Via Expresso
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
O PREC e a destruição do “capitalismo do Estado Novo”
Via Expresso
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
"Insólito, triste e grave."
O incendiário Ventura aproveita a onda e continua por aí à solta...
Santana deve ter tido azar no dia que escolheu para a visita...
“Estávamos ausentes da Figueira da Foz devido a compromissos previamente assumidos, mas estaremos disponíveis para visitar o Paço de Maiorca e participar em todas as discussões [sobre o seu futuro]”, afiançou a líder dos vereadores socialistas, Diana Rodrigues, ao DIÁRIO AS BEIRAS.
“Lamento não ter aparecido, mas compromissos familiares impediram-me de participar na visita ao Paço de Maiorca. Se houver uma nova oportunidade para visitar o Paço de Maiorca, farei os possíveis para ir”, afirmou ao mesmo jornal o deputado municipal do PS Nuno Melo Biscaia. Por outro lado, o autarca socialista ressalvou que “não houve nenhuma orientação do partido [sobre quem devia participar na visita]”, já que “foi dada liberdade”.
Está em causa a falsificação de análises de água destinada ao consumo humano
Recorde-se que a Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real anunciou ontem que realizou 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram diversos particulares, empresas e entidades públicas, em diferentes concelhos do território nacional, entre os quais, Coimbra.
quarta-feira, 22 de novembro de 2023
Um grande texto sobre o tempo que estamos a viver, que merece ser lido com atenção
"UMA REFLEXÃO SOBRE O TEMPO QUE ESTAMOS A VIVER", publicada por A. Galopim de Carvalho no blogue Rerum Natura é um texto que, a meu ver, merece leitura atenta.
«Estamos a viver um tempo altamente preocupante, não só a nível internacional, como cá dentro deste “torrão” de iliteracia de quase tudo, mercê de um sistema educativo que deu e dá diplomas, mas não deu nem dá esse tudo que tanta falta nos faz.
O poder do feiticeiro reside da ignorância dos seus irmãos tribais. Quer isto dizer que, quanto mais inculto for o povo, mais facilmente é dominado e, até, desprezado pelo poder.
Tornámo-nos um país caído nas lutas entre aparelhos partidários, onde emergem políticos incompetentes e oportunistas, de que a nossa sociedade está cheia, onde, de há muito, impera a corrupção, o vírus do futebol profissional e a promiscuidade entre a política, o poder económico e a justiça.
Ao aproximar-se a data de comemorarmos os 50 anos de liberdade (apenas a de expressão, reunião, criação de partidos, associações e coisas assim) é com um sentimento de profunda decepção que me dou conta deste grande número de anos desaproveitados. É por demais evidente que não soubemos aproveitar a liberdade que nos foi oferecida, para erradicarmos muitos dos nossos atavismos civilizacionais e culturais. “O que é preciso é ter bons padrinhos”. “O gajo é que foi esperto, amanhou-se. Entrou de mãos a abanar e hoje anda de Mercedes”. “Estudar para quê? O que interessa é esperteza p’ró o negócio”. “São 230 euros, mas se for sem recibo, a gente fecha os olhos e só pagas 180”. “Quanto mais cedo vier a reforma, melhor”. Estas e outras frases e atitudes do desenrascanço, do enganar o Estado ou o patrão, ainda perduram em muitos dos nossos compatriotas.
Como já escrevi tantas vezes e volto a escrever a generalidade da classe política a quem os Capitães de Abril, há quase 50 anos, generosa, honradamente e de “mão beijada” entregaram os nossos destinos, mais interessada nas lutas partidárias, nos compadrios e nas vantagens do poder, esqueceu-se completamente de facultar aos cidadãos cultura civilizacional, científica e humanística. Esqueceu-se? Ou entendeu que havia outras prioridades?
É evidente que a revolução iniciada com o 25 de Abril de 1974 nos trouxe grandes progressos materiais e sociais, por demais apontados, mas muito aquém do que poderia ter sido se as competências e as vontades tivessem sido outras. Mas pouco ou nada mudámos nas mentalidades. Vimos um vislumbre de um real propósito de elevação do nível cultural e cívico dos portugueses no fugaz e efémero programa da 5.ª Divisão de Estado-Maior-General das Forças Armadas, chefiada pelo saudoso primeiro-tenente médico Ramiro Correia, mas não vimos nada que se lhe comparasse em nenhum dos governos constitucionais destes cinquenta anos de democracia. Fez-nos falta a honestidade, o pensamento e a vontade de servir de Melo Antunes, o “capitão de Abril” que nos deixou cedo demais.
À semelhança do sempre esquecido mundo rural, as nossas cidades têm, ainda, uma lamentável percentagem de analfabetos funcionais, a par de uma classe média a que a escola não deu a educação, a formação e a preparação essenciais a uma cidadania plena, antes. Uma escola que, desde há muito, por falta de visão política, atravessa uma crise, sem solução à vista, As conquistas na segurança social, nos cuidados de saúde, na ciência, no ensino e no apoio à cultura conseguidas na vivência em democracia que se seguiu à Revolução dos Cravos, estão a fugir da nossa vida colectiva como areia por entre os dedos. Só a justiça se mantém intacta no seu pedestal.
Perdemos uma parte significativa da independência nacional e assistimos à asfixia e destruição de muitas das nossas valências económicas. Estamos a viver tempos de miséria e, até, de fome para um número cada vez maior de famílias, de miserável abandono dos idosos, de corrupção descarada e impune e de aumento do número e da riqueza dos ricos. A chamada classe média está a afundar-se, o desemprego está a ressurgir e é mais um incentivo crescente à igualmente dramática emigração de uma juventude qualificada.
Tudo isto e mais alguma coisa foi sabiamente previsto por Natália Correia (1923-1993), grande portuguesa, que deixou nome na poesia e na política (deputada à Assembleia da República entre 1980 e 1991). Estou muito longe de ter lido a obra desta saudosa açoriana de São Miguel, mas o que li, em especial, poesia, sempre me mostrou, pela excelência do conteúdo e da forma, a mulher com quem tive o privilégio de conviver nos últimos anos da sua vida. Quando a procurei, em começos da década de 90 eu era um profissional, a tempo inteiro, com 30 anos de dedicação exclusiva a uma ciência demasiado terra-a-terra - a geologia - em busca de um outro caminho que tinha o dela e de muitos outros mestres da palavra, por modelo. Prenderam-me a esta lutadora a intransigência com que defendia a liberdade, a solidariedade, a justiça e a cultura, o desassombro, a elevação e a beleza, a força e a energia, que usou na palavra falada e escrita, características que sempre igualei às do também grande e saudoso Ary dos Santos.
Apraz-me aqui e agora transcrever, pelo que têm de impressionante realismo, algumas premonições desta grande Senhora, trazidas a público por Fernando Dacosta em “O Botequim da Liberdade” (Casa das Letras, 2013). "Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como toda a Europa, todo o Ocidente". “O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida”. "Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos.
Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão". "As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo”. “Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres”.»
Morreu o encenador Carlos Avilez
O actor e encenador foi fundador do Teatro Experimental de Cascais (TEC) em 1965.
Apesar de toda a devoção do Ventura, o Chega não caíu do céu...
"... o que faz crescer o Chega e todos os partidos como o Chega é a raiva de ver como os lucros de oligopólios como os da banca crescem exponencialmente à custa dos clientes, pela via das prestações de crédito maximizadas pelos decretos do BCE e pela cartelização de juros dos depósitos a prazo, e de constatar como o esbulho fiscal é desviado da Saúde, da Educação e do restante Estado social, todos eles em falência absoluta apesar de serem a contrapartida da cobrança de impostos no contrato social que os Governos rasgaram unilateralmente.
Viu-se por aí uma onda de gente a festejar a revisão em alta da classificação da dívida portuguesa por parte de uma agência de rating, uma empresa privada à qual é permitido ter voz activa na formação de preços no mercado de dívida pública. Só isto já seria razão suficiente para não ter nada para festejar. Mas a agência justifica o seu veredicto na solidez que o sector financeiro alcançou com os lucros que enraivecem e com aquilo a que, do ponto de vista meramente orçamental, nos habituámos a ouvir chamar “contas certas” mas que, do ponto de vista do utente, é a completa insuficiência com que se depara quem necessite de recorrer a um serviço público, mais raiva.
É a própria agência de rating a estabelecer a relação. Festejar o novo rating da dívida portuguesa é festejar os lucros escandalosos de sectores como o financeiro e é festejar a ruína de um Estado social que nunca foi nenhum luxo. Não é possível festejar uma coisa sem festejar também a outra. Uma é a causa e a outra é a consequência. São as duas faces da mesmíssima moeda. Festejá-lo é ignorar a raiva que faz crescer os monstros da extrema-direita. Corresponder ao convite ao voto nos seus partidos de líderes partidários que convivem com lucros escandalosos parasitados a quem de repente se viu sem dinheiro para a prestação da casita com a mesma indiferença com que vão arruinando tudo o que é público pode adiar o fenómeno Chega durante uma, duas, três eleições, mas a raiva fica por aí a fermentar.
Até ao dia em que as pessoas sentirem que já não têm quase nada a perder e se deixem encantar pelo salvador da Pátria que consiga capitalizar o seu desencanto em votos. Votar em quem vai governando a maior transferência de riqueza dos de baixo para os de cima de que há memória é sempre assim que termina."
Ora então muito bom dia
Direita, democracia e liberdade, lol
"Para assinalar o 25 de Novembro, esse dia lindo e maravilhoso que segundo a direita foi tão ou mais importante que o 25 de Abril na restituição da liberdade e da democracia ao povo português, a câmara de Lisboa convida José Miguel Júdice, o tal que nos idos do fascismo liderava um bando que considerava Marcello Caetano um perigoso esquerdista enquanto se entretinha a "incendiar Coimbra" e que, derrubada a ditadura, integrou uma organização terrorista ao lado do camarada chegano Pacheco Amorim, para debate moderado pela moderada Helena Matos, que já o 25 de Abril ia alto foi para o alto da Sierra de Estrela, a Maestra tuga, de armas na mão "combater os activistas burgueses, contra-revolucionários, que queriam instaurar um regime democrático em Portugal", agora escriba no online da direita radical, o Observador, palco de alucinados que fazem o Milei argentino parecer um tipo sensato, frente ao Álvaro, que em beleza podia ser militante do PSD mas agora que está no PS deixa-me [ele] estar. "Excelente iniciativa de @Moedas", deixa no Twitter Paulo Pinto Mascarenhas, ex dirigente do malogrado CDS e adjunto de gabinete de Paulo Portas nos idos em que andou a ministeriar pela Defesa e pelo Mar. "Espetáaaaaclooo!", parafraseando "o gordo" do Preço Certo."
terça-feira, 21 de novembro de 2023
Cuidado com as paixões...
Quem não o sentiu, senti-se...
O centro de dados de Sines vale todo este imbróglio?
Quando anunciou o projecto em 2021, o Governo apresentou-o como “o maior investimento estrangeiro captado pelo país desde a Autoeuropa” — cerca de 3,5 mil milhões de euros. O Governo apontava ainda o “enorme potencial de exportação de serviços” e a alteração das “características do investimento” que tem sido captado para Sines, na direcção da transição digital. Mas estes dados e argumentos valem menos do que aparentam.
Desde logo, a comparação com a Autoeuropa é desmedida. A empresa alemã de Palmela emprega perto de cinco mil trabalhadores e compra grande parte dos componentes de que necessita a empresas que produzem no país. Também mantém relações próximas com várias outras entidades nacionais (universidades, institutos politécnicos, centros tecnológicos, centros de formação, etc.), contribuindo assim para o desenvolvimento do sistema nacional de inovação.
O impacto esperado do centro de dados de Sines não tem nada de semelhante — seja ao nível do emprego, do valor acrescentado nacional, do efeito de arrastamento sobre a economia ou do desenvolvimento tecnológico do país."
O resto do artigo pode ser lido no Público de hoje, em papel ou online."
Ganhou El LOCO
Liberdade, dólar e armas. Os trunfos de Milei para fazer da Argentina uma potência
«Apesar de reconhecer que a realidade argentina é "trágica", o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais já começou a colocar em cima da mesa alguns dos trunfos que vai usar para recompor a conjuntura da nação da América Latina.
O presidente eleito propõe reduzir a influência do Estado ao mínimo, mostrando-se confiante de que só "um mercado livre" poderá resolver os problemas económicos e financeiros. Milei pretende adotar uma "reforma abrangente" para transformar a Argentina no "país próspero" que era no início do século XVIII, sendo que uma das principais medidas deverá passar por abolir o Banco Central. O "Estado paternalista", acredita o ultraliberal, tem sido "a causa de todos os problemas" e por isso propõe reduzi-lo ao mínimo. Para o futuro, espera-se ainda a redução do número de ministérios do Executivo para oito, a eliminação dos planos de assistência social, o corte de fundos de pensão e a introdução do dólar dos EUA como moeda nacional para combater a inflação, atualmente situada em 143%.
Dois dos ministérios que Milei prometeu fechar são os da Educação e da Saúde, que, juntamente com os do Desenvolvimento Social e do Trabalho, serão fundidos em apenas um, numa pasta que será designada de "Capital Humano", de acordo com o que está definindo no plano eleitoral. Milei propôs criar um "sistema de vouchers" e entregar o orçamento da educação aos encarregados "em vez de o ceder ao ministério" encarregue. Nesta área, também se compromete a eliminar a obrigatoriedade da educação sexual.
Na saúde, Milei ambiciona avançar para um sistema de planos de saúde, ou seja, o Estado deixa de subsidiar os hospitais e passa a financiar diretamente os cidadãos. Tendo em conta que o partido defende a proteção da criança "desde a conceção", espera-se ainda a adoção de uma lei que traga de volta a penalização da interrupção voluntária da gravidez, que é permitida no país desde 2020.
No âmbito securitário, algumas medidas almejadas por Milei também têm causado polémica. O ultraliberal tenciona estudar a redução da maioridade penal, proibir a entrada no país de estrangeiros com antecedentes criminais, promover a disseminação de armas pessoais e criar uma espécie de bolsa de órgãos humanos. Além disso, pretende equipar, treinar e fornecer tecnologia às forças de segurança para lhes devolver "autoridade profissional e moral", de modo a que possam ter "tolerância zero" com o crime.»
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
"... embora tardiamente..."
Via Município da Figueira da Foz
«"𝗕𝗼𝗺𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼𝘀 𝗦𝗮𝗽𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀: 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗥𝗲𝗽𝘂́𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼𝗺𝘂𝗹𝗴𝗮 𝗱𝗶𝗽𝗹𝗼𝗺𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗿𝗲𝘃𝗲̂ 𝗮 𝗮𝗱𝗺𝗶𝘀𝘀𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲 𝗮𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝘂𝗽𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗿𝗲𝗺𝘂𝗻𝗲𝗿𝗮𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗽𝗿𝗲𝘀𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗯𝗮𝗹𝗵𝗼 𝘀𝘂𝗽𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝘁𝘂𝗿𝗻𝗼𝘀.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou, esta segunda-feira, dia 20 de novembro, o diploma do "Governo que clarifica a admissibilidade da atribuição de suplementos remuneratórios pela prestação de trabalho suplementar e de trabalho por turnos, para efeitos do disposto no Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 106/2002, de 13 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 86/2019, de 2 de julho."».