sexta-feira, 26 de novembro de 2021
ACeS e autarquia ponderam soluções para aumentar capacidade de resposta da vacinação...
Via Diário as Beiras |
Passaram 8 dias. Ninguém, até ao momento (26/11/2021, pelas 11 horas e 50 minutos) me comunicou nada.
Logo que a agenda o permita, Santana Lopes "vai protagonizar um vídeo de promoção do comércio tradicional local"
Um assunto para a agenda da reunião Santana Lopes/António Costa, quando o primeiro-ministro, a convite do presidente da câmara, se deslocar à nossa cidade: “A Figueira da Foz tem de ser a capital do mar”
“Queremos que os assuntos se resolvam por quem tem capacidade para decidir”, disse Santana Lopes, no período antes da ordem do dia da reunião na Câmara Municipal, em que foi aprovado um voto de pesar pela morte de quatro pescadores desportivos ocorrida no sábado anterior na Figueira da Foz.
Santana Lopes não quer que "as coisas aconteçam, o tempo ande e nada se resolva", pelo que considera "essencial" que o primeiro-ministro "conheça os assuntos da Figueira da Foz".
No dia 17 de Outubro deste ano, no grande auditório do CAE, cheio que nem ovo, para assistir à tomada de posse dos novos órgão autárquicos, Pedro Santana Lopes, o novo presidente do município, afirmou que “as pessoas têm de saber que quando quiserem estudar, investigar e tratar de assuntos do mar o melhor sítio em Portugal é a Figueira da Foz”.
Presumo que o Dr. Pedro Santana Lopes, com o competente staff que tem não deve desconhecer que o Governo vai investir 87 milhões de euros na economia do mar e à Figueira não vai tocar nada.
Via Governo de Portugal. Para ler melhor clicar na imagem. |
O Ministro destacou que o investimento para o Hub Azul permite criar infraestruturas «para desenvolver as grandes tecnologias e promover a ligação entre as academias e as indústrias e os empreendedores em contextos da biotecnologia azul, das energias oceânicas, robótica submarina, das engenharias, construção naval».
Ricardo Serrão Santos acrescentou que o investimento visa «potenciar o setor da transformação do pescado e a biotecnologia» e promover uma maior ligação entre a investigação científica e as indústrias do setor.
«Vão ser centros de produção de produtos na parte da biotecnologia azul, para aumentar o número de patentes nacionais», disse.
O Hub Azul, Rede de Infraestruturas para a Economia Azul, vai ter infraestruturas (novas e existentes) costeiras com acesso à água, laboratórios e zonas de teste, locais para prototipagem, scale-up pré e industrial e espaço de incubação e alavancagem de empresas, criando uma plataforma física e virtual em rede para dinamizar a bioeconomia azul e outras áreas emergentes da economia do mar descarbonizante em Portugal e na Europa.
O Hub Azul vai ter ainda uma «estreita ligação às universidades nacionais, principalmente às escolas com formação superior direcionada para o mar, e aos centros de formação profissional do mar»."
Todos sabemos que, desta vez, o antigo presidente do PSD, ex-secretário de Estado e ex-primeiro-ministro, prometeu três mandatos, o máximo permitido por lei. Porém, para quem quer uma Figueira da Foz “na frente, liderante”, o tempo começou a contar.
Para “a Figueira da Foz ser a capital do mar, liderar na investigação e na ciência, e, por isso, fazer nascer entre a Costa de Lavos e a Gala um centro de investigação em ciências do mar”, dada a fortíssima concorrência (por exemplo de Aveiro) penso ser um assunto fundamental para a reunião que certamente irá haver na Figueira, entre o presidente da câmara e o primeiro-ministro António Costa.
"O Bloco de Esquerda da Figueira da Foz opõe-se à decisão camarária de apoiar a realização de uma prova do Campeonato do Mundo de Motonáutica na Figueira da Foz"
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
O património da economia dominante
Ana Santos, via Ladrões de Bicicletas
"Chamo a atenção para um pequeno livro, publicado em 2020, sobre “a economia dos ativos” (The Asset Economy). O seu principal objeto é a acumulação de património imobiliário que a ilustração da capa sinaliza.
Trata-se de um livro de divulgação e de fácil leitura. Aborda um dos temas mais centrais das economias políticas contemporâneas: a propriedade imobiliária e o seu papel na reprodução de desigualdades sociais. Apresenta-se como uma crítica ao Capital no século XXI de Piketty, por este ter negligenciado esta relevante dimensão das desigualdades na sua análise e propõe uma nova abordagem à análise das classes sociais que leve em conta o património imobiliário.
Esta forma de economia resulta de um conjunto de políticas de pendor neoliberal altamente favorável para os proprietários. Destaca-se a política monetária centrada no controlo da inflação, isto é, dos preços dos bens de consumo, ao mesmo tempo que se tolera o crescimento exponencial dos preços dos ativos e os seus efeitos desestabilizadores. A habitação tem sido central nestes desenvolvimentos já que é o principal ativo detido pelas famílias, sendo crescentemente cobiçado por investidores institucionais, devido à sua tendência de valorização (aspeto não abordado pelos autores).
A habitação está no centro do agravamento das desigualdades por diversas vias. A compra de casa própria a crédito tem sido feita à custa de modos de provisão coletivos. O resultado tem sido o crescimento da propriedade privada entre os segmentos que puderam beneficiar de linhas de crédito bonificado e aliciantes incentivos fiscais, o que desencadeou o aumento continuado dos seus preços ainda que com oscilações. Os excluídos do mercado imobiliário viram-se ainda excluídos da provisão pública, com a privatização da habitação pública (sobretudo nos países anglo-saxónicos entre outros) ou na ausência de outras políticas (o nosso caso).
O agudizar das desigualdades habitacionais significa que o custo das crises do capitalismo – económicas, financeiras, de saúde pública ou ambientais – são crescentemente suportados pelos que ficaram excluídos do acesso à propriedade imobiliária em valorização. Ao contrário dos proprietários, com e sem hipoteca, a sua dependência dos rendimentos do trabalho cada vez mais precário não os protege da inflação das rendas dos mercados liberalizados (a parte do rendimento salarial transferida para os proprietários com o pagamento das rendas é maior do que a que é transferida para os bancos com o pagamento das hipotecas), não dispõem de rendimentos prediais, nem de colateral para aceder a crédito em condições mais favoráveis.
Ainda que os autores não o explicitem, a implicação desta análise é profundamente radical. Se o Estado Providência está a dar lugar a uma espécie de economia de bem-estar patrimonial (asset-based welfare), assente na acumulação privada de ativos com vista à extração de rendimento durante e após a vida ativa, então as relações de propriedade têm de voltar estar no centro das preocupações, dado o seu papel na ampliação das desigualdades sociais."
"Uma data querida da direita"
Santana Lopes e António Costa
Via Campeão das Províncias
Imagem sacada daqui |
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
A iluminação de Natal é aquilo que acontece uma vez por ano para lembrar aos figueirenses que a vida podia ser bem pior...
A cerimónia, simbólica, vai contar com um momento musical.
Mais do mesmo, ou será que é desta?..
Lembram-se quando a Câmara da Figueira da Foz tinha em curso um conjunto de diligências destinadas a promover a reabilitação da Lagoa da Vela?..
Lembro ao vereador Manuel Domingues que a autarquia figueirense, em 18 Novembro de 2019, aguardava a abertura de candidaturas a fundos remanescentes do Portugal 2020 para proceder ao desassoreamento e à revitalização do espelho de água, devendo representar um investimento que rondará os dois milhões de euros.
A Figueira não é uma cidade com sorte?...
Imagem via Diário as Beiras |
Remodelado em 2005, o jardim municipal e a zona envolvente estão ser alvo de requalificação.
Em Junho de 2020, a Câmara da Figueira da Foz lançou o segundo concurso para a requalificação do jardim municipal e ruas envolventes. O preço base foi de 1,3 milhões de euros.
Recordo: estávamos em 2020.
2. "Os 300 mil euros em Março de 2019 passaram a 800 mil em Julho do mesmo ano.
4. Seis meses decorridos, em Junho de 2020, a Câmara da Figueira da Foz lançou o segundo concurso para a requalificação do jardim municipal e ruas envolventes. O preço base foi de 1,3 milhões de euros.
terça-feira, 23 de novembro de 2021
Este País não é para poderosos fracos: "poderoso é Salgado", disse Rendeiro...
Rendeiro, que segundo Marques Mendes, "se portou como um verdadeiro patife", pede indulto. Ou está a gozar ou não tem a menor noção. “Se há pessoa que não merece indulto presidencial nenhum é ele”. É o próprio que continua a fazer arrastar o processo judicial. |
O antigo banqueiro João Rendeiro, que segundo disse na mesma entrevista, faz uma vida normal no local onde se encontra e que vive do seu trabalho, assumiu ter fugido de Portugal em finais de Setembro.
Nessa entrevista, afirmou ainda que pretende processar o Estado português num tribunal internacional, por atrasos na justiça. “Um dos meus processos tem mais de 14 anos”, queixa-se Rendeiro.
O ex-banqueiro diz que está iminente a entrada da acção que se presume será interposta no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e adianta que pedirá uma indemnização na ordem dos 30 milhões de euros, um valor muito distante das habituais compensações decretadas neste tipo de processo que não costumam ultrapassar os milhares de euros.
“Se [a indemnização] for concedida será doada”, garantiu Rendeiro que também se queixou da falta de equidade da justiça portuguesa.
O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) reafirmou que o que motivou a decisão de não regressar a Portugal, onde acabaria por ser preso para cumprir a primeira das três condenações a que já foi sujeito, foi “o direito de resistência perante uma justiça injusta”.
E comparando-se com o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, protestou: “É uma pessoa protegida pelo sistema.”
Questionado sobre um eventual regresso a Portugal, disse não ver “nenhum cenário” onde tal pudesse acontecer, para logo precisar: “Ou não havia uma condenação ou havendo teria que existir um indulto presidencial”.
Portugal é uma comédia. O Presidente da República já respondeu com ironia, dizendo que “nesta altura, em Novembro, já é tarde” para o ex-banqueiro solicitar indulto.
Depois, contra mim me expresso: preocupa-me a falta de patriotismo dos reformados.
Os reformados deviam praticar passivamente aquela ginástica no estômago a que alguns (mal formados) chamam fome.
Para quê e porquê precisa Portugal de reformados?
O Governo devia demitir essa corja de mandraços que só servem para fazer despesa pública e desequilibrar as contas do Estado.
Era assim, fácil e de uma uma penada, que se resolviam os problemas financeiros todos do país.
Não é com a justiça a perseguir empreendedores da estirpe de João Rendeiro que um País pode avançar.
Deixem-se de eufemismos, cenários virtuais de grandes negociatas prós amigalhaços.
Vejam a realidade. Reparem, mas reparem bem neste exemplo de João Rendeiro.
Nega estar no Belize e diz que faz uma vida normal como tinha em Lisboa ou Cascais e vive do seu trabalho.
“Esta semana fui convidado para fazer a montagem financeira de um projecto de 500 milhões de dólares.”
Já viram o que o País está a perder em criação de riqueza, com esta fuga à justiça?