O Governo quer indexar a idade de reforma ao centenário Manoel de Oliveira.
Acontece que o cineasta ainda está a trabalhar, mesmo tendo 103 anos, e por isso o Governo não sabe que número deve pôr no diploma.
“Se o Manoel de Oliveira trabalha com 103 anos, não vemos razão para que todos os portugueses não o façam”, afirmou fonte do ministério da Segurança Social.
Entretanto, o Partido Socialista já se mostrou contra esta medida e pediu ao Governo que, no máximo, a idade de reforma seja indexada à Duquesa de Alba.
“Consideramos que é suficiente indexar a idade de reforma à Duquesa de Alba, não é preciso ser ao Manoel de Oliveira”, afirmou António José Seguro, no meio de uma rixa com o grupo parlamentar.
(Imprensa falsa)
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
o manoel de oliveira trabalha, porque é um artista.
como tal não tem acesso a reforma, ou se tem é a mínima. um artista trabalha até morrer.
Pelo caminho que isto vai, vamos tornar-nos num país de artistas...
Enviar um comentário