Quem advoga a paz neste momento é automaticamente cunhado como idílico por apontar a um caminho diferente. Quem recusa o aumento do armamento para semear ainda mais mortes é apelidado de colaboracionista. Quem diz que tem que haver diálogo é vilipendiado pela horda de comentadores que relativiza a morte e encara a guerra com uma normalidade difícil de qualificar.
São esses que se opõem à paz, mas que se vendem como interessados na mesma, que dizem que estão preocupados com a Ucrânia, embora continuem a apostar na receita bélica que levará a mais mortes e destruição. Já no caso da Palestina há um silêncio ensurdecedor e, simultaneamente, uma convivência com as acções israelitas gritante.
PS e AD ora dizem que não é o momento para o reconhecimento da Palestina, ora dizem que é necessário esperar por mais Estados da União Europeia para poder avançar. Enquanto passam os meses, as semanas, os dias, as horas e os segundos, morrem crianças, jovens, mulheres e homens inocentes que por serem quem são e viverem onde vivem são assassinados.
Enquanto alguns partidos vendem os «valores europeus» como valores humanistas impolutos, o massacre dos sionistas continua. Enquanto há falsas discordâncias encenadas nas televisões, o sangue dos palestinianos continua a ser derramado. É hora de questionar se conseguem dormir à noite, se conseguem ignorar a paz ou se estão de consciência tranquila por instrumentalizar a dor atroz de quem sofre com a guerra.
Para que estas palavras não caiam num mero exercício escrito, seguem abaixo 4000 nomes, recolhidos pela AlJazeera, de crianças e jovens até aos 17 anos assassinados pelo exército israelita entre os dias 7 de Outubro e 25 de Janeiro."
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