segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A banalização da fome

Em 2010 o Arnaldo Antunes, um professor de profissão que vinha aqui desabafar do seu quotidiano profissional, escreveu um artigo intitulado A Fome nas Escolas onde narrava o seu encontro com uma mãe com 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.

Neste ano da graça de 2013 a Carla Romualdo veio denunciar outras fomes que descobriu num Hospital público e central:
era frequente as visitas comerem as refeições destinadas aos doentes. Sentavam-se ao lado dos pais, avós, irmãos, maridos ou mulheres e iam debicando do seu prato, ou ficando com a parte de leão.
A fome é a fome e é a fome, não há fomes mais fomes do que outras...
O  que foi escândalo em 2010 banalizou-se em 2013. A fome anda por aí, divertindo-se nas ruas, escalando as sopas dos pobres, descendo aos hospitais e às escolas, fazendo a alegria de tanta católica que finalmente tem pobrezinhos em abundância para a sua esmolinha dar.  

Via Aventar

1 comentário:

Anónimo disse...

POR FALAR EM FOME:
Dos 97 comentadores com presença semanal na televisão, 60 são actuais ou ex-políticos. Sem espanto, em termos de número de comentadores, o primeiro lugar do pódio é ocupado pelo PSD, seguido pelo PS e pelo CDS. E embora o PCP tenha mais deputados na Assembleia da República do que o Bloco, este está quantitativamente melhor representado.
Mas os números de facto impressionantes, se verdadeiros, são alguns (poucos) que são divulgados quanto à maquia que estes senhores levam para casa. E se não me suscita qualquer aplauso o facto de José Sócrates ter querido falar pro bono na RTP,considero um verdadeiro escândalo que Marcelo Rebelo de Sousa ganhe 10.000 euros / mês (mais do que 20 salários mínimos por pouco mais de meia hora por semana a dizer umas lérias), Manuela Ferreira Leite metade disso e que Marques Mendes tenha preferido passar para a SIC por esta estação ter subido a parada da TVI que só lhe propunha 7.000.