Em devido tempo, tudo foi avisado, tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra... (continuação...)
A razão nasce da emoção: por isso somos gente...
E saíu este texto.
Pobreza e desigualdades aumentaram nos últimos anos em Portugal
A pobreza intergeracional pode ser mais abrangente em Portugal do que mostram números oficiais.
O estudo de Eugénio Rosa diz "que há mais pobres do que se diz".
“A pobreza e as desigualdades continuam a crescer em Portugal: em 2020 o número de pobres aumentou para 1.894.663, os trabalhadores com emprego na pobreza eram já 539.179 e, entre 2020 e 2021, a taxa de risco de pobreza ou exclusão social subiu de 20% para 22,4% com as desigualdades a aumentarem”.
De acordo com o economista, segundo o INE, em 2020 o limiar da pobreza era de 6653 euros, mas se dividirmos esse valor por 14 meses, obtém-se apenas 475,2 euros por mês. “Em 2020, se uma família – trabalhadora, reformada, etc. – tiver um rendimento superior a 475,2 euros por mês (considerando 14 meses) já não é considerada pelo INE como estando em risco de pobreza. Mesmo que seja apenas por mais dois ou três euros”, acrescentando que “por aqui se vê a relatividade e a pouca consistência de muitos dados oficiais que aparecem na comunicação social como verdades absolutas e inquestionáveis”.
E vai mais longe: como o limiar da pobreza corresponde a 60% da mediana do rendimento das famílias então conclui que, em 2020, a mediana era de 792 euros (14 meses). Isto ignifica, segundo Eugénio Rosa, que em 2020, metade das famílias portuguesasas tinha um rendimento mensal inferior àquele valor e outra metade superior .
“Não é de estranhar a enorme pobreza que continua a existir no país”.
PENSIONISTAS E TRABALHADORES AFETADOS
De acordo com o mesmo estudo, em 2020, após o pagamento de pensões, 2.368.329 portugueses, mais 115.638 do que em 2019, viviam numa situação de pobreza.“E os apoios sociais, tão criticados pela extrema-direita e também por Rui Rio, com o argumento de que alimentam muitos portugueses que não querem trabalhar retiram da pobreza extrema 473.666 portugueses. Em 2020, após todas as transferências sociais (pensões e todo o tipo de apoios sociais) ainda 1.894.663 viviam na pobreza no nosso país segundo o próprio INE. E num ano apenas, entre 2019 e 2020, o seu número aumentou em 228.289 (+13,7%), o que revela um crescimento rápido da pobreza no nosso país”, salienta.
O cenário não é mais animador para quem trabalha. Em 2020, 539.179 trabalhadores com emprego estavam na situação de pobreza, o que no seu entender, revela que “o emprego não significa sempre que não se seja pobre em Portugal devido aos baixíssimos salários que auferem”. Também de acordo com o economista, o desemprego é uma causa importante da pobreza. Em 2020, 46,5% dos desempregados (278.256) viviam abaixo de limiar da pobreza. E isto porque apenas 40 em cada 100 desempregados efetivos recebiam subsídio de desemprego.
E chama ainda a atenção para o facto de a pobreza não se distribuir de forma uniforme no país. “A distribuição da pobreza é muito desigual sendo muito menor na Área Metropolitana de Lisboa (16,9% da população em 2021) e muito maior na Região Autónoma da Madeira, 28,9% da população já estava na pobreza em 2021”.
domingo, 9 de janeiro de 2022
Um maneira alegre e bem disposta de começar um domingo...
Erosão costeira: há zonas da costa onde o mar avançou 43 metros
"ENTRE COVA-GALA E LAVOS: De acordo com dados sobre taxas de recuo entre 2018 e 2021, obtidos pelo JN junto da APA, o maior, de 42,5 metros, ocorreu nesse troço."
sábado, 8 de janeiro de 2022
Cadáver deu à praia esta manhã frente ao Campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala
O INEM ainda esteve no local, mas nada havia a fazer. |
Depois do INEM ter ido embora, a Polícia Marítima esteve no local até à retirada do cadáver |
Texto Diário as Beiras
Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, o corpo foi encontrado por uma residente da freguesia por volta das 09H30, durante uma caminhada pelo areal da praia. De imediato, alertou dois populares que se encontravam nas imediações, que depois chamaram as autoridades.
No local estiveram elementos da Polícia Marítima e dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, que procederam à remoção do corpo, depois transportado para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, em Coimbra, para autópsia."
O início de 2022 continua possante em factos políticos na Figueira...
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
Subsidiodepente é quem precisa do RSI para o soundbyte
"Não há volta a dar: quando se aperta o cerco deixam-se de fora pessoas que precisam de ajuda.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...
Via Diário de Coimbra
Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
Esta nossa barra, ai esta nossa barra!..
Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...
Santana: o protocolo caiu porque, depois de assinado, previa um prazo de seis meses para entrar no município um processo de licenciamento, que “não foi cumprido, nem pouco mais ou menos”...
«“A análise dos serviços jurídicos da Câmara confirma que esse contrato cessou, deixou de estar em vigor, e, portanto, o município está desvinculado do compromisso que existia”, anunciou Pedro Santana Lopes, numa comunicação áudio aos jornalistas.
“Foi entregue um pedido de informação prévia que é uma pergunta sobre a viabilidade de levar para a frente um determinado projeto e o licenciamento, de facto, nunca chegou a entrar e já lá vão quase dois anos, quando estava previsto seis meses”, sustentou.
No entanto, acrescentou, a posição do município “é de tentar encontrar uma solução por acordo, dando por adquirido este pressuposto: o contrato cessou, para que o IEFP tenha condições para trabalhar na Figueira da Foz”.
“Já tive ocasião de transmitir aos responsáveis dessa nossa disponibilidade para encontrar uma solução que agrade também ao IEFP, mas que salvaguarde os direitos do município”, adiantou Santana Lopes.
O presidente do município salientou ainda que já teve ocasião de deixar expresso, nomeadamente nas sessões de Câmara, que a opção tomada no passado não merece o seu “aplauso e assentimento”.
“Se fosse eu, esse acordo não teria sido assinado para ceder aquele espaço”, vincou o autarca, referindo que “se o contrato tivesse de ser respeitado seria respeitado e procuraria trabalhar de outro modo para conseguir outro tipo de acordo com o IEFP”.
A responsabilidade do acordo não ter sido cumprido “não é nossa e não é do município da Figueira da Foz”, sublinhou Santana Lopes, que vê naquele espaço a solução ideal para instalar um polo de ensino superior, no âmbito de uma parceria com a Universidade de Coimbra.»
Da série, Santana a cumprir promessas de Carlos Monteiro...
Via Diário as Beiras
Nota de rodapé.