Pinto Luz: longe vão os tempos dos arrufos com Santana Lopes.

Ontem, em directo no Now, Pedro Santana Lopes admitiu que pode vir a ser candidato presidencial 2026.
Em Setembro de 2024, na Figueira, o verdadeiro problema é que em política existe aquilo a que se chama o vazio.
Quer o PS/Figueira, quer o PSD/Figueira, são partidos onde existe o vácuo absoluto, em ideias, em liderança, em afirmação do poder.
É ele o melhor seguro de vida de Santana nas suas aspirações futuras.
Quer na Figueira, quer no País...

"De acordo com o que se sabe, a área inicial para a eventual exploração de caulinos na freguesia de Vila Verde é de 46 hectares. Mas pode ir até mais de 100 hectares"...

 Via Diário as Beiras

domingo, 8 de setembro de 2024

Com drama

João Rodrigues


"Carmo Afonso foi saneada da última página do Público. Era uma das cronistas mais populares e nenhuma explicação foi dada, logo a mais óbvia permanece. Foi substituída por Pedro Adão e Silva... 

Desde que começou a escrever há meses na última página d Público, Adão e Silva ainda não encontrou oportunidade para se debruçar sobre o genocídio em curso na Palestina, mas já escreveu várias vezes sobre Kamala Harris, incluindo sobre os seus gostos musicais. É uma das principais apoiantes do mortífero colonialismo sionista e já garantiu que vai persistir na linha de sempre dos EUA. 

Carmo Afonso escreveu no Público que “a desdramatização daquilo que é dramático é uma modalidade nacional”. É uma modalidade que Adão e Silva pratica, tal como o surf, sobre o qual de resto já escreveu bem. Será que Pedro Adão e Silva vai continuar a desdramatizar também pelo seu silêncio?"

A oposição na Figueira não podia ser mais qualquer coisinha do que mera ficção?

Excerto de um comunicado do gabinete de imprensa do Partido Socialista da Figueira da Foz.
"Maiorca é uma zona que possui um edificado ímpar no Concelho e merece um estudo arquitetónico e urbanístico que dignifique a Freguesia e a Figueira da Foz."
Para ler na íntegra clicar aqui.

Resposta de Pedro Santana Lopes.
"NEM NUNCA LÁ ENTRARAM
Estas pessoas têm uma lata sem limites!!! Mesmo sem limites. Deixaram o dito Palácio sem teto, com o chão no primeiro e segundo andares todo cheio de buracos. E decidiram só fazer uma mini-obra para os caixilhos das janelas, cerca de 100 mil euros. Agora custa dois milhões e meio!!… Quando dizem para não se vender é para se fazer o que lá fizeram, ou seja, NADA??? Agora querem financiamentos. Porque não trataram? Acham que nós somos capazes e, portanto, eles incapazes? Agradecemos muito.
Mas é demais: dos 3 Vereadores da Oposição que estavam na reunião de Câmara, nenhum alguma vez entrou no dito Palácio.
Sem palavras."

sábado, 7 de setembro de 2024

Quando o freguês é o dono

 Imagem via Jornal de Notícias

"O Estado ainda funciona no juízo de autocrítica quando se lê o Relatório da auditoria da Inspecção-Geral das Finanças às contas e ao dossier de privatização da TAP. E esta é a melhor (porventura a única) boa notícia que levamos disto. Num juízo de apreciação sobre si mesmo, o olhar de um organismo de Estado sobre as várias acções governativas relativas à companhia aérea é o espelho-reflexo da mediocridade de uma chico-esperteza com a qual ninguém pode ser conivente, assim como da mediocridade da subjugação a interesses alheios num respeitinho parolo de encarar uma mentira como se de uma verdade insofismável se tratasse.

Os 203 milhões de euros que David Neeleman não meteu na TAP, “utilizando” a dívida da empresa para pagar os 61% do capital da companhia que “comprou” ao Estado, são de bradar aos céus e bem para lá das piores nuvens. Neste mundo novo da especulação espertalhona, privatização e capitalização não rimam. É à vontade do freguês, sendo que o freguês é o dono. Quem sofre é a TAP mas quem paga somos todos. A vergonha tem de ter rostos num negócio ruinoso tantas vezes sinalizado, avisado, criticado e tardiamente escrutinado.

As assinaturas valem e a responsabilidade de decidir tem de ser levada ao confronto. A gigante pressão para garantir que há consequências políticas a retirar deste processo pode fragilizar alguns, sem que isso signifique apunhalar a verdade. Miguel Pinto Luz assina a privatização, mas não tem de ser levado ao sacrifício quando não negociou o que quer que fosse de um negócio encerrado. Este simulacro de negócio tem um nome pouco eventual: Maria Luís Albuquerque, na altura ministra do Estado e das Finanças, resolveu brincar com o nome do país, não podendo desconhecer que o cumprimento das obrigações de Neeleman se fazia com o dinheiro da própria TAP. É verdadeiramente inenarrável que Luís Montenegro não tenha já arrepiado caminho quanto à sua nomeação para comissária europeia. Se a ex-ministra não lhe facilitar a vida em nome da própria defesa, compete a Montenegro decidir se pretende arrastar este Governo para o tipo de lamaçal que permitiu adensar o ambiente para a desacreditação da governação de António Costa.

Exige-se agora um mínimo de seriedade. Ninguém ignora que fomos todos ludibriados mesmo que nem todos percebamos como, tal a complexidade do processo. Há um patamar de decência que os responsáveis governativos têm de trilhar para não perderem o que lhes resta de capital político. Já se faz tarde. Para aquela parte do capital da TAP que se foi esvaindo na indecência, no ardil e na ilegalidade, há que encontrar culpados. Aqui, a culpa não é um capital de todos."

Texto Miguel Guedes, músico e jurista

Município solicita à população que utilize o serviço de Recolha de Monos e Verdes, em vez de os abandonar indiscriminadamente na via pública



"... 
o Município está a promover uma campanha para o abandono de resíduos, designada «O abandono de resíduos é crime!» “[Vamos pôr um] Ponto Final”, através da qual relembra, as formas corretas e cómodas de acondicionar os resíduos, bem como divulga o serviço de Recolha de Monos e Verdes, disponível.

Através de uma simples chamada telefónica 233 436 576 pode agendar a recolha dos resíduos, ou em alternativa pode entregá-los diretamente nos Serviços de Higiene e Limpeza da Câmara Municipal (Estrada de Mira), nos dias úteis entre as 08h30 – 16h00.
É de extrema relevância que os munícipes estejam consciencializados para a necessidade de contribuírem para a manutenção do bom estado de limpeza do espaço público, um local partilhado, que exige de cada um o mesmo cuidado dedicado ao espaço privado.
Assim, o município solicita à população que utilize o serviço de Recolha de Monos e Verdes, em vez de os abandonar indiscriminadamente na via pública.
Só assim será possível manter os espaços públicos limpos e consequentemente contribuir para a higiene e salubridade do território, bem como para a saúde de todos quantos nele habitam ou o visitam."

Que bela e merecida prenda para o Grupo Desportivo Cova-Gala...

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Processo de alienação foi suspenso

 

O que é que falta para o País ir a eleições?..

"Talvez o melhor seja mesmo irmos para eleições"...

1. A Educação não tem professores.

2. A Saúde não tem médicos.

3. A secretaria-geral do MAI foi assaltada.

4. O processo da venda da TAP é o que é.

5. Os helicópteros caem.

6. O Benfica voltou a contratar o Bruno Lage

Mesmo indo contra a vontade do Presidente da República, isto só se resolvia com eleições. Visto da direita, "este seria o pior momento para o PS ir a eleições. Ainda parece existir uma maioria eleitoral de direita, que bloquearia a hipótese de um Governo de esquerda. A AD teria uma narrativa de campanha simples, justa e compreensível (“Não nos deram sequer meio ano”). Não teria nenhuma vitória para mostrar, mas ainda não teria tido tempo para falhar. A pressão do voto útil à direita seria enorme. 
E o Chega, nesta fase atarantada pós-europeias, parece um velho circo deprimente de palhaços tristes, com truques cada vez mais grotescos, ao qual cada vez menos gente liga. 
Se Luís Montenegro pensasse como Soares ou Sá Carneiro, alérgicos a impasses e chantagens, não hesitaria em deixar que se rompesse a corda que Pedro Nuno deseja esticar." 
Todavia, é capaz de ser difícil: Marcelo, o político que falhou mas chegou a PR, sempre teve o desiderato de terminar o mandato com o seu partido instalado no poder...

Segundo o barómetro da Intercampus para o Negócios, o Correio da Manhã e a CMTV, se as eleições legislativas fossem hoje o PS seria o partido a recolher a maior fatia das intenções de voto: 28,4% dos eleitores votariam no partido de Pedro Nuno Santos. Mas atrás de tempo, tempo vem. "Quando as sondagens forem favoráveis ao Governo, o PSD vai provocar uma crise e não vai querer acordo com o PS".

Primeira reunião de câmara de setembro realiza-se hoje pelas 17 horas

 Via Diário as Beiras

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Isto anda tudo ligado: presidenciais 2026, autárquicas 2025, Santana; e a escolha do candidato do PS

Na passada quarta-feira, escrevemos: "a um ano das eleições autárquicas, alguém está a “pensar a Figueira”? Com Pedro Santana Lopes a cumprir o primeiro mandato, e com as dúvidas  que existem sobre o seu futuro (vai ser, ou não, candidato a Presidente da República em Janeiro de 2026? Possivelmente, neste momento, nem o próprio tem resposta para esta pergunta…) não existem, por agora, candidatos confirmados na corrida às Autárquicas de 2025 na Figueira. Entre os socialistas reina a indefinição. O nome a avançar vai depender da recandidatura, ou não, de Santana Lopes. O PSD tem uma aposta única: apoiar uma recandidatura de Pedro Santana Lopes."

Recordo algo que escrevi - e que é a realidade em Setembro de 2024 - na edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 

Na edição de hoje do Diário as Beiras  pode ler-se algo que não é nada de novo: "Santana Lopes admite candidatar-se à Presidência da República"Contudo, Santana remete a decisão para daqui a um ano. “Qualquer pessoa que tenha feito o percurso que eu fiz e que tenha a idade e a experiência que tenho pode pensar nisso. […] Tenho de ser realista, lúcido e inteligente, e quando olho para as sondagens vejo que elas me dão uma posição fraca, neste momento. Não quer dizer que hoje seja o mesmo que daqui a um ano”. “Daqui a um ano, pensarei no assunto. Antes disso, acho que é cedo”, disse o Presidente de Câmara da Figueira da Foz no seu programa semanal de comentário político, “Informação privilegiada”, no canal de televisão Now.


Um ano é muito tempo. A decisão de Santana Lopes é muito difícil, mas não pode continuar indefinida. Portanto, Santana Lopes vai decidir-se antes. Marques Mendes, quer muito ser candidato a Presidente da República. E se Marques Mendes avançar - e vai avançar - Santana não se fica - e vai também?
Ninguém me disse, mas hoje 6 de Setembro de 2024, é o meu palpite. 
Recordo: as eleições presidenciais realizam-se em Janeiro de 2026. Antes disso, em finais de Setembro de 2025, realizam-se as eleições autárquicas. Santana Lopes ainda não anunciou se vai recandidatar-se à presidência da Câmara da Figueira da Foz.
Do avanço (ou não avanço...) de Santana, vai depender a escolha do candidato do Partido Socialista.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

A pesca do bacalhau. Viana do Castelo e Figueira. Gil Eanes e José Cação

GIL EANNES, atracado ao fundo da antiga doca comercial, quase junto da moderna Praça da Liberdade

Foto: António Agostinho

Artigo do Tomo 41 dos Cadernos Vianenses, 2008, escrito por António de Carvalho, investigador da história local.

"O emblemático navio hospital GIL EANNES, atracado ao fundo da antiga doca comercial, quase junto da moderna Praça da Liberdade, sendo considerado desde há alguns anos a esta data como um dos elementos mais marcantes da cidade, afirma-se cada vez mais como seu pólo atractivo, como comprovam as centenas de milhares de visitantes já nele recebidos desde que abriu ao público como núcleo museológico em 19 de Agosto de 1998. (...)"

Hoje, o navio representa um património histórico e emocional muito importante para Viana do Castelo.  Pois, além de ter sido construído no ano 1955 nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, também é um "símbolo vivo da qualidade da nossa construção naval" e prestou "assistência médica e social aos pescadores portugueses da frota bacalhoeira (...)."

O navio hospital GIL EANNES "não é apenas um estimável emblema da tradição e da qualidade da secular construção naval vianense, tem tão só a mais original Pousada da Juventude do País, pois é também o núcleo museológico que se tornou num dos principais pólos de atracção da Frente Ribeirinha, e como tal, um dos espaços mais procurados da cidade, sendo hoje o segundo museu em número de visitas no Norte do País (sendo apenas precedido pelo Museu de Serralves, no Porto), o que é bastante honroso para todos os vianenses. (...)"


Nota de rodapé (1).

1911, Figueira da Foz. Nesse já longínquo ano, é fundada na Figueira da Foz pelos irmãos António e João Neto BrazJosé Ribeiro Gomes e outros, nomeadamente Manuel Gaspar de Lemos, a Sociedade de Pesca Oceano, Lda.
O primeiro navio da empresa foi o lugre Oceano, comprado em Hamburgo em 1912.
Anos mais tarde, os irmãos Alberto e José Sotto Maior adquiriram a SPOL.
Foram eles que trouxeram para a Figueira um dos mais belos navios de que tenho memória: o José Alberto.
Os irmãos António José Cação, passados alguns anos, assumiram a gerência da empresa, tendo depois ficado seus proprietários.  
E é assim que chegamos a 1973 e a minha vida se cruza, durante 10 anos, com o mundo SPOL, comandado pelo eng. Carlos António Andrade Cação.
eng. Andrade Cação, nasceu na Figueira a 24 de julho de 1938. Licenciou-se em engenharia mecânica na Faculdade de Engenharia do Porto. Depois de ter passado pela Administração Geral do Porto de Lisboaem 1967 tornou-se sócio da Sociedade de Pesca Oceano. Anos mais tarde, quando já era seu único dono, alargou a actividade da empresa ao arrasto costeiro, com os barcos Irene Doraty (a junção dos primeiros nomes da sua mãe e da sua tia) e o Natália Eugénia. A frota de arrasto costeiro da SPOL alargou, e na década de 80, chegou a ser composta por 6 unidades.
Porém, do meu ponto de vista, aquilo onde o eng. Andrade Cação deixou  a sua marca pessoal, aconteceu no final da década de 60 ao transformar o navio de pesca à linha Soto Maior (na altura o nome foi mudado para José Cação, o nome do seu tio) para o sistema de redes de emalhar, o que constituiu na altura uma atitude pioneira em Portugal.
Em 1971, comprou o Vaz, irmão gémeo do José Cação, que depois de também transformado para poder pescar com redes de emalhar, foi baptizado com o nome do seu pai - António Cação

Navio "JOSÉ CAÇÃO"o último bacalhoeiro da  Figueira da Foz,
 
numa foto tirada a 14 de Maio de 2002

Estes barcos pescaram até 1990 e foram os últimos navios da "Faina Maior" a operar no porto da Figueira da Foz.
Lamentavelmente, na Figueira, dessa memória nada resta.  
“José Cação”, apesar dos esforços de homens como Álvaro Abreu da SilvaManuel Luís Pata e Marques Guerra,  foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, um dos seus últimos Capitães, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.


Nota de rodapé (2).
Quem quiser saber a importância que a "faina maior" teve na Figueira da Foz, até à década de 80 do século passado, tem de recorrer aos livros que Manuel Luís Pata publicou em 1997, 2001 e 2003. Lá estão coligidas notícias, referências escritas e testemunhos orais, textos, comentários e recordações pessoais, sobre a Figueira da Foz e a relevância da Pesca do Bacalhau no desenvolvimento do nosso concelho. Como escreveu Pinheiro Marques: "se a Figueira da Foz tem reunidos os elementos para a sua História Marítima nos séculos XIX-XX, deve-o à Cova-Gala (São Pedro): deve-o ao Capitão João Pereira Mano e ao Senhor Manuel Luís Pata."