quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Qatar, o Mundial da Vergonha

António Araújo
«No próximo dia 21 de Novembro, às quatro da tarde em ponto, hora local, um esférico denominado Al Rihla ("A Jornada"), fabricado pela marca Adidas, com uma cobertura de poliuretano texturizado e 20 gomos, será colocado no centro de um grande rectângulo de relva. Em seu redor, um estádio com 60 mil lugares sentados, projectado pela firma alemã AS+P, querendo "AS" dizer Albert Speer, o filho do arquitecto de Hitler. A empresa holandesa que forneceu os relvados dos últimos três Mundiais de Futebol recusou-se a colaborar neste torneio após ter sabido que só na construção dos estádios já pereceram mais de 6750 trabalhadores, todos oriundos da Índia, do Bangladesh, do Nepal e do Sri Lanka. Nenhum cidadão do Qatar, país anfitrião, morreu na edificação das infraestruturas que irão receber o Mundial da Vergonha.»

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2 comentários:

CeterisParibus disse...

Condeno sem reservas o tratamento dado a imigrantes ( e as mulheres?) nos países do Médio Oriente.
Mas temos de ser rigorosos ( o autor do artigo e quem partilha) na exposição dos factos conhecidos.
Morreram 6.750 trabalhadores desde 2010,no Qatar, em TODAS as actividades e não apenas naquelas relacionadas com o Mundial de futebol. Verdade que foi em 2010 que foi atribuída a realização do Mundial, mas não é verdade que tenham perecido quase 7.000 pessoas na construção dos estádios como se quer fazer parecer. Os tempos são estes, mas custa-me comer palha sem saber de onde vem. Abraço

CeterisParibus disse...

E para referência e comparação, nos EU da América, em 2019 faleceram 5.333 pessoas em acidentes de trabalho. Fonte? Department of Labour, equivalente ao ministério do trabalho. Desde 2010, extrapolando, morreram acima de 50.000 pessoas em acidentes de trabalho no EU da América.