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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Curiosidades marginais (I): Já sabem quem é o pai do Oásis?...


Pedro Pinto, um inventor português, natural de Leiria e, actualmente, a residir em Mafra, acha-se com direito à autoria original do «Oásis» da praia da Figueira.
A «bronca» deu-se na reunião Camarária do passado dia 15 de Setembro de 1999, quando Pedro Pinto questionou a actual vereação, ao afirmar ter entregue em 1996 na autarquia figueirense um projecto com o mesmo nome e localização. Segundo o inventor, no projecto entregue há três anos constava a «construção de um corredor perpendicular à praia e outro paralelo à marginal, este último com passagens inferiores aos passadiços que são usados pelos banhistas».
Os corredores seriam destinados ao transporte de turistas a camelo, para a praia e vice-versa, e passeios ao longo do areal. Este projecto, entregue em 1996, contemplava ainda «um lago com repuxo com cascata baixa, uma zona arborizada, bar, jardim tipo oásis com rio e lago pequeno  e uma possível discoteca /bar subterrânea». Uma fase posterior, contaria também com «um ou dois bares ao longo do corredor paralelo à marginal».
Sendo verdade que Pedro Pinto apresentou o projecto na Câmara em 1996, mas que o mesmo foi indeferido pelo facto do «areal da praia fazer parte dos designados espaços naturais, sendo também área da REN, de acordo com o estipulado no PU em vigor», pergunta um leigo: o que é que, entretanto, foi alterado para obviar estas dificuldades processuais e implementar a execução em tempo record do oásis figueirense?
Será por o actual projecto – o que foi realizado – ter eliminado os camelos?
Com animais típicos do Norte de África, ou sem animais típicos do Norte de África, a dúvida subsiste:
Quem é o verdadeiro pai do oásis?
É que, pelos vistos, afinal havia outro ?!..

Em tempo.
Crónica Marginal de  António Agostinho, 19 de Setembro de 1999, publicada no jornal Linha do Oeste                    

terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma história figueirense: o outro lado do oásis...

José Santos, via Figueira na Hora
 "Centena e meia de patos morreram no Oásis da praia da Figueira".
"Já ao final da tarde da passada segunda-feira eram visíveis muitos patos mortos no Oásis da Praia da Figueira da Foz, mas hoje de manha “era uma lástima, talvez mais de centena e meia estavam mortos no lado” dizia-nos um morador da Ponte Galante que assistia revoltado a toda aquela tragédia.
Hoje ao princípio da tarde, funcionários da autarquia ainda andava a retirar os últimos, enchiam sacos de plástico e levavam para uma camioneta e de vez em quando, ainda aparecia um ou outro com sinais de vida como pudemos documentar numa das fotografias juntas.
Fala-se em algumas causas, como por exemplo, descarga de água de uma piscina com cloro, mas de uma coisa há a certeza, a falta de cuidado, vigilância, higiene e limpeza com o oásis, que está cheio de lodo e infestado de lixo
O Oásis que foi uma mais-valia turística é hoje um ponto negro para a cidade pelo desleixo a que foi votado."


Actualização: 
Fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Quanto à causa da mortandade, a mesma fonte adiantou que só se irá pronunciar após conhecimento do resultado das autópsias que deverão acontecer amanhã.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

O areal urbano da Figueira é um problema. Mas, não teria de ser forçosamente assim...

A Praia da Claridade celebrizou-se no século XIX. Na altura, atraía à Figueira da Foz milhares de banhistas de todo o país. 
A zona onde se localiza ficou conhecida por Costa de Prata, graças ao tom prateado da luz do sol em contacto com a água do mar
Foi talvez a praia que mais sofreu com as intervenções realizadas ao longo dos anos. Hoje, a praia tem cerca de 1 km de largura frente ao Grande Hotel. 
Depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores.
Em 1998, quando Santana Lopes chegou à presidência da Câmara da Figueira da Foz, uma das primeiras medidas que decidiu tomar foi preparar "uma campanha de Verão muito forte", com o objectivo de voltar a dar à cidade um novo fôlego turístico durante os quatros meses de Verão. 
O Oásis viria a surgir um ano depois. Contudo, fazia parte da mesma visão de Santana Lopes para a praia da Claridade: transformá-la num chamariz para atrair milhares de turistas e fazer jus ao slogan que então começava a circular nas televisões - "A Figueira está na moda, venha descobrir porquê".
No livro "Figueira, a Minha História", Santana Lopes recorda o que se passou desde que aceitou candidatar-se à autarquia até ao dia em que rumou até Lisboa, passando em revista toda a "obra" que realizou durante o mandato. 
Na apresentação do livro, em Fevereiro de 2005, Santana Lopes recomendou-o a todos os que pensavam que durante a sua estadia na Figueira da Foz "apenas tinha plantado umas palmeiras"
Todavia, o projecto do Oásis e a intervenção na praia são largamente descritos no livro. "Isto dá para tudo, pensava, diante do imenso areal. A intervenção na praia marcaria todo o mandado, mas o primeiro ano faria a diferença. No resto do país ainda hoje se fala no Oásis como a obra de Santana Lopes na Figueira. Mas dezenas de árvores no areal foram a parte minúscula de um trabalho maior", recorda Santana no livro.
O plano de intervenção na praia começou por introduzir passadeiras, bancos, toldos, campos de ténis, de voleibol e de basquetebol. Com o Oásis, que custou cerca de 500 mil euros, foram colocadas na zona do Galante árvores exóticas provenientes de Espanha, um lago artificial, um bar e um palco para espectáculos. Segundo Miguel Almeida, ex-vereador e braço direito de Santana Lopes, a iniciativa de criar "algo diferente" no areal da Figueira da Foz partiu de Santana, que tinha o "objectivo claro" de "dinamizar" a Figueira da Foz. "Santana Lopes tinha uma ideia global para animar e dinamizar a Figueira da Foz. O Oásis era uma parte desse projecto como pólo de animação privilegiado".
A intenção era criar um espaço de animação que unisse mais a Figueira da Foz a Buarcos e criasse outras áreas de lazer, além da esplanada Silva Guimarães, fazendo do areal, da marginal, a montra da cidade: "O mar de areia que precede o Atlântico é o postal da Figueira. Era impossível ignorar essa imagem sem dela tirar o melhor partido. A praia da Claridade teria de voltar a ser o íman dourado para milhares de turistas e outros tantos empresários".
Na altura,  modelos e futebolistas participavam em campanhas publicitárias. Santana andava feliz.  "Chegava à janela de minha casa na marginal, numa noite de Verão, e via milhares e milhares de pessoas na rua. Filas de horas nos restaurantes para um jantar. A oferta não estava preparada para este boom de procura. Os comerciantes nunca fizeram tanto dinheiro como nesse ano. Os figueirenses até estavam felizes", relembra.

Em
janeiro de 2016, o executivo socialista fez o anúncio de uma obra 
“milagrosa”.
Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Quem por lá passar vê uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase vegetação e árvores mortas.
O problema mantem-se: a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade. O extenso areal da Praia da Figueira continua a ser um problema, quando poderia contribuir para a solução.
Na edição de 27 de outubro de 2020 do Diário as Beiras, Teotónio Cavaco, responde à pergunta «que pode a câmara fazer para “aproximar” a cidade do mar através do areal urbano?», desta forma.
«O prolongamento, em cerca de 400 metros, do molhe norte, em 2011, acrescentou dimensão a um triplo problema, cujas variáveis, ligadas, parecem não possibilitar uma solução que a todas resolva completa e satisfatoriamente: a progressiva falta de areia a sul, a acumulação galopante de areia a norte e a navegabilidade na barra do rio.
Entendendo a necessidade da referida obra, muito cara mas imprescindível sobretudo para a sustentabilidade de um porto comercial tão estratégico quanto merecedor de atenção e investimento internacional, nacional e mesmo regional (é o único entre Aveiro e Lisboa), é inegável que aquela acentuou a erosão nas praias a sul, a destruição da duna de proteção costeira em vários locais (sobretudo na praia da Cova), e a retenção de areia na praia da Figueira em cerca de 230 mil metros cúbicos, como refere Nunes André “23 mil camiões que, se dispostos em fila contínua, ocupariam os mais de 300 quilómetros de ligação por autoestrada entre Lisboa e Porto” – a cada ano.
Ora, esta situação é insustentável para as populações a sul, em constante estado de alerta, e para o turismo, cada vez mais sazonal e dependente de uma praia cada vez mais afastada da cidade-mãe.
Assim, a pergunta desta semana, dramaticamente atrasada 40 anos (o Programa Base de Urbanização da Marginal Oceânica – areal da praia – teve início em junho de 1981) devia ser: o que é que a Câmara já devia ter feito para aproximar a cidade do mar através do areal urbano?
Primeiro, definir claramente se quer tirar areia (aproximar o mar da cidade) ou aproveitá-la (aproximar a cidade do mar); depois, envolver todas as Entidades, nacionais e internacionais, que possam estar relacionadas com a jurisdição e administração dos espaços; finalmente, cativar parceiros que sejam desafiados a interessar-se por uma Figueira do século XXI. Ou seja: durante mais uns meses, isto continuará a ser ficção científica!…»

A questão de fundo continua a ser esta: devemos aproximar a Cidade do Mar, ou o Mar da Cidade?

A meu ver,  devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Alguém desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira?
Em 2008 o extenso areal já era uma preocupação e todos sabíamos qual a razão. Mesmo sabendo, foi decidido acrescentar o molhe norte! O resultado está bem visível e é lamentável! 
Julgo que todos sabemos - ou o que nos leva a crer, nem todos - esta areia não pertence à Figueira e não deveria ali estar. 
Enquanto não devolvermos ao mar as areias que lhe roubaram (e que lhe fazem falta) continuamos à sua mercê. O mar faz parte da natureza e o ser humano não tem poder para a dominar! Tem sim que a respeitar e, com inteligência, saber colaborar com ela e defender-se das fases nocivas.
O mar deu brilho e riqueza à Figueira, à praia, à faina da pesca – com destaque para a do bacalhau -, grades secas, fábricas de conservas e indústria naval e a Figueira há muito lhe virou as costas.
Manuel Luís Pata, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu...

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Uma história figueirense: o outro lado do oásis... (II)

Na passada segunda-feira, dia 28 de julho, morreram muitos patos no Oásis da Praia da Figueira da Foz.
No dia seguinte, "fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Quanto à causa da mortandade, a mesma fonte adiantou que só se irá pronunciar após conhecimento do resultado das autópsias que deverão acontecer amanhã."
Miguel Almeida, na reunião de câmara realizada ontem,  questionou o executivo acerca dos exames aos quais foram submetidos alguns dos patos que morreram no Oásis, conforme noticiado na comunicação social. O vereador da oposição procurou assim obter uma resposta conclusiva sobre a mortandade dos animais, dadas as várias versões e justificações que circularam sobre o acontecimento, estranhando a demora na divulgação dos resultados. 
Na ocasião, o presidente da Câmara e o vereador Carlos Monteiro esclareceram que ainda não há resultados das autópsias, mas que as análises feitas às águas do local não revelaram quaisquer substâncias ou valores que pudessem justificar a morte dos patos. 
Quando é que vai terminar o mistério da morte dos patos do oásis figueirense?

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Coitados dos patos do oásis figueirense...

Recentemente, isto é, no final da semana passada, chegou ao nosso conhecimento que continuam a morrer patos no oásis...
O Oásis que, em tempos,  foi uma mais-valia turística é hoje um ponto negro para a cidade, pelo desleixo a que foi votado.
A coisa – apesar de envolver patos, daqueles que nem nem sequer votam e não têm influência ou políticos na família...  - é séria e devia interessar a todos os figueirenses, sejam de direita, de esquerda, do centro ou de outro “lado” qualquer.
Por isso mesmo, aqui fica o resultado da aturada pesquisa sobre o que foi apurado pela Câmara acerca da mortandade dos patos naquele local - um problema que já dura há vários anos.
Acta de 8.9.2014


Acta de 26.05.2015

Quando é que vai terminar o mistério da morte dos patos do oásis figueirense?
Os patos continuam a morrer na Figueira.
Continuamos sem sem saber de que morrem os patos!..
Os bons e os maus...

terça-feira, 17 de maio de 2022

O areal da praia da Figueira e solução que tarda em chegar...

Confesso-me muito preocupado com o assunto. Certamente que o actual presidente da câmara também está muito preocupado. Tal como o presidente da Assembleia Municipal. E o anterior presidente da câmara, agora primeira figura da oposição. E o único vereador PSD da oposição. Tal como os presidentes de junta de Buarcos e São Julião, São Pedro, Lavos e Marinha das Ondas. Tal como as populações, sobretudo, as do sul do concelho. 
Todos andamos preocupados há muitos anos. 
Mais tarde ou mais cedo, espero mais cedo que tarde, o problema terá de ser resolvido. 
Por este andar, porém, ainda teremos que pôr o concelho e o país a funcionar como deve ser para ultrapassar esta situação.

Há mais de 40 anos que o areal da praia da Figueira é um problema.
O que fazer a tanta areia e a tanto espaço?
A meu ver, a solução mais sensata e mais adequada, passa por “aproveitar” a areia, colocando-a no sítio onde deveria estar - margem esquerda do estuário do Mondego.
Essas cenas da “requalificação” ou do “ordenamento”, não passam de modernices inconsequentes e ineficazes, como está mais do que provado com a passagem de todos estes anos em que o problema em vez de ser resolvido se agravou.
Via blogue quinto poder, recordemos.
«Em 1981, a equipa do Arqº Alberto Pessoa, com quem a Câmara Municipal mantinha uma permanente e frutuosa avença de assistência, elaborou um primeiro estudo. Mais não era do que um sintético documento orientador geral de futuras acções, apresentado na forma de duas a três plantas cobrindo todo o espaço, então menos extenso do que o actual. Por isso se designava pelo também singelo nome de “Programa-base”. Chegou a merecer apreciação em Assembleia Municipal, mas depois veio a “morrer na praia”.
Oito anos depois, foi a vez da Sociedade Figueira Praia encomendar um plano à equipa dos arquitectos Pereira da Silva e Alberto Pessoa-filho. Ignoro qual foi o destino da encomenda ou do plano que porventura haja sido elaborado.
Decorreram mais três a quatro anos e, por iniciativa da Câmara Municipal de então, surgiu um “plano geral do areal da praia”, desta feita da autoria do GITAP, que penso que seria um gabinete de consultores e especialistas.
Logo nos primeiros meses do seu primeiro mandato, Santana Lopes decidiu-se pela implantação do conhecido Oásis, junto à Ponte do Galante. Na sua versão inicial, o projecto previa árvores, esplanadas, palcos, campos desportivos, um lago de água doce. Incluía também um mirabolante circuito de um pequeno comboio (imagino que sobre carris…) que ia pela parte poente do areal, desde o “parque das gaivotas” até junto ao prédio J. Pimenta, em Buarcos, voltando para sul junto ao paredão da marginal.
Reconheço ter então achado o Oásis uma boa ideia. Todavia, encarei-o sobretudo como uma espécie de protótipo ou de amostra do que deveria e poderia ser feito, gradualmente e em sistemático esforço, em todo o areal. Não seria bem essa a ideia de Santana Lopes, mais interessado em rapidamente exibir obra, ainda que efémera, que tivesse efeitos mais imediatos na sua imagem de autarca, já com vista a outros mais altos voos.
Por isso, as palmeiras com que decorou o Oásis foram para lá transplantadas muito crescidas.
Há 10 anos, em Abril de 2012, a  CMFF lançou  um concurso de ideias, a que chamou “concurso público de concepção”, destinadas a orientar uma solução urbanística para o vastíssimo areal da Figueira, a que chamou “requalificação”. Veio acompanhado por uma vasta lista de requisitos quanto às “tipologias de intervenção”, sob a forma de belos e sugestivos termos do jargão da arte.»

Em janeiro de 2016, o executivo socialista fez o anúncio de uma obra “milagrosa”.
Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Quem por lá passa hoje vê uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase vegetação e árvores mortas.
Em 6 de Janeiro de 2020, há mais de 2 anos, o vereador do PSD solicitou um relatório sobre o estado actual em que se encontra a praia e se está de acordo com o projeto elaborado. Alguém sabe se essa iniciativa, na altura muito badalada na comunicação social, teve alguma consequência?
O problema mantem-se: a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade. O extenso areal da Praia da Figueira continua a ser um problema, quando poderia contribuir para a solução global das praias e da orla marítima do sul do concelho.

Temos de continuar a ser optimistas. Mas, igualmente, realistas.
Alguém sabe alguma coisa do bypass? 
Mesmo que a construção do bypass estivesse concluída amanhã, só dentro de cinco anos São Pedro de Moel poderia recuperar o seu areal, exemplifica Filipe Duarte Santos, investigador e geofísico, a propósito do sistema fixo de transferência de areias a construir na Figueira da Foz, obra que o ministro do Ambiente disse recentemente que é para fazer avançar.
O anterior ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, em Setembro de 2021, em véspera das eleições autárquicas de Outubro passado, assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass) era a mais indicada e que seria concretizada. A decisão aconteceu após a análise do estudo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que apresenta quatro soluções distintas de transposição de areias. Destas, notou o governante, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
Recorde-se que, com o prolongamento do molhe na Figueira da Foz, obra inaugurada em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com a destruição da duna de protecção costeira a fazer sentir-se em vários locais. O problema estendeu-se pelo distrito de Leiria, até à Nazaré. Para Filipe Duarte Santos, a construção do bypass “é uma iniciativa positiva”, que está em linha com o que preconizou o Grupo de Trabalho para o Litoral num relatório de 2014, que o próprio investigador coordenou. 
“Estou satisfeito, é a melhor solução, vai beneficiar todas as praias a sul”.
Vamos a ela?...

domingo, 16 de setembro de 2018

Semear para se ver?

Por continuar actual, recordo uma crónica marginal de 10 de Setembro de 1999, publicada no jornal Linha do Oeste. 
 
"Existe “desunião” na Figueira?
É possível que sim.
A comunidade citadina “preocupa-se mais com questões pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”?
É possível que sim.
Existem figueirenses que, quando alguém aponta para a lua, olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto?
É possível que sim.
Haverá figueirenses a torcer para que o “oásis do Santana” vá por água abaixo?
É possível que sim.
Mas - é bom não esquecer, - também existem os outros: os que estão unidos pela Figueira; os que não querem saber das tricas pessoais; os que se preocupam com as verdadeiras necessidades do seu concelho (freguesias rurais incluídas) e as medidas estruturais necessárias à sua resolução. Existem, ainda, os que para quem o “oásis do Santana” é irrelevante (já agora, aproveito para esclarecer o porquê: normalmente semeia-se para se colher. O oásis, faz parte de um conjunto de outros (alguns pseudo) mega-projectos onde se semeia para se ver. Dá para entender?)
Embora não se deva duvidar que se “continue a trabalhar com todas as forças”, pelos projectos do concelho, até porque não se pode ser “presidente de Câmara a brincar”, percebe-se porque é que se perdeu a capacidade de sonhar: em política, tal como na vida real, tem de se semear para colher. E, mesmo assim, por vezes, há problemas com as colheitas....
Quem semeia para se ver, acaba por sofrer as consequências dos chamados “acidentes de percurso”. Daí, ao esfumar de um sonho, é um passo."

António Agostinho

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Curiosidades marginais (II): Semear para se ver?

Existe “desunião” na Figueira?
É possível que sim.
A comunidade citadina “preocupa-se mais com questões pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”?
É possível que sim.
Existem figueirenses que, quando alguém aponta para a lua, olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto?
É possível que sim.
Haverá figueirenses a torcer para que o “oásis do Santana” vá por água abaixo?
É possível que sim.
Mas - é bom não esquecer, - também existem os outros: os que estão unidos pela Figueira; os que não querem saber das tricas pessoais; os que se preocupam com as verdadeiras necessidades do seu concelho (freguesias rurais incluídas) e as medidas estruturais necessárias à sua resolução. Existem, ainda, os que para quem o “oásis do Santana” é irrelevante (já agora, aproveito para esclarecer o porquê: normalmente semeia-se para se colher. O oásis, faz parte de um conjunto de outros (alguns pseudo) mega-projectos onde se semeia para se ver. Dá para entender?)
Embora não se deva duvidar que se “continue a trabalhar com todas as forças”, pelos projectos do concelho, até porque não se pode ser “presidente de Câmara a brincar”, percebe-se porque é que se perdeu a capacidade de sonhar: em política, tal como na vida real, tem de se semear para colher. E, mesmo assim, por vezes, há problemas com as colheitas....
Quem semeia para se ver, acaba por sofrer as consequências dos chamados “acidentes de percurso”. Daí, ao esfumar de um sonho, é um passo.

Em tempo.

Crónica Marginal de  António Agostinho, 10 de Setembro de 1999, publicada no jornal Linha do Oeste.   

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Paulo Portas e juízes, à mesma hora, no Oásis Plaza da Figueira da Foz no dia 12!..

A inauguração oficial do Titanic está marcada para o dia 12 de Setembro às 18 horas e 30 minutos e compreende um jantar cocktail...
Paulo Portas vai estar presente... 
Esta edição será subordinada ao tema "A nova organização judiciária: desafios e dificuldades".
Para ficar a conhecer o programa (provisório), clicar aqui.
Curiosamente, no mesmo Oásis Plaza, segundo o programa dos senhores juízes, no dia 12, consta um jantar oficial ás 20 horas... 
Ele há cada coincidência!..

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

IX ENCONTRO ANUAL DO CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA. Figueira da Foz – Hotel Eurostars Oásis Plaza...

O IX Encontro Anual do Conselho Superior da Magistratura, terá lugar nos dias 12 e 13 de Setembro, no Hotel Oásis Plaza, na Figueira da Foz.
Esta edição será subordinada ao tema "A nova organização judiciária: desafios e dificuldades".
Para ficar a conhecer o programa (provisório), clicar aqui.
Está de parabéns a organização do evento: dificilmente encontraria um local tão apropriado como o Oásis Plaza para debater "A nova organização judiciária: desafios e dificuldades".

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Sete meses depois ainda estão por divulgar os resultados da autópsia aos patos que morreram no oásis!...

foto sacada daqui
A coisa – apesar de envolver patos, daqueles que nem nem sequer votam e não têm influência ou políticos na família...  - é séria e devia interessar a todos os democratas, sejam de direita, de esquerda, do centro ou de outro “lado” qualquer.
A notícia não faz primeiras páginas do Diário de Coimbra ou das Beiras, nem me consta que tenha sido merecedora de atenção por parte da agência Lusa.
No entanto, a meu ver, a cosia é grave, pois estão em causas patos – animais que não se sabem defender. E a Câmara da Figueira continua a faltar ao prometido!..
Afinal, o que vale a palavra de um político figueirense? 
Os figueirenses têm o direito de saber o que realmente se passou com os patos do oásis.
Este caso tem, pelo menos, o mérito de mostrar que existem todas as razões para dar conta do abuso do autoritarismo e da falta de respeito pelos figueirenses que se interessam pelo que se passa na sua cidade por parte de quem, neste momento, detém o o poder político e toma decisões.
Na passada terça-feira, 29 de julho de 2014, morreram os patos do Oásis.
Segundo o que fonte da autarquia disse na altura, a causa da mortandade iria ser divulgada após conhecimento do resultado das autópsias, o que aconteceria no dia seguinte, 30, quarta-feira.
Já passaram quase 7 meses (sete). Já passaram muitas quintas, sextas (sábados e domingos, não contam...), segundas, terças e quartas e que se saiba, nada!.. 
Coitados dos patos... E de nós!.. Como inscrever nas nossas consciências, sem uma explicação, o extermínio mecânico de patos?
A Figueira continua um lugar triste e mal frequentado. 

sexta-feira, 18 de maio de 2007

“Atracção turística” especial



(ESTA FOTO, NO ORIGINAL, FOI SACADA AO BLOG AMICUS FICARIA)



12 PATOS; 127 GAIVOTAS; AGORA OS RATOS!...
Por vezes os sentidos enganam-nos. Há uma velha máxima que diz : "Nem tudo o que salta é rato".
As cores, os cheiros, os sons, até o gosto ou a textura das coisas, por vezes engana-nos.
Outras vezes temos surpresas. Sinto isso, neste exemplo: “A praga de ratos que coabita no Oásis já constitui uma “atracção turística”, sobretudo ao final do dia (lusco-fusco), com dezenas de pessoas a apreciarem aquele cenário”
Depois de ter lido aqui toda notícia, fiquei a saber que “ só para verem as centenas de ratos, há muitas pessoas que levam restos de pão e os atiram aos animais”.
Os Figueirenses têm mesmo uma “atracção turística” especial pelo risco...
Ora cá está um motivo que pode justificar uma a vinda à Figueira: ver ratos no Oásis.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Um mês passa depressa... Já lá vai um mês e dez dias...(Só para avivar a memória ao caríssimo Miguel Almeida...)


"Este verão, apesar do bom clima, ouvi, mais uma vez, alguns amigos com os tradicionais lamentos veranistas. Que a água não tem a temperatura do caribe, que o vento adora dar um ar da sua graça e que a “praia da figueira” é demasiado longa,
 é um facto. Mas o que importa é transformar estas supostas fraquezas em força. 
Se temos uma praia demasiado longa temos que a saber “vender” como a maior praia urbana da Europa e ter um plano de aproveitamento desse longo areal. É verdade, somos a “Maior Praia da Europa” e temos que saber tirar proveito disso enquanto não conseguirem estancar e diminuir o tamanho.
Se o vento é mais forte do que em outras paragens, então que corra a nosso favor. Existem vários desportos que podemos potenciar porque necessitam desse sopro da natureza.
 
O essencial é saber para onde se quer ir e fazer opções. Por mim, prefiro potenciar o que os “Deuses” nos deram, porque modéstia á parte sou Figueirense."

Miguel Almeida, hoje (leia-se 20 de Agosto de 2012) no Diário AS BEIRAS

Em tempo.
Oh Miguel, modéstia à parte, tu que já foste, entre outras coisas, Presidente da Comissão Política Concelhia da JSD da Figueira da Foz e Distrital da JSD de Coimbra, Deputado da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, Vereador na Câmara Municipal da Figueira da Foz, Deputado da República, permite a pergunta: SÓ DESCOBRISTE ISSO AGORA?...

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Miguel Almeida Meu caro Agostinho;

Confesso que por mais interpretações que faça do meu próprio texto, não consigo perceber a pergunta. Até os críticos, poucos é certo, do mandato do Dr. Santana Lopes, reconhecem o trabalho que foi feito na valorização do areal da praia. Sabes que as PASSADEIRAS, os CAMPOS DE FUTEBOL, BASQUETE e TÉNIS são desse tempo !!! O OÁSIS, quer se goste ou não, é uma intervenção no areal que ajudou a quebrar essa ideia de areal extenso e sem vida.
A CICLOVIA ao longo da avenida, o PARQUE DE ESTACIONAMENTO no terrapleno de Buarcos, entre outras obras ali realizadas, também são deste tempo!!!

Por isso, há muito que “descobri” que o melhor era aproveitar e valorizar o que os “Deuses” nos deram. Acabo como iniciei, não percebo a pergunta...
21/8 às 12:23 · Gosto · 1
·        
Antonio Agostinho Muito obrigado pelo esclarecimento, embora obviamente soubesse tudo isso…
Agora, (e com toda a frontalidade o reafirmo, como dos “poucos críticos do mandato do dr. Santana Lopes”…): se em devido tempo, na tua opinião, foi feito o que teria de ser feito no areal da praia (as PASSADEIRAS, os CAMPOS DE FUTEBOL, BASQUETE e TÉNIS, o OÁSIS…A CICLOVIA ao longo da avenida, o PARQUE DE ESTACIONAMENTO no terrapleno de Buarcos, entre outras obras ali realizadas….) confesso que não percebi a tua resposta, pois a Figueira continuou a ser gerida pelo PSD, em mais dois mandatos, após a ida do dr. Santana Lopes, primeiro para Lisboa, e, depois, para o Governo!..
Se puderes - e quiseres - explica-me então o que falhou a seguir, pois o défice acumulado, após os executivos presididos pelo eng. Duarte Silva é, como todos sabemos, muito preocupante para o futuro dos Figueirenses como tu e eu… Tanto mais, que a Figueira está como sabemos... A começar pela sujidade das ruas... Não há dinheiro para nada e, isso, é, sobretudo, da responsabilidade dos executivos camarários presididos pelo PSD, onde tu tiveste responsabilidades directas e objectivas.
Um abraço
21/8 às 14:20 · Editado · Gosto · 1
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Miguel Almeida Já estamos a falar de coisas diferentes.
Tu perguntaste se só agora EU tinha descoberto o que se devia fazer. Já percebi pela tua resposta que quanto a isso estamos esclarecidos. Penso que ficou claro que EU quando tive responsabilidades autárquicas contribui para que fazer o que agora voltei a defender.
Quanto ao passivo já é outra conversa. Mas também não deixarei de falar disso, mas se não te importas noutro o tempo e noutro fórum. Só para que não digas que estou a fugir “com o rabo” à seringa, só te posso dizer que só falta um mês... 
Um abraço
22/8 às 0:55 · Gosto
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Antonio Agostinho Ok. Entendi. Mais uma vez agradeço os teus esclarecimentos. Um mês passa depressa... Como Figueirense vou aguardar atentamente... Um abraço

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Do oásis à aldeia de Astérix

"Costa quer que lhe entreguemos não apenas o voto mas a alma. A História recente já nos ensinou como esse tipo de relação com a política faz mal à saúde. É mais avisado colocar exigência, escrutínio e insubmissão.
A aldeia de Astérix de António Costa tem uma velha equivalência no oásis de Cavaco, para não ir mais longe na procura de comparações. Os políticos têm essa velha mania de tratar os eleitores como ovelhas obedientes que conduzem para aqui e para ali."

Eduardo Dâmaso

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Dr. Ataíde: é agora ou nunca...

foto sacada daqui
Para quem me acusa de não contribuir com ideias construtivas, fica aqui uma, que apesar de vir de moi-même, passe a imodéstia, reputo de absolutamente extraordinária, tão absolutamente extraordinária como, por exemplo, a venda da TAP para resolver de vez o buraco financeiro da nossa câmara municipal. 
Senhor dr. Ataíde: e se o senhor e a sua maioria absoluta, enquanto o governo está em gestão e o presidente da república anda em consultas aos "parceiros", aproveitasse para vender o Oásis ao Santo da Misericórdia de Lisboa, o Convento de Seiça ao Santuário de Fátima, o Abrigo da Montanha ao Esteves da Caçarola 2, a Quinta das Olaias à empresa do Oásis Plaza e o Paço de Maiorca ao José Manuel Júdice!..

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Querem ver!..

“FMI analisa gastos das câmaras", pode ler-se no Correio da Manhã de hoje!..
Querem ver!..
Analisar?...
Vejam lá no que se metem…
Se vierem à Figueira, vão ficar é completamente pasmados com os gastos feitos, sobretudo,  a partir do mandato de Santana Lopes!..
Acabou-se o oásis!..
Lá vamos ficar sem Aldeia do Mar, sem campo de golfe... Ao menos, não se esqueçam do coreto do jardim!...
Ah, e mantenham esse gigante da organização de eventos concelhio, sustentado a pão-de-ló, denominado Figueira Grande Turismo.
Se há coisa importante na Figueira, é o Carnaval!..

terça-feira, 13 de maio de 2008

A propósito dos terrenos do campo de jogos do Cova-Gala... Mas, não só!..

Crónica de
antónio agostinho

Nestes dias que antecedem a brasa do verão, a Cova-Gala faz lembrar um “banquete urbanístico”, pronto a ser servido de mão-beijada.
Sempre atentos, os grandes empreendedores da construção civil, depararam-se aqui com um novo “oásis”. Contudo, há sempre quem permaneça sempre insaciável, há sempre quem pretenda mais e mais.
Pelo rumo que as coisas estão a tomar, aqui pela Cova-Gala, no geral, acabaremos por ficar “empacotados”!..
Porém, alguns, poucos, irão ficar “empanturrados” com esta autêntica “orgia urbanística de betão”...

A junta de freguesia de S. Pedro, navegando aliás nas águas do executivo camarário figueirense, tem uma ideia de desenvolvimento local simples e redutora, que só ainda não percebeu quem não quis: cimento, cimento, sempre mais cimento, cimento!...
O lobby da construção civil, cumprindo o seu dever e sempre atento aos seus interesses, está de olho aberto e operacional às zonas apetecíveis. Nomeadamente, aos terrenos onde há 30 anos o Grupo Desportivo Cova-Gala tem a sua “oficina” (construída, a pulso, pelo trabalho, esforço e dedicação de gerações de covagalenses) e os terrenos do famigerado Alberto Gaspar & Ca. Lda. ...

Colocado perante esta realidade de terra queimada e, ao que parece, irreversível, quem ousa ser do contra, isto é, quem tem a desfaçatez o arrojo e a pouca vergonha de ter ideias próprias e diferentes, é alvo de mesquinhas insinuações ...
Nomeadamente, "que existem razões políticas na contestação!.." Como se isso, a ser verdade, numa Terra pertencente a um Portugal livre e democrático desde 1974, fosse sequer questionável ou censurável...
Essa, é a forma mais primária e básica de reagir.

Felizmente, existem alguns que tresmalharam do rebanho e pensam o futuro da sua Terra pela sua própria cabeça, com a consciência completamente livre de interesses individuais ou de grupo.
E, esse direito, ninguém, mas ninguém mesmo, lho vai, nem pode, tirar.
O poder, qualquer poder, é uma coisa extremamente frágil. Por isso, quando um fulano se coloca aos gritos perante uma assembleia, sorrio, e lembro-me que daqui a uns anos, não muitos, ninguém se lembrará dele!..
É a vida.

quarta-feira, 18 de março de 2020

À atenção do Senhor Presidente da Câmara

Vivemos momentos péssimos na Figueira.
É nesses dias que um  presidente tem de tomar decisões difíceis. Precisa de ter confiança e acreditar em si para as tomar.
Precisa também de incentivar e motivar os seus concidadãos.
Felizmente que, tanto quanto sei, o nosso concelho é ainda (e espero que assim continue) um oásis, no que ao coronavírus diz respeito.
Os figueirenses,  citadinos e aldeãos,  pelo que me tenho apercebido, têm dado um excelente contributo cívico.  Muitos empresários encerraram. Os trabalhadores e a população em geral tem cumprido a quarentena.
Os profissionais do nosso Hospital, os bombeiros, as forças de segurança, os profissionais das farmácias, dos supermercados, dos lares de idosos, etc. - no fundo todos os funcionários expostos ao público,  têm dado um contributo precioso, arriscado e fundamental na "guerra" que estamos a travar -  e que está ainda longe de ser ganha.

A Figueira (e o concelho) é um deserto.
Tudo isto, sublinhe-se, por vontade própria das pessoas. Por cidadania. E também por sentido de responsabilidade. 
É nestes momentos, quando existem situações inesperadas,  que é preciso tomar decisões rápidas. É aqui que se torna importante uma palavra de estímulo e de esperança de quem lidera, pois é importante o que vem a seguir.
  
Saber gerir ânimos e emoções, é uma das capacidades que se exigem a um líder concelhio. Além de contribuir para manter o optimismo possível para outras tarefas e para as que vêm a seguir, o líder concelhio estará também a mostrar que confia nos cidadãos. E - o que não é coisa pouca - a mostrar que sabe identificar os seus pontos fortes.
Para que uma comunidade não sucumba, num período excepcional como o que estamos a viver, é importante que um presidente se foque no principal, para tomar as melhores decisões.

Nestes últimos dias, por onde tem andado o presidente da câmara da Figueira da Foz? Alguém ouviu a sua voz? Alguém sabe o que pensa?
Acredite senhor presidente, que há figueirenses que esperavam já ter ouvido uma palavra de si. No mínimo, há muitos a pensar assim, já deveria ter deixado uma palavra de incentivo e coragem aos figueirenses. Já deveria, igualmente, ter manisfestado aos figueirenses uma palavra de reconhecimento e agradecimento, pela elevação cívica que os cidadãos que representa têm demonstrado.

É positivo que quando estávamos em normalidade, quando havia o anúncio de um evento, ou abria uma empresa, o presidente da câmara estivesse presente. Mas já é tempo de, neste tempo de excepção, que os figueirenses sintam que têm um líder presente e capaz de dar tudo pelo concelho.
Que têm um presidente corajoso, eficaz, próximo e correto na forma de agir. Isso, acredite, contribuirá para elevar a moral, o que certamente será motivação extra para  os figueirenses continuarem a superar-se para manter à distância, o mais possível, a pandemia do coronavírus.
Senhor presidente Carlos Monteiro: haja o que houver no futuro, os figueirenses já são credores de uma palavra sua de reconhecimento e agradecimento no momento grave que todos atravessamos.
Vamos a isso Senhor Presidente?