"Foi aprovada, por unanimidade, na reunião de Câmara do passado dia 18 de julho de 2016, a minuta do protocolo a celebrar entre o Município da Figueira da Foz, o Centro de Recreio Popular da Marinha das Ondas(CRPMO) e a Celulose Beira Industrial (CELBI) S.A., com o objectivo de proceder à construção de um campo de relva sintética de futebol de 11, equipamento que estará também ao serviço do Clube Recreativo da Praia da Leirosa e, subsidiariamente e mediante preço a fixar com o acordo do Município, de todos os interessados. A obra, realizada em terreno do clube e orçada em cerca de 307.000€, contará com a comparticipação da CELBI em 65.000€, e contempla ainda diversos melhoramentos no campo de futebol de 5 do CRPMO, que ficará ao dispor de toda a população, respondendo assim aos anseios há muito manifestados pela comunidade local.
Com este protocolo, fazem-se assim convergir, para benefício da população, as atribuições do Município nos domínios dos tempos livres e desporto, em especial no tocante à promoção, apoio e desenvolvimento do desporto da população, em geral, e dos jovens, em particular; a missão assumida pelo CRPMO de promover o desporto e formar novos atletas na Praia da Leirosa, em especial no Futebol Formação, onde a instituição, fundada em 1978, tem já pergaminhos; e a responsabilidade social da CELBI, que pretende aliar o desporto de formação à criação de riqueza, emprego e desenvolvimento que preconiza para a comunidade vizinha da Praia da Leirosa.
Registe-se que Município manterá, pelo prazo de 20 anos, o direito de superfície sobre a construção."
Via Câmara Municipal da Figueira da Foz
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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