A confiar nas últimas sondagens, vamos ter uma maioria absoluta de PSD e CDS.
Desde já esclareço: não confio em sondagens – nestas, nem em nenhumas… As agências de sondagens fazem-me lembrar outras agências, as de rating, que têm os credores nos Conselhos de Administração e dão percentagem aos partidos, de acordo com os juros que lhes vão depois exigir...
Se assim for, é a vontade de parte dos portugueses, para quem o que interessa, neste momento, é mudar, mesmo para pior.
Estão fartos do Sócrates. Eu também!..
Contudo, se formos vivos, dentro de 2 (dois!..) meses, haveremos de ver a grande maioria desses portugueses a chorar barba e ranho e dizer o piorio deste Coelho e de Portas.
Vão ver: dentro de 2 meses hão-de ser poucos, muito poucos mesmo, os que assumam ter votado na maioria de direita.
Nunca tive problemas em votar. Mais uma vez, em 5 de Junho próximo, assim vai acontecer.
Sei de fonte certa e transparente que os anos que se aproximam vão ser ainda mais dificeis. Bom, sejamos mais concretos: para muitos, haverá mais dificuldades; para muitos, haverá pobreza; para a grande maioria, haverá ainda maior pobreza; para alguns, a minoria do costume, não acontecerá nada – como diria o meu amigo Manel, vai continuar a ser tudo “à grande e à francesa”.
Já perdi as ilusões: eu, e a grande maioria dos portugueses, vamos morrer num país muito pior do que aquele onde vivemos depois do 25 de Abril.
E há responsáveis por as coisas terem acontecidos assim. Evidentemente, tudo gente de sucesso e bem posiocionada na vida…
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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