quarta-feira, 27 de março de 2024

Adivinha-se mais instabilidade no PSD, o partido que está a governar

Vamos ter eleições na Madeira... Para Miguel Albuquerque não existem linhas vermelhas...
Imagem via CNN
"Se acontecerem a 26 de maio, será no mesmo dia que vai arrancar a campanha para as eleições Europeias e a duas semanas destas acontecerem. De acordo com o Diário de Notícias da Madeira, o Presidente da República deverá assinar decreto ainda esta quarta-feira."

Eventos relacionados com as artes e a sustentabilidade vão ser promovidos na Figueira pelo movimento cívico Somos

 Diário as Beiras

O falhanço da eleição de Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República...

Foi isto, não foi?"
Quem se deita com palhaços  (com todo o respeito pelos verdadeiros palhaços), sujeita-se a acordar no meio de um circo...
Rui Rocha, presidente da IL: "aquilo a que estamos a assistir hoje é vermos a democracia portuguesa, o parlamento português, refém de um irresponsável. Esse irresponsável chama-se André Ventura, uma criança grande de 43 anos a fazer uma birra"
Compreendo que, "para qualquer pai, deve ser difícil lidar com isto."
Rui Rocha, pode ter alguma razão. Mas, esse não é o verdadeiro problema.
O problema é outro. E Ventura, pode ser mimado, mas não é nenhuma criança. Sabe o que anda a fazer: "o seu objectivo é chegar ao pote"
Citando Filpe Tourais: "quem irá capitalizar os 3 mil  e tal milhões em votos será o PSD, no Governo. Na oposição, o PS limitar-se-á a tentar minimizar estragos não se opondo, mas demorará o seu tempo a esquecer a obstinação anterior. Estratégia eleitoral pura e dura de ambos.  O consenso apenas vai ao encontro das reivindicações mais mediatizadas. O entendimento está a levar o Chega ao desespero. André Ventura imitou Pedro Nuno Santos para se infiltrar no mesmo consenso estratégico, ao mesmo tempo que se vai desdobrando num espectáculo de pedinchices de cargos no futuro Governo. Ninguém lhe faz caso. 
E assim estamos.  Todos trabalham afincadamente para o resultado das próximas eleições. A época de caça ao voto começou antes mesmo do primeiríssimo dia de governação laranja."

terça-feira, 26 de março de 2024

A estrada das Valadas vai ser requalificada para vir a ser uma alternativa

Via Diário as Beiras: «...  “a ponte faz parte da Eurovelo 1”, projeto da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC). Assim sendo, e uma vez retomado o projeto inicial, que integrava a empreitada global da ecopista, terá de ser aquela associação de municípios a voltar a assumir as suas responsabilidades, advogou. “Temos de fazer este acerto de contas”, defendeu Santana Lopes.

Objectivo conseguido

"Reduzir os impostos à lá IL. Aumentar as despesas públicas à lá PCP e BE. E, ao mesmo tempo, reduzir a despesa pública à lá Mário Centeno."

"O importante era chegar ao pote, o resto logo se vê"...

segunda-feira, 25 de março de 2024

Os 52 anos do Hospital Distrital da Figueira da Foz, localizado em São Pedro

 Via Diário as Beiras

A revolução continua a ser vista como positiva por uma maioria da população

 Via jornal Público

"Os portugueses fazem uma avaliação maioritariamente positiva do 25 de Abril de 1974, mas não há uma camada de população que olhe tão favoravelmente para as consequências da revolução como a dos jovens. Desafiados a reflectir sobre como é que aquele dia deve ficar assinalado na história, 73% das pessoas com idades entre os 16 e os 34 anos responderam num inquérito que foi um evento com consequências “mais positivas do que negativas”. Esta opinião não é tão alargada noutros grupos etários. À distância de 50 anos, a revolução continua a ser vista como positiva por uma maioria da população. Se a saúde e a educação são consideradas conquistas, a corrupção é um problema sério por resolver."

Capitania do Porto da Figueira da Foz alerta para o agravamento da agitação marítima entre hoje e sábado: ondas podem atingir os seis metros de altura

O mar vai estar fortemente agitado na Figueira da Foz, a partir da madrugada de hoje e até à madrugada do próximo dia 30 de março (sábado), alerta em comunicado a Capitania do Porto local. 
Segundo a Autoridade Marítima Nacional, “recomenda-se o reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas nos portos e marinas, das que se encontram nos fundeadouros previstos para a área de jurisdição da Figueira da Foz, bem como, evitar passeios perto da zona de rebentação, nas praias, nos molhes, esporões e outras zonas de pedra e rocha junto à orla costeira”. Alerta ainda para a “necessidade de precaver a proteção dos bares e restaurantes, que estarão mais vulneráveis no caso de se verificarem galgamentos, prestando especial atenção ao período da preia-mar de 26 a 29 de março (terça-feira a sexta-feira). É vital ter presente que, nestas condições, o mar poderá alcançar zonas que, aparentemente, parecem seguras”
A Capitania do Porto da Figueira da Foz chama a atenção para a previsão de ondulação de oeste/noroeste, que apresentará um período entre os 11 e 16 segundos, o que significa que transportará bastante energia e que poderá atingir os seis metros de altura durante os dias 26 e 28 de março (terça a quinta-feira), nas alturas de maior pico. À agitação marítima, irão associar-se ventos fortes, que soprarão no início do período de noroeste, rodando a partir do dia 27 de março (quarta-feira) para sudoeste, cujas rajadas poderão atingir velocidades de 70 km/h, nos dias 27 e 28 de março (quarta e quinta-feira). 
Devido a este agravamento, devem ser consideradas medidas de prevenção por todos aqueles que se encontram ou possam frequentar as áreas junto à orla costeira. O acesso à barra do Porto da Figueira da Foz irá sofrer condicionamentos tendo em vista a segurança das embarcações e dos seus tripulantes.
Fica o alerta a toda a população.

domingo, 24 de março de 2024

Para reflectir...

«Mas há alguém de bom senso que ache que o melhor caminho para Portugal é o que resulta de uma negociação entre o PSD e o Chega?»

Luís Aguiar-ConrariaProfessor de Economia na Universidade do Minho, no Expresso, via Delito de Opinião

"limpar Portugal"

 Imagem via Observador

- quadro de honra

«De tudo um pouco: corrupção, dívidas ao Estado, falsas presenças como deputado, violência doméstica, violência na rua, calúnias... São os deputados do partido que diz que vem limpar o país. Citando Miguel Szymanski, a propósito do resultado das eleições: "Há pessoas que, de tanto se sentirem enganadas, de tanto se indignarem com as óbvias falhas do sistema e a sistemática impunidade dos seus agentes, querem agora ser burladas à grande, à séria, aos berros, à antiga portuguesa."»

sábado, 23 de março de 2024

Marcelo Rebelo de Sousa: “sem justiça confiável não há democracia”

Foto MIGUEL A. LOPES/LUSA, via jornal Público

Mercado do Duque vem substituir feira medieval

 Via Diário as Beiras

Afinal, andávamos bastante enganados

Rui Bebiano, no Diário As Beiras de 23/3/2024

«Por muitos anos, os setores em todo o mundo associados à extrema-direita permaneceram herdeiros, nos campos ideológico e programático, dos velhos fascismos. Em Portugal, durante décadas, apenas os saudosistas do salazarismo, os declarados nazis, os racistas de cabeça rapada e os nostálgicos do colonialismo – que, pensávamos nós, democratas, se limitavam a uns escassos milhares, a maioria de idade avançada ou pouco inteligente – perturbavam acidentalmente a vida democrática, não representando um perigo real e consistente. De boa parte, aliás, se ia encarregando a justiça, sempre que cometiam crimes de sangue ou dirigidos contra o Estado de direito e a tranquilidade pública. 

Após os últimos resultados eleitorais começámos a compreender que, na verdade, elas eram muitas mais, ainda que se mantivessem geralmente invisíveis. Declarações prestadas ao diário «Público» por Vicente Valentim, cientista político da Universidade de Oxford, adiantaram algo muito objetivo para explicar isto: «“A explicação que dou, e que é corroborada por um conjunto de dados de muitas fontes diferentes [a nível europeu], é que muitas pessoas que agora votam na direita radical já tinham este tipo de ideias em privado.” O que acontecia antes era que tinham receio de uma sanção social por as expressarem.» Este constrangimento ruiu perante um conjunto de fatores.

O principal foi, no campo do extremismo de direita, a substituição pelo populismo dos velhos fascismos, ainda herdeiros dos nacionalismos afirmados no decorrer do século XIX. Até aos anos cinquenta, o termo ainda continha algumas conotações positivas, relacionadas com o surgimento de movimentos que tinham o «povo» como sujeito, segundo uma herança hoje reivindicada pelo minoritário populismo de esquerda: para Ernesto Laclau, por exemplo, este é encarado como uma lógica discursiva em que determinadas reivindicações orientam um movimento popular vindo «de baixo» em oposição a uma elite social parasitária.  A partir do final dos anos 90, porém, e mais ainda neste século, ganhou uma outra conotação, que lhe retira a lógica emancipatória.

O populismo de extrema-direita confunde o que chama elites com os representantes do sistema político democrático, apresentando-se a si mesmo como «pura» e a eles como inapelavelmente corruptos, oportunistas e irreformáveis. O seu combate – sem qualquer apoio de um sistema coerente de ideias e proclamando falar em nome do «homem comum» e das «gentes» – visa instalar no poder setores empenhados numa profunda regressão no domínio dos direitos humanos, da justiça social e do papel moderador e protetor do Estado. Hipervaloriza ainda um patriotismo isolacionista, associado a formas de xenofobia e de racismo, das quais fazem parte o preconceito e o ódio lançados sobre as tão necessárias comunidades imigrantes.

Traduzida agora na escolha de boa parte do eleitorado português, esta tendência, recorrendo a algumas insatisfações, aproveitando dificuldades de resposta do sistema e servindo-se de rebuscadas formas de mentira e de desinformação, não caiu, de facto, do céu. Existem no meio de nós, desde há largos anos, muitos saudosos de um passado que não conheceram, capazes desses sentimentos tão negativos e que abominam a democracia. A respeito da sua presença e impacto andávamos bastante enganados, mas agora já não os podemos ignorar.»

sexta-feira, 22 de março de 2024