sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Recomeça...


Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…

Miguel Torga

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Último post de 2009: um olhar do Pedro sobre a “vó Dora”


Não tenho por hábito escrever aqui. No entanto, hoje, vou fazê-lo.
Esta senhora é a minha avó.
Rosto pintado em tons suaves, saturado pelos sinais do tempo e pelo fado que traçou são pontos que transparecem no seu olhar envolvente.
Hoje, a vó Dora, como lhe chamo, vê-se envolvida numa
“luta”.
Lutadora desde sempre, hoje, a
“Luta” é diferente…
Trazer aquele tempo de força em tempos não é tarefa fácil. Até porque, hoje, a coragem é outra, e força também, claro.
Força,
“vó Dora”.
Eu sou o Pedro
“o meu único neto…”

Pedro

A foto e o texto são do Pedro Cruz, meu sobrinho. Falam da "vó Dora", a minha Mãe.
Este trabalho foi sacado daqui.
Desculpa lá Pedro, mas não resisti...
Obrigado meu!...

X&Q798

Adeus 2009


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

COVA-GALA, SEMPRE!


Por impossibilidade pessoal, não tive oportunidade de assistir “in locco”, à Assembleia de Freguesia de São Pedro, que se realizou na passada segunda-feira. Todavia, já tive oportunidade de me informar sobre o que lá aconteceu, quer por troca de impressões informal com participantes na reunião, quer pela leitura deste post do Pedro Cruz e respectivos comentários publicados.

“Carlos Simão, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, há 16 anos, disse no decorrer da Assembleia de Freguesia, ontem realizada, esta coisa absolutamente extraordinária: “Cova-Gala não existe em lado nenhum". Segundo o mesmo, “Cova-Gala é um nome interno, ou seja, não existe em lado nenhum. O que existe é Freguesia de S. Pedro da Figueira da Foz."E, a dado passo da ordem dos trabalhos, talvez, quem sabe, por mera manobra de diversão, afirma: “fala-se de tudo e não se fala do que realmente importa, os líderes de 1979 é que mataram a Cova-Gala.”

Fiquei pasmado, ao ter conhecimento desta frase do senhor presidente da junta: como é que se pode matar o que, segundo ele, nunca “existiu em lado nenhum”?...

Vamos, então, avivar a memória, sobre o que se passou há cerca de 40 anos na Cova e na Gala, via site do GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA:

Estávamos em 1969. A rivalidade entre as povoações de Cova e Gala era bastante acentuada. Os Evangélicos, através do pastor Esperança chamavam a estas povoações de "Cova da Gala", o que foi continuado pelo Reverendo João Neto.

Nesta altura o Desportivo Clube Marítimo da Gala tinha acabado de perder o seu campo de futebol. A Câmara Municipal da Figueira da Foz tinha vendido o terreno, onde este se encontrava, á TERPEX.

Dois directores (José Vidal e Manuel Afonso Baptista) do Desportivo Clube Marítimo da Gala - Centro de Recreio Popular Nº72 - resolveram ir à Direcção Geral das Florestas e pedir ao sr. Engenheiro Gravato a cedência duma fábrica em ruínas que existia no Cabedelo. O sr. Eng. Gravato disse-lhes que podiam fazer o campo nessas instalações velhas, mas que teriam também de pedir a alguém na Casa dos Pescadores de Buarcos, visto eles se intitularem com direitos à dita fábrica.

Juntaram-se a estes dois directores mais alguns elementos, tais como Manuel Curado, Inácio Pereira e outros ligados ao sector da pesca. Atendidos pelo sr. Tomás, este disse estar na disposição de ceder as instalações, tanto mais que ambas as entidades as reclamavam para si e assim a partir dessa data ficariam para as povoações de Cova-Gala.

Estando este caso esclarecido, foi então feito um peditório pela povoação para o aluguer duma máquina de terraplanagem, a qual serviu também para o início da abertura duma ligação à praia da Cova (hoje Rua do Mar) e outros caminhos. Os primeiros montes de solão, cedidos pelo sr. Manuel Paralta (padeiro) vieram de Lavos, trazidos por batéis para a borda do rio e dali carregado para o campo de futebol.

Era o princípio do fim da rivalidade que existia entre a Cova e a Gala. Foram tempos difíceis para se avançar com a feitura do campo. O solão não havia em abundância e o saibro também não estava muito em uso. Foi preciso esperar mais alguns anos, até que alguém, com vontade férrea de vencer estas rivalidades fez vingar a ideia da vivência pacifista. Foram eles, os fundadores do Grupo Desportivo Cova-Gala. Foram eles, que mais do que construir um campo e uma equipa de futebol, tinham em mente a unificação total destas duas povoações.

O DESPERTAR DE UM SONHO

Estávamos em 1969. A rivalidade entre as povoações de Cova e Gala era bastante acentuada. Os Evangélicos, através do pastor Esperança chamavam a estas povoações de "Cova da Gala", o que foi continuado pelo Reverendo João Neto.

Nesta altura o Desportivo Clube Marítimo da Gala tinha acabado de perder o seu campo de futebol. A Câmara Municipal da Figueira da Foz tinha vendido o terreno, onde este se encontrava, á TERPEX.

Dois directores (José Vidal e Manuel Afonso Baptista) do Desportivo Clube Marítimo da Gala - Centro de Recreio Popular Nº72 - resolveram ir à Direcção Geral das Florestas e pedir ao sr. Engenheiro Gravato a cedência duma fábrica em ruínas que existia no Cabedelo. O sr. Eng. Gravato disse-lhes que podiam fazer o campo nessas instalações velhas, mas que teriam também de pedir a alguém na Casa dos Pescadores de Buarcos, visto eles se intitularem com direitos à dita fábrica.

Juntaram-se a estes dois directores mais alguns elementos, tais como Manuel Curado, Inácio Pereira e outros ligados ao sector da pesca. Atendidos pelo sr. Tomás, este disse estar na disposição de ceder as instalações, tanto mais que ambas as entidades as reclamavam para si e assim a partir dessa data ficariam para as povoações de Cova-Gala.

Estando este caso esclarecido, foi então feito um peditório pela povoação para o aluguer duma máquina de terraplanagem, a qual serviu também para o início da abertura duma ligação à praia da Cova (hoje Rua do Mar) e outros caminhos. Os primeiros montes de solão, cedidos pelo sr. Manuel Paralta (padeiro) vieram de Lavos, trazidos por batéis para a borda do rio e dali carregado para o campo de futebol.

Era o princípio do fim da rivalidade que existia entre a Cova e a Gala. Foram tempos difíceis para se avançar com a feitura do campo. O solão não havia em abundância e o saibro também não estava muito em uso. Foi preciso esperar mais alguns anos, até que alguém, com vontade férrea de vencer estas rivalidades fez vingar a ideia da vivência pacifista. Foram eles, os fundadores do Grupo Desportivo Cova-Gala. Foram eles, que mais do que construir um campo e uma equipa de futebol, tinham em mente a unificação total destas duas povoações.

Pois é, Cova-Gala pode ser, como diz o senhor presidente da junta, um nome interno, mas que apareceu naturalmente como uma necessidade do Povo da Cova e da Gala, sendo, por isso, facilmente assimilado como património natural e histórico dos descendentes dos ilhavenses – os verdadeiros fundadores da Cova, primeiro, e, cerca de 40 depois, da Gala.

Agora, Vila de São Pedro, uma criação oportunista de políticos, de fora e de dentro da Cova-Gala, é que não vai, de certeza, ser assimilada, e naturalmente aceite, como património natural e histórico dos descendentes dos ilhavenses – os verdadeiros fundadores da Cova, primeiro, e, cerca de 40 depois, da Gala.

Quanto a isso, senhor presidente da junta de São Pedro, eu, como um dos inconformados, estou completamente descansado.

Agora, há que continuar a lutar para repor aquilo que é o património natural e histórico dos descendentes dos ilhavenses – os verdadeiros fundadores da Cova, primeiro, e, cerca de 40 depois, da Gala.
Portanto, senhor presidente da junta de Freguesia de São Pedro: Cova-Gala, sempre! A luta pela reposição da verdade histórica vai, naturalmente, continuar.

Orla costeira da Cova-Gala fotografada há poucos minutos atrás

A quem se estará a referir José Pacheco Pereira?...


“QUEM QUISER DEBATER NO PSD, SÓ O PODE FAZER COM INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA.

Ou seja, sem condicionantes de emprego, carreira, interesses económicos, dependência dos cargos e acima de tudo real, absoluta, profunda independência do governo e do establishment do poder. Quem tem que tratar com o poder socialista, com José Sócrates, seja um concurso, uma concessão, uma vantagem, um subsídio, um negócio, não está livre para dirigir um partido da oposição num momento difícil como este.”

Via Abrupto

X&Q797


Palheiros da Cova-Gala


Podes ser dador de medula óssea

Tens entre 18 e 45 anos, boa saúde e gostavas de ser dador voluntário de medula?...
aqui como...

Via blogue o que eu penso

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A questão da Vila de São Pedro e a fuga para a frente do presidente da Junta

Carlos Simão, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro há 16 anos, disse no decorrer da Assembleia de Freguesia, ontem realizada, esta coisa absolutamente extraordinária: “Cova-Gala não existe em lado nenhum".
Segundo Carlos Simão, “Cova-Gala é um nome interno, ou seja, não existe em lado nenhum. O que existe é Freguesia de S. Pedro da Figueira da Foz."
O actual presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, culpabiliza os líderes de 1979, de matarem a Cova-Gala: “fala-se de tudo e não se fala do que realmente importa, os líderes de 1979 é que mataram a Cova-Gala.” Na óptica de Carlos Simão, eles é que não souberam defender o que realmente importa, ou seja, o que é nosso. Deixaram parte da zona industrial para a Freguesia de Lavos, assim como, a carreira de tiro da Gala, destaca Carlos Simão.
Carlos Simão, mostra-se indignado com a situação e não é de modas na auto-avaliação do seu desempenho: “Eu tenho sido o presidente da Junta de Freguesia que tem lutado e defendido com dignidade esta Terra e Gentes”.
Relativamente à ascensão da Freguesia de S. Pedro a Vila, Carlos Simão é curto e claro: "fui eu e o Sr. Domingos Laureano que fornecemos informações ao deputado João de Almeida com o intuito de fundamentar o pedido da ascensão da nossa Freguesia a Vila de S. Pedro da Figueira da Foz”.
Carlos Simão, vai mais longe e afirma: “Oficialmente nunca irei representar a Cova-Gala.”
O actual presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, destaca o seu ponto de vista sobre a aceitação dos covagalenses em relação ao nome da Vila : “aquilo que eu sei, é que há pessoas que gostam mais de Vila de S. Pedro do que Vila da Cova-Gala."
E remata desta forma esclarecedora e assombrosa: "Porém, os mais inconformados não se preocupem porque Cova-Gala irá ficar sempre nas vossas cabeças.”

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Já sabemos que a culpa não é da tutela!... Será do Magalhães?...



“Crianças açorianas estão a vender computadores Magalhães por cinco euros ou em troca de brinquedos.”
Que País é este, este nosso Portugal, em finais de 2009?..
“Questionada sobre a questão, a secretária regional da Educação, Maria Lina Mendes, disse à Antena 1/Açores "que, a partir do momento em que os pais pagam o computador, essa responsabilidade passa a ser deles e não da tutela".
O Governo pagou cerca de 200 euros por cada Magalhães.”

Em Portugal, como se pode concluir pelas palavras da secretária regional da Educação, nada vai acontecer.
Ou seja, acontece o normal: “o estado lava as mãos como de costume, não vá descobrir que nos Açores existe fome e profunda pobreza!”

Nos dias que correm, o primado da interrogação na Cova-Gala é...

A Mariana apurou-se para a final…. Quinta-feira, vai estar no Campo Pequeno

Os prémios literários e os políticos que passam pela Figueira

Recordo: Santana Lopes, na sua fugaz passagem pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.

Através do blogue Lugar para Todos, acabei de ler que “o PSD, na sessão de Câmara, votou contra a instituição do prémio literário João Gaspar Simões, figueirense que se distinguiu como escritor e muito categorizado crítico, com enorme colaboração nos melhores jornais e revistas.”
Na opinião do Doutor Melo Biscaia, “de certo, esse voto resultou, infelizmente, da ignorância do valor daquele nosso distinto conterrâneo.”
Como sublinha o distinto democrata figueirense no seu blogue, “com esse Prémio, pretendia-se substituir o Prémio Cidade da Figueira da Foz, que pela sua natureza tão geral, pouco dizia aos figueirenses, e esse Prémio incompreensivelmente sucedeu ao Prémio Joaquim Namorado, dedicado democrata e grande amigo da nossa cidade, embora não tivesse nascido nela, mas dispensando-lhe um enorme amor e sendo um poeta de muito mérito, que sempre fez da Figueira a sua segunda terra.”
O PSD Figueira, ao não votar favoravelmente a criação de um prémio literário com o nome João Gaspar Simões, o que “é algo de injustificável, até porque Gaspar Simões foi como que o descobridor desse grande homem das letras portuguesas, que é Fernando Pessoa”, limitou-se a estar ao seu nível.
Retornando ao Doutor Melo Biscaia: “Gaspar Simões foi também, como Joaquim Namorado um anti-fascista que alcançou na cena literária portuguesa uma posição de relevo.
Mas a verdade é que ele nunca foi bem tratado pelos vários poderes que passaram pela nossa Câmara, o que o desgostou naturalmente, como sabem os que o conheceram bem.”

Por sua vez, O Movimento Figueira 100% decidiu-se pela abstenção, pelo que a proposta do PS foi aprovada.
“É pena” – como muito bem escreve o velho democrata figueirense no seu blogue Lugar para Todos - “que nem todos, pelo menos os mais responsáveis, conheçam melhor a história da Figueira quanto a vários sectores, mormente o cultural.”
Exemplo disso mesmo, foi Santana Lopes na sua passagem pela Figueira, como Presidente de Câmara: chegou e acabou com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.
Para um antigo Secretário de Estado da Cultura, nada mau…

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ah ganda Paulo!...

foto sacada daqui

Depois do encerramento da CONFRARIA DAS BIFANAS, a que se seguiu uma pausa, cá temos o Paulo, desde ontem, de regresso à blogoesfera, com “Cão que ladra… também morde”.
O que tem de ser tem muita força. Eu sabia que ele havia de voltar... Até porque “as promessas são como as regras, para quebrar, não são?!”…
Numa altura da vida pessoal do Paulo menos positiva, “devido a problemas de saúde”, ele não entrega os pontos e “arranjou uma nova "janela" para expor pensamentos, ideias, opiniões, desabafos...”
Saúdo com Amizade este retorno do Paulo e prometo ser seu leitor diário.
Um abraço Paulo e rápidas melhoras.

X&Q796


Sames, línguas, espinhaços, punheta!...

Eu sei, aliás todos sabemos, que Lisboa é que é importante. O resto é paisagem...
Mas, agora, apetece-me falar da Figueira…
Na Figueira, aconteceu algo importante!.. Houve um festival de bacalhau, “que mesmo com um período de duração mais reduzido «cumpriu perfeitamente os objectivos», começando-se a tirar «algum proveito dos derivados», nomeadamente com os sames, línguas, espinhaços, punheta, etc.”.
O êxito não cai do céu: "só se consegue com um trabalho de continuidade, qualidade e grande profissionalismo".

O mau tempo e o jornalismo que se faz por aí...

foto Pedro Cruz
Hoje, confirmaram-se as previsões do Instituto de Meteorologia de agravamento do estado do tempo e aí temos a chuva, o vento e o frio, nesta noite do Dia de Natal.
Em princípio, tal como escreveu, um dia destes, Carlos Narciso no seu blogue Escrita em Dia, pode aceitar-se que “ninguém é culpado se o vento sopra com demasiada força, se cai chuva a mais, se a temperatura desce mais do que o habitual. Mas alguém há-de ser culpado por se construírem estruturas débeis e em locais inapropriados, por não se mandarem limpar valas e leitos de cheia, por não haver planos que antecipem soluções para os danos previsíveis em caso de catástrofe. A incompetência pode ser criminosa e está, de resto, plasmada legalmente. Chama-se negligência dolosa.”
E são estas questões que o Carlos Narciso – e eu também - "gostava de ver tratadas nas reportagens sobre o mau tempo de hoje e ontem. Mas não, os jornalistas, hoje, preferem virar-se para a vítima e perguntar banalidades tipo "mas quando se apercebeu, o que é que ouviu?"... Ficamos a saber que a estufa do senhor tal ficou danificada, que a vivenda da dona tal ficou alagada, que a velhota do fundo da rua apanhou um grande susto, que não há luz em Torres Vedras, que ali ficou uma estrada cortada… mas nada sabemos quanto à eficácia e à eficiência dos serviços públicos ou privados que nos devem proteger e ajudar a ultrapassar este tipo de dificuldades. É pena e é mau jornalismo, mesmo se as imagens reais são interessantes. .”
Enquanto este mau jornalismo vai percorrendo o seu caminho, Jornalistas como o Carlos Narciso continuam com “saudades das redacções”.
Estranho país este!..

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Outra perspectiva sobre "a filosofia do Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz para 2010"…

Passando pelo blogue O Ambiente na Figueira da Foz, como aliás é meu hábito, leio que João Vaz "recebeu de um leitor, um documento resumindo a filosofia do Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz, apresentado dados e números.
Através da sua leitura nota-se um esforço do actual executivo em reduzir a despesa e introduzir racionalidade e realismo ao orçamento, invertendo os sucessivos anos de ficção orçamental. Não querer perceber isto é não tentar sequer "distinguir o trigo do joio", e permanecer num "bota-abaixo" estéril.A economista de formação e vereadora da CMFF, Isabel Cardoso, realizou em 30 dias úteis, o que os anteriores executivos PSD (e que incluíram membros do Movimento 100% que agora votou contra...) não fizeram em 12 anos: rigor e realismo, ajustando o orçamento à sua efectiva dimensão. Herda dividas, contratos plurianuais e despesas que não contratou, mas mesmo assim reduz 12 milhões ao orçamento anterior.Uma breve pesquisa na Internet mostra que poucos (só vi um, Sines) orçamentos reduziram a despesa em 2010. Haverá mais exemplos de uma redução de 12 milhões de euros ? Onde ? Feita por quem ?”.
Mais pormenores, aqui.

Coisas de Natal...

Papa é derrubado no Vaticano durante Missa do Galo.
Uma mulher de quem se suspeita ter problemas mentais, saltou por cima das barreiras de segurança e derrubou o Papa.
Bento XVI não sofreu qualquer ferimento, ao contrário do cardeal francês Roger Etchegaray, que fracturou o fémur devido à queda.

Coisinhas boas de Natal enviadas por mail

Vídeo enviado pelo Pedro Fernandes Martins, a quem agradeço, e aproveito para retribuir os votos de Feliz Natal e um próspero ano de 2010.

Dia de Natal


Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Bom Natal


Lucas 2,1-14.

Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.» De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.»

Da Bíblia Sagrada

Boa noite de Natal


A noite de Natal é mais logo.
Vamos todos, dentro das nossas possibilidades, vivê-la descansados e em paz.
Todos já percebemos, que este governo, ao contrário de Paulo Bento, conseguiu chegar ao Natal e vai continuar a ser governo nos próximos tempos.
Só não sei nada, ultimamente, é das sondagens!... E estou curioso…

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em dia de banalidades, citemos Torga


“É escusado teimar. A ser banal, a dizer banalidades e a pensar banalidades é que o português é português.”

Miguel Torga, in Diário XVI

Ficção

Terra grande

Durante muitos e muitos anos, a Terra foi esquecida, humilhada, gozada. Os seus habitantes, tratados como coitadinhos.
A seguir a este período negro, começou o período do deslumbramento.
Presumiram que tinham encetado uma era de prosperidade e riqueza.
Melhoraram, é certo, mas na realidade, passaram de pobrezinhos a convencidos, de convencidos a parvos – continuaram pobres, na presunção que eram ricos.
Nunca na história, deve ter havido uma alteração tão grande na moral de uma Terra.
E como um mal nunca vem só, para além de parvos e pobres, pensando que eram ricos, continuaram a ter um trauma que ainda hoje os apoquenta: continuam pessimistas.
Até aos dias de hoje, pensam como uns coitadinhos, pobres de espírito e infelizes, sempre que algo de menos bom lhes acontece.

Com esperança

Contudo, as coisa vão mudar. Por nada de especial, mas pela simples razão de que tudo é cíclico.
Existem, aliás, imensos exemplos disso. Têm é de ser é mais confiantes, aproveitar melhor a inteligência e gostar mais da Terra.
Se conseguirem começar a pensar pela sua cabeça, então ninguém os segura.

Agora a sério…

Estou plenamente convicto, que ainda vou ver a aldeia junto ao mar, como uma Terra verdadeiramente influente!..