Num texto certeiro, como poucos, o líder parlamentar do PCP sugeriu ontem num artigo de opinião do jornal "Avante!" que uns partidos que fazem parte da actual solução governativa andam a "juntar com o bico" e o BE a "espalhar com as patas".
"Para o PCP, é essencial uma política que combata a injustiça fiscal, é necessária a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal, critérios que obviamente devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado e a avaliação terá que ser feita globalmente e não imposto a imposto.
Uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo, está a ser apresentada como uma ameaça e, pior de tudo, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e criarem dificuldades à sua reversão. Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão – incluindo entre o PCP e o Governo –, o BE procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção.
A confirmação pelo PS, ainda que admitindo a indefinição de alguns dos elementos do imposto, contribuiu para o que veio a acontecer ao longo dos últimos dias.
Uma medida que pode contribuir para maior justiça fiscal fazendo cobrar mais impostos a uma minoria de contribuintes que tem património de valor mais elevado foi transformada, com o inestimável contributo do BE, numa ameaça à generalidade dos contribuintes a partir da especulação sobre o número e valor dos imóveis a abranger, do destino que é dado ao imóvel e de outros elementos por definir. O coro de comentadores, em geral comprometidos com a política de saque fiscal do anterior governo PSD/CDS e cumpridores das orientações determinadas pelo grande capital, encontrou neste tema o mote para a especulação e a desinformação, não apenas para criar dificuldades à aprovação de medidas que ponham a pagar mais impostos quem tem mais rendimentos ou património mas também repetindo os argumentos com que têm procurado evitar as medidas de alívio de impostos sobre aqueles que menos têm", defende o deputado comunista e membro da Comissão Política do PCP João Oliveira.
1 comentário:
Parem este radical !
Chamem o Sousa Pinto!
Chamem o Assis!
Chamem o Passos renovado!
Que saudades do governo PAF. Um governo bom e querido. Que saudades!
Isto, agora, é mesmo a sovietização do país em curso...eh eh
Atenção, aprecio a inteligência e argúcia da Mariana Mortágua, mas passo demagogias baratas.
Recomendo: http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/fernanda-cancio/interior/a-demagogia-de-mortagua-5404447.html - Fernanda Câncio
E foi-se o Verão e chegou o Outono e a geringonça continua!!
Que galo!
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