segunda-feira, 6 de julho de 2009
Que merda de contrato!
O objecto deste contrato, foi um sanitário instalado na Praça 8 de Maio (Praça Nova), ali colocado em regime de aluguer no mandato de Santana Lopes, já lá vão 10 anos!..
Decorrido todo este tempo, a quase falida câmara da Figueira, entretanto, já pagou cerca de 200 mil euros. Ainda por cima quase inutilmente, pois de acordo com o mesmo jornal, “está a ser utilizado, em média, por 3,6 pessoas por dia”!..
Feitas as contas, cada vez que alguém faz uma mijinha, todos os munícipes pagam cerca de 19 euros!.. Por seu turno, o utilizador desembolsa 20 cêntimos!..
Este contrato, pelos vistos de longa duração, termina em 2013. Até lá, se não for denunciado, o que implica uma indemnização de 20 mil euros, terão de ser pagos ainda mais 110 mil euros.
Os figueirenses, pelos vistos, ao longo destes 10 anos pagaram um balúrdio pelo aluguer do equipamento sanitário, mas utilizaram-no pouco. Segundo o vereador José Elísio, até ao início da semana passada, “o WC tinha sido utilizado por apenas 1.132 pessoas”.
A Figueira tem muitas carências. Todavia, tem mais um motivo de orgulho - herança da gestão do dr. Santana Lopes, na passagem por esta cidade: a “casa de banho” pública mais cara da cidade – quiçá, mesmo, a mais cara do País!...
Por outras palavras, na opinião de António Tavares, vereador da oposição socialista: “à devida escala e na devida dimensão, este é o exemplo do que foi a gestão financeiramente ruinosa do dr. Santana Lopes”.
Nota: o vereador do pelouro do ambiente, só agora, a dois meses do final do mandato, é que deu pela merda deste contrato?..
José Elísio, nos anos de poder laranja na Figueira, honra lhe seja feita, foi sempre uma figura de prôa do PSD local. A saber: presidente da concelhia laranja, assessor, vereador.
Porquê, então, só agora vir à colação com esta merda retrasada?...
Independentes...
Contudo, também, não sou totalmente independente. Ninguém, aliás, é totalmente independente. Sei do que falo. Em 1985, fiz parte da LISP – Lista Independente de São Pedro – que ganhou as primeiras eleições para a então novel freguesia de São Pedro...
Mas, vamos às eleições de 2009. Sempre que há eleições eles aí estão, os chamados independentes. Nas eleições autárquicas, os independentes multiplicam-se e constituem mesmo listas. Agora também para as câmaras!..
Este ano, temos a perspectiva de duas candidaturas independentes à câmara da Figueira...
Mas, se os independentes se podem organizar em listas próprias, o que leva os partidos a incluir independentes nas suas listas, muitas vezes preterindo os militantes?..
Na Figueira, Duarte Silva, pelo PSD, diz-se independente. Ataíde das Neves, é independente do PS. Se formos analisar a composição de todas as listas, certamente que terão mais participantes independentes, que militantes.
Eu, pecador me confesso: nas autárquicas de 2005, fiz parte da lista da CDU, como independente, à Assembleia de Freguesia de São Pedro.
Mas, independentes de quê? E porquê?..
Porque terão mais credibilidade que os militantes? Porque serão menos corruptíveis? Mas, afinal, o que distingue um militante de um independente?
O cartão? Os princípios? Por acaso, em Portugal no ano da graça de 2009, terão alguma importância os princípios? Nas próximas autárquicas, vamos ter mais independentes do que nunca a concorrer, nomeadamente na Figueira e em São Pedro.
Independente, eu?... A propósito, há por aí alguém que proponha a construção de um complexo desportivo por estes lados?
São Pedro também tem gente.
domingo, 5 de julho de 2009
Registe-se a sinceridade…
Leonor Coutinho, deputada socialista e candidata pelo PS à Câmara de Cascais, considera que “a decisão do PS de interditar a dupla candidatura prejudica as pessoas que estão no início da carreira.”
Leram bem: para esta gente, ser deputado ou presidente de câmara, não é um cargo político que deveria ser de serviço público....
É carreira!...
Aprenderam alguma coisa?...
sábado, 4 de julho de 2009
As alternativas que existem!...
Manuela Ferreira Leite não quer Pedro Passos Coelho nas listas eleitorais do PSD.
O País “corneado”…
O problema, aliás, apesar do insólito, caricato, inesperado e lamentável “episódio dos chifres”, não é novo. Há muito que não se discute, nem sequer na Assembleia da República, o local próprio, a nação portuguesa e os problemas que realmente minam o desenvolvimento deste país.
Nos últimos anos, a discussão política em Portugal tem-se, praticamente, resumido a uma acentuação de ódios pessoais, a julgamentos públicos e sumários de pessoas, a uma obsessão por tricas que, espremidas, são irrelevantes, para o que é mesmo importante: tentar resolver os problemas do país.
O clima anda crispado e - nota-se, existe ódio no ar!..
O povo ignora ou odeia os políticos; os políticos odeiam-se mutuamente; os partidos odeiam a parte minoritária da sociedade que questiona, pensa e coloca problemas reais, mas incómodos…
E, assim, vai indo Portugal...
Alguém consegue ver como um cenário plausível, hoje em dia, por exemplo, Sócrates e Manuela Ferreira Leite, a sentarem-se à mesma mesa para discutir, sem reservas, o país. Quem diz Sócrates e a dona Manuela, poderia dizer Jerónimo de Sousa e Louçã…
Entretanto, o País está cada vez mais atrasado em relação ao espaço europeu… Dizendo mais claramente: eu, o leitor e a maioria dos portugueses, vivemos cada vez pior…
A Justiça, a Saúde, a Educação, o Emprego, são sectores onde a degradação é conhecida e reconhecida…
E sem Justiça, Educação, Saúde, Emprego, não há País moderno, civilizado, progressista, onde a maioria tenha gosto em viver…
Este País fatalista, amorfo e conformado, habituou-se, há muito, a ser “corneado” por quem o tem dirigido… O episódio Pinho, foi, apenas, mais uma “cornada”…
Só que, esta, fotografada e filmada…
sexta-feira, 3 de julho de 2009
O dia seguinte...
No que diz respeito à forma como tomou a decisão de sair do cargo assegurou que a tomou sozinho dentro do Governo. “Falei comigo próprio e falei à minha mulher primeiro, que ficou muito satisfeita”...
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Portugal continua com o problema de sempre…
Hoje, o que é raro, comprei o jornal Público…
Ainda bem que o fiz…
Tive oportunidade de ler um magnífico texto de Miguel Esteves Cardoso (lembram-se dele, aqui pela Figueira, visitante assíduo do Festival de Cinema da cidade, pelos idos anos 70 e 80 do século passado…) onde ele conclui que Portugal só tem um problema: “o povo português”.
Ao ouvir, via rádio, os políticos e o relato do que estão fazer esta tarde no Pralamento português, dou conta que Pinho esteve ao seu nível, com uma atitude inqualificável, que até já obrigou Santos Silva a pedir desculpas públicas ao PC e BE. Enquanto prossegue este debate Estado da Nação, agora que estamos em período pré-eleitoral, não posso deixar de confidenciar aos meus botões: “somos um povo desmotivado, desiludido, desanimado, cansado, pobre, desgraçado, desconfiado, mas como dar volta a isto?..
Como diz o MEC na sua crónica: "o problema, jamais consegue resolver o próprio problema!..”
Nota complementar: será que o Fernando Campos é bruxo?..
A posição dos políticos perante “o submundo da blogosfera” está a mudar…
“António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, promove amanhã, a partir das 18 horas, no Arquivo dos Paços do Concelho, um encontro com as pessoas que participam nas redes sociais para apresentar o balanço do mandato autárquico. É o reconhecimento do crescente papel destes meios e da sua importância na dinâmica que quer imprimir em Lisboa.”
O mundo é mesmo composto de mudança: ainda não há muito tempo, a 2 de Outubro de 2008, num programa de televisão que dá pelo nome de Quadratura do Círculo, esta “coisa” a que se convencionou chamar blogosfera, foi rotulada de “submundo” e “lixo”, precisamente por António Costa.
Mas, se em Lisboa já é assim, “a boa crítica e o bom elogio passam por ouvir o que todos têm a dizer”, cá pela Figueira, cidade que tem tradições democráticas e não consta que seja terra de fanáticos, de vez em quando, lá surge perante a opinião pública figueirense, um caso de forte crispação anti-bloguista…
No dia em que foi aprovado na Assembleia da República o decreto-lei (que ainda não se sabe bem como vai ser regulamentado para ser posto em prática, pois existem dificuldades técnicas que têm de ser torneadas, mas isso é paleio para outra ocasião…), um autarca local duma freguesia urbana, ouvido ao fim de uma tarde eufórica, cerca das 18 horas presumo, por um jornalista de um diário do distrito de Coimbra, acerca do evento, “desferiu um forte ataque” ao “único eleito do concelho que se absteve na votação” sobre a elevação de S. Pedro a vila.
Referia-se a um elemento da assembleia de freguesia: “condeno esse habitante, que não é digno de habitar aqui!”.
Pouco tempo depois do presidente da junta vir a terreiro, seguiu-se o secretário que não aceita que algém “se refugie num blogue…..”. Presumo, que ele nã controle….
O fanatismo é isto: parte-se de uma verdade – uma abstenção – para a desvirtuar, tirando-a do contexto, utilizando-a como dá melhor jeito.
Isto, tem a importância que tem, mas mostra que o fanatismo, assume, neste caso concreto, um dos seus rostos: o politico.
O que é grave, pois o fanatismo político tem regado a História com o sangue de muitos inocentes...
Mas, dado que, como é sabido, não existem fanáticos felizes, estes senhores, para quem tudo o que se desconhece e não se controla, assusta, têm os dias contados.
A blogosfera pode ter – e tem - pontos duvidosos, mas é de uma riqueza e diversidade cultural que muito dificilmente tem igual noutros meios de comunicação.
Pode ser até que, já para os actos eleitorais de Setembro e Outubro próximos, alguém cá pela Figueira, aproveite a sugestão deste blogue e percorra os passos de António Costa em Lisboa!...
António Costa, em Lisboa, mudou em relação à blogosfera… Pela província, as coisas costumam ser mais lentas, mas vamos lá chegar…
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Populismo...
Raio de coincidência. Ontem mesmo (está hoje no jornal As Beiras) o jogador da Selecção Nacional de Futebol Hugo Almeida foi apresentado como mandatário para a Juventude da candidatura de Ataíde das Neves na corrida à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A dado passo desta iniciativa de propaganda eleitoral, João Ataíde das Neves, sublinhando que o jogador representa tudo aquilo que o partido socialista defende para a candidatura à câmara municipal, acrescenta: “queremos apostar fortemente no desporto nas camadas jovens”. E mais adiante, depois de lamentar que a cidade não disponha ainda das infra-estruturas necessárias, o juiz desembargador e candidato do PS prometeu que se conquistar a presidência da autarquia figueirense no próximo dia 11 de Outubro irá prestar a devida homenagem ao jogador de futebol. Nomeadamente, “será construído um campo de futebol sintético, em Buarcos, com o nome de Hugo Almeida.”
Isto, é mais do mesmo, isto é o que, cá pela Figueira, a casa gasta há muitos anos: medidas casuísticas e avulso, eleitoralismo, oportunismo, demagogia, pouco conhecimento da realidade e populismo.
Apostar fortemente no desporto nas camadas jovens no concelho era, com seriedade, inventariar as necessidades, planear a acção, e procurar os recursos financeiros para concretizar o plano de investimento em infra-estruturas realmente necessárias e adequadas às necessidades.
Apenas mais um pormenor senhor doutor juiz desembargador: se não quiser ter muito trabalho, fale com o melhor vereador que a Figueira teve nos últimos vinte anos - é do seu Partido e chama-se António Tavares.
Declaração de interesses:
sou Amigo do António Tavares, há muitos anos. Mas, para mim Amizade é uma coisa e política é outra. Não misturo.
Deixem de sonhar, vão ao cinema…
No sonho, os olhos ao fecharam-se podem funcionar como as luzes nas salas de cinema ao apagaram-se, antes de si iniciar a projecção da fita.
Todavia, entre sonhar e ir ao cinema, também se encontram diferenças. E muitas…
No cinema, normalmente, sabemos ao que vamos, ou, pelo menos, temos uma ideia – ainda que só aproximada. Ou vimos um cartaz, ou lemos algo, ou conhecemos o nome do realizador, dos actores ou das actrizes…
Numa ida ao cinema, não estamos livres de apanhar um “barrete”, contudo, mais ou menos, sabemos ao que vamos.
Quando sonhamos, é diferente. Ninguém consegue programar o sonho. Se isso fosse possível, certamente que não existiria o pesadelo.
Contudo, o ideal seria podermos intervir no sonho, como actuamos no cinema: se não gostarmos do filme, podemos sair da sala quando nos apetecer…
Não só, mas é, também, por esta razão que, entre sonhar e ir ao cinema, prefiro ir ao cinema.
No cinema posso escolher, pois existem opções para todas as preferências: comédia, drama, terror, coboiadas, melodramas - sei lá!..
Com tanto filme que há para ver, ocupo o cérebro e, assim, livro-o do pesadelo de certos sonhos que andam a atormentar, por aí, certos mortais meus conhecidos que, depois, resultam em cada fita!..
Só visto...
Faina maior
"Será, decerto, um Bom Dia."