Os governos civis estão para o país, como as empresas municipais estão para o concelho da Figueira: são entidades cuja verificação da inutilidade é consensual.
Todavia, até aqui, essa constatação não serviu para nada…
Já muitos políticos prometeram a extinção dos governos civis... Já muitos politicos alertaram para o buraco financeiro que são as empresas municipais figueirenses…
Mas, os governos civis ainda por aí continuam!.. Apesar de, ao que julgo saber, a história de eliminar os governos civis já vir do tempo do Estado Novo, do tempo de Marcelo Caetano, onde tal foi proposto na Assembleia Nacional pela ala liberal...
E ainda há políticos que andam por aí a sugerir a sua extinção!..
Tal como os governos civis, as empresas municipais continuam a ser um fardo para os orçamentos que saem do bolso de todos nós!..
Para quê continuar a manter então tais inutilidades?..
Normalmente, Portugal é assim: um país de meias tintas.
Claro que quando se trata de cortar nos subsídios de desemprego, pensões e benefícios fiscais aos trabalhadores a coisa muda de figurino...
Mas, isso já é outra conversa...
Portugal e os portugueses são assim mesmo. Num momento - este - em que as dificuldades apenas se agudizaram, os políticos descobriram a ideia que a salvação está em irmos todos semear batatas, pepinos, tomates, saladas, couves, nabos, cebolas, alhos, coentros e outros produtos hortícolas... Ah, e olhar para o mar!..
Curiosamente, são os mesmos políticos que há uns anos atrás apostaram nas auto-estradas, na Expo 98, na construção de estádios, na tecnologia, na educação e no TGV, no novo aeroporto...
Como, pelos vistos, as “suas apostas”, “prioridades nacionais” e “opções estratégicas” falharam, por falta de sustentabilidade, mandam-nos dedicar à agricultura e olhar para o mar...
Senhores políticos: e se se limitassem a fazer o que vos compete, que é tão somente serem eficazes e competentes na gestão da coisa pública?
No país, podiam bem por começar por extinguir os governos civis... Na Figueira, terminarem rapidamente os estudos sobre as empresas municipais e agirem deixando de andar a "encanar a pedra à rã"...
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