segunda-feira, 14 de abril de 2014

A ignorância mata (mais do que o tabaco...)...

 ... e por isso seria tão importante, neste 40º aniversário do 25 de Abril, que se desmascarasse o que foi o fascismo, mas a sério...

Portugal está hoje no plano económico melhor que no período da ditadura. Isso, contudo, não significa que os decisores da actualidade sejam também melhores. Os políticos de agora são menos honestos e não têm a mesma capacidade de liderança. Segundo uma sondagem i/Pitagórica, os portugueses confiam menos na seriedade da classe política de hoje do que na do regime derrubado em Abril de 74.
E os números são expressivos. 46,5% dos portugueses consideram que, numa comparação directa sobre a seriedade dos políticos da ditadura com os actuais, os do "antigamente" eram mais honestos. Em segundo lugar surgem os que não sabem responder ou não responderam, com 35,8%. Ou seja, apenas 17,7% consideram viver hoje num país governado com líderes mais sérios a ocupar os cargos políticos.
Os inquiridos também não têm dúvidas sobre a capacidade de liderança da classe política: 43,2% afirmam que os governantes da ditadura tinham uma preparação e uma capacidade para liderar superiores aos actuais. Nesta comparação, surgem em segundo lugar os que acreditam nos políticos de hoje: 33,1%. Os restantes 23,7% não sabem ou não responderam.
Mas nem tudo era melhor e os portugueses acreditam que, pelo menos do ponto de vista económico, o 25 de Abril de 1974 valeu a pena. Metade dos inquiridos (49,9%) admite que o país está economicamente melhor do que estava no período da ditadura. Uma posição contrária é defendida por 34,9% e 15,2% da população não sabe ou não respondeu.
A liberdade de expressão é outra das mais-valias da democracia. Segundo a sondagem i/Pitagórica, a maioria dos portugueses considera ser livre de expressar hoje o seu pensamento político (63,1%). Ainda assim, há uma grande percentagem que não se sente à vontade para dizer o que pensa. Quase 37% admitem que os portugueses não são livres de expressar opiniões sem sofrer consequências. São os que têm mais de 55 anos, de classe social baixa, e os residentes em Lisboa e Algarve que admitem haver hoje liberdade de expressão. Por outro lado, os jovens de classe média e residentes nas ilhas são os que prevalecem entre o grupo dos que consideram não existir liberdade total. (daqui)

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