quinta-feira, 2 de maio de 2013

O consenso para Passos...

Austeridade acima dos limites.

Em tempo. 
Evidentemente, que a austeridade é sempre para os mesmos do costume, neste caminho de sentido único do “custe o que custar", no cumprimento dos objectivos do negócio com a troika e dos objectivos de uma política "over troika".
Cada um que tire as suas conclusões para agir em conformidade...

1 comentário:

Anónimo disse...

Independentemente da competência das medidas ou dos governantes aquilo a que estamos a assistir em Portugal é algo de inacreditável, não só ofende quaisquer valores democráticos como põe em causa a inteligência e sanidade mental de todo um povo.

Com o argumento do memorando nada se discute, o povo perdeu o direito a debater o que quer que seja e é muito duvidoso que o conselho de ministros ou mesmo o primeiro-ministro tenha qualquer intervenção. Tudo é decido pelo Vítor Gaspar que não dá explicações a ninguém, nada resulta de qualquer reflexão, nada é explicado com um enquadramento global, nada é justificado.

Um ministro diz que é preciso redefinir as funções do Estado, o primeiro-ministro de forma obediente fala em refundar o Estado, o líder do segundo partido da coligação é encarregue de liderar o processo e no fim é o Gaspar que decide quanto e onde cortar.

E o país vai despedir em massa, cortar vencimentos de forma arbitrária e sem qualquer negociação, eliminar direitos laborais, reduzir a qualidade do ensino público, reduzir ou eliminar prestações sociais só porque o Gaspar acha que deve ser assim. Dizem que a culpa é do memorando, mas a verdade é que todas as medidas que têm vindo a ser adoptadas pelo ministro da Finanças há muito que eram defendidas pela extrema-direita que trocou o corporativismo salazarista pelo jargão neo-liberal.

Aquilo a que Portugal está assistindo já se viu suceder no Chile de Pinochet e, como se sabe, no Chile de Augusto Pinochet não houve troika ou memorando, aquilo que cá se vai justificando com a troika no Chile a direita justificou com a sua ideologia. E é precisamente a ideologia a grande marca da política de Vítor Gaspar, tudo o que ele esconde atrás de falsos desvios colossais não passa de uma política que ele sempre defendeu.
Não é aceitável que seja um iluminado por uma ideologia que nem sequer assume em público a decidir tudo neste país, sem qualquer reflexão, sem qualquer teste, sem qualquer debate e sem que o povo alguma vez se tenha pronunciado. Isto é grave e as consequências estão à vista, o país vai cortar no Estado para compensar as consequências das políticas brutais de Vítor Gaspar e ao ritmo a que este ministro destrói emprego e empresas pouco Estado sobreviverá a mais um ano do seu governo.