quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Por baixo do fato de gala, o corpo podre da democracia...

"Isabel Damasceno foi eleita para a presidência da CCDRC, com 1.909 votos num universo de 2.836 eleitores. Na eleição, participaram 2.420 membros do colégio eleitoral, composto por autarcas dos 77 municípios da região Centro envolvidos no sufrágio. Segundo os resultados definitivos do ato eleitoral, revelados hoje pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), foram registados 416 votos brancos e 95 nulos. Presidente social-democrata da Câmara de Leiria, entre 1998 e 2009, a economista Isabel Damasceno Vieira de Campos Costa, de 64 anos, já liderava a CCDRC desde o início do ano, tendo sido então nomeada por despacho da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa."
Via Jornal de Notícias

Na hora em que os constrangimentos tácitos vêm à tona de água

"O PS e o BE aprovaram, ontem, na AssembleiaMunicipal da Figueira daFoz o contrato do empréstimo bancário, contraídopela câmara, para pagar aindemnização aos credores das obras de reabilitação do Paço de Maiorca"...

Há três novos rostos e zero surpresas nas presidências das CCDR

«O PCP criticou esta terça-feira o “logro” do processo de eleição indireta dos presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e ironizou com este processo de “democratização” que une PS e PSD para “impedir a regionalização”.»

"Eleições para as cinco comissões de coordenação realizaram-se esta terça-feira em todo o país. A CCDR alentejana era a única em que havia duas candidaturas. Ganhou o candidato socialista. 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Raiva, um filme que "procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida aqueles que viviam com menos do que pouco. " ...

A tragédia que atingiu a vida de António Dias Matos aconteceu no início dos anos 30 do século passado no Cantinho da Ribeira, um monte perto de Beja. A vida que acabou abatida pela GNR inspirou o livro Seara de Vento de Manuel da Fonseca e está, agora, nos grandes ecrãs no filme Raiva de Sérgio Tréfaut, que leva os espectadores ao Alentejo durante o Estado Novo e fala sobre as relações de poder e da pobreza vivida na altura. 
A obra-prima de Manuel da Fonseca foi publicada em 1958 e esteve interdita pelo Estado Novo até 1947. Exemplo máximo do neo-realismo português, o livro tem como base a luta entre ricos e pobres, entre quem possui terras e quem a trabalha - e centra-se no drama de uma família atingida pela miséria e pela injustiça. Agricultor e pai de sete filhos, António Dias Matos (que no livro se chama Palma) foi acusado de roubar um latifundiário e, consequentemente, deixou de ter quem lhe desse trabalho, numa sociedade onde as forças das famílias ricas, e da própria GNR, oprimiam violentamente os camponeses. Apesar dos protestos da filha, Matos dedica-se ao contrabando, decisão que molda o futuro de toda a família. A mulher é detida e forçada a confirmar a actividade ilegal a que o marido se dedicava, acabando por se suicidar. 
Depois de cumprir pena de prisão, o camponês vai a casa do latifundiário e mata-o, a ele e ao filho, com tiros de caçadeira. Refugia-se em casa, é cercado pela GNR, durante mais de dez horas, e acaba por ser abatido pelas autoridades. 
Filmado a preto e branco, Raiva procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida daqueles que viviam com menos do que pouco. "Filmar assim é um acto de resistência e um dever para com todos os que viveram assim, para que as suas vidas e as suas histórias não sejam totalmente apagadas", disse Tréfaut, em entrevista ao Observador, onde confessou que chegou a pensar chamar O Pão ao filme por todas as personagens terem fome.  
Gostaria de não ter razão neste meu desassossego. Há quem continue a tentar defender o que existia antes do 25 de Abril. Prefiro seguir o meu caminho. Pensar pela minha cabeça: pensar e saber dizer não. Nunca me irei conformar com este rotativismo reacionário que perdura desde 1976.

Cabedelo: escolas de surf mudam de sítio

Via Diário as Beiras
"As escolas de surf do Cabedelo vão mudar de sítio, durante o período das obras de requalificação que estão a decorrer naquela zona de praia. A mudança de lugar foi debatida, hoje, numa reunião entre os proprietários e a câmara municipal. 
A vice-presidente do executivo camarário, Ana Carvalho, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que existem vários espaços sob a tutela portuária onde as escolas podem instalar-se temporariamente. Por outro lado, acrescentou, a autarquia tem um terreno, situado fora da zona das obras mas próximo da praia, que poderá servir como alternativa. 
Quando as obras terminarem, a autarquia lançará uma hasta pública para a concessão de novos espaços destinados às escolas de surf, dando prioridade aos atuais concessionários. Neste momento, decorre a primeira fase da intervenção no Cabedelo, destinada à infraestruturação, construção de uma nova via rodoviária, estacionamento e zonas de fruição públicas. Entretanto, o Tribunal de Contas aprovou o lançamento da segunda parte dos trabalhos, que consiste no reforço do cordão dunar e na requalificação do parque de campismo."

DIRIGENTES DE IPSS ABSOLVIDOS

Via Diário as Beiras. Edição de 13.10.2020

Estranho...

Via Diário as Beiras

Dirigentes de IPSS da Figueira em tribunal por peculato e falsificação

Via Diário as Beiras. Edição de 12.10.20

A entrevista do "safardana" Barreto

Via João Soares:

"Vi agora a entrevista de António Barreto no novo programa de Fátima Campos Ferreira. Acabou de cometer uma imensa grosseria com a memoria do meu pai. Infelizmente já cá não está para se defender. Mas eu não a deixo passar. Ele António Barreto é que, para além de insuportavelmente vaidoso e egocêntrico, é um mentiroso. Mentiu descaradamente e redondamente. Com uma deselegância que diz muito sobre o seu carácter."

Muda-se o tempo, muda-se a verdade...

Os intrujas 

"A direita que nos idos da troika depois de ter cortado o 13.º mês permitiu a diluição do subsídio de férias em 12 vezes para que as pessoas não sentissem o rombo no orçamento no final do mês é a direita que agora diz que a mexida na taxa de retenção mensal do IRS pelas mesmas razões é uma trafulhice socialista."

Serra da Boa Viagem

 João Vaz, via Diário as Beiras:

"A Serra da Boa Viagem faz parte de um contínuo ecológico e deve ser gerida como parte de um todo. Municipalizar a Serra não faz muito sentido, porque iria levar a uma gestão fragmentada e provavelmente sem a necessária visão de conjunto. Nota-se ainda na atitude diversos vereadores da Câmara a tentação de instrumentalizar a Serra em seu benefício político, desrespeitando o seu carácter ecológico. Inclusivamente na parte da Serra onde houve uma gestão territorial da Câmara, zona urbanizada e acessos, observa-se um certo caos e falta de qualidade da infraestrutura. Arruamentos sem passeios, casas e anexos de génese ilegal, cérceas desencontradas, iluminação de caminhos onde não passa ninguém, deposição de lixo, etc., um rol de erros urbanísticos que desvalorizaram a Serra e a cidade. 

O objetivo da gestão da Serra da Boa Viagem deve ser a criação de uma área de fomento da biodiversidade e da beleza paisagística. E sempre que possível também um lugar de encontro entre as pessoas e a natureza, num compromisso delicado. Neste âmbito os especialistas defendem uma pedonalização maior da Serra, retirando até alguns troços de estrada e descolonizando a paisagem, tornando-a mais próxima do “original”. No mesmo sentido é necessário retirar espécies infestantes (acácias) e propensas a incêndios (eucaliptos, pinheiros), agindo de forma proactiva num quadro de alterações climáticas. 

Dito isto, uma palavra de apreço para o trabalho do vereador Miguel Pereira, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, muito ativo na reflorestação da Serra, pondo em prática um programa de replantio assertivo, com a colaboração ativa dos munícipes e voluntários. Oxalá este seu entusiamo se contagie a outros atores políticos."

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Via Diário as Beiras

 

O dossiê Eleições Autárquicas 2021, na Figueira, está aberto...

Fora da Figueira há uns dias, sem contactos com ninguém ligado à política figueirinha, apenas pelo que julgo ter percebido pela leitura do jornal, de uma penada, na sua edição da sexta-feira, o Diário as Beiras tentou matar 3 candidatos a candidatos no PSD no nosso concelho.

A saber:

1. Poiares Maduro “afasta a possibilidade de vir a ser candidato do PSD à Câmara da Figueira da Foz nas próximas eleições autárquicas”.
2. «A propósito do candidato do PSD à câmara, a Concelhia, liderada por Ricardo Silva, apesar de nunca o ter assumido publicamente, tem preferência pelo presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) e ex-vice-presidente da Câmara de Montemor-o-Velho. No entanto, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Pedro Machado garantiu: “Não sou candidato a candidato a nenhuma câmara municipal, dentro ou fora da Região Centro”.»
3. Santana Lopes: “A única exceção que abriria, se pudesse, era à Figueira da Foz, por razões sentimentais, mas também não vou”.

Questionado sobre o perfil do candidato que o seu partido deve apresentar, Miguel Poiares Maduro defendeu que “deve ser alguém capaz de mobilizar a autoestima da Figueira da Foz, que está muito em baixo”. E acrescentou que o cabeça de lista dos social-democratas “não [deve] vir para gerir a Figueira da Foz, mas sim para a transformar, com dois ou três projetos mobilizadores e disruptivos”.
Nesta peça jornalística sobre os restantes partidos, nem uma palavra. Deve ficar para o futuro.

Como não sei o que se vai passar nos outros partidos – CDS-PP, CDU, BE, Chega.. – vou acrescentar o óbvio.
Todos advínhamos o que se vai passar no PS. Carlos Monteiro, a não ser que aconteça algo de anormal ou extraordinário, deverá ser o candidato escolhido.
Carlos Monteiro, nunca fez questão de ficar conhecido pelo seu particular brilhantismo intelectual.
Optou por fazer passar, durante anos, a sua faceta de, do que mais do que um resistente, um sobrevivente à espera da sua hora. E a sua hora, chegou mesmo em Abril de 2019.

Infelizmente para o concelho a ascensão de Carlos Monteiro a presidente, não representou a concretização dos anseios de todos aqueles que não se reviam nem nos métodos nem nos resultados do anterior presidente. A realidade, é que globalmente não há diferenças qualitativas para melhor deste executivo, liderado por Carlos Monteiro, em relação aos liderados pelo falecido presidente João Ataíde.
Antes pelo contrário: Monteiro desbaratou rapidamente o capital de confiança que os figueirenses nele depositaram, na chefia de um executivo que é o pior que alguma vez o PS teve no concelho da Figueira.
Mais grave: Monteiro arrisca-se não só a enterrar-se como a levar consigo o PS Figueira.

O actual executivo não existe. O que há é uma junção de interesses pessoais, muitas vezes divergentes, como se tem visto... A disputa pelos louros entre vereadores, é, a todos os títulos, paradigmática.

Monteiro arranjou maneira de se tornar refém, não só de alguns vereadores, como de si próprio e da imagem que de si criou.
Um concelho, e a Figueira não é excepção, é aquilo que os seus cidadãos queiram que ele seja. O défice crónico da Figueira assenta numa mentira histórica: a Figueira pensa que continua a ser a rainha das praias de Portugal, dos Açores e da Madeira.

Não adianta tentar tapar o sol com uma peneira, mesmo que ela não esteja rota. Importa é estudar os problemas, enfrentá-los e resolvê-los.
Com transparência, coragem e verdade, os figueirenses encarariam as dificuldades que têm pela frente, com sofrimento e sacrifício, mas com mais esperança.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

"Novo presidente do Tribunal de Contas referido no inquérito das PPP"

"Conselheiro participou na renegociação secreta de contratos que terão lesado o Estado em 3,5 mil milhões de euros. PJ dá José Tavares como muito próximo de ex-secretário de Estado de Sócrates."

Acreditem: o além existe...

Aqui fica a prova: uma mensagem em formato de livro: «Uma Experiência de Social-Democracia Moderna», de Cavaco Silva  (!!!???...). 
Entre outras certezas, certamente geniais, é nele classificada «a redução do horário de trabalho semanal no setor público como “um dos maiores erros do poder político”». 

Ministro da Defesa diz que Patrão Macatrão não é prioridade imediata

"O ministro da Defesa Nacional diz que a reparação do salva-vidas Moisés Patrão Macatrão, cujo concurso para reparação foi lançado no passado dia 1 de Setembro, «não constitui uma prioridade imediata», não considerando «necessária a sua substituição temporária por outra estação Salva-Vidas»."
Via Diário de Coimbra

Perante os "salazaretes" do poder local, Quiaios só tem uma solução: o funcionamento da Democracia...

"Sem resultados conclusivos, foi dada como terminada pouco tempo depois de começar, a Assembleia de Freguesia de Quiaios, 6 de outubro de 2020, que tinha como ordem de trabalho; eleições dos vogais para a Junta de Freguesia; e tomada de posse de novos elementos da Assembleia. 
Nada disto se realizou em virtude da confusão no emaranhado das Leis que o PS mantém para sobreviver.

A meio da tarde, via email, foi recebida uma cópia de um Pedido de parecer - Substituição do Presidente da Junta de Freguesia e atos subsequentes, enviado a Comissão Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, solicitando com carácter urgente, e parecer jurídico da CCDRC, assinado pelo Presidente da Junta em exercício.

No início dos trabalhos o PSD apresentou à Mesa duas exposições; uma sobre qual o fundamento que o Presidente em funções tinha direito a voto na Assembleia; a segunda colocava em questão a convocação da Assembleia não ter sido convocada e conduzida pelo elemento melhor colocado na lista mais votada das últimas eleições. 

A mesa não respondeu, ficando para mais tarde, que é dizer para a próxima Assembleia.

Um facto novo nesta Assembleia, a presença, na mesa, da Tesoureira que renunciou ao mandato, defendendo que de acordo com a lei, e antes de ser substituída, podia assistir aos trabalhos.

Vamos esperar pelo parecer e depois nova Assembleia para por fim a estes contratempos, que só tem um culpado o PS.

Pedimos desculpas, aos leitores deste post, por não obterem da nossa parte um comentário ao sucedido. Pelo simples facto de o novelo ser de tal ordem enfadonho, grande e complexo desde o início que não damos com a ponta."


Há um notório e crescente mal-estar no nosso concelho. Muita gente começa a aperceber-se da mediocridade política em que vivemos. 
Quiaios continua ao rubro. Para o PS, percebeu-se desde que os Tribunais demitiram a anterior presidente, o importante é Ricardo Santos ser o senhor que se segue como presidente da Junta... 
Tem valido tudo. Na noite passada estavam vários cenários possíveis em cima da mesa. Dada a posição já definida da CDU, a dúvida passava pelo PSD local.
 
O responsável pelo OUTRA MARGEM não é militante de qualquer partido. Contudo, tem respeito por quem é militante dos partidos. Militar num partido, porém, é, apenas, uma das formas de participar na democracia. 
A Figueira não tem classe política. Tem dirigentes repartidos pelos partidos. Partindo do princípio que existia na Figueira “classe dirigente", não poderia estar a acontecer esta crise da Democracia em Quiaios.
A Figueira - e o concelho -  está entregue a um grupo fechado e restrito. Isto é: quem tem a maioria absoluta, não passa de uma parcela da classe politica dirigente - que foi mal selecionada e está a mostrar-se mal preparada sob o ponto de vista democrático. 

Este naco da classe política figueirense vive entregue a si mesma, às suas conversas e jogadas de bastidores. A política, na Figueira, tornou-se num medíocre misto de jogadas e intrigas. Sobreviveram os piores. A falta de diálogo que hoje existe entre as cúpulas partidárias locais, resulta de tricas, questões e rivalidades puramente pessoais. 
A mediocracia (expressão criada por Balzac para designar “nova classe política burguesa”) é hoje pior que nunca. 

Neste momento, temos alguns "salazaretes" na política local. Recorde-se o que se passou recentemente em S. Pedro... Os partidos foram assaltados. A democracia é pouco participada, não só, mas também, porque muitos foram afastados. O espírito ditatorial prevaleceu. Há todo um conjunto de "salazaretes" de segunda, que dominam o sistema.
As consequências estão à vista: estamos a ficar afastados do desenvolvimento e do exercício da fruição da vida vivida em democracia. 
Os "salazaretes" sabem que, para sobreviver politicamente, têm de estar ao serviço de que manda no partido do poder...
Quiaios só tem uma solução: que se consiga por a democracia a funcionar.
O PS Figueira, já deveria ter sido capaz de entender o óbvio: o exercício de um cargo político em democracia, é um serviço público em prol da comunidade, em geral, e não dos interesses particulares ou de grupo.