E se é verdade que a moderna técnica de narrativa jornalística pode limpar, nas notícias e nas reportagens, uma parte (só uma parte) das ideias pessoais dos jornalistas - políticas, culturais e morais -, quando se passa para a coluna de opinião, o caso muda de figura."
Esta verticalidade e este profissionalismo não está ao alcance de todos. Por isso, o exemplo do jornalista Pedro Tadeu, é digno de referência.
Mais à frente, no artigo de que reproduzimos um excerto (que pode ser lido na íntegra clicando aqui) faz o que muitos poucos jornalistas portugueses teriam coragem de fazer: assume as suas opções políticas e informa os seus leitores do seu vínculo partidário.
"A cinco dias das eleições é meu dever, dado o que nos últimos meses aqui escrevi, informar os leitores: sou, há mais de duas dezenas de anos, militante do PCP e vou votar CDU. Sou jornalista há mais de 25 anos. Trabalhei no Avante!. Desde 1996 ocupo sucessivos lugares de topo, de chefia ou de direcção, na imprensa generalista de circulação nacional, apartidária. Nunca aí fui acusado de favorecer o meu partido. Também nunca fui acusado de não pensar pela minha cabeça. Nos artigos de opinião escrevo, apenas, o que penso, usufruindo em pleno da liberdade que me dão no local onde trabalho. Ora, o que penso e o que escrevo, nestes artigos, repito, de opinião, num jornal que dá muita atenção à política, não podem ser dissociados do que voto. O leitor tem direito, para fazer o seu juízo, para o bem ou para o mal, a saber destes factos..."
Isto, não é a regra, é a excepção.
1 comentário:
A verticalidade é uma forma de estar que não é para todos.Os esbirros e os tachistas,entre os quais incluo muitos agentes da comunicação social,proliferam cada vez mais neste país ao norte de África.
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