domingo, 27 de junho de 2021

O que andamos por aqui a fazer?...

Deve ainda estar para nascer a pessoa que falhou uma carreira ou um objectivo de vida e não se considere vítima do sistema. 
Ninguem aceita o óbvio: não se chegou onde se queria, no fundamental,  por culpa própria. 

Eu, só falhei uma vocação porque a minha Mãe não deixou: contrariou o meu desejo de ser padre.
Tirando esse pormenor familiar, falhei outras carreiras por uma razão simples: apenas porque o meu objectivo de vida foi sempre ser feliz à minha maneira.
Se quiserem, considerem-me presunçoso, convencido, vaidoso ou orgulhoso. 
A vaidade procura, no pouco que se consegue, um motivo de orgulho. 

Um tipo é pobre ou gordo?
Por mim, óptimo. Por acaso, até sou ambas as coisas.
Se não existir ego e um pouco de vaidade estamos sempre dependentes do elogio de terceiros. E aqui a coisa poderia descambar. Há muita gente desatenta neste mundo...

O narcisismo barato é muito frágil e não encontra suporte na justa vaidade por coisas pequenas: nem todos estamos destinados a cometer grandes feitos.
Eu só quis ser feliz à minha maneira. No essencial, consegui.
O segredo continua a ser o mesmo: tentar não desperdiçar as pequenas alegrias que a vida vai proporcionando.
Por exemplo, ler um livro, dar um passeio matinal de bicicleta, apreciar o cheiro do café acabado de fazer, ouvir o chilrear dos pássaros na natureza, apreciar um pôr-do-sol, tomar um fino numa esplanada, inalar o cheiro a maresia, rir, caminhar pela praia... E escrever um blog!
As coisas que nos podem tornar os dias mais felizes não custam dinheiro...
Alguém consegue comprar o amor ou a amizade?

Para quem não pensa assim, quando bate de frente com a realidade, a culpa é sempre dos outros.
Isto é, do sistema que eles próprios ajudam a preservar e manter.

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