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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A Serra da Boa Viagem...

Em 2005, o fogo destruiu mais de mil hectares de floresta na serra da Boa Viagem, 400 dos quais, de floresta pública.
No ano seguinte, no dia 13 de junho de 206,  foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal e a Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF) para a recuperação daquela serra.
O ministro Jaime Silva apresentou então o Plano de Recuperação da Serra da Boa-Viagem, que previa "um novo ordenamento”, tornando o espaço mais resistente ao fogo e capacitando-o para recuperar mais rapidamente. O plano previa também a transformação dos resíduos florestais em biomassa.
"O Plano de Recuperação da Serra da Boa-Viagem visava aproveitar tudo o que ardeu, transformando os restos em biomassa para produção de energia na Portucel (Figueira da Foz)", adiantou na altura o titular da pasta da Agricultura, sublinhando que "este é um exemplo concreto do que poderá ser no futuro uma nova actividade económica da floresta portuguesa".
Em plena serra da Boa-Viagem, o ministro assistiu à demonstração de colheita e processamento de biomassa florestal, através de unidades automatizadas da Portucel, que são pioneiras na península ibérica.
"Com o lançamento do concurso de novas centrais de biomassa, o Governo vem claramente dizer que há uma nova oportunidade de sustentabilidade económica da floresta, que é a limpeza e a utilização dos restos para produção de energia", sublinhou Jaime Silva.
"A prevenção estrutural na floresta não foi feita durante anos e anos. Não fizemos o trabalho de casa e hoje temos o problema do combate". Para o ministro, a maioria dos fogos resulta da negligência e do comportamento incorrecto dos cidadãos e de causas intencionais, onde se incluem as queimadas.
Na sua deslocação à Serra da Boa Viagem, o ministro procedeu ainda à apresentação das equipas de vigilância móvel de bicicleta, que incorporam 60 jovens em acções de vigilância até Setembro a Casa da Protecção Civil, e à inauguração da Casa do Sapador Florestal.
Lídio Lopes, vereador da Câmara Municipal da Figueira Foz, disse então que o protocolo assinado com a DGRF vai permitir que o Exército participe na recuperação da rede viária florestal da serra, através de uma unidade de engenharia civil!..

Sendo do conhecimento publico o abandono a que está votada a Serra da Boa Viagem, dez anos decorridos, é preciso acrescentar mais alguma coisa?..
Reflorestar e recuperar continuam a ser  as palavras chave para salvaguardar o futuro do "pulmão verde" da Figueira da Foz.
Mas, isso, não tenhamos ilusões, só poderá ser conseguido com a força dos cidadãos figueirenses e com a sua consciência. 
Por isso,  enquanto pudermos e soubermos,  é o que todos teremos de continuar a fazer. Temos de fazer tudo o que estiver ao alcance das nossas possibilidades, para contribuir para o despertar do povo figueirense que, diga-se em abono da verdade, está um pouco letárgico.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Serra de Monchique / Serra da Boa Viagem: a história repete-se.

Imagem sacada daqui
E o que é que isto tem a ver com Monchique? Tudo.
Numa altura em que na Serra de Monchique lavra um incêndio há já 7 dias, é inevitável olhar para a Serra da Boa Viagem, e apercebermo-nos das semelhanças.
A Serra da Boa Viagem foi palco de 2 grandes incêndios nos últimos 25 anos: 1993 e 2005.
Lá, como cá, não foi feita uma intervenção pensada para evitar que o coberto vegetal crescesse desenfreada e desreguladamente desde o último grande incêndio ( 2003 ), e segundo as opiniões que vou ouvindo e lendo, tal acumulação de combustível - leia-se, vegetação - tornou-se um desastre à espera de acontecer. Demorou 15 anos. Mas não falhou.
E a serra da Boa Viagem?
Na minha pouco técnica opinião, está carregadinha com o tal combustível que vem a acumular desde 2005 ( 13 anos ), e basta que um qualquer pirómano, são ou maluco, coloque o fogo no sítio certo,  para que, com as condições de vento que se fazem sentir hoje, num ápice a serra volte a 1993 e 2005, e se coloquem vidas e bens em perigo.
Esta é obviamente uma questão a resolver por instituições da administração central e pelo Governo, mas é algo que a CMFF da Figueira da Foz devia ter como prioridade desde o momento em que o incêndio de 2005 ( e especialmente o de 1993 ) foi dado como extinto.

Haverá quem veja nos meus textos uma grande dose de negativismo e morbidez, mas eu é que sei o que gosto desta terra, e a frustração que tenho em ver que se podia fazer tanto e se faz tão pouco.
Passo muitos dias a palmilhar esta terra, seja à borda do mar seja nos caminhos da serra, de carro, a pé, de bicicleta, e isso dá uma perspectiva mais próxima, e que permite que me aperceba do que não é feito e que devia sê-lo, não porque eu acho, mas porque é uma necessidade para a comunidade, e faz parte do dever de um autarca eleito.

Infelizmente, é muito provável que o futuro próximo me dê razão, e que tenha de andar de mangueira de jardim na mão, a tentar proteger do fogo aquilo que é de família, amigos, conhecidos e até de estranhos. 

Via BUARCOS BLOG

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Serra da Boa Viagem

 João Vaz, via Diário as Beiras:

"A Serra da Boa Viagem faz parte de um contínuo ecológico e deve ser gerida como parte de um todo. Municipalizar a Serra não faz muito sentido, porque iria levar a uma gestão fragmentada e provavelmente sem a necessária visão de conjunto. Nota-se ainda na atitude diversos vereadores da Câmara a tentação de instrumentalizar a Serra em seu benefício político, desrespeitando o seu carácter ecológico. Inclusivamente na parte da Serra onde houve uma gestão territorial da Câmara, zona urbanizada e acessos, observa-se um certo caos e falta de qualidade da infraestrutura. Arruamentos sem passeios, casas e anexos de génese ilegal, cérceas desencontradas, iluminação de caminhos onde não passa ninguém, deposição de lixo, etc., um rol de erros urbanísticos que desvalorizaram a Serra e a cidade. 

O objetivo da gestão da Serra da Boa Viagem deve ser a criação de uma área de fomento da biodiversidade e da beleza paisagística. E sempre que possível também um lugar de encontro entre as pessoas e a natureza, num compromisso delicado. Neste âmbito os especialistas defendem uma pedonalização maior da Serra, retirando até alguns troços de estrada e descolonizando a paisagem, tornando-a mais próxima do “original”. No mesmo sentido é necessário retirar espécies infestantes (acácias) e propensas a incêndios (eucaliptos, pinheiros), agindo de forma proactiva num quadro de alterações climáticas. 

Dito isto, uma palavra de apreço para o trabalho do vereador Miguel Pereira, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, muito ativo na reflorestação da Serra, pondo em prática um programa de replantio assertivo, com a colaboração ativa dos munícipes e voluntários. Oxalá este seu entusiamo se contagie a outros atores políticos."

domingo, 11 de novembro de 2018

Ainda a " visita do Secretário de Estado das Florestas" à Serra da Boa Viagem

foto sacada daqui
Em comunicado, o PSD recorda que, "no Concelho da Figueira da Foz, na área de jurisdição do ICNF, a tempestade “Leslie” também afectou gravemente a Mata Nacional de Leirosa, a Costa de Lavos e S. Pedro, para não falar no incêndio de 2017, durante o qual ardeu grande parte da Mata Nacional de Quiaios e da Zona da envolvente à Lagoa da Vela."
Amanhã, segunda-feira, "a Câmara Municipal e o ICNF preparam-se para mais uma acção de mera Propaganda Política, não se percebendo para quê tanto aparato, quando o que vão anunciar é apenas o que é da sua competência - fazer a limpeza que se impõe!"

Para o PSD, "é tempo de dar respostas directas e concretas às seguintes questões:

1 - Para quando o Plano de Ordenamento Florestal da Serra da Boa Viagem e das Matas Nacionais?

2 - Para quando o início da intervenção de fundo na Serra da Boa Viagem? (Delimitação da área do ICNF, limpeza de espécies invasoras, novas plantações e respetivo ordenamento). É que, desde os incêndios de 1993 e de 2005, nada foi feito...

3 - Para quando a intervenção nas Matas Nacionais, na Leirosa, na Costa de Lavos e em S. Pedro?

4 - Para quando a Pavimentação da Estrada Florestal 1 (Quiaios - Praia da Tocha) e da Estrada das Lagoas?

5 - Para quando uma calendarização da reflorestação da Mata Nacional de Quiaios e zona envolvente da Lagoa da Vela, fustigada pelos incêndios de 2017? que já passou um ano!

6 - Para quando a resposta à pergunta de somente se anunciar a plantação de 32 mil pinheiros na Zona Oeste da Lagoa da Vela? E quando será essa plantação? Ou será que esse anúncio do ICNF e da Câmara Municipal, serve somente para camuflar a trapalhada da encenação dos pinheiros marítimos oriundos de França?"

A terminar este comunicado, o PSD recorda "que o Partido socialista Governa o concelho da Figueira há 9 anos, durante os quais só temos assistido a... promessas!"

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas, esteve ontem na Figueira da Foz

Visitou a zona da Serra da Boa Viagem mais atingida pela passagem da tempestade “Leslie”.
Este membro do Governo central, reuniu-se com o presidente da câmara, João Ataíde, presidente da Câmara Municipal da Figuiera da Foz e seu anfitrião na visita.
Esta deslocação deste representante do governo central foi mantida em segredo e decorreu longe dos jornalistas.
No final da tarde, o gabinete da presidência da câmara enviou uma nota de imprensa sobre a deslocação do governante, que se fez acompanhar pelo anfitrião João Ataíde, pelo presidente Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Rogério Rodrigues, e elementos da autarquia.
Desta reunião de trabalho, segundo o que se pode ler na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, "resultou o anúncio de que o Plano de Intervenção Conjunta para a Serra da Boa Viagem será apresentado na próxima segunda-feira, pelas 12H00, no salão nobre dos paços do concelho. O plano de acção envolve o ICNF e a Câmara da Figueira da Foz.
«A intervenção na Serra da Boa Viagem será coordenada e executada pelo ICNF, com a colaboração das equipas de Sapadores Florestais da Câmara Municipal da Figueira da Foz, de forma faseada, para que a circulação possa ser progressivamente restabelecida. Ao longo do período de trabalhos, será apresentado um relatório mensal de execução», adianta a nota do gabinete de João Ataíde.
Os pinheiros oferecidos pela Câmara de Nogentsur-Marne, oferta resultante de uma campanha de recolha de fundos liderada por uma associação de emigrantes portugueses residentes naquele município francês, por seu lado, «serão plantados em diversas zonas do concelho da Figueira da Foz, fora da Rede Natura 2000».

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Rotunda da Serra da Boa Viagem: em 2009 - 4 PINHEIROS. Em 2011 - 3 PINHEIROS. Resultado: em 2016, 2 pinheiros que eram 4!..

A Câmara Municípal da Figueira da Foz decidiu, um dia destes, destruir um pinheiro manso. 
Porquê? 
Segundo o ambientalista João Vaz, ainda não se sabe. 
Mas, sabia-se que aquele pinheiro estava ali, sem incomodar ninguém, há mais de 40 anos... 
Sabe-se, também, que há falta de transparência na gestão das árvores da cidade - corta-se a torto e a direito sem que sejam apresentadas razões técnicas evidentes. 

Ora, dado que o pinheiro manso está na ordem do dia na Figueira, venho contar-vos uma história verídica. 
Para abreviar, recuemos a 2009.
A imagem mostra que na Rotunda da Serra da Boa Viagem, como homenagem àquele ex-libris figueirense, estavam lá plantados 4 pinheiros mansos
Esse, foi espólio o arbóreo herdado, naquele local, em 2009, pelo presidente Ataíde
Em 2011, porém, como a foto abaixo mostra, já só lá estavam 3!..
E em 2016, hoje, também como a foto mostra, já só lá estão estão 2!.. 
Recordemos aqui as palavras de Carlos Monteiro, ontem publicadas no jornal AS BEIRAS, na notícia do impedimento do corte de um pinheiro manso pelos moradores de uma praceta que conflui com a rua Dr. Luís Carriço. 
Passo a citar.
"A Associação Recreativa da Malta do Viso, com instalações naquela zona, fez, através de nota de imprensa, denúncia pública da ocorrência, considerando-a “um crime ambiental” e reivindica que a Câmara da Figueira da Foz “encontre formas para minimizar este crime”
Devido ao protesto da vizinhança, o pinheiro não foi totalmente cortado. 
“Houve uma informação dos serviços da câmara que, atendendo a um ramo que já tinha caído e que fragilizou outro ramo, a árvore colocava em risco pessoas e bens, e decidiu-se cortá-la, tendo em vista o aviso amarelo anunciado para o fim de semana”, justificou o vereador Carlos Monteiro. 
O titular do pelouro do ambiente acrescentou que “a política da autarquia não é a de cortar árvores, mas sim plantá-las”
E deu os exemplos do parque municipal de campismo, junto à rotunda Baden Powell, e no Saltadouro, onde foram plantadas várias dezenas de árvores. 

Perante estas palavras do vereador Carlos Monteiro, a Figueira tem mais um mistério dos mistérios: o desaparecimento dos pinheiros mansos da Rotunda da Serra da Boa Viagem!...

domingo, 28 de agosto de 2016

Para quê a critica construtiva?.. Os ignorantes não lhe darão atenção...

"Serra da Boa Viagem", uma crónica com a assinatura de João Vaz, ontem publicada no jornal AS BEIRAS, onde fica demonstrado como nas pequenas voltinhas do dia a dia nos podemos surpreender com coisas que estão à vista, mas que quem tem a obrigação de o fazer nunca repara! 


"Dezenas de famílias aproveitaram o sábado solarengo para um “picnic” na serra. Os parques de merendas mais próximos da estrada, e mais centrais, estavam cheios. Conseguimos lugar num local mais afastado.
Surpresa: o sítio das merendas estava limpo. Contentores para o lixo não havia. Informação, também não. Cuidados a ter: perigo de incêndio. Nada sobre o assunto.
Nota-se trabalho florestal, árvores cortadas, reduzindo as “infestantes“ (acácias). Os caminhos estão arranjados, permitindo o acesso à mata e descobertas bizarras. Uma torre de betão, com data de 1926, coberta de trepadeiras e fungos, sem indicação da “história”. Um enigma. Logo a seguir, uma vedação delimita uma pequena “gruta” que esconde algum veio de água. Informação? Nada.
Esta lacuna, a falta de informação, persiste no site da Câmara da Figueira da Foz. A descrição da serra é tecnocrática: “A rede viária tem 26,57 quilómetros de estradas”, repetindo-se a expressão “rico património natural”, mas sem conteúdo. Através do site, não sabemos o mais importante: nada é dito sobre flora e fauna; percursos, rotas, cuidados a ter, etc.
Quem escreveu o texto parece que nunca visitou a Serra da Boa Viagem, ou só passou de carro, foi à Bandeira e voltou. Se queremos informação sobre o património natural, temos os artigos do biólogo Horst Engels, que trabalhou este assunto, durante anos, sem qualquer apoio. A Serra da Boa Viagem merece mais atenção por parte do município."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Buracos nas estradas da Serra da Boa Viagem

“Há muito tempo que eu não ia à Bandeira, na Serra da Boa Viagem. Hoje fui lá, com o Diogo e com o Francisco. Já não me lembrava de ver as estradas em tão mau estado. Enormes buracos resultantes deste inverno que ninguém tapou e que vão alargando cada vez mais. Perigoso para quem anda na estrada e nada bom para os automóveis. Será que foi "rasgado" o Protocolo que ajudei a criar e que renovou literalmente a serra, há cerca de 8 anos, numa positiva relação entre a Câmara e os serviços florestais?
Aquele espaço deve assumir-se como o Parque Florestal da cidade da Figueira da Foz e não vejo o interesse político no efeito no terreno.”

Post publicado pelo ex-vereador PSD, LÍDIO LOPES, ontem.

Já agora, eu que até costumo ir de vez em quando à Serra da Boa Viagem, aproveito para complementar a informação do ex-vereador, e informo que conheço lá estradas com buracos há vários anos.
Dois exemplos: a estrada onde, há uns anos, se disputaram uns campeonatos nacionais de rampa em ciclismo, entre o Farol e a estrada que dá acesso à Bandeira; a estrada que vai da casa do guarda florestal, junto ao cruzamento que vai para Quiaios, até à estrada que dá acesso à Bandeira.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

"Para melhor, está bem, para pior já basta assim..."

A desagregação da freguesia de Buarcos e São Julião vai voltar a dividir a localidade da Serra da Boa Viagem. 
Os residentes ouvidos pelo DIÁRIO AS BEIRAS estão contra o regresso ao passado.
Até 2013, ano da última reforma administrativa, a povoação da Serra da Boa Viagem estava repartida por quatro freguesias – Buarcos, Quiaios, Tavarede e Brenha –, mas o núcleo habitacional concentrava-se nas duas primeiras, restando para as outras duas praticamente só propriedades rústicas.
Entretanto, como consequência da constituição de Buarcos e São Julião, a zona residencial da Serra da Boa Viagem foi integralmente incluída nesta nova freguesia. Por sua vez, Quiaios ficou com a zona do farol do Cabo Mondego, que até 2013 pertencia a Buarcos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Tempestade "Leslie"...

Duas perguntas regimentais colocadas pela deputada Ana Oliveira a vários Ministros, com a subscrição de todos os deputados do PSD por Coimbra, acerca da devastação existente no concelho da Figueira da Foz, resultado da tempestade "Leslie", ocorrida no passado dia 13 de outubro.

Primeira. Assunto: Destruição da Serra da Boa Viagem Figueira da Foz
Destinatário: Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

Já passaram quase 15 dias após o temporal e ainda não existiu qualquer intervenção naquele espaço, apresentando uma situação de caos, onde nem sequer existem avisos que impeça a circulação naquela zona, avisos que protejam inclusivamente as pessoas que vivem nas povoações mais próximas.
Perante esta realidade, os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Coimbra, reforçam a exigência da atuação do Governo nesta matéria.
Assim, ao abrigo, das normas constitucionais e regimentais, solicita-se a V. Exa., que se digne a obter junto do Sr. Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, resposta à seguinte questão:
Para quando a limpeza e organização da Serra da Boa viagem?

Segunda. Assunto: Apoios urgentes para fazer face aos prejuízos causados pela passagem da tempestade “Leslie” pelo concelho da Figueira da Foz
Destinatários: Ministro da Economia, Ministro da Planeamento e Infraestruturas, Ministro do Ambiente, Ministra do Mar, Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministro da Educação, Ministra da Saúde.

De acordo com a informação disponibilizada publicamente, o maior impacto dos estragos ocorreram em muitas habitações, em vários equipamentos públicos, nomeadamente escolas, em empresas públicas, como é o caso da Docapesca - Portos e Lotas, SA, assim como grande parte do tecido empresarial foi afetado estruturalmente.
Referimos que o concelho da Figueira da Foz apresenta na sua atividade empresarial muitos negócios familiares em que já enfrentam dificuldades diárias e com esta calamidade coloca muitas destas pessoas em situação verdadeiramente precária, pelo facto de muitos destes empresários nem sequer serem detentores de seguros ou até mesmo não terem dinheiro para proceder à recuperação imediata dos danos causados, colocando severamente em causa a sua atividade futura.
Existem também diversas coletividades e associações do concelho da Figueira da Foz que contabilizam danos avultados nos seus equipamentos e infraestruturas.
Nestes termos, considerando os elevados prejuízos registados, urge encontrar soluções efetivas e urgentes de apoio às populações afetadas e também à recuperação de infraestruturas públicas e privadas, reforçando que estamos a entrar no inverno, onde a chuvas e os ventos fortes irão intensificar drasticamente a dimensão desta atual realidade.
Sabendo que foi publicado em Diário da República, em 25 de outubro, a resolução do Conselho de Ministros nº140/2018, que aprova as medidas de apoio que serão implementadas para apoiar todos os distritos afetados, nomeadamente para a recuperação de habitações de particulares, infraestruturas municipais e públicas, retoma das atividades económica das micro, pequenas e médias empresas e no apoio de infraestruturas e equipamentos ligados a associações, coletividades e IPSS’s, os deputados do PSD ao abrigo do disposto na alínea d) do artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa, e da alínea d) do n.º 1 do art.º 4.º do Regimento da Assembleia da República, através de V. Exa, perguntar aos Senhores Ministros:
Qual a calendarização prevista para a implementação das medidas aprovadas no Conselho de Ministros nº140/2018?

domingo, 19 de junho de 2016

A luz coada do mar da Cova...

Depois de passar pelo Largo Aguiar de Carvalho,
estendo o olhar até à encosta sul da Serra da Boa Viagem...
Todas as manhãs, logo pela fresquinha, gosto de caminhar, para perder peso e ganhar energias para o dia. 
Em relação ao primeiro objectivo, está a ser difícil averbar vitória.
Quanto ao segundo, a vitória foi automática...

Normalmente, vou pela Rua das Indústrias, olho para as antigas instalações do Alberto Gaspar, passo o Mercado e subo até ao Largo Aguiar de Carvalho, onde estendo o olhar até à encosta sul da Serra da Boa Viagem e sigo pelo passadiço que liga a Praia da Cova à Praia do Hospital. 
Depois, tenho de descer ao lado do relvado sintético - os passadiço entre o Hospital e o Cabedelo estão impraticáveis...  -  e sigo até ao Cabedelo pela estrada que ficou entalada entre a duna, cada vez a minguar mais, e  as instalações do porto de pesca, passo ao lado da antiga Foznave e inicio o regresso. Antes, porém, percorro o paredão até à ponta do molhe sul
Quando inverto a marcha, reparo que
 a Gala está a receber os primeiros raios de sol..


Quando inverto a marcha, reparo que a Gala está a receber os primeiros raios de sol.
Dá para imaginar alguém que se terá esquecido de fechar as persianas a acordar irritada com a primeira luz a bater-lhe na cara. 
Resmunga com o marido e diz-lhe para ir fechar as persianas
E ele vai, porque gosta dela.
Pudera: ela é bonita e irresistível.

E assim começa o dia: com o mar e a luz coada do mar da minha Aldeia.
Os primeiros raios da luz do sol aquecem-me a face e fazem despontar mais um dia perante os meus olhos, agradados por mais esta dádiva. 
No ar, a presentear-me fica o odor da areia e da maresia, o vento suave na cara e o rumor da onda.
A natureza na minha Aldeia é uma coisa bela.
E nós tão pequeninos em relação a ela!..

Uma explicação necessária.
Todos somos vulneráveis e precisamos de nos resguardar. 
Entendam esta crónica, como um momento de felicidade de alguém que, após mais de ano sem poder fazer aquilo de que gosta de poder fazer muito - caminhadas matinais -, constatou que a arreliadora lesão no "calcante" esquerdo foi debelada.
...aí está o voo de uma gaivota culta,  que é aquela
que faz o que alguns figueirenses  gostariam de fazer,
mas não fazem:  por falta de coragem e  outras coisas...
Duas semanas depois de retomar o ritmo normal, sinto o  conforto de caminhar sem dor.

Eu sei que não há vida sem dor, como ensinam os livros!.. 
Para o saber, bastou  olhar para a minha vida, que não é muito diferente da dos demais mortais...
Terão, pois, razão os livros, mais uma vez... 
Mas que era chato caminhar com dor no "calcante" esquerdo, lá isso era!..
Sabe-me tão bem caminhar agora com todo este conforto, que resolvi partilhar convosco este momento de felicidade!..

Desculpem lá a franqueza, mas, neste momento, depois da caminhada que antecedeu a feitura do texto acima, sinto-me tão feliz como uma gaivota culta depois de cagar na cabeça de muita boa gente que, por vezes, se lembra de vir ao Cabedelo...

sábado, 30 de abril de 2011

Cidadania

Luís Carlos, cidadão figueirense que não conheço, mas, ao que li no Diário de Coimbra, fiquei a saber que é um atleta que integrou a equipa portuguesa que,  na categoria de corta-mato M35, ganhou a medalha de bronze no Campeonato da Europa de Veteranos de Pista Coberta e Corta-Mato, na Bélgica, foi ontem à sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz e falou…
Lamentou que, mesmo representando a Figueira e Portugal, não tenha tido qualquer apoio, viajando a expensas próprias, pelo facto de não integrar qualquer clube.
E aproveitou para dizer o quanto se sente «desolado», pelo estado a que a Figueira chegou. «A praia está imunda, os contentores cheios de lixo, os passadiços levantados e com falta de ripas». O mesmo se aplica, adiantou, «à Serra da Boa Viagem, às Abadias, onde tudo está cheio de lama e onde não há um único corrimão nas escadas», mas onde existem «casas de banho abertas, onde não vai ninguém», quando, em contrapartida, «as de Buarcos estão fechadas e tinham movimento». O atleta falou ainda na «ciclovia, cheia de interregnos», da inexistência «de espaços para estacionar bicicletas», do rio «subaproveitado», do Forte de Santa Catarina «abandonado e cheio de carros estacionados», entre outros reparos.
Esta intervenção foi “elogiada” até por deputados do PS, com João Carronda a considerar que as críticas «feitas em perspectiva de amor ao concelho, devem ser acatadas».
O dr. João Ataíde, o presidente da câmara,  esclareceu que o munícipe «pode dispor de patrocínio, se tiver contabilidade organizada compatível com o procedimento administrativo», que a Serra da Boa Viagem é da responsabilidade da Autoridade Florestal, mas que procurará «intervir», agradecendo que os cidadãos vão dando conta «das fragilidades que encontram».
Quanto à praia, informou ainda o presidente da edilidade figueirense, «estamos num processo de tentar recuperar alguma área territorial a favor do município», e recordou que já decorreu o processo de adjudicação da limpeza. No que diz respeito à ciclovia, «o processo vai ser retomado segunda-feira, para análise de candidatura ao QREN» (evocando o projecto integrado entre os municípios da Figueira, Montemor-o-Velho e Coimbra), e que o assunto «não foi esquecido».
Fica o registo, com o devido agradecimento à jornalista do Diário de Coimbra, Bela Coutinho, pela bela peça jornalística que produziu e pelo relevo dado ao exercício do direito de cidadania exercido pelo munícipe figueirense na reunião de ontem da Assembleia Municipal da Figueira da Foz.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Fogo de artifício em agosto licenciado na encosta sudoeste da serra da Boa Viagem!...

PSP resgata seis pessoas em praia em Buarcos enquanto bombeiros combatiam fogo...

Segundo o Correio da Manhã, "seis pessoas foram ontem domingo resgatadas na praia do Cabo Mondego, Figueira da Foz, por elementos do Corpo de Intervenção (CI) da Unidade Especial de Polícia (UEP) da PSP, enquanto os bombeiros combatiam um incêndio florestal a poucos metros. 
A situação de emergência aconteceu às 18h10, quando seis pessoas, todas adultas, ficaram presas num areal entre rochas, sem poderem sair face à subida da maré, ao mesmo tempo que do outro lado da via de acesso à antiga fábrica do Cabo Mondego, bombeiros e outros operacionais combatiam um incêndio florestal na encosta sudoeste da serra da Boa Viagem. 
Uma equipa de nove elementos do CI da UEP, destacada para o local para auxiliar as operações de segurança na avenida marginal, face à proximidade do incêndio, acabou por resgatar seis pessoas, incluindo uma mulher com mobilidade reduzida, retiradas da praia por uma encosta com cerca de 10 metros de altura com recurso a escadas dos bombeiros. 
"Estávamos aqui a auxiliar o incêndio, foi-nos comunicado que estavam pessoas na praia e como a maré subiu não tinham acesso cá acima [à estrada]. Fomos pedir escadas aos bombeiros e tirámos as pessoas. Estavam seis, uma delas com escoriações [uma mulher, ferida ligeira do incidente]", disse à Lusa no local Nuno Santorum, chefe da equipa do Corpo de Intervenção da PSP. 
O incêndio, cujo alerta foi dado para os bombeiros por outros dois elementos do CI da Unidade Especial de Polícia que, na altura, passavam no local numa viatura e assinalaram "muito fumo" na zona florestal, terá sido provocado por um dispositivo de lançamento de fogo-de-artifício, que estaria licenciado, instalado naquele mesmo terreno e relacionado com festividades populares que decorriam nas imediações."

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Já agora, era o que faltava na Figueira: será que temos na forja um cacique trauliteiro?..

"Em tempos em que a intervenção cívica na Figueira da Foz está na ordem do dia, deixo aqui um exemplo de efectiva acção do Município da Figueira da Foz - quer dizer, de parte dele, mas já lá vamos.. - naquilo que à segurança das pessoas diz respeito: com efeito, desde o passado dia 16 de Agosto, quem circula na serra da Boa Viagem é avisado do estado absolutamente deplorável do troço de dois quilómetros e picos entre o farol do Cabo Mondego e o entroncamento com a estrada que liga ao miradouro da Bandeira. Como apareceram lá as referidas placas? Já que ninguém deu nota pública disso... aqui está! 
A referida estrada sofre, há anos e anos, de uma degradação galopante, com cinco ou seis crateras onde cabe um carro, de onde o alcatrão há muito desapareceu, 'substituído' por terra e pedras soltas! O perigo de um acidente grave é real, especialmente no Verão, em que circulam centenas, milhares de viaturas - incluindo autocaravanas e autocarros de turismo - na serra da Boa Viagem. Com este panorama em mente, certo de que aquela via tem jurisdição do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), entidade estatal que não consegue tomar conta da mata, quanto mais das estradas... e muitas vezes não faz nem deixa fazer... abordei, a 01 de Agosto, o vice-presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro, vereador com os pelouros do Ambiente e Espaços Verdes, Obras Municipais e Trânsito, exortando-o a resolver a questão, nomeadamente a colocar lá placas avisadoras do mau estado da estrada (valha a verdade que a estrada tem é de ser arranjada, mas se o ICNF não o faz, como seria normal e até urgente, a Câmara que o faça e mande a conta, que exemplos desses há alguns pelo país). Mas, ciente de que o bom, na administração pública, tantas vezes é inimigo do óptimo... Ao menos que pusessem umas placas a avisar!
A resposta do senhor vice-presidente, confesso, surpreendeu-me! A resposta, e vou qualificá-la, de propósito, venha lá quem vier, é UM INSULTO a um munícipe, a todos os munícipes, a quem gosta da sua terra e a todos os que a visitam. Pois que não ia fazer nada porque "AQUILO NÃO É NOSSO"! 
Eu ainda argumentei, que era uma questão de segurança, que é território municipal, que as pessoas votaram no executivo municipal, não no ICNF... sem resultado! "Aquilo não é nosso!!" 
Ponto final? Não... parágrafo!!
Foi o vereador Carlos Monteiro à sua vida e, minutos depois, tive conversa idêntica com o senhor presidente da Câmara Municipal, João Ataíde! Foi uma conversa breve... porque a páginas tantas, à minha frente e alto e bom som, João Ataíde telefonou ao comandante da Protecção Civil municipal, Nuno Osório e ordenou a colocação das placas, com carácter de urgência, por ser uma questão de segurança, assinalando que embora não tendo jurisdição sobre a estrada, o município assumia essa intervenção! As placas foram feitas, os serviços camarários cumpriram a ordem e colocadas estão!!
Moral da história?? Cada um que conclua como quiser! 
Cá eu, que tenho opinião - mesmo que isso custe a uns quantos - limito-me a assinalar que quando criticamos este ou aquele, devemos estar na posse da informação toda! Ah... e admito que a gestão autárquica é algo muito difícil. Mas mesmo!"
José Luís de Sousa

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Limpeza da Serra da Boa Viagem pode começar a qualquer momento...

"A Câmara da Figueira da Foz contratou uma máquina pesada para a limpeza da Serra da Boa Viagem e os 10 sapadores florestais da autarquia estão prontos para iniciar os trabalhos de remoção das árvores que estão a obstruir as vias rodoviárias. A operação deverá realizar-se esta semana. O DIÁRIO AS BEIRAS apurou que o início da operação de limpeza apenas estará pendente da visita à serra do presidente do Instituto Nacional da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Rogério Rodrigues, para avaliar a situação, o que poderá acontecer hoje."

Via AS BEIRAS

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Serra da Boa Viagem pode vir a ter novo modelo de gestão

 Via Diário as Beiras

«O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está disponível para aplicar um novo modelo de gestão ao parque florestal da Serra da Boa Viagem em acordo com o município da Figueira da Foz.

Esta possibilidade, avançada à agência Lusa por Nuno Banza, presidente do ICNF, agrada ao presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, que assumiu que a Figueira da Foz “quer, em condições a acordar, como é evidente”, passar a ter a gestão do parque florestal Manuel Alberto Rei.

“Acho que não seria digno das funções que exerço se não aproveitar essa oportunidade, se ela se confirmar”, declarou Pedro Santana Lopes.

“Seria muito importante, porque, obviamente, é muito difícil os organismos da administração central assegurarem a gestão de todo o território, nomeadamente de um parque/serra com estas características. É quase um prolongamento da malha urbana, faz a interface entre duas áreas do concelho. Tem todas as razões para a autarquia ter responsabilidades, não tenho dúvida nenhuma disso”

sábado, 25 de janeiro de 2014

Uma coisa é certa: é um texto com muita piada...

“As estradas e a Serra”, uma crónica de João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, publicada hoje nas Beiras:
“Há ainda ruas e estradas municipais esburacadas e em mau estado de conservação, algumas mal sinalizadas e perigosas.
Os prejuízos são evidentes, a mecânica do carro sofre, o bolso do contribuinte também, aumenta a insegurança rodoviária.
A Câmara é responsável por tapar buracos, mas não o consegue fazer a tempo e horas. Faltará mais organização (tapar o buraco antes que surja a cratera, fechar fissuras para que não entre água) e, acima de tudo, não há dinheiro. O serviço da dívida é um garrote: 8 milhões de euros por ano, fruto de vários anos de “buracos” e má gestão (1997-2009).
Uma parte dos 28 quilómetros das estradas da Serra Boa Viagem também estão em mau estado, há mais de 20 anos, apesar do reduzido tráfego e uso. A Autoridade Nacional da Floresta (o Estado central) deveria reparar uma parte destas vias, tornando-as transitáveis, mas não o faz, por falta de recursos, imagino eu.
Quem poderá fazer algo para melhorar as estradas da Serra são os deputados na AR, influenciando o Governo (PSD/CDS) para que haja verba.
A oposição (PSD) insiste desde a campanha eleitoral que as estradas da Serra não são reparadas porque alguém (quem será?), na estrutura dirigente da Câmara, bloqueia esta pretensão.
Hipoteticamente teríamos um ”ecologista profundo” descolonizando-a da presença humana! Contudo, tal pessoa não existe na Figueira. Todos queremos passear pelas estradas da Serra, sem buracos, entre as folhas no chão e as giestas selvagens.”

Depois de ler esta crónica, o que aconteceu há segundos, confesso:
1. Fiquei espantado por haver  “estradas municipais esburacadas”;
2. Fiquei espantado “por a Câmara ser responsável por tapar buracos”;
3. Fiquei espantado por haver “a necessidade de mais organização – tem-se de tapar o buraco, antes que surja a cratera”;
4. Fiquei espantado por “uma parte dos 28 quilómetros das estradas da Serra Boa Viagem também estarem em mau estado, há mais de 20 anos, apesar do reduzido tráfego e uso”;
5. Fiquei espantado “com a falta de empenho dos deputados da AR”;
6. Fiquei espantado com “a insistência da oposição (PSD)”;
7. Fiquei espantado por “todos querermos passear pelas estradas da Serra, sem buracos, entre as folhas no chão e as giestas selvagens.”
8. Fiquei espantado, sobretudo, com a inexistência de um ”ecologista profundo”.

Resumindo e concluindo.
Alguma vez sentiram, ao ler um romance traduzido para português, que simplesmente não o conseguem compreender?
Por mais vezes que o releiam, ele é incompreensível, ilógico ou não se enquadra no contexto em que está inserido.
Tratando-se de uma obra literária de qualidade, o mais provável culpado será o tradutor. 
No caso da crónica acima, porém, o mais provável culpado pela incompreensão, só posso ser eu – leitor impreparado e limitado.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

O que é que não está a falhar?..

Via Diário as Beiras
Carlos Monteiro afirmou que, na sequência do incêndio ocorrido no domingo no Cabo Mondego, na encosta sudoeste da serra da Boa Viagem, a autarquia deu instruções à Protecção Civil municipal para que, em futuras ocasiões, se “avalie o espaço previamente e, sempre que possível, acompanhe o lançamento de pirotecnia”. Sempre a correr atrás do prejuízo: “estamos a fazer um reforço da segurança”, disse o presidente.
Recorde-se. O incêndio aconteceu num dia bastante quente, na encosta sudoeste da serra da Boa Viagem – uma das zonas mais sensíveis do concelho em termos de risco de fogo florestal –  terreno de mato e canaviais, com o vento a soprar a 30 km... 
Porém, para o presidente da câmara, "o problema ali foi o sítio, aquele local não parece ter condições para o lançamento”.
Governar é prever e antecipar medidas. Não é correr atrás do prejuízo.
Na Figueira, neste momento, Carlos Monteiro é o rosto do verdadeiro Partido de Protesto Local, que é este PS no poder autárquico  há 10 anos consecutivos
Isto é fácil de explicar: Carlos Monteiro, o ícone da superficialidade reconfortante da mediocridade da Figueira em que vivemos…nunca vai executar as medidas que na oposição preconizou. Mais: nunca irá alcançar os fins que prometeu, quando era oposição.
Veja-se, decorridos estes 10 anos, a falange de protestantes dentro do próprio Partido Socialista na Figueira, à política que o seu partido tem concretizado!..
Isto é fácil de explicar: é, ao mesmo tempo, uma esquizofrénica demonstração de fidelidade "canina" ao partido da "mãozinha" e, por outro lado, de contestação partidária ao mesmo partido da "mãozinha"!..
Entenderam? Claro, é tão fácil...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Energia eólica na Serra da Boa Viagem, o PDM, os PU´s e a prática do eng. Duarte Silva…

Da NEWSLETTER JULHO 2009 II dos Vereadores do PS, que tive o prazer de receber por email, cito: “sem estudos que suportassem uma decisão séria sobre o assunto, a Câmara apresentou uma proposta da EFACEC para instalação, na Serra da Boa Viagem, de três geradores de energia eólica.
Obviamente que os instrumentos de ordenamento do território (PDM) nada prevêem sobre este tipo de estruturas e, portanto, existe um vazio regulamentar.
Diga-se que a Câmara nem sequer apresentou uma simulação em 3D da situação por forma a se poder aquilatar do impacto visual destes equipamentos, sabendo-se de antemão que serão visíveis a partir da cidade. Da mesma forma, não se sabe o nível de ruído que será emitido e se este será prejudicial às populações.
A proposta da Câmara tem esta redacção singular: “Não havendo ainda uma estratégia definida para a localização de parques eólicos proponho que seja tomada uma decisão sobre a emissão de parecer favorável”.
Os vereadores socialistas votaram a decisão com duas condições: primeira, que os pareceres das diferentes entidades que venham a pronunciar-se sejam positivos; segunda, que a decisão camarária, agora tomada, constitui apenas uma decisão prévia, devendo a autarquia ser chamada de novo a pronunciar-se sobre o assunto.”

Recordo, uma outra situação, esta porventura muito mais grave, onde também "obviamente os instrumentos de ordenamento do território (neste caso o PU) nada previam sobre o tipo de estruturas que lá se pretendiam edificar".
Ou já se esqueceram que neste mandato uma “construtora vendeu apartamentos na Figueira da Foz em terrenos de uso industrial”, os tais terrenos que, em tempos, foram vendidos à Alberto Gaspar para a instalação de uma fábrica, e que após a falência e encerramento da mesma, deviam ter sido reclamados pela autarquia junto dos tribunais, “pois os terrenos são industriais e foram vendidos para esse fim”.
Senhor Presidente e candidato Eng. Duarte Silva: é este um dos “projectos que traçou e que neste mandato não foi possível concluir”?..
E o que é que pensam todos os outros candidatos disto?...

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O Colóquio "Florestas, prevenção, limpeza e ordenamento: Que futuro para a Serra da Boa Viagem?", realizou-se ontem na UIR...

Foto Rui Torres
A sala encheu-se, o que demonstra que as pessoas estão atentas e comparecem, quando os temas em debate são apelativos e a discussão tem a ver com o seu dia a dia.
Os oradores convidados, eng. José Carlos Morgado e Dr. Ricardo Oliveira, procuraram ser explícitos nas suas intervenções, apesar da complexidade das matérias, o que prendeu a atenção das dezenas de pessoas que estiveram presentes.
A moderação de João Saltão,  membro do Fórum Cívico Figueira 2017, que em boa hora organizou este evento, foi eficiente, se tirarmos o pequeno pormenor da sua intrevenção na abertura dos trabalhos, ter sido desnecessariamente algo longa e pormenorizada. 
De lamentar, que na discussão e debate público de matérias tão importantes como o planeamento e gestão da prevenção de fogos florestais, em geral, e da Serra da Boa Viagem, em particular, as entidades oficiais, nomeadamente a CMFF  e juntas de freguesia, assim como a comunicação social figueirense, tivessem primado pela ausência.