quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O nosso fado...

Não se passa disto... E, a tragédia, é que nada disto já espanta!..

A hora dos franco-atiradores

No tempo em que a politiquice não funcionava bem, mesmo não havendo maiorias absolutas, as autarquias não bloqueavam, pois os eleitos locais colocavam à frente da politiquice os verdadeiros interesses da sua Terra.
Isso aconteceu há 20, 30 anos, mas parece que já decorreu uma eternidade...
Hoje em dia, os interesses são outros, as ambições políticas são diferentes e os actores políticos não olham a meios para atingir os fins.
Mesmo dentro dos partidos as coisa são o que são. Cada candidato autárquico é um caso à parte.
Na Figueira está a acontecer o que sabemos: não existe maioria absoluta, para a Câmara e Assembleia Municipal, assim como em algumas freguesias, resultando daí negócios pontuais e avulso. Nesse tipo de negócios não me meto. Ao largo, portanto…
Em Quiaios, como contamos aqui, a coisa parece que não correu lá muito bem e daqui a 6 meses vão ocorrer outras eleições…
Na Figueira, vamos ver o que isto vai dar… Esta, pelos vistos, é a hora dos franco-atiradores.
Daqui a quatro anos, se todos tivermos vida e saúde, vamos ver onde estarão certas figuras, figurinhas e figuronas locais …
Querem apostar que será ao lado do partido do poder?...

Bronca autárquica em Quiaios

José Augusto Marques
(foto sacada daqui)

De acordo com o diário As Beiras de hoje, o “Presidente da junta demitiu-se a seguir à tomada de posse.”
Foi tiro e queda: “Augusto Marques tomou posse para o terceiro mandato e demitiu-se de seguida, anteontem.”
Segundo o jornal as coisas passaram-se assim: “PS e CDU coligaram-se na votação para os lugares de primeiro secretário e tesoureiro da Junta de Quiaios. O presidente demissionário tentou gerar acordos e consensos, mas terá obtido como resposta, da parte do PS, que já chegava de conversa e que se procedesse à votação.
O escrutínio esmiuçou as divergências entre o autarca independente, que liderou a candidatura Quiaios Sempre, e aquelas duas forças partidárias.
Recorde-se que o PSD não apresentou candidato em Quiaios, manifestando assim apoio implícito a Augusto Marques. Agora, a assembleia de freguesia vai ter de eleger uma comissão administrativa, e daqui seis meses haverá eleições intercalares.”
Recorde-se que “a candidatura independente obteve um resultado eleitoral de 43 por cento, tendo ganho por 54 votos, o que não lhe conferiu maioria absoluta.”

X&Q767


A vida deste homem dava um filme ...


"Armando Vara é um dos 12 arguidos ontem constituídos no âmbito da operação Face Oculta desencadeada pelo Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da Polícia Judiciária".

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A “novidade” João Ataíde das Neves

João Ataíde das Neves, vai tomar posse no próximo dia 30 do corrente. Como ele próprio disse, logo após ter conquistado, para o PS, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, derrotando o PSD, que a liderava desde 1998, "é um grande desafio".
Entretanto, o presidente eleito com maioria relativa, reuniu na passada segunda-feira com a oposição. Durante a manhã, falou com Daniel Santos e Victor Coelho, vereadores do Figueira 100%. Da parte da tarde, conversou com Teresa Machado, Miguel Almeida e João Armando do PSD (Duarte Silva, renunciou ao mandato). Como é normal, estas conversas meramente exploratórias, correram bem...
Nestas horas de expectativa sobre o que valerá, ou não valerá, como presidente de câmara, o magistrado João Ataíde das Neves, creio que o grande capital político que teve a seu favor, e foi decisivo na sua eleição, foi precisamente não ter passado politico conhecido, isto é, ser a novidade que se apresentou às eleições autárquicas na Figueira.
Por enquanto, não ter passado político e autárquico, continua a ser o seu maior trunfo, mas também a sua maior responsabilidade, pois os figueirenses de tão desiludidos que estavam com o PSD, dificilmente perdoarão mais um "balde de água fria".
Neste momento, Ataíde das Neves, é para os figueirenses sinónimo de poder. E, por isso, o actual PS figueirense, que presumo irá mudar de vida em breve, vai ter de engolir tudo o que Ataíde quiser, pois, neste momento, se quiser manter o poder nos próximos tempos, Ataíde é o seu talismã.
Todavia, este PS figueirense é o que é, por isso, nunca se sabe… Tiros nos pés, é a sua especialidade.
Mas, agora, que Ataíde das Neves, mesmo contra a vontade de altos responsáveis da concelhia do PS figueirense, conseguiu ser eleito, o que sobraria, se o capital do efeito talismã Ataíde das Neves, fosse prematuramente desbaratado?
Será que a “novidade” João Ataíde das Neves vai conseguir ter espaço de manobra e tempo para confirmar as expectativas?..

Actualização às 12 hora e 6 minutos:

Já depois de escrito e publicado o post acima, li no diário As beiras que “Daniel Santos ainda não havia decidido se aceitava ou não a oferta de pelouros para um dos seus dois vereadores”.
A proposta havia sido apresentada na reunião entre as duas partes, realizada na passada segunda-feira.
Segundo o mesmo jornal, “Victor Coelho terá garantido que não está interessado em aceitar a oferta”. Afirmou, porém, “que poderá mudar de ideias caso os interesses do movimento possam ser postos em causa”.
Todavia, aparentemente as coisas não estão a correr bem, pois “as tensões geradas entre o PS e o Figueira 100% durante as conversações para a formação do executivo da Junta de S. Julião (não houve acordo) terão contribuído para a tomada de posição de Daniel Santos e os restantes elementos do núcleo duro do movimento independente”.
Para a Assembleia Municipal, também não está a ser fácil o entendimento. O Movimento Figueira 100% ameaça avançar com uma lista para a presidência da Assembleia Municipal, à semelhança, aliás, do que deverá fazer o PSD.

ACTUALIZAÇÃO ÁS 15 HORAS E 30 MINUTOS

Segundo o que conseguimos apurar de fonte completamente fidedigna,
não há acordo entre PS e Movimento Independente Figueira 100%.
Os Vereadores eleitos por este Movimento - Daniel Santos e Vitor Coelho - não aceitaram pelouros. Resta a João Ataíde entender-se com o PSD, ou, em alternativa, governar em minoria, negociando os dossiers caso caso.

X&Q766


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gostava de perceber porque mudam a hora!..

foto de Pedro CruzPouco passa das 18 horas e já está noite cerrada!..
Gostava, mas gostava mesmo, de perceber porque mudaram a hora!..
Qual é a vantagem?...
A noite chega mais cedo e fica mais longa…
Porque é que tem de ser assim, quando habitamos num País, onde o sol e a luz, são do melhor que temos?..

O preço da água na Figueira

Para ler melhor, clicar em cima da imagem

Cito o blogue O Ambiente na Figueira da Foz, do ex-vereador socialista, João Vaz: “defendo que os bens e serviços essenciais (por ex.: água, electricidade, resíduos, gás...etc.) não devem ser subsidiados. Os utilizadores devem pagar o custo real, só assim se racionalizam consumos e se distingue quem poupa e é eficaz no seu uso, e quem gasta desalmadamente.
No entanto, será útil reflectir sobre a privatização e concessão da exploração das águas a empresas privadas. No topo dos sistemas com água mais cara estão entidades privadas. Não seria suposto a privatização aumentar a eficiência da empresa e diminuir o preço final ? Não é esse o objectivo da privatização?”

Hoje, o Diário As Beiras, conforme a imagem ao lado dá conta, insere um longo texto de que respigo alguns tópicos:

“Há cerca de cinco anos, a câmara e a Águas da Figueira renegociaram o contrato de concessão da água e do saneamento básico”.
“ Foram então criados novos escalões e tarifários, medidas que se repercutiram no bolso dos consumidores, que passaram a pagar mais.”
“A concessionária adiantou-se em vários anos à lei que veio abolir o aluguer do contador da água, criando a chamada e contestada Taxa de Disponibilidade, de legalidade duvidosa.”
“O preço da água volta à actualidade na sequência da publicação de um estudo da Deco, que coloca a Figueira no terceiro lugar da água mais cara do país. No gráfico que a revista Proteste vai publicar na edição de Novembro, o concelho é apenas superado por S. João da Madeira e Paços de Ferreira”.
Segundo a Proteste, “os figueirenses pagam anualmente 64 euros por 120 metros cúbicos de água, referentes à componente fixa. Mas a factura dispara para os 99 euros quando são analisados os factores variáveis. Mas se o estudo tivesse como referências as actuais tarifas, então os preços seriam, respectivamente, de 66,84 euros e 100,4 euros. E em 2010, os preços vão ser actualizados em alta.”
Luís Pena, da Associação Portuguesa de Direito do Consumo e um dos impulsionadores do movimento que contestou a subida do preço da água, defende a revisão dos escalões e o fim da Taxa de Disponibilidade.
“Contra factos não há argumentos, e os factos dizem-nos que os consumidores pagam um preço que situa a Figueira na lista dos cinco concelhos com a água mais cara do país”.
O advogado figueirense lembra “que a factura vai aumentar em 2010 e em 2013, cumprindo assim um dos pontos da revisão do contrato de concessão.”

Voltando a citar João Vaz: “poucos estudos foram realizados sobre este tema em Portugal, mas seria útil analisar a questão, verificando-se se a privatização dos serviços de águas resultou em benefício da comunidade, ou serviu mais para gerar lucros a empresas e consórcios privados. Houve aumentos de preços injustificados ?A este respeito note-se que Paris "recomunalizou" (retirando-o à VEOLIA, uma das maiores empresas do mundo neste sector) os serviços de águas, passando estes a ser directamente geridos pelo município.”

Certo, certo mesmo, é que a água na Figueira da Foz é a terceira mais cara do país, segundo o estudo da DECO.

O momento dos quatro dedinhos...


Ultimamente, tem sido raro, muito raro mesmo, ver um jogo de futebol. Ontem, porém, calhou estar num sítio onde estava a dar o Benfica-Nacional...
Foi então que assisti ao momento dos quatro dedinhos...
Presumo que esta cena do picanço, própria de putos, terá largo tempo de antena e análise, séria e exaustiva, nas televisões portuguesas...
A mim é que não me vão apanhar...
Vou fugir das televisões...

Tão fácil e tão simples...

Desde o final da década de 70, do século passado, que ando a dar a cara e o corpo ao manifesto, pensando pela minha cabeça, na defesa de ideias, princípios e valores.
Foi assim nos jornais Barca Nova, Diário e Linha do Oeste.
Num concelho onde a hipocrisia é uma mais valia, quem, como eu, se expõe e não chegou ontem à exposição pública, já está habituado a ouvir o que não quer, a sentir do que não gosta, a tomar contacto com outras perspectivas sobre nós mesmos - a pessoa individualmente considerada, o feitio, a personalidade, a atitude, desde o positivo e de reconhecimento, ao mata e esfola, ao pescoço cortado, um tirinho, enfim, desde observações directas, daqueles que me conhecem, até ao simples ouvi dizer que..., até à invenção de coisas que nunca disse nem fiz, à calúnia, à aldrabice, passando pelas pressões, as ameaças, veladas e explícitas …
Se há trinta anos isso me faria sentir algo incomodado, hoje em dia, nada disso me perturba, porque, simplesmente, me passa completamente ao lado...
Portanto, não vão por aí… Portugal, deveria ser uma democracia limpa. Mas, não é assim, o que interessa, acima de tudo, é o poder, nem que para isso se condicione cada vez mais a democracia.
Mas, isso pode e deve mudar. Todos podemos prestar o nosso contributo para a mudança, por exemplo, aumentando os critérios de exigência naquilo que queremos para a nossa Terra, para o nosso concelho e para Portugal...
Tão fácil e simples como isso.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Jorge Pelicano premiado no DocLisboa e no Cine’Eco

“PARE, ESCUTE, OLHE” é uma viagem por um Portugal profundo e esquecido, conduzida pela voz soberana de um povo inconformado, maior vítima de promessas incumpridas dos que juraram defender a terra. Esses partiram com o comboio, impunes. O povo ficou, isolado, no único distrito do país sem um único quilómetro de auto-estrada."

O documentário «Pare, Escute, Olhe», de Jorge Pelicano, foi o grande vencedor da 7.ª edição do festival internacional de cinema DocLisboa, tendo arrecadado dois prémios na competição portuguesa: Melhor Longa-Metragem e Melhor Montagem, e ainda o Prémio Escolas.
O mesmo documentário de Jorge Pelicano ganhou também o principal troféu do Festival Internacional de Cinema Ambiente de Seia, o Grande Prémio do Ambiente, atribuído pelo Júri Internacional, o Grande Prémio da Lusofonia e o Prémio Especial da Juventude, arrecadando assim três Campânulas de Ouro, o troféu deste festival.
Concluído este ano, «Pare, Escute e Olhe» constitui uma reflexão sobre o despovoamento e a desertificação provocados pelo encerramento progressivo da linha ferroviária do Tua, que liga Bragança a Mirandela.
Na oportunidade, o realizador sublinhou que mais importante ainda do que os prémios foi «o facto de este filme ter mexido um pouco com as pessoas».

X&Q764


Senhor Padre, Saramago é apenas um bacano velho e inofensivo que só quer vender o livro…

“A GNR deteve hoje quatro pessoas, entre elas o padre de Covas do Barroso, concelho de Boticas, suspeitas da posse ilegal de 16 armas, milhares de munições e explosivos…”

A gente vai continuar

sábado, 24 de outubro de 2009

Asfixia democrática ...

"Ameno comentário sobre a fome,a miséria e a pobreza"

Não vejo um resquício de generosidade, uma minúscula fatia de sensibilidade humana nas últimas declarações do eng.º Francisco Van Zeller, patrão dos patrões da CIP. Pesarosamente o escrevo. O senhor surgia como um avô bondoso, voz limpa e pausada, voz sorridente se assim me posso exprimir. Agora, não. Parece outro homem. Até perdeu a dignidade do porte, Deus lhe perdoe. O eng.º Van Zeller opõe-se a quase tudo, menos aos interesses da classe que representa.”

Ler, clicando aqui, o texto completo de Baptista Bastos, no Jornal de Negócios

Resultados: Grupo Desportivo Cova-Gala


Escolas:
A equipa de escolas “B” foi derrotada esta manhã no campo do Cabedelo. No entanto, a formação “A” do mesmo escalão deslocou-se ao Paião e venceu a Vateca por 8 – 0.

Juniores:
Os juniores do Cova-Gala empataram esta tarde com o Ala-Arriba.

Diálogo ou de negócio?

Segundo a comunicação social, João Ataíde, o Presidente de Câmara eleito nas eleições do passado dia 11, vai ter encontros políticos exploratórios, primeiro, com o movimento Figueira 100%; a seguir, com o PSD.
Dado que a lista vencedora, a do PS, não dispõe de maioria absoluta, era perfeitamente previsível esta atitude de João Ataíde: ao privilegiar o diálogo, visa alcançar uma plataforma de entendimento político, que torne possível governar uma Câmara Municipal com tantos problemas, como é a da Figueira da Foz.
As conversações, iniciam-se segunda-feira próxima, dia 26.
Aparentemente, deverá ser prioritário o entendimento com o Movimento Figueira 100%, liderado por Daniel Santos, visando obter a necessária maioria. Recorde-se, que o PS tem quatro vereadores, o PSD três e Figueira 100% dois.
À partida, é de admitir que, pelo menos neste momento, tanto o fragilizado PSD de Lídio Lopes, como o movimento de Daniel Santos, estarão receptivos ao diálogo que pode dar em negócio...De harmonia com o actual regime legal das câmaras municipais, de acordo com o que li no quinto poder, “a da Figueira da Foz poderá ter dois vereadores a tempo inteiro, se assim o decidir o seu Presidente.” Contudo, a situação poderá ser alterada. Todavia, “para haver mais vereadores a tempo inteiro, será necessário que a Câmara Municipal assim o delibere, para o que é preciso, que pelo menos, um dos vereadores eleitos pelo PSD, ou pela “lista 100%” vote ou votem favoravelmente uma proposta do Presidente nesse sentido.”
Presumo, que esse cenário é bem capaz de ter pernas para andar… Para já, é o momento do diálogo, pois “a governabilidade da câmara passa por uma plataforma de entendimento abrangente e profunda, que também deverá incluir a assembleia municipal, onde o PS também apenas tem maioria relativa”.
Na Figueira, é o momento de preparar o futuro, de optar por um novo trilho. O PS, Ataíde e os outros protagonistas, devem sobretudo reflectir e analisar sobre o rumo e o projecto que têm que colocar em prática para ultrapassar o difícil presente, em detrimento de perderem tempo com os erros cometidos no passado.
Com uma maioria relativa, na Câmara e na Assembleia Municipal, é a hora de João Ataíde enfrentar a realidade e fazer o que tem de ser feito. Em primeiro lugar, claro, tentar pôr ordem no descalabro financeiro da Câmara.

aF83


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um hino à coragem...

Ver aqui....

O tempo e as obras do porto da Figueira da Foz

foto sacada daqui
Apesar da meteorologia ter estado algo adversa nos dois últimos dias, não se pode afirmar que foi um temporal fora do normal para esta época do ano, o tempo que se fez sentir na Figueira...
Choveu e soprou vento, por vezes rijo, mas nada de extraordinário. Como é habitual nesta época do ano, o mar ganhou alguma agitação, o que bastou para “por provocar alguns estragos no Molhe Norte.”
Segundo o diário As Beiras de hoje, “além da força das ondas ter deslocado alguns dos blocos com cinco toneladas, o mar engoliu ainda o farolim provisório de sinalização à entrada da barra.”
Ainda de acordo com o mesmo jornal, “ontem, ao final do dia, o farolim ainda não tinha sido colocado por falta de condições técnicas e humanas.”
A situação deverá ser reposta nos próximos dias, tendo em conta que a ondulação está a cair. Entretanto, “a Polícia Marítima assegura as condições de segurança na navegação.
De acordo com Malaquias Domingues, comandante, já foi emitido um alerta de navegação a nível nacional sobre os últimos acontecimentos para que as embarcações tomem as devidas precauções
a fim de entrarem com segurança no Porto da Figueira da Foz.”
Vamos esperar pelos próximos episódios, quando vier mau tempo a sério.

X&Q762


Dois anos de aldeia

Parabéns ao Alexandre. Vão até lá, pois este 2º. aniversário é comemorado com poesia e música.

Os nomes e os rostos do novo Governo de Sócrates


Uma das caras novas, Dulce Pássaro é a nova ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território.
Clique aqui, para ficar a conhecer todos os ministros que tomam posse na próxima segunda-feira.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Hoje é dia de ir ao Campo Pequeno...

Imagem sacada daquiComo me apetecia estar ...

Jardim voltou a falar ….

…. e sobre a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, perguntou: "Acha que depois de trinta e tal anos de política estou para ser liderado por esse indivíduo?"
Quanto a soluções, "já não propõe nada ao partido" porque, segundo disse ao DN, "neste momento, está completamente fora do PSD".

O estertor do santanismo figueirense…

foto sacada daqui
No PSD/ Figueira, a fazer fé no que vem nos jornais, são várias as vozes que defendem um debate profundo sobre os resultados das últimas eleições autárquicas.
Há quem entenda, que Lídio Lopes se devia ter demitido na noite do passado dia 11 do corrente.
Lídio contrapõe: “se alguns abutres não pedissem a minha demissão é que seria de estranhar...”, pode ler-se no Diário as Beiras, de ontem.
Recorde-se que, no rescaldo da vitória do PS, Lídio Lopes admitiu que iria propor eleições antecipadas e que seria recandidato.
Aliás, o presidente da concelhia do PSD/Figueira, considera que se as eleições para a liderança nacional do partido forem antecipadas, “tem todo o sentido que haja simultaneidade dos actos eleitorais”.
Se o calendário normal fosse respeitado, as eleições para a escolha do líder do PSD teriam lugar lá para Fevereiro de 2010.
Mas, para quê esperar tanto tempo? O PSD, tanto a nível nacional, como a nível local, para as coisas animarem um pouco, precisa de eleger novos líderes o mais depressa possível. Quanto mais depressa eleger novos líderes, mais depressa a oposição interna começa a miná-los.
Não há tempo a perder, portanto: a autodestruição do PSD, nacional e local, para além de um espectáculo absolutamente deprimente, é uma prioridade para o País e para o concelho.

Miguel Almeida, por sua vez, preconiza a “realização urgente de um plenário”, que, aliás, na sua opinião, “já devia ter sido convocado, para os militantes poderem debater, com calma e sem restrições, os motivos da derrota e o que esteve mal nos últimos oito anos”. O PSD, a seu ver, “precisa de perceber o que se passou”!..
Miguel Almeida, cauteloso, não considera, por enquanto, prioritária a demissão de Lídio Lopes. Entretanto, apesar de, aparentemente, ainda não ter percebido o que se passou, sublinha que “uma coisa é clara aos olhos de todos os figueirenses: isto correu muito mal”!..
Para quem senhor ex-deputado?..
Lídio Lopes concorda com a realização do plenário. Porém, ressalva: “não estou disponível para aceitar conselhos daqueles que não me querem bem”. Por outro lado, frisa que, “estatutariamente, o PSD comportou-se de forma correcta. É tempo de, também estatutariamente, resolveremos as questões internas”. Assim, acrescenta, “tal como para as eleições autárquicas, devem ser os militantes a pronunciar-se, e não os efectivos protagonistas dos tempos recentes do partido”.
Assegura ainda que não permitirá que, “alguns, que por actos ou omissões, prejudicaram enormemente o partido, quais arautos inocentes, venham agora gritar por justiça”. E realça: “os militantes sabem bem o que fiz e o que me fizeram nestes últimos dois anos”.

Desde que Santana Lopes foi eleito presidente da Câmara da Figueira, em 1997, passaram 12 anos de poder autárquico PSD na Praia da Claridade. O desgaste, no essencial provocado pela catástrofe Duarte Silva & Ca. Lda., foi enorme: de 22 mil votos, em 1997, sobraram 10 mil, nas últimas autárquicas.
Pelo que li das posições publicas de Lídio Lopes e Miguel de Almeida, penso que eles ainda não perceberam o essencial: o PSD, tanto a nível nacional, como a nível local, pelo menos aqui na Figueira, está fora do momento, pois tem um problema de identidade.
Quando Portugal, depois da ditadura e a seguir ao chamado PREC, precisou de construir as estradas, as auto-estradas, mudar o sistema fiscal, começar a mexer na administração pública, privatizar a economia, esse, foi o momento do PSD, partido pragmático, sem ideologia.
Foi o período do chamado cavaquismo. O problema é que, com o fim dos anos de Cavaco, o PSD, não só perdeu a sua razão de ser, como passou a ter de partilhar o mesmo espaço político com um PS cada vez mais pragmático.
O que se passou a nível nacional, tem leitura local, depois do chamado “aguiarismo”, com o que se seguiu – o chamado período santanista figueirense. Só que, enquanto a nível nacional, por força dos dez anos de poder absoluto, o PSD criou raízes na máquina que gere o País (administração central, autarquias e instituições mais ou menos dependentes daquelas), na Figueira, dado que Santana Lopes só cá permaneceu 4 anos, não sei se houve tempo para criar raízes tão profundas nas instituições que gerem o concelho. Essa, é uma dúvida que mantenho, que só o futuro clarificará…
Santanismo com Santana, é uma coisa. Herdeiros do santanismo, sem Santana, é outra coisa, como aliás ficou patente na agonia que foram estes últimos 4 anos de mandato do eng. Duarte Silva.
Mas, um dado, tanto a nível nacional, como local, é transparente para quem souber ler e estiver atento: o PSD - e os interesses que gravitam na sua esfera -, hoje, não passa de um conjunto de caciques locais, mais preocupados com a manutenção dos privilégios adquiridos, do que com o bem comum ou, mesmo, do partido.
Alguém já esqueceu o que foram estes 4 anos de estertor do legado santanista, prestes a findar, na autarquia figueirense?..
Tudo resumido e espremido, não passou de uma luta de pequenos aprendizes de caciques locais, com prejuízos incalculáveis para o futuro do concelho da Figueira da Foz.
Pior, teria sido muito difícil…