"Sobe para 36 o número de hospitais com urgências limitadas na próxima semana.
Entre os dias 19 e 25 deste mês, dos 80 pontos de urgência que existem no país, quase metade vai ter constrangimentos. Segundo a deliberação da Direcção Executiva do SNS (DE-SNS), divulgada nesta sexta-feira, são 37 os serviços de urgência – um deles num centro de saúde – que apresentarão limitações em diversas especialidades, entre as quais ginecologia/obstetrícia, pediatria, cirurgia geral, mas também na resposta de algumas Vias Verdes."sábado, 18 de novembro de 2023
PS Figueira: as coisas, apesar de uma aparência de normalidade, parecem não serem fáceis de gerir... (2)
Reagindo às declarações da vereadora Glória Pinto, publicadas ontem no DIÁRIO AS BEIRAS, a Concelhia da Figueira da Foz do PS, em nota de imprensa, manifesta “apoio e total confiança política na direção da vereação do PS”, liderada por Diana Rodrigues.
Na nota de imprensa que publicamos na íntegra, "a Concelhia do PS da Figueira da Foz, manifesta o completo e inequívoco repúdio pelo teor das declarações da vereadora Glória Pinto, que só se compreendem num quadro de tentativa de denegrir a imagem do PS, contrárias à ética partidária e às necessidades de coesão que a governabilidade do projeto municipal exigem".
Abençoadas eleições....
Convém, talvez, é esperar sentados... Ou se preferirem em inglês: "don’t hold your breath"...
O PSD vai resolver o problema dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde quando se alçar ao poder, e o militante Jorge Roque da Cunha, e dirigente sindical vitalício, vai deixar de convocar greves na tradição de que quando o partido em que milita é Governo a coisa é para deixar andar;
O PSD vai resolver o problema de toda t-o-d-a a administração pública quando se alçar ao poder; o PSD vai aumentar as pensões abaixo do salário mínimo quando se alçar ao poder; o PSD vai resolver o problema das forças de segurança quando se alçar ao poder;
O PSD vai fazer isto tudo e ainda baixar os impostos e fazer tudo aquilo que sempre disse que não fazia quando foi Governo e de caminho diminuir a dívida pública e manter as contas certas.
O problema é que ninguém, dos professores ao médicos passando pelos polícias e enfermeiros e forças armadas e administração pública em geral quer esperar sentada pela chegada do PSD ao poder para lhes resolver os problemas e quer a coisa já para ontem, ainda com os socialistas mesmo com o Governo demissionário. Se calhar por haver uma diferença entre fé e fezada."
Aquisição do Cabo Mondego pela Câmara da Figueira da Foz novamente adiada
«A falta de respostas a questões contratuais levou hoje o município da Figueira da Foz a adiar, mais uma vez, a aquisição do cabo Mondego, cujo negócio está acertado por 2,1 milhões de euros.
“Enviámos uma alteração para a advogada dos vendedores relacionada com as cláusulas do contrato, que ainda não respondeu”, justificou aos jornalistas o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, no final da sessão de Câmara de hoje.
Salientando que se mantém o interesse do município na aquisição, o autarca eleito pelo movimento “Figueira a Primeira” disse que falta acertar com a promitente vendedora o prazo “findo o qual as questões que estão por regularizar têm de estar prontas”.
“Propusemos seis meses, que pode ser prorrogado por mais seis, se houver acordo das duas partes. A partir daí pode haver a obrigação de efetuar escritura ou de indemnização de quem estiver em falta”, explicou.
Depois de vários meses “adormecido”, o assunto voltou no início do mês à ordem de trabalhos da autarquia, que tinha adiado [novamente] a decisão para hoje, depois do presidente da Câmara ter aceitado que o contrato de compra e venda inclua um prazo para o negócio se efetivar, já que a promitente vendedora ainda tem de regularizar o registo dos bens imóveis, depois dos reparos do PS.
O município da Figueira da Foz tem desde 2022 um acordo para a aquisição de 76 hectares no Cabo Mondego, por 2,1 milhões de euros, que inclui antigas instalações fabris, uma pedreira e terrenos.
O negócio já esteve várias vezes agendado, mas como o executivo de Santana Lopes era minoritário nunca chegou a ser votado devido a várias dúvidas levantadas pela oposição, que estava em maioria.
No início de junho, o antigo primeiro-ministro garantiu maioria no executivo com um acordo com PSD nacional e Ricardo Silva, único vereador social-democrata na Câmara da Figueira da Foz.
Na última sessão, no dia 3 de novembro, os vereadores da oposição (PS) manifestaram-se a favor da compra e afastaram qualquer responsabilidade no atraso do processo de aquisição, salientando que pretendem votar “em consciência e com certezas”.»
sexta-feira, 17 de novembro de 2023
A nossa crise política explicada às crianças
Desventuras do jornalismo
Os directos uma arma agressiva do jornalismo televisivo
«João Galamba, a mulher e os filhos tiveram de avançar a custo por entre milícias de repórteres. O que sentiram naquele momento aquelas crianças?» (...)
«Mas sob esta forma de violência, há outra que é invisível. Refiro-me à violência exercida sobre os jornalistas, os repórteres que ficam com um microfone na mão, durante horas, à espera de um acontecimento que, mesmo que aconteça, não é acontecimento nenhum, à espera de que um gesto ou uma palavra insignificantes se transformem em notícia igualmente insignificante.
Estes “proletários” do jornalismo têm com certeza consciência da sua condição profissional e do trabalho sujo ou pelo menos inócuo a que estão obrigados. Por isso, devemos pensar que abominam esse trabalho e que o sentem como uma corveia ou mesmo como uma coisa indigna. Os que assim não pensam nem sentem, os que se atropelam sem reserva à porta da casa do ministro, quando este tenta entrar com a mulher e as crianças, são desprovidos da faculdade mais indispensável à sua profissão: o espírito crítico. Em contraste com esta forçada proletarização (que é uma característica fundamental de todo o campo do jornalismo, não apenas o da televisão), está a condição privilegiada da classe do editorialismo, que tem uma função de entretenimento e goza da prerrogativa da autonomia. Esta classe que administra lições contra o populismo é a maior aliada do tecnopopulismo que prospera mais do que nunca nos momentos de crise política».
"O parágrafo assassino"...
Certamente que algum dia iremos saber o que aconteceu no palácio de Belém no dia 7 de Novembro de 2023, entre as dez e meia da manhã, hora da saída de António Costa, e o meio-dia e vinte, hora da saída de Lucília Gago, 50 minutos depois de ter entrado para falar com Marcelo.
Entretanto, vão-se sabendo algumas coisas avulsas.
Continua em curso o processo de "normalização" do Chega...
Tivemos fake news, mandadas cirurgicamente para a comunicação social, propaladas e aumentadas pelos comentadores, o Rocha e o Ventura com presença quase constante nos écrans a gritar histericamente e a exigir demissões sobre demisssões, pois segundo eles tudo era expectável, a esquerda não passa de uma cambada...
Afinal, depois de dezenas de polícias terem invadido a casa de pessoas, esmiuçarem as gavetas, prendê-las, aparecerem na opinião pública pormenores ridículos e desnecessários (o caso do haxixe em casa de Galamba é anedótico), até agora, o que sobrou, foi o derrube de um governo de maioria absoluta.
Acham isto normal?
Eu não.
E, sim, também não gosto desta governação de maioria absoluta PS, como não gosto do Costa, do Galamba, do Cordeiro, da Mariana, da Abrunhosa, etc.
Mas, isso é outro departamento...
E, neste momento, o animal que há em mim, está exaurido."
Vamos sair disto pior do que entrámos. E não entrámos bem...
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
“Portugal é um país onde as desigualdades estão a crescer de uma forma muito rápida”
O GANHO MÉDIO ANUAL EM PORTUGAL ESTÁ MUITO ABAIXO DO GANHO MÉDIO NA U.E. E NA ZONA EURO E DE MUITOS PAÍSES EUROPEUS. COM O PASSAR DOS ANOS A SITUAÇÃO NO LUGAR DE CONVERGIR TEM DIVERGIDO AINDA MAIS.
"Portugal é um país onde as desigualdades estão a crescer de uma forma muito rápida causando um aumento enorme da pobreza, o empobrecimento da classe média, e o enriquecimento crescente de uma minoria. Estas desigualdades são ainda agravadas pela degradação crescente do SNS e da Escola Pública que são dois instrumentos fundamentais no combate às desigualdades. Apesar dos enormes(auto) elogios à politica das “contas certas”, o governo do PS/Costa deixa um país com uma economia frágil a caminho da recessão (-0,2% no 3ºT.2023), com uma taxa de investimento, nomeadamente publico, muito baixa e inferior à média da U.E., com uma Administração Pública degradada e sem meios, e incapaz de responder aos desafios que o país enfrenta; um país de baixos salários e de baixos custos de mão de obra muito inferiores à média dos países da U.E., Portugal um país baseado em atividades de baixa produtividade."
Tanto anti-sistema também já chateava...
Nasceu para a política no PSD. Depois, fundou um partido com quadros vindos do CDS. Tem, entre os principais doadores, membros das famílias Mello e Champalimaud. Reúne-se em hotéis de luxo com milionários. Agora, a julgar por aquilo que é noticiado pelo Expresso, a cereja em cima do bolo: vai renovar o Parlamento com quadros vindos do PS e do PSD.
O líder do Chega afirmou em conferência de imprensa na sede do partido que estava pronto para governar o país, mesmo que, para isso, ele próprio ficasse de fora do Executivo por exigência do Presidente da República.
Questionado sobre se teria quadros para preencher tantos assentos parlamentares, o líder do Chega garantiu que sim: tem “muitos” que vieram do CDS, garantiu, e uma maioria que chega ao partido vinda do PSD e do PS – “os que governaram este país nos últimos 50 anos”, lembrou, desta vez como argumento para atestar a competência da governação.
Foto Paulo Novais |
A situação no médio oriente tem mais cenários...
Como habitualmente, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, foi o anfitrião e moderador. "O leque de palestrantes - Diana Soller; Luís Tomé e Paulo Sande - foi composto por oradores cuja formação/ experiência profissional se reflete em torno da vertente política internacional."
Na edição de hoje do Diário as Beiras, pode ler-se que «Luís Tomé frisou que “Israel é imparável”. Nem os Estados Unidos conseguem convencer o Governo israelita a parar a guerra enquanto não destruir a capacidade militar e política do Hamas.»
Por sua vez, a investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais, Diana Soller, proferiu esta afirmação: “Israel está disponível para perder alguns reféns”.
Acerca da duração do conflito, Paulo Sande, o outro participante na sessão, sustentou que “pode acabar com uma vitória rápida de Israel”.
Como sabemos, a violência gera violência.
Citando o escritor Eduardo Galeano (1940-2015), num artigo dedicado aos seus amigos judeus, assassinados pelas ditaduras militares latino-americanas que Israel assessorou: "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?"
"Para se justificar, o terrorismo de Estado Israel fabrica terroristas: semeia ódio e colhe álibis. Tudo indica que essa carnificina de Gaza, que, segundo os seus autores, pretende acabar com os terroristas, logrará multiplicá-los. Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, as suas terras, a sua água, a sua liberdade, o seu tudo. Nem sequer têm direito de eleger seus governantes. Quando votam em quem não se deve votar, são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma ratoeira sem saída desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições de 2006. Algo parecido ocorreu em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições em El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem. São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com nenhuma pontaria sobre as terras que haviam sido palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E, ao desespero, ao ponto mesmo da loucura suicida, é a mãe de todas as bravatas a que nega o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto as muito eficazes guerras de extermínio estão negando, há anos, o direito de existência da Palestina. Já resta pouca Palestina. Israel a está apagando do mapa.
Os colonos invadem e, atrás deles, os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam o despojo, em legítima defesa. Não há guerra agressiva que não diga ser uma guerra defensiva. Hitler invadiu a Polónia para evitar que a Polónia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel traga outro pedaço da Palestina e os almoços seguem. O devoramento justifica-se pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu e pelo pânico que geram os palestinos que observam.
Israel é um país que jamais cumpre as recomendações e as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que zomba das leis internacionais. É também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros. Quem lhes deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com a qual Israel está executando a matança de Gaza?
O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe quem mata. Não mata por erro. Mata para causar horror. Às vítimas civis, chamam de danos colaterais, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez danos colaterais, três são crianças. E somam-se aos milhares os multilados, vítimas da tecnologia de despedaçamento humano que a indústria militar está ensaiando exitosamente nesta operação de limpeza étnica.
A chamada comunidade internacional existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e belicistas? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos se atribuem quando fazem teatro? Ante a tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial vem à luz uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.
Ante a tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E, como sempre, os países europeus esfregam as mãos.
A velha Europa, tão capaz de beleza como de perversidade, derrama uma ou outra lágrima enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caça aos judeus sempre foi um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue, uma conta alheia. Merecem."
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
ELEIÇÕES E BY PASS
Via Sos Cabedelo
"O Big Shot de areia está no Orçamento de Estado 2024 e o Bypass está na Proposta de Lei nº109/XV/2º.
Ambos serão discutidos e votados até ao fim de Novembro.
Será que o atual Ministro do Ambiente vai inscrever o Bypass no Orçamento de Estado 2024 ou no pacote das promessas eleitorais?
Na Proposta de Lei nº109/XV/2º pode ler-se: "O projeto Alimentação artificial de praia no troço costeiro a sul da Figueira da Foz (Cova Gala - Costa de Lavos), através da deposição de areias a dragar da zona frontal à praia da Figueira da Foz [...] concorre para o mesmo objectivo da transposição sedimentar da barra da Figueira da Foz e confere a oportunidade para a implementação do sistema fixo - Bypass. O aprofundamento e recuo na praia da Figueira da Foz previstos no projeto de alimentação artificial, fundamentais à segurança da navegabilidade na Barra, só perdurarão com a implementação de um sistema de transferências permanente que o sistema fixo assegura. A construção do sistema fixo terá que ser feita de forma articulada com o projeto Alimentação artificial de praia no troço costeiro a sul da Figueira da Foz (Cova Gala - Costa de Lavos) atendendo às dragagens e recuo da praia previstos na zona de influência da “área de reserva para implementação de Bypass”, inscrita no Plano de Intervenção na Praia de Buarcos/Figueira da Foz (PP 25) [...] A construção do pontão para o sistema fixo deverá ser feita, tanto quanto possível, sobre o areal, antes do aprofundamento das dragagens e recuo da praia previstos no projeto da alimentação artificial, evitando as dificuldades inerentes à construção sobre o mar."
Fiem-se na virgem ...
Nada como um dia depois do outro
"Veio a terça-feira, depois a quarta, e por aí fora. Há uma semana que o Partido Socialista é massacrado diariamente nas televisões, sendo apresentado como um partido dirigido por gente desonesta. Desta vez a ação do Ministério Público derrubou um Governo, acabou com uma maioria absoluta e dissolveu a Assembleia da República. Em apenas quatro horas a vontade popular livremente expressa nas urnas foi substituída pela decisão de realizar novas eleições. E, no entanto, o conselho dos estrategas do partido é que a luta é contra a direita, não contra o sistema judiciário. A caminho do cadafalso, os lábios dos socialistas entoam cânticos de confiança na Justiça. Esplêndido."