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domingo, 2 de maio de 2021
Alguém sabe quanto é que custou o edifício sede da Junta de Freguesia de S. Pedro construído de raiz no mandato autárquico de 1986/1989?
Um tema que deveria fazer pensar os figueirenses...
ODEMIRA DO NOSSO DESCONTENTAMENTO.
Em Odemira, os empresários agrícolas queixam-se que os portugueses fazem demasiadas exigências e não querem trabalhar. A opção foi empregar tailandeses, que não se importam de viver em contentores. Isso, infelizmente, não acontece só em Odemira...
"Há uma certa opinião que gosta de fazer troça da esquerda em relação a alguns dos seus referenciais de análise social.
Em particular, acha sempre que é preconceito ideológico quando a esquerda diz que, no contexto de uma sociedade capitalista, as assimetrias de poder na esfera da produção se tendem a estender muito para lá desse domínio, estando presente em várias instituições que enquadram e sustentam por essas mesmas relações de produção. Isto é, por outras palavras, que o capital reproduz o poder que tem na esfera da produção de valor para outros domínios da sociedade, como a geração de conhecimento, a justiça ou a comunicação social.
Os que duvidam talvez queiram tomar como exemplo de análise o que está acontecer com a cobertura noticiosa da cerca sanitária nas freguesias do concelho de Odemira.
Há vários anos que é sabido que milhares de trabalhadores migrantes do sudeste asiático são "importados" por agrários da nova agricultura intensiva que cobre de estufas o Sudoeste alentejano sem que isso provocasse qualquer escândalo.
Quantos minutos de telejornal foram despendidos a denunciar as situações de abuso laboral nessas explorações e as condições de trabalho e habitação abaixo dos níveis da dignidade? Quantas vezes a Ordem dos Advogados, que vem agora a público vociferar contra a requisição de alojamentos privados para acolher os trabalhadores em isolamento, levantou a voz para denunciar as óbvias violação da lei no âmbito da saúde e segurança no trabalho? Quantas reportagens houve a dar eco à população local, que há muito denuncia que o aumento da população não tem tradução no aumento das infraestruturas e serviços públicos? Quantas vezes se tentou chegar à fala com os migrantes que trabalhavam nessas explorações? Quantas vezes se pôs em causa o modelo ambiental e laboral em que esta agricultura assenta? A resposta é poucas. Poucas ou nenhumas.
Agora comparem com o circo mediático instalado em torno de uma minoria de proprietários privados que acham um atentado que a sua propriedade possa ser mobilizada por um curto espaço de tempo para fazer face a uma emergência de saúde pública e de direitos humanos. Quanto minutos de telejornal já foram gastos a ouvir os advogados dos proprietários? Quantos minutos de reportagem ouvimos de pessoas a lamentar o impacto que isto terá na produção dessas explorações? Muitos, demasiados.
Esta linha editorial não é um acaso. Um país ignorou que dezenas de milhares de trabalhadores viviam em condições sub-humanas num país cujo partido no poder se orgulha de apresentar como de esquerda, porque elas não têm poder. São trabalhadores agrícolas, migrantes, que mal falam português. São o último elo na cadeia da exploração. Aqueles que os proprietários rurais vão buscar quando já não encontram quem cá se submeta ás condições que oferecem.
Pelo contrário, os poucos proprietários de imóveis e donos das propriedades agrícolas fazem parte de uma minoria, com recursos económicos, que se senta à mesa do poder, que conhecem sempre alguém que tem o contacto "daquele jornalista".
Não é acaso. É poder. E é também a vergonhosa prova de que as autoridades e o governo deste país estão dispostos a fechar os olhos a violações de direitos humanos para salvaguardar o interesse privado até que elas ponham em causa a saúde pública dos seus ou os direitos de propriedade."
Liberdade de expressão
No máximo, é ninguém me incomodar por aquilo que aqui escreva.
A liberdade de expressão não é eu ser dono dum canal de televisão, duma estação de rádio ou dum jornal.
A minha liberdade de expressão depende mim. Portanto, está garantida.
Os media, não conseguem ser independentes, nomeadamente do poder económico.
Estão condicionados. E não vejo como poderão deixar de sê-lo tão cedo.
sábado, 1 de maio de 2021
A degradação figueirense
Contudo, a Figueira não foi sempre assim. Muito menos, teria que ser assim.
Deixámos a emergência, mas estamos em calamidade
Tinha 20 anos de idade.
Na verdura e ingenuidade dos meus 20 anos, acreditei na democracia e nos figueirenses.
Não acreditaram que podiam ter tido um papel a desempenhar no que ao que lhes dizia directamente respeito.
Porque não foram interventivos. Porque não acreditarm neles e na sua capacidade. Porque são comodistas.
Mas isto não está para brincadeiras.
Na Figueira, ou mudamos de estilo ou rebentamos de vez.
Portanto: pelo sim pelo não, temos de acordar e tomar o destino nas nossas mãos.
Temos de fazer as nossas escolhas, sabendo que as nossas escolhas mais do que importantes, são fundamentais na definição da Figueira que queremos para o que resta do século XXI e mais além.
A maioria dos figueirenses desistiu de pensar, para deixar-se manobrar por quem tem planos de dominação absoluta.
sexta-feira, 30 de abril de 2021
Fim da guerra do Vietname aconteceu há 46 anos
Via Entre as brumas da memória
"No dia 30 de Abril de 1975, a rendição de Saigão (actual Ho Chi Minh) pôs fim à Guerra do Vietname que durou quase duas décadas e se saldou, como se sabe, por uma estrondosa derrota dos norte-americanos.
E a Figueira?...
A Ponte 516 Arouca, apontada pelos seus construtores como a maior do mundo entre as pedonais suspensas, abre nesta quinta-feira a residentes do concelho e na segunda-feira ao público em geral, sempre mediante aquisição prévia do bilhete na Internet.
Santana já é candidato à Câmara?..
Monteiro, é nome de político na Figueira...
Buarcos e São Julião, Freguesia, tem um membro do executivo que é Monteiro...
No passado dia 24 de abril de 2021, teve lugar a eleição da nova a Concelhia do Bloco de Esquerda da Figueira da Foz à qual concorreu uma única lista.
Alegre sai em defesa de Cravinho. Declarações de Constança foram “um insulto”
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Santana Lopes anda por aí "em estilo low profile"...
Imagem via Campeão das Províncias |
Não é difícil de pressentir, para não escrever mesmo prever, o que viria depois de uma segunda putativa aventura autárquica de Santana Lopes na Figueira. Não há nisto nada de novo. Os acontecimentos, nomeadamente, o descuido da exigência do rigor na análise da pré-campanha autárquica em curso, não augura nada de bom.
E isto não é nenhuma farpa. É apenas uma constatação, baseada na memória de quem acompanhou, com alguma atenção, o desempenho autárquico de Santana Lopes na cidade da Figueira, entre 1997 e 2001.
Recordo os devaneios, do seu comportamento político algo inconstante e da necessidade telúrica e febril de ser apaparicado e ovacionado. Penso que há algo de especial e nostálgico: o sentido do messiânico com que julga que os figueirenses continuam a julgá-lo imbuído.
Santana sempre teve uma relação especial - algo psicótica - com a política. A maneira como se posiciona é sui generis: coloca de lado a racionalidade e faz emergir o seu lado emotivo.
Para Santana, toda a abordagem do poder é sempre apaixonada, efémera e superficial. Esvai-se, qual chama intensa mas de escassa duração. Santana usa o poder como D. Juan usava a alcova: numa busca de si próprio, como alguém que deseja ver-se num espelho de múltiplos reflexos e nunca se vê. Esta paixão - narcísica e egocêntrica - exclui o outro, quando o outro se afirma enquanto tal.
Aqui, pode pode haver problema. Esta forma de liderar, porque ignora os limites - a forma como endividou a autarquia figueirense, entre 1997 e 2001, é disso prova - pode ser perigosa.
Depois a propaganda e a manipulação, pode atingir uma carga avassaladora para atingir o seu objectivo. Ai de quem se oponha: quem tiver de ser cilindrado, será cilindrado.
«Liberé, égalité, fraternité». Foi longo o caminho...
29 de Abril de 1945, foi o dia em as francesas votaram pela primeira vez.
«Em França, foi só há 76 anos que as mulheres exerceram pela primeira vez o direito de voto. Em eleições municipais, 87 anos depois dos homens.