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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Public toilet


José Pereira da Costa, deputado do PSD, ex - vereador na Câmara Municipal da Figueira da Foz eleito em 1997 e 2001, actual Membro da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, ex-Secretário de Estado da Defesa e dos Antigos Combatentes, actual deputado e deputado na IX Legislatura, advogado, hoje numa crónica no jornal AS BEIRAS:
"Foi na semana passada finalmente anunciada a data de abertura do Oásis Plaza, unidade hoteleira em fase de acabamento de construção localizada na Ponte Galante. Sempre discordei, e continuo a discordar, da instalação naquele local de um aparthotel com aquelas dimensões. E considero inconcebível, sob o ponto de vista urbanístico, a autorização de construção do conjunto de apartamentos que se situam junto aquele aparthotel. Sobre tal assunto já muito foi dito e escrito, não pretendendo voltar a essa discussão. Apenas para que fique registado para o futuro, pretendo reiterar a minha posição de total oposição a tal projecto."

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A ironia da questão em torno da transparência figueirense

No passado dia 24 de Outubro de 2013, na reunião de Câmara realizada nessa manhã, os figueirenses ficaram a saber que foi aprovada a proposta para realização de reuniões de Câmara às primeira e terceira segunda-feiras de cada mês. Como novidade, a primeira reunião de Câmara ficará vedada à presença de público e imprensa.
Nesse dia, ficámos também a saber que a primeira reunião não terá transmissão via internet, só a segunda."
A “coisa”, como seria de esperar  tornou-se polémica. Houve comunicados do PSD e do PS.  
Há coisas que acontecem na Figueira que, pelo menos para mim, são estupidamente irónicas.
Pelo menos, é assim que eu apenas as quero ver.
Passados seis dias, no dia 30 do mesmo mês de Outubro de 2013, aparece na  imprensa o seguinte: “O município da Figueira da Foz é o melhor classificado num 'ranking' de transparência municipal onde a média das 308 câmaras é de apenas 33 pontos num máximo de 100, revelou hoje a Transparência e Integridade Associação Cívica (TIAC).”
Não acham isto, no mínimo, estupidamente irónico?..
Eu, confesso que achei...
Ontem, ao fim da tarde, em conversa com um figueirense, meu Amigo de há longos anos  - e  dos mais informados e atentos que conheço, disse-me ele, a propósito das reuniões à porta fechada: “isto é engraçado, no momento em que a Figueira apareceu como a cidade mais transparente, o presidente da câmara quis a primeira reunião à porta fechada!..”
E, logo de seguida, surge a dúvida: “já não me recordo bem, primeiro foi a decisão da reunião da câmara, ou primeiro foi a notícia da transparência?..”
Como vimos acima - e pode ser comprovado através dos links: a reunião da câmara foi a 24 de outubro e a notícia surgiu a 30 do mesmo mês.
Confusão desfeita, hoje ao ler As Beiras – outra coincidência irónica –, deparo-me com uma oportuna crónica assinada pelo Rui Curado da Silva. 
Dado o seu manifesto interesse e oportunidade, não resisto a citá-la.

Rui Curado da Silva
“Constato a euforia com que se louva a classificação de página internet mais transparente atribuída à Câmara Municipal apesar da nota atribuída ter sido um suficiente (imaginem as páginas do resto país...). No entanto, considero que estes serviços também são importantes, sobretudo porque leio as atas disponíveis na página.
Justamente por ler essas atas, reforcei a convicção que durante a última década deveria ter havido muito mais transparência na política do município. E essa forma de transparência é bem mais importante do que a transparência da página internet.
Em nome da verdadeira transparência porque não criamos uma comissão de inquérito interpartidária para analisar ao detalhe quem ganhou e quem perdeu nos negócios do Vale do Galante ou do Foz Village? Vamos ouvir pessoas, analisar documentos, identificar para onde fluiu o dinheiro (no caso do Galante um milhão de euros não se esconde debaixo de um tapete). As personagens envolvidas estão mais ricas ou mais pobres? Fugiram ou continuam por cá? Isto é que seria transparência a sério.
Como é que o cantor Mico da Câmara Pereira passa pela Figueira deixando um rasto de dívidas atrás de si? Houve algum responsável político a dar-lhe cobertura? E as campanhas partidárias milionárias que se praticam na Figueira são financiadas por quem e com que intenções?
Há negócios brilhantes na Figueira que dão muito mais lucro do que o esperado ou trata-se apenas de enriquecimento ilícito?”

Ora confessem lá: depois de terem lido este texto do Rui Curado da Silva, não acham a transparência, na Figueira, uma "coisa" muito irónica?..

sábado, 14 de setembro de 2013

Para mim o vencedor do debate foi João Paz Cardoso...

E ainda bem, pois tive uma agradável surpresa...
Ah, mas vocês querem é saber  "quem venceu o debate".
Respondo sem dificuldade, pois para mim foi tudo  muito claro: foi este senhor quando falou sobre o PDM...
A CDU e o BE também poderiam ter dito isto... Já Miguel Almeida teria muitas dificuldades em ser levado a sério se dissesse algo semelhante... Ataíde também não estaria muito à vontade... 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cabras na cidade?.. Credo!.. Cimento, cimento, cimento…cimento...

Num texto magnífico, hoje publicado no jornal AS Beiras, que eu li na edição papel e vou tentar trazer aqui um resumo tanto quanto possível fiel, fiando-me na minha memória, Rui Curado da Silva lembra “que nos anos 60 do século passado a Figueira teve o privilégio de ter o aquitecto Alberto Pessoa e o paisagista Ribeiro Telles a pensar a cidade”.
Imaginaram “2 corredores verdes a acompanhar 2 pequenos cursos de água com origem na Serra. Um,  atravessava as Abadias, terminando no rio; o outro, corria até ao mar, atravessando o Vale da Ponte do Galante”.
No mesmo texto que estou a tentar resumir de memória, Rui Curado da Silva ressaltava que “os espaços verdes, em que a natureza trabalha por sua conta,  são naturais e comuns em  cidades alemães e na Europa do norte”.
Aqui na Figueira, ao que parece, outro dia foi um escândalo, para  certas pessoas, ver cabras a pastar nas Abadias!..
“Curiosamente – continuando a  citar de memória Rui Curado da Silva – houve quem se escandelizasse com as cabras, mas aprovou a urbanização e o hotel que assassinaram o corredor verde do Galante”.

Em tempo.
Polémicas à parte,  quando é que a  nova e moderna unidade hoteleira de quatro estrelas, com vistas para o mar e com a praia no outro lado da rua entra em funcionamento?
Com cerca de cinco dezenas de metros de altura, o edifício impõe-se à paisagem urbana da marginal oceânica, pelas dimensões e pela arquitectura.
A estalagem de 4 estrelas está mesmo a fazer falta, pois com a desmesurada procura que por aí anda, carradas de hóspedes (hoje, chama-se cliente a este tipo de freguesia…) poderão ser devidamente albergados e deliciar-se com a panorâmica sobre a marginal da cidade, a cavalo em 50  andaresque  deve ser  formidável, não nego, pelo menos enquanto  não há  mamarrachos iguais a empecê-la.
O mais será uma questão de gosto urbanístico. Ou de falta dele.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Galante...


António Cerejo Bastos, de 55 anos, ex-administrador da SAD da União de Leiria, está escondido algures no Dubai. 
Recorde-se,  que o empresário, principal promotor do aparthotel do Galante, foi condenado a 13 anos de cadeia por ter morto um assaltante que entrou na sua empresa para roubar gasóleo. Apanhado por elementos da GNR, estava já preso e algemado quando António Bastos disparou uma arma que levava consigo, tendo-o morto.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Com vento é que se iça a vela…



Em tempo…
Se a inauguração do "babilónico edifício da Ponte Galante", desta vez, acontecer, confesso  que continuo  curioso para saber quem vai estar presente...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ponte Galante, um "elefante branco", resultado de uma enorme suspeita de corrupção que varreu a Figueira no início deste século XXI…


Conclusão do hotel e dos apartamentos do empreendimento da Figueira da Foz depende de um fundo imobiliário da Caixa Geral de Depósitos, numa altura em que um dos sócios da empresa promotora está fugido à justiça. 
A Secretaria de Estado do Turismo prorrogou a validade turística prévia ao Hotel Apartamentos Oásis Plaza até 31 de agosto de 2013. Mas, se não abrir antes daquela data, perde os fundos do Turismo de Portugal. 
A unidade hoteleira está praticamente concluída, faltando o mobiliário e os acabamentos.
Segundo um texto ontem publicado no diário AS BEIRAS, o presidente da Câmara da Figueira da Foz está moderadamente optimista em relação à conclusão do empreendimento hoteleiro e habitacional da Ponte do Galante. "Tenho um optimismo moderado", disse João Ataíde, convidado do programa "Estado concelho", da Figueira TV.
João Ataíde tem diligenciado a favor da conclusão das obras, o que neste momento depende de um fundo imobiliário liderado pela Caixa Geral de Depósitos.
Recorde-se, que este  processo encontra-se rodeado de uma nebulosa desde a hasta pública para a venda do terreno municipal, com os vencedores a alienarem o lote, em 24 horas, por um preço várias vezes superior ao da compra.
A venda do terreno destinava-se, apenas, a uma unidade hoteleira, mas os novos proprietários condicionaram a construção do hotel à aprovação, pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, do empreendimento habitacional.
A autarquia não só o aprovou como alterou planos para o hotel ganhar mais alguns metros do passeio da marginal oceânica. Travado durante cerca de um ano por providências cautelares, o projecto arrancou em 2004. Porém, os problemas financeiros que entretanto surgiram foram atrasando as obras e a inauguração da unidade hoteleira tem vários anos de atraso.
Entretanto, se as dificuldades financeiras não bastassem, António Cereja Bastos, sócio da promotora do empreendimento, matou um indivíduo que lhe roubava combustível das viaturas estacionadas nos armazéns, em Porto de Mós, decorria o ano de 2009.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"Espera de Reis" volta a sair à rua

No próximo dia 5 de Janeiro, pelas 21h00, vai realizar-se a tradicional e popular “Espera dos Reis”.

O Cortejo dos Reis Magos será protagonizado pelas Filarmónicas 10 de Agosto e Figueirense que, como de costume, partirão de locais diferentes: a 10 de Agosto da Ponte Galante, enquanto a Figueirense partirá da Estação.

Ambos os cortejos trarão os Reis Magos, a cavalo, ladeados de personagens portadoras de archotes e lanternas de cores. O encontro dos dois cortejos decorrerá na “lapinha”, na entrada da Praça 8 de Maio, onde – antes e depois deste encontro – decorrerão cantares e uma representação alusivos ao evento.

No mesmo dia e após a “Espera dos Reis”, decorrerá, na sede da Sociedade Filarmónica 10 de Agosto, um outro tradicional evento aberto a toda a população: “Os Autos dos Reis Magos”.

Via O Figueirense

sábado, 17 de setembro de 2011

Paulo Morais: um exemplo de coerência

Paulo Morais é um Homem digno, frontal e coerente. Fez (e continua a fazer) o que poucos em Portugal têm a ousadia e a coragem de fazer:  “colocou os interesses da comunidade à frente dos seus”.
Pelo menos, foi  assim que em Junho de 2008, quando  o PS era oposição na Figueira, foi avaliado por um então vereador socialista.
Paulo Morais, continua como era: coerente e frontal a afrontar os interesses instalados.
Vejam só o que disse ontem em Leça do Balio: “algumas empresas municipais "são sedes partidárias disfarçadas".
Na Figueira, em 2008, também era assim!.. Lembram-se?.. As empresas municipais eram então um prolongamento do PSD figueirense e distrital.
Espero que Paulo Morais não venha à nossa cidade dizer o que disse  na passada sexta-feira em Leça do Balio, Matosinhos, pois arrisca-se a ver virar-lhe as costas quem esteve ao seu lado em Junho de 2008, quando veio à Figueira apoiar a luta do “Vale do Galante”. É que alguns dos contestários de então, agora são, ou estão,  próximos do poder local!.. E isso fez toda a diferença.
Ninguém mo disse, mas eu sei do que falo...
Por mim, continuo a pensar o que pensava em Junho de 2008 o então vereador do PS:  “caso o país tivesse mais Homens com a fibra de Paulo Morais,e a sua luta desigual por mais justiça, não estaríamos na cauda da Europa.”

terça-feira, 22 de março de 2011

O betão é que dá instruções sobre o trânsito da urbe figueirense?..

Na zona envolvente do GALANTE o empreiteiro parece pôr e dispor do trânsito a seu belo prazer, conforme ofício que colocamos abaixo, e que foi entregue aos moradores da zona.
Será que, quer seja na Margem Norte, quer seja na Outra Margem, o betão continua a mandar, apesar da mudança de cor política verificada no executivo figueirense da autarquia no acto eleitoral autárquico de 2009?..
Aguarda-se esclarecimento de quem de direito.


Carta enviada pelo Cento Cerro, Empresa de Construção e Obras Públicas, SA, aos moradores:


"ASSUNTO: "INFRAESTRUTURASDE URBANIZAÇÃO NO LOTEAMENTO DO VALE DO GALANTE"
- Rua Almeida Garrett/lnterrupção ao Trânsito-

Ex.mo(a)Senhor(a),

Para os devidos efeitos, informa-se V/Exa. de que a Rua Almeida Garrett estará com interrupção ao trânsito, a partir da próxima segunda-feira, dia 21/02/11, para trabalhos de requalificação no âmbito da obra em epígrafe, na zona delimitada pelos entroncamentos:
• a Sul na RuaAlexandre Herculano;
• a Norte na RuaJoão Gaspar Simões;
Deva salientar-se que, os moradores na referida artéria terão acesso às suas habitações pela Rua João de Barros.
Os trabalhos irão decorrer sob alçada do n/encarregado, sendo que a frente de trabalho estará totalmente sinalizada e protegida."

segunda-feira, 15 de março de 2010

A árvore não pode fazer esquecer a floresta

O "aparthotel", desde há meia dúzia de dias denominado "Holiday-In", ao fundo da fotografia, acompanhado de mais seis prédios de oito andares, em menos de dois hectares (cujo caso é muito conhecido, por ter sido noticiado que o respectivo terreno foi vendido pela Câmara e revendido no mesmo dia, etc...), abre em Julho.
Não sou paisagista, mas sei que fere a estética do local.
Também sei que tem mais de uma dúzia de pisos de altura, quatro ou cinco pisos de estacionamento subterrâneos e foi construído, na Figueira da Foz, no local onde desaguava uma linha de água...
Esta foto, de há uns meses, quando ainda lá se encontrava o cartaz, comprova que, enquanto os edifícios lá estavam a ser construídos, essa linha de água (a Ribeira do Galante, onde confluem os fluxos de uma parte inteira da cidade, desde o Alto do Forno), estava a ser objecto de um "desvio e reencaminhamento", através do seu encanamento subterrâneo, com manilhas de cimento.
Desculpem-me a frontalidade, mas esta é uma verdade que convém não ser escamoteada.
Não podemos olhar apenas para a árvore e esquecer a floresta...

(texto elaborado a partir de um mail)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Verão da Figueira, por onde andas tu?...


Figueira. Agosto.
Mês de férias, calor, praia, sol...
Isso era dantes.
O frio, principalmente à noite, não desarma.
Já me constipei e ando com um arreliador pingo no nariz!
E ainda nem estamos em meados de Agosto.
Verão da Figueira, por onde andas tu?
A Figueira, tirando os fins de semana, está deserta…
É a crise. Dizem.
Também do tempo, digo eu.
A continuar assim, para quê, então, “os novos projectos de hotelaria no Concelho”?
Sublinhe-se, em especial, os “processos em que o Executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz se empenhou directamente para dinamizar o turismo do Concelho: adaptação do Paço de Maiorca num hotel de charme e a conclusão dos licenciamentos da Hotel Ponte Galante e do hotel do Grupo Visabeira, junto às Abadias.”
Mas, se tudo isto não chegar para a enorme procura turística de que a Figueira está a ser alvo este ano, em carteira, certamente não esquecido, deve estar ainda o projecto Alberto Gaspar.

domingo, 9 de agosto de 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Candidatos à câmara da Figueira PS e PSD?...


Diário de Coimbra de hoje: “A Comissão Política Concelhia do PS da Figueira reúne esta noite para debater o nome que vai liderar a lista à Câmara nas próximas autárquicas e ao que tudo indica, o juiz desembargador João Ataíde das Neves vai ser votado como o candidato dos socialistas para tentar recuperar uma autarquia que está nas mãos do PSD desde 1997.”
No mesmo jornal, continuando a citar a notícia assinada por Bela Coutinho e JLC,  
“Ataíde das Neves vai ser o candidato dos socialistas”, lê-se mais à frente: “Ataíde deverá ser assim, o principal opositor de Duarte Silva que ainda não confirmou a sua recandidatura, mas que, à medida que o tempo passa, menos margem tem para evitar ir a votos. Algo agastado com o processo em tribunal da Ponte Galante, Duarte Silva tem ponderado não continuar na política, mas ao mesmo tempo sabe a instabilidade existente no PSD local pelo que, a não avançar, geraria um ambiente interno que poderia influenciar de modo determinante a campanha.”

sexta-feira, 13 de março de 2009

Marca

Foto de Pedro Cruz, sacada daqui
“Os lugares também têm traços próprios que fazem com que uma fotografia captada em determinado lugar específico seja única e irrepetível noutro espaço, dando valor acrescentado à beleza da diversidade. Na Figueira, poderemos sinalizar algumas marcas identitárias das quais se destaca a paisagem moldada na amenidade do estuário, no recorte da enseada e no dorso suave da Serra, dispondo de um invulgar e amplo sistema de vistas para todos os quadrantes. Esta é, com efeito, uma mais valia oferecida pela bondade da natureza, numa harmonia generosa que importa proteger e potenciar em termos económicos e culturais. Assim sendo, não podemos ceder às pressões imediatistas dos que querem plantar “prédios e apartamentos encavalitados com vista para o mar, para onde fazemos desaguar os esgotos de todas aquelas casas numa cacafonia urbanística que não nos distingue de todos os outros sítios” como escreveu Luísa Schmidt. Não é por uma mera questão de gosto ou por fundamentalismo de qualquer tipo. É a racionalidade de vivermos e promovermos o território como um recurso finito que, como tal, precisa de uma delicada gestão e de olhar profundo.
O amontoado de construções de manhosa qualidade arquitectónica que trepam desde o Cabo Mondego até meia encosta da Serra, ou as incríveis enxertias fora de escala do edifício Atlântico e do inacreditável prédio do vale do Galante, são tristes exemplos de como se desperdiça, impunemente, o valor de uma marca singular, permitindo-se, ao invés, a degradação do edificado centenário sobranceiro ao mar.”


Texto de Pedro Melo Biscaia, com a devida vénia, sacado daqui.

sábado, 23 de agosto de 2008

Vale do Galante está ficar muito caro

A Câmara da Figueira da Foz já gastou, até á data, 200 mil euros em advogados no processo Vale do Galante.
Segundo o Sol, António Tavares, vereador socialista, diz não compreender «a real necessidade de a Câmara da Figueira contratar os serviços de advogados externos, quando tem um departamento jurídico e vários avençados».
Tavares frisa as «grandes dificuldades financeiras da Figueira da Foz, que tem um passivo de mais de 60 milhões de euros» para questionar a opção do presidente. «Isto é tanto mais estranho se pensarmos que no processo do Parque de Campismo os custos não ultrapassaram os cinco mil euros e o caso chegou ao Supremo Tribunal», comenta o vereador socialista.
Contactado pelo mesmo jornal, Duarte Silva explica a contratação dos serviços destes advogados de Lisboa com o facto de estarem «em causa serviços jurídicos complexos, de exigente qualidade, de trabalho intenso, feito de muitas diligências e muito estudo».
O autarca social-democrata sublinha que não está em causa a «confiança no departamento jurídico» da Câmara da Figueira – composto por quatro advogados –, mas sim «a complexidade e delicadeza das questões suscitadas» e «a importância do projecto da construção de uma unidade hoteleira de referência» na cidade.
Mas não foi só no processo administrativo que Duarte Silva contou com o apoio jurídico de Rodrigo Esteves de Oliveira. O jurista esteve presente no interrogatório – levado a cabo no DIAP de Coimbra – em que o autarca foi constituído arguido no âmbito de uma investigação relacionada com o Vale do Galante.
«Tanto quanto sei, o Eng. Duarte Silva ainda não tem outro advogado que o represente no processo-crime», admitiu ao SOL Esteves de Oliveira, afirmando não ser «um especialista em direito penal» e ter «apenas acompanhado» o presidente da Figueira Foz durante essa diligência.
Questionado pelo SOL sobre se este «acompanhamento» está ou não incluído nos serviços prestados à Câmara da Figueira, o advogado confessou não saber responder: «Tenho de colocar a questão ao presidente, para saber se ele quer pagar ou se, nos termos da Lei dos Eleitos Locais, prefere que seja a Câmara da Figueira a pagar». O SOL tentou esclarecer esta questão junto da Câmara da Figueira, mas o presidente esteve sempre incontactável.

sábado, 26 de julho de 2008

Foi requerida em tribunal a perda de mandato do presidente da Câmara da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
O Movimento de Defesa do Vale do Galante, que contesta a construção de uma urbanização na Figueira da Foz, requereu em tribunal a perda de mandato do presidente da Câmara Municipal local, Duarte Silva (PSD).
A acção, interposta no dia 26 de Junho, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, foi subscrita por cerca de três dezenas de populares com base na Lei n.º 27/96 (Tutela Administrativa das Autarquias) e na Lei de Acção Popular. Os contestatários pedem a perda de mandato do autarca por alegada "violação culposa dos instrumentos de ordenamento do território ou de planeamento urbanístico, por actos administrativos praticados pelo edil no ano de 2003 no âmbito do processo do Galante.”
Segundo o JN, “os factos que sustentam o pedido de perda de mandato reportam a actos relacionados com a escritura pública do terreno do vale do Galante, entre a Autarquia da Figueira da Foz e a empresa Imofoz (Grupo Amorim), onde está a ser construído um aparthotel de 16 andares e sete blocos de apartamentos, com um total de 300 fogos, na área adjacente.O empreendimento é contestado pelo movimento cívico e pela Oposição socialista e comunista na Câmara e Assembleia Municipal. Sobretudo, é contestada a revenda do terreno por um privado que, depois de o adquirir à Autarquia, vendeu-o no mesmo dia lucrando 1,1 milhões de euros. Também a suspensão parcial do Plano Director Municipal e do Plano de Urbanização da zona e a elaboração de um Plano de Pormenor são contestados.”
Recorde-se, que “por presumíveis indícios acerca da eventual autoria de crime em práticas urbanísticas, foram constituídos arguidos Duarte Silva e o ex-vice-presidente da CMFF Paulo Pereira Coelho.”
Sublinhe-se, porém, que “ambos os suspeitos desfrutam da presunção de inocência, cabendo ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra deduzir acusação ou proferir despacho de arquivamento do processo.”

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pelos vistos há mais ciganos que os ciganos


“Com os ciganos aprendi a tocar guitarra e a fazer umas pequenas aldrabices... as grandes aldrabices nunca são feitas pelos ciganos!"
Esta é uma frase habitual do cantor Paco Bandeira e que lhe serve há mais de trinta anos para nos espectáculos fazer a introdução à cantiga "Marilúcia" (...era a moça mais bonita das ciganas), cantiga que (entre outras) lhe garantiu a amizade sem reservas da comunidade cigana em Portugal.

Tal como o Cantigueiro Samuel, também “eu não tenho competência para analisar as gerações de asneiras sociais, políticas, humanas, urbanísticas, etc, que levaram à idealização e construção à volta das grandes cidades, cá como noutros países, desses monumentos à intolerância e racismos de todos os tipos, disfarçados de assistencialismo e preocupação social, que são os vulgarmente chamados bairros "sociais".
Pessoalmente, lamento que um povo historicamente ligado a uma noção de indomável liberdade, cultura própria por vezes com manifestações brilhantes, por força de tantas caras e portas fechadas, Santas Inquisições, Holocaustos, incompreensão e o nosso imenso medo do desconhecido, se tenham deixado aprisionar pela triste imagem que alguns dos seus dão, uma imagem de criminalidade, pedinchice hipocritamente humilde, hábitos de violência, problemas com droga... que a nossa sociedade se encarrega de colar como rótulo em toda a comunidade, como faz aliás com todas as "diferenças", sejam pretos, árabes, ciganos, etc, os quais são quase sempre "todos" uma coisa qualquer e quase sempre sempre má.
Adoraria ter uma solução para estes problemas... mas não tenho. Para manter o espírito aberto e ajudar a acalmar uma certa paranóia securitária que sempre se instala nestas alturas, fico-me por esta ideia que não passa de um desenvolvimento "à minha moda" da tal frase do Paco Bandeira com que comecei.
"As grandes aldrabices nunca são feitas pelos ciganos!"
Pois não!... Alguém ouviu falar de algum cigano ligado àquele
negócio de quase 500 milhões em material de comunicações que afinal valia um quinto?
Alguém viu algum cigano a
negociar compras de submarinos para a Marinha Portuguesa?
Algum cigano passou recentemente de algum Ministério directamente para o Conselho de Administração de alguma empresa com que "despachava" enquanto ministro, especializada em, sei lá... Lusopontes?
Algum cigano esteve embrulhado no
negócio da concessão do Casino Lisboa?”
Cá pela Figueira, alguém tem conhecimento de algum cigano ligado ao chamado caso Ponte Galante?
Pelos vistos, há mais ciganos que os ciganos!..

terça-feira, 15 de julho de 2008

Os figueirenses conseguirão vencer as autárquicas de 2009?

Foto sacada daqui
2009, vai ser ano de quase todas as eleições – legislativas, europeias e autárquicas.
As autárquicas, realizar-se-ão entre Outubro e Dezembro.
Como sempre, também estas serão eleições importantíssimas para o desenvolvimento do nosso concelho. Da escolha que então faremos, dependerá a formação da equipa que irá estar à frente da Figueira da Foz nos 4 anos subsequentes. E isso, acreditem, não será dispiciendo.
Conseguirão os figueirenses, no seu conjunto, distinguir o fundamental do acessório na escolha a efectivar?

Falta, ainda, mais de um ano. Desconhece-se muita coisa. Inclusive, o nome dos “cabeças de lista”.
Todavia, um ano e alguns meses, na actual conjuntura política figueirense, não é muito tempo.
A natureza, apesar de generosa (presenteou-nos com mar, rio, serra, lagoas, floresta e praia) não resolveu por si só os problemas de desenvolvimento da Figueira da Foz. Os homens, ao longo do tempo foram atrapalhando. Por sua vez, o Casino, o Oásis, o Centro de Artes e Espectáculos, o hotel Galante e a gente hospitaleira, também não conseguiram o milagre de ressuscitar a Praia da Claridade.

Agora, o tempo está contra. Quem conduziu os destinos do concelho, nos últimos anos, foi muito pouco competente ao fazer-nos interiorizar que sempre fomos perseguidos pelo poder central. Quanto a mim, isso não foi, nem de perto, nem de longe, como nos quiseram pintar, a questão essencial para justificar o atraso da “rainha das praias de Portugal”.
Quem está verdadeiramente contra os nossos interesses, enquanto concelho, sempre fomos nós próprios.
Os políticos que elegermos nas próximas autárquicas têm um tarefa gigantesca pela frente: convencer os figueirenses que ninguém faz nada por eles, a não ser eles mesmos.
Se isso não acontecer, tudo vai continuar no “rame-rame” tradicional.
O bem estar, o desenvolvimento e o progresso não caem do céu. Conquistam-se.
É, esse, na realidade, o problema fulcral: lutar por aquilo a que temos direito, não faz o género dos figueirenses.
Pelo menos, não tem feito...

O desenvolvimento de uma cidade como a Figueira da Foz, possuidora de condições naturais extraordinárias, não pode continuar a ser pensado e executado, como se estivéssemos nos primeiro anos do século passado.
Há factores importantes, que se não tivessem sido descurados – como a beleza da paisagem natural, constituiriam hoje uma mais valia fundamental no desenvolvimento do turismo figueirense, pela diferença.
Ao terem permitido as asneiras que autorizaram, nomeadamente na frente oceânica que é a Avenida entre a Torre do Relógio e o famoso prédio J. Pimenta, para não falar da encosta sul da Serra da Boa Viagem, os responsáveis por essas barbaridades cometeram uma traição irreversível à Figueira e às suas gentes.
Por isso, em 2009, todo o cuidado será pouco.