quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Confesso que vivi

foto sacada daqui

Não há muita gente assim, mas sei que existe quem nunca se preocupasse em ser brilhante, para obter sucesso e dinheiro naquilo que faz, mas, sim, em ser feliz, ao fazer as coisas que realmente gosta.
Tenho o privilégio de ser um desses.
Sempre gostei de escrever. Tinha pouco mais de 20 anos quando comecei a escrever em dois jornais: um da Figueira, o "Barca Nova". Outro nacional, o diário.
Fui dirigente associativo e desportivo, dirigente sindical, fui autarca.
Enfim, vivi e fui feliz.
Nunca ganhei um tostão com aquilo que me deu prazer fazer, nomeadamente a escrita. E posso afirmar, que na altura em que optei por jornais que não pagavam, tive hipótese de escrever para um que pagava.
Hoje, passados quase 40 anos, sorrio quando olho para trás, satisfeito por nunca me ter deixado aprisionar, por nunca ter perdido a minha Liberdade.
Continuo pobrete, mas sou feliz - enfim, como diria Pablo Neruda, confesso que vivi.

1 comentário:

Elizabeth disse...

Liberdade não tem preço.