Imagem via jornal Público
Texto via Aventar
"André Ventura escolheu António Tânger Corrêa para cabeça de lista do seu partido às Europeias de Junho.
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Texto via Aventar
"André Ventura escolheu António Tânger Corrêa para cabeça de lista do seu partido às Europeias de Junho.
"Os programas eleitorais da direita - da AD ao Chega, passando pela IL - relevaram, como seria de esperar, uma ampla convergência em matéria de habitação. Partindo da tese simplista de que a crise se resume a uma mera «falta de casas» e de que apenas é necessário deixar o mercado funcionar, propõe-se que o Estado providencie apoios e mobilize o seu património para alimentar parcerias com privados, removendo ao mesmo tempo os incipientes mecanismos de regulação, tanto do lado da oferta como da procura.Não surpreende, por isso, que os especuladores (pois é de especulação que se trata) tenha manifestado a sua confiança em Montenegro para retomar os Vistos Gold e o regime de Residentes Não Habituais, a par do recuo nas restrições ao Alojamento Local. Isto é, confiança no regresso a fatores que, entre outros, contribuíram para o aumento vertiginoso do preço das casas, para valores cada vez mais desfasados dos rendimentos das famílias.
Ana Freitas (tal como, antes, Rosa Oliveira Pinto) ensina a lidar com (citando um ex-capo do gang) "verdadeiros canalhas e mentirosos compulsivos"
Segurem-se. Anti-Rangel.
"Entre julho de 2014 e julho de 2018, o empreendedor Paulo Rangel ficou num honroso décimo segundo lugar no ranking dos eurodeputados que mais dinheiro ganharam fora do Parlamento Europeu: foram centenas de milhares de euros na advocacia de negócios e no comentário mais trauliteiro da televisão. Este legitimador do genocídio do povo palestiniano, especializou-se em campanhas contra o país, em Bruxelas e não só. Agora, no Governo, serão muito mais os negócios estrangeiros a que se poderá dedicar."
Vivemos tempos estranhos e difíceis. Como deixámos escrito ontem numa postagem, em Portugal, a actualidade já não é marcada pelo salto do homem para o vazio, mas pela tentativa de conseguir colocar o vazio dentro do homem...
"PSD aprovou nome do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, para vice-presidente.
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O Chega acusou o PS e o PSD de proporcionarem "tachos" na Assembleia da República. Rui Tavares, líder do Livre, garante que o partido de André Ventura também tem "tachos" e que eram "muito desejados".
Depois de ter sido chumbado na anterior legislatura, Diogo Pacheco de Amorim tornou-se agora no primeiro vice-presidente da Assembleia da República eleito pelo Chega. Para chegar ao cargo, Pacheco de Amorim conseguiu os votos de 129. deputados, o que inclui a esmagadora maioria dos da bancada do PSD e CDS, além dos previsíveis 50 votos do Chega. Menos um, pelo menos, partindo do pressuposto que ninguém fora destas bancadas o votou favoravelmente: é que a soma destas bancadas é de 130 deputados.
"A chegada do Chega aos tachos era inevitável e muito desejada. Ou deixam de ser tachos quando são os dele?"
Segurem-se. Anti-Alexandre.
"Fernando Alexandre, Ministro da Educação, Ciência e Inovação, é o rosto da desvalorização da Ciência e Ensino Superior, que deixa de ter Ministério. Será o rosto da desvalorização da educação, da escola pública, podeis ter a certeza, se esta gente tiver alguma margem de manobra.
Miguel Sousa Tavares, in Expresso
«Despachado como pára-quedista para chefiar a lista da AD no Algarve, o vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz, teve uma derrota tão previsível quanto humilhante, atrás do PS e do Chega. Talvez a pensar já na desforra a curto prazo, não perdeu tempo a namorar os eleitores do Chega, afirmando que eles têm de ser “acarinhados”. Mas, verdade seja dita, o instinto de compreensão e tolerância para com o milhão e cem mil eleitores do partido de André Ventura contagiou todos ou quase todos os que foram chamados a enfrentá-lo nas eleições de 10 de Março, começando logo por Pedro Nuno Santos. Era preciso, explicaram-nos, entender as razões da sua “revolta”, do seu justo desencanto com a política e o estado do país, de igual forma que a mesma compreensão, e até rendição, era necessária para com a revolta do braço armado do Chega — os polícias de camisas negras, a cantar o hino como patriotas de excepção e a ameaçar um motim público, todavia juntando à solidariedade óbvia de Ventura também a do Bloco de Esquerda ou de comentadores como Daniel Oliveira. Até parece que não perceberam o que têm pela frente: não se trata só de combater ideias “racistas e xenófobas”, como repetem preguiçosamente (e, como se viu, sem sucesso), mas de tentar deter uma onda galopante de demagogia desenfreada e populismo de taberna que tornará o país ingovernável e, por arrasto, a democracia indefesa.
Quando oiço os dirigentes políticos da democracia falarem do Chega, percebo até que ponto é restrita a liberdade de pensamento de quem faz da política a sua profissão e da necessidade de ganhar votos a sua sobrevivência. De quem, como Pinto Luz, precisa de namorar todos os eleitores, incluindo aqueles que os desprezam. Eles não podem dizer, nem sequer murmurando, aquilo que salta à vista, que é o inimigo a enfrentar: não André Ventura, que lançou a semente à terra e a rega e aduba inteligentemente, mas sim os que o seguem como a um Messias. Quem já viu desfilar na TV brasileira os inúmeros canais das Igrejas Evangélicas (que já têm também representantes na bancada parlamentar do Chega) não ignora as semelhanças: o problema não são os “sacerdotes” e “bispos” daquelas confrarias de bandidos da fé, mas sim o “rebanho” de descamisados sem causa, de alienados à mercê de aldrabões de feira.
O problema, meus caros senhores, não é André Ventura, o único verdadeiro dirigente da confraria: o problema é mesmo o povo, o povo do Chega.
Divido esse povo em duas categorias: os mal informados e os mal formados. Os mal formados são os tais racistas por doença mental, xenófobos por nacionalismo pacóvio e saudosistas do Estado Novo por conforto pessoal — são a minoria, os “intelectuais” do partido. Os mal informados, a grande maioria, são uma amálgama entre aqueles que, ignorando tudo sobre o estado do mundo, que confundem com as “verdades” que lhes debita o algoritmo das redes sociais a eles destinado, acham que Portugal só não é um país triunfante entre todos porque “eles”, os que nos governam, são corruptos e inimigos do povo; e, por outro lado, aqueles que sempre existiram e que representam o Portugal no seu pior: os maledicentes profissionais de café, os intriguistas, os invejosos, os frustrados, os falhados, os que nunca reconhecem o mérito alheio nem aceitam o mérito como critério na sua actividade — a grande coligação dos medíocres. Esses confundem democracia com prosperidade e preferem sempre o seu bem-estar pessoal à liberdade colectiva e individual. Esses — não todos, mas a maior parte — precisam que apareça alguém a dizer-lhes que o seu mal-estar nunca é culpa própria, mas “deles”, e que lhes explique que a frase de Kennedy deve ser lida ao contrário: “Pergunta o que o teu país pode fazer por ti.” Porque não se informam, ignoram tudo sobre a conjuntura internacional e pensam que só por mau governo e má vontade é que Portugal não é um oásis de prosperidade. Porque não pagam impostos nem se preocupam com a despesa ou a dívida do Estado, acreditam nos milagres económicos, tão evidentes e tão simples, que Ventura lhes propõe como alternativa. Porque não são livres, não se importam de viver na dependência e, porque não são sérios na sua forma de estar, não gostam de ver os imigrantes estrangeiros na “sua” terra, mesmo a fazer os trabalhos que eles não querem fazer e que o tal “sistema” que tanto odeiam os subsidia para não terem de fazer — ao contrário do que os seus pais e avós fizeram outrora, sem desfalecimento, durante a “prosperidade” do salazarismo, naquelas comunidades de emigrantes cujos descendentes agora, vá-se lá saber porquê, também deliram com o Chega, porque estão “revoltados”.
Revoltados? Revolta é uma coisa séria, isto não o é. Sim, há sobejas razões de revolta: uma globalização que ajudou os miseráveis mas desprotegeu os simplesmente fracos ou pobres; um capitalismo que desregulou o mercado, capitulando perante os grandes interesses e corporações; uma cultura woke levada ao extremo da idiotice que agride e afasta multidões de gente simples; uma geração de líderes sem rasgo nem coragem, com medo de dizer as verdades e de fazer opções claras — aliás, muito aterrorizados por um populismo que não sabem ou não querem enfrentar em campo aberto. Mas essa revolta, para ser séria, não pode alimentar-se da ignorância, da demagogia e do triunfo da mediocridade.
Não, eu não tenho a menor vontade de acarinhar os votantes do Chega, sejam eles quantos forem. Quem deve ser acarinhado são os outros: os que votam na democracia, os que acreditam na liberdade como primeiro valor da vida colectiva, os que não querem depender nem esperar por milagres ou embustes prometidos mas abrir caminho por si, pelo seu esforço, o seu trabalho, a sua criatividade, a sua contribuição para a sociedade. Os 80% que não votaram no Chega. Esses é que têm de ser acarinhados, apoiados, empurrados para cima, para que não fiquem apeados por falta de oportunidades, enquanto se gastam atenções e recursos com os inúteis sentados nos cafés a dizer mal do “sistema”, só porque desta vez descobriram as virtudes do sufrágio universal e lá se dignaram levantar o cu da cadeira e ir votar na alternativa do Dr. Ventura.
Não é um combate fácil, mas, sobretudo, tem de ser travado e tem de ser ganho — não dando tréguas na luta das ideias, no desmascaramento das mentiras e na exposição do embuste. E governando bem, governando a pensar no país e não no partido, privilegiando não quem mais exige mas quem mais retribui, não quem mais grita e tem mais palco mas quem mais produz, mais inova e mais arrisca. Acordando no que é essencial em cada momento e discordando no que é diferente, mas, acima de tudo, não tendo medo de contrapor sempre a verdade e os factos contra a demagogia e o facilitismo de dizer ao povo o que o povo quer ouvir e não o que o povo precisa de ouvir.
Cito e subscrevo aquilo que Francisco Mendes da Silva escreveu no “Público” há 15 dias: “O tal povo ‘esquecido’ que vota em Ventura é muito mais ouvido do que se pensa. Determina muito mais do que se julga as prioridades mediáticas do país.” Isto é um facto, e a imprensa também tem muitas responsabilidades no assunto. Esta nossa doentia tendência para dar sempre mais voz e mais importância a quem mais berra ou desfila pelas ruas a cantar o hino tem como contrapartida o esquecimento de todos os outros. E os outros são os 80% que não votaram no Chega ou os 50% que pagam IRS. Só num país desnorteado é que a prioridade são aqueles e não estes. Olhemos para cima e para a frente, não para trás ou para baixo. Deixem que o diga com todas as letras: aquela senhora que eu vi na televisão a dizer que ela, a filha e a neta desta vez tinham decidido ir votar e todas tinham votado no Chega, para “ver se as coisas melhoram”, não me inspira compreensão alguma — apenas desprezo. Vai fazer 50 anos que a senhora só podia votar em eleições de fantochada e aposto que não estava melhor na vida.»
«O líder do CDS, Nuno Melo, vai integrar o novo Governo liderado por Luís Montenegro, tal como os sociais-democratas Joaquim Miranda Sarmento, Pedro Reis, Miguel Pinto Luz e António Leitão Amaro, sabe a CNN Portugal.»
"Ao apresentar Francisco Assis como candidato à Presidência da Assembleia da República, depois de um acordo furado entre o PSD e o Chega, o PS tinha conseguido que a pressão ficasse onde tinha de estar: nos dois partidos que assumiram ter uma maioria e depois se desentenderam.
Mas, apesar da pressão estar sobre o Chega, foi o PS que não a aguentou. Chamado a resolver os problemas a Montenegro quando Ventura lhe falha, era evidente que assumiria o papel de “adulto na sala”, como o discurso político pueril gosta de dizer, amarrando-se ao papel que já se percebeu que terá. Se tem agora, quando não está em causa nada de fundamental para os cidadãos, imaginem quando for a sério. O que eu não esperava é que juntasse à mera desistência da sua candidatura, que ficou em primeiro duas vezes, um acordo absurdo. Se o impasse continuasse o PS acabaria por eleger José Pedro Aguiar-Branco. Não iria criar um impasse institucional. Mas teria de fazê-lo sem negociações ou moedas de troca para além, talvez, da recusa do nome de Pacheco Amorim para vice-presidente da AR. Como o PSD só fez asneira, tudo estava a favor do PS, que podia determinar os seus tempos, sem se envolver em acordos. Tinha o candidato mais votado e os argumentos que PSD e Chega lhe ofereceram de borla. Mas não se limitou a retirar a pressão sobre o Chega ao fim de 24 horas. Foi muito mais longe, achando que estava a conquistar alguma coisa: firmou, do ponto de vista simbólico, um acordo de bloco central para uma legislatura. Isto depois do PSD o ter ignorado, ter preferido falar com o Chega e ainda ter acusado o PS de convergir com Ventura.
Sem mérito do PS, o PSD deu-lhe uma oportunidade rara e o PS não aguentou 24 horas de pressão. Este era um momento pouco importante para a vida das pessoas, mas vai a determinando o padrão do que vai acontecer. E o que vai acontecer é isto: quando o Chega saltar fora (e é o que fará sempre que sentir que o PS pode estar a ganhar a liderança da oposição), o PSD chama o PS, como plano B, e amarra-o. Este foi o teste. Nos outros vai ser pior, porque estarão em causa a continuação do governo e questões relevantes para a vida das pessoas. O que quer dizer que, se o padrão de ontem se repetir, o PS nunca conseguirá fazer oposição.
Porque é que este acordo é pior do que seria a simples cedência, com abandono da candidatura? Porque é uma fraude prática e uma tragédia simbólica.
Na prática, o PS fica com a presidência da Assembleia da República na segunda parte do mandato que só os muito otimistas acreditam virá a acontecer. Ou o PS acredita que esta legislatura dura até ao fim, ou está satisfeito porque partilhou um queijo suíço e ficou com os buracos.
Do ponto de vista simbólico, a imagem dos dois partidos do “sistema” a chegarem a um acordo para partilharem uma cadeira é, nas águas onde o Chega pesca, perfeita. É acompanharem a campanha digital desenvolvida pelas suas figuras mais populares nas redes – que os media desconhecem – para perceber como a bolha vive uma realidade paralela à dos seus potenciais apoiantes. Não há acordo que dê menor dignidade institucional ao “bloco central” do que este. A presidência rotativa (que não nasce de qualquer tradição europeia, mas como solução de emergência) é o melhor que o Chega poderia ambicionar desta novela. Como bónus, a traição não lhe valeu o voto do PSD no seu vice-presidente, o que prova que o objetivo preferencial de Montenegro, depois do desastre, era prender o PS, não era entalar o Chega.
Teria sido francamente melhor o PS limitar-se a deixar passar o nome, sem exigências vazias e simbolicamente prejudiciais. Na prática daria no mesmo e não passaria a pior imagem. E o PS nem sequer exigiu o afastamento de Pacheco Amorim da vice-presidência, aceitando que o PSD mantenha o apoio ao vice do Chega no preciso momento em que vai bater à sua porta para o salvar de uma traição do Chega.
O PSD percebeu que o PS não aguenta 24 horas de pressão, mesmo quando o jogo é a feijões. Sabe que só tem de o prender à “responsabilidade” de o suportar e de entregar a oposição ao Chega, preparando o caminho para o voto útil pela democracia na AD. Apesar do enorme dano na sua imagem, o PSD teve uma vitória que parece uma derrota – tem o PS mais amarrado. O PS tem uma derrota que parece uma vitória – perdeu autonomia, em vez de a ganhar. E o Chega tem os dois tão junto como os queria.
No fim, temos uma situação caricata: BE, PCP e Livre apoiaram o PS na sua candidatura à Presidência da Assembleia da República, sem falharem com um voto; o PS saltou disso para um acordo com o PSD depois do PSD ter feito um acordo com Chega que correu mal; e, apesar disto, o PSD manteve o voto no vice-presidente proposto pelo Chega depois deste lhe roer a corda. É como se existisse um respeito institucional gradativo que vai indo da esquerda para a direita. Não se pode criticar quem mais ganha com ele.
Resta esperar que Aguiar-Branco, que teria sido eleito à primeira se a liderança do PSD não se tivesse revelado tão incompetente, seja bom presidente numa AR que promete ser a mais difícil de sempre."
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"Carlos Moedas queria dar projecto de 5 milhões a um amigo, através de um protocolo com uma associação, sem concurso público."
Que o amigo tenha sido o mandatário nacional do IL, deve ter sido mera coincidência.
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