terça-feira, 15 de agosto de 2006
Será possível discutir o problema?
Foto: PEDRO CRUZ
Vítor Manuel Duarte Abreu, Eleitor nº 1686 da Freguesia de S. Pedro, na carta que enviou ao meu companheiro de Blog Pedro Cruz, focou um problema, que todos sabemos que existe, mas que tem andado submerso.
Não é um tema fácil, diga-se em abono da verdade. Tiro o chapéu ao autor da missiva, por ter assumido, não só a revolta, mas o ónus de trazer à colação assunto tão melindroso.
Passamos a citar: ”a Festa de S. Pedro, uma das maiores, senão a maior, do Concelho da Figueira da Foz, deixou de ter espaço neste local”
Será este o cerne da questão?
Mas, continuemos a ouvir o grito de revolta de Vítor Manuel Duarte Abreu.
“ Pergunto-me, será que vale a pena continuar a trabalhar durante um ano inteiro, para que em poucos dias tudo fique como fica todos os anos. Vamos discutir soluções, vamos arranjar alternativas façamos desta Festa realmente a maior festa do Concelho mas com respeito dignidade e preservação pelos espaços que ela ocupa durante uma semana”.
Leram as palavras de Vítor Abreu ? Anotaram?
O problema é complicado e reclama especiais cuidados na análise.
Mas, colocar o lixo debaixo do tapete, resolverá alguma coisa?
Se, este, é o tempo de discutir soluções. Vamos a isso?
Mesmo que seja necessário colocar tudo em causa.
A falta de estruturas existentes no Largo da Capela, a tradição, os dinheiros, a Igreja, o Poder Político, o que se quer do futuro ... Tudo ...
É que, a próxima Festa já está aí! ...
A Comissão para 2007 está no terreno ...Será possível, entretanto, a discussão do problema?
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18 comentários:
É na angústia da insónia que nos damos conta de que os tectos existem. Os nossos antepassados sabiam-no, por isso os pintavam. Se calhar, foi por isso, que deixaram de o fazer quando inventaram os comprimidos para dormir. Foi pena. Será que não valia mais permanecer desperto a olhar para uma bela pintura do que adormecer anestesiado por um qualquer fármaco industrial.
Até quando vamos permanecer anestesiados?
Nos estados democráticos é muito raro ver governar sem demagogia. Os políticos – todos os políticos – sabem que o calendário eleitoral não se compadece com a exclusiva tomada de medidas estruturais. Sendo muitas vezes essenciais, são, regra geral, difíceis de explicar e de entender. Para cúmulo, trazem custos que se sentem imediatamente nos bolsos de todos...
Todos sabemos – e sabíamos – que a Festa de S. Pedro se realizou sempre no Largo da Igreja.
Quando se projectaram as obras alguém previu o que era previsível?
Portanto, a culpa é do local? Ou daquilo que quem fez as obras – o Poder Político – fez dele?
O Largo da Igreja de S. Pedro tem muitos préstimos. Ser bonito e agradável à vista é uma deles.
Mas, para isso, terá de ver inviabilizada uma tradição secular?
Sim, porque a festa de S. Pedro da Cova e Gala, conforme estudou e multo bem documentou o covagalense Comandante João Mano, tem as suas raízes “nos tempos em que os ilhavenses desceram da sua área de pesca , à procura de novos bancos ou cardumes de sardinha”. Estes pescadores, por volta de 1790, quando se fixaram na Cova trouxeram “o gérmen da saudade” da grande festa que realizavam em Ílhavo. “Trinta anos depois, quando lhes foi possível construir na sua nova terra a capela em honra do seu patrono, sempre São Pedro, também de imediato teriam surgido os festejos respectivos, em tudo iguais aos que estavam presentes nas recordações dos mais velhos, os pais ilhavenses”.
O assunto levantado com a carta do Vítor Abreu, é muito sério, muito melindroso.
Tem a ver com a nossa essência, as nossas raízes, como diria o outro, os genes.
Alguns exemplos autárquicos, colhidos aqui e ali, podem ser excepção, mas confirmam o essencial: que o melhor presidente de qualquer coisa, nos tempos que correm, não é aquele que promete que vai fazer, ou que ameaça que vai fazer. Pelo contrário: é aquele que vai impedir que se faça.
«Fazer», na vida autárquica, é relevante demais. No verão, o que precisamos é de uma autarquia que previna os fogos, que recolha o lixo a horas, que limpe os passeios, as praias, cobre as taxas legais no mercado e no cemitério e consiga manter a Terra segura..
Esta ideia é reaccionária o bastante, eu sei, para o espírito que quer «o progresso da nossa terra», rotundas (manhosa ou não ...), construção civil, sobretudo, muita construção civil e contesta fundamentalismos ambientais que impeçam um desenvolvimento adequado».
Mas acho decente e necessário defendê-la. Um candidato que apareça a prometer coisas novas é um candidato para desconfiar. Ao que chegámos.
Sabem que mais? A febre do betão vai continuar... Vem aí mais cimento: o Alberto Gaspar, a Terpex. Qualquer dia, avança-se pela zona industrial ....
Ah, mas ao mesmo tempo que se prepara um novo assalto do betão, há casas devolutas, andares por vender, e casas em situação de ruína
A continuar este caminho, acéfalo e pretensamente modernista, a nossa freguesia chegará rapidamente ao ponto onde o retorno não será possível... Se essa é a opção de fundo, de quem detém o poder há tanto tempo, avancem, sem medos, rumo à descaracterização total! ...
O segredo é bem simples: o novo riquismo, moderniza os espaços, não tendo em conta tradições seculares, depois cria-se o ambiente e corre-se com o que é a nossa matriz..
Ora porra, se o pessoal na Festa come e bebe e não tem casa de banho, se a areia desapareceu, tem de se vomitar, mijar e obrar nos passeios! ... E fora deles...
Será que não existem casas de banho portáteis! ...
O pichalucha está certo. É preciso fazer alguma coisa. Boa, pá.
Senhor Vítor Abreu
O debate está aberto. Foi a sua carta que o abriu. O mérito é seu. É certo que o meio utilizado foi este Blog, mas o mérito é seu. Mais uma vez, tiro-lhe o chapeu.
Vivemos tempos difíceis. Tanto à esquerda como à direita domina hoje o pensamento negativo sobre a sociedade portuguesa. O pensamento negativo caracteriza-se por definir de tal maneira as crises que atravessamos, que raramente vemos saída para elas,
Não raras vezes, a negatividade transforma-se em auto-flagelação. Nenhuma sociedade sobrevive, e muito menos floresce, em tal registo psico-cultural.
Confesso que houve uma parte do seu comentário que me intrigou. Passo a citar:
“Será que continuamos a alimentar ilusões (como me aconteceu a mim este ano) que a Comissão de Festas que entra vai fazer tudo direitinho e no final da Festa arruma, limpa e paga os prejuízos, (para vossa informação ascende a cerca de 2,000.00 € os prejuízos suportados pela Capela, desde a inauguração do adro até à data, para repor tudo como estava após cada Festa) o sistema de rega fica danificado e por vezes inutilizado a relva já chegou a apodrecer em cestos locais, etc. O adro quando foi concebido manteve-se sempre a ideia da continuidade da Festa neste local e por isso se conseguiu uma situação de compromisso (com muita luta e negociações) para que nada fosse alterado. O projecto foi concebido de molde a poder albergar dois palcos (coretos como seria tradição) sendo as barraquinhas dispostas à volta de modo a proporcionar um espaço agradável a todos os que circundam nestes dias por ali. O projecto da autoria de uma Arquitecta paisagista não contemplava sanitários. Existe a ideia de as construir mas para isso são necessários fundos os quais a Capela não possui, pois acabou de pagar o empréstimo que tinha, somente o ano passado. Porque não sair daqui um movimento de cidadãos de forma a promover um encontro com a Junta de Freguesia de S. Pedro e a CMFF.”
Será que existem problemas no diálogo com o Poder Local (Junta de Freguesia de S. Pedro e CMFF)? Terei percebido bem? Um movimento de cidadãso para promover um encontro com a Junta de S. Pedro e a CMFF?
Mas o que é que se passa afinal?
Uma informação: como único membro eleito pela CDU na Assembleia de Freguesia de S. Pedro, estou disponível para o que for necessário para contribuir para desbloquear uma situação que me parece bloqueada?
Penso que tudo passará pelo diálogo.Entretanto, o debate de ideias está aberto. Vamos ver quem o quer. As portas estão escaqueiradas para o quem quiser fazer com educação.
Até ao momento, de forma assumida, somos a excepção.
Um abraço
o Srº sabe muito bem que não é possivel discutir o problema,vamos deixar a demagogia.
O demiurgo de São Pedro não deixa ,ele é que sabe tudo.
Quando o "carraça" começar a empapuçar,... gostava de estar para ver, claro porque agora é só mesmo empapuçar..o reso é cano.
QUEM MANDA AQUI SOU EU,,,,,
Cuidado com a galinha!
Oh, céus, esborrachou-a! Continue! Continue, não páre!
(O carro acelera) Que maneira de morrer! Num momento a escavar satisfeita, em pleno sol, debicando feliz no esterco, na estrada, permitindo-se ocasionalmente o prazer de um bom mergulho na poeira e, no instante seguinte - zás! - eis que todos os seus tormentos chegam bruscamente ao fim.
Tanto esforço a pôr ovos, a chocá-los...
Um breve cacarejo mais sonoro e em seguida - a paz! (
De qualquer das maneiras, acabariam por cortar-lhe o pescoço
Existe pessoas a que se deve apontar o dedo mesmo sabendo que é falta de educação ...
Nesta matéria uma delas era o Sr.Carlos Simão ...
Mas isso é trabalho divino ... e os anjos pelo que parece são vocês ...
Não é Pedro , Agostinho?
até eu vi o simon a mandar uma mijinha...
é a sagres...!!!!
épa... só vejo discussão, discussão!!!
E soluções? ninguem apresenta?
Que tal o largo junto ao rio (se calhar é muito pequeno, além de perigoso, dada aproximidade do rio.
e o largo da praia da cova? espaço não falta e já lá está um palco. o problema é o frio junto ao mar à noite e deixam-se de chatear as pessoas junto à capela para incomodar as que vivem na Cova não é! Proponham soluções!!!
Qual sagres, qual quê.
É a prostata.
No rio...pequeno?
O que não falta ali é espaço...ou melhor não falta nada...
Opá façam no mercado ..
Isso dá para tudo e todos ...
amigos...
A Festa é no largo da Igreja e mais nada, é lá que mora o Padroeiro.O problema esta em quem arruma e arranja depois da Festa acabar,ou isto é só parque de merendas e mercado??
Junto ao rio não, que o fogo de artifício pode pegar fogo às barracas de madeira, mais ao que lá está dentro, e depois ficava tudo ganzado. ia ser bonito.
Olha pra estes não sabem o que querem.
Se o vosso problema é falta de espaço, façam a cerimónia religiosa no local certo e apanhem as bubedeiras onde depois as podem despejar junto á ponte dos arcos, naquele tanque que cheira mal, disso não falam, tenham vergonha na cara e façam alguma coisa pela vossa tão nova freguesia
.
Carissimo pontoerrado:
consulta o post de blog do dia 10 de Julho 2006.
Certo?
Certo?
Certissimo, mas o cheiro na maré baixa lá continua, será alguma descarga não programada?
Será que o Sr. Padre postou neste artigo algum post? Gostariamos de saber a sua opinião sr. Padre? Já agora
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