Lido aqui.
Citando um Amigo: "
Citando um Amigo: "
Via Figueira na Hora
"Este ano foram acrescentadas iluminações nas freguesias, na fachada do Mercado Eng. Silva, na Rua das Tamargueiras e rotundas adjacentes e na fachada da Câmara Municipal. Desta forma, as localizações previstas para as iluminações decorativas de natal são:Lido aqui.
De vez em quando, sou abordado por leitores deste meu espaço, que me perguntam porque é que não publico um livro com uma antologia de textos aqui dados à estampa.
Como pesssoa livre e de bons costumes, que pautou toda a sua vida em defesa da liberdade de não ficar a dever favores a ninguém, sou um teso do caraças.
Lembro que Carlos Santos Silva só há um: o amigo de Sócrates e mais nenhum...
Mesmo que haja por aí alguém que tenha o número do amigo do Sócrates escusa de mo tentar dar, pois seria perder tempo.
Vão lendo o OUTRA MARGEM na blogoesfera, que está cada vez mais forte na irritação e na azia que causa nos podres poderes figueirenses dos arranjinhos e dos tachinhos para pagar favores.
A Figueira, infelizmente, não é excepção. O que se passa na Figueira é a regra. E é desta regra que Portugal tem vindo a ser construído até chegarmos ao momento presente. Foi isto que o 25 de Abril construiu.
E o futuro próximo - que é o que me resta viver - não vai ser melhor.
A Figueira convive mal com os desafios colocados pelo rigor e pelo trabalho.
Convive perfeitamente com o desenrascanço, que passa pelo percurso mais directo e mais fácil. Há sempre um atalho, uma cunha, uma facilidade, quiçá um envelope...
Parece que não há problemas nem dificuldades. E os que porventura teimarem em aparecer são “empurrados com a barriga”. Há sempre um milagre para encontrar a solução.
Estamos sob o mando dos “chico-espertos” e dos dotados de imunidade aos valores, o que lhes permite estarem por cima neste desgraçado lodaçal que é a Figueira em Novembro de 2020.
Muitos dos que os elegeram vêm nestes lideres a sua própria imagem. Revêem-se neles. Não vêm nada de censurável na sua conduta. Se lá estivessem fariam como os que lá estão. Safavam-se.
Somos um povo que se está a especializar na arte do “desenrascanço”.
Pela minha parte, se querem continuar a ler o OUTRA MARGEM, tem de ser mesmo na blogoesfera.
Que cabeça a minha: agora o estacionamento pago já não é explorado pela Figueira Parque, como acontecia em 2017, por acaso ano de eleições autárquicas...
Entretanto, aconteceu a privatização...
Não passa pela cabeça de um branco português dizer "eu até tenho amigos brancos", pois não encontra nesse facto nada de "anormal" a registar, não encontra qualquer diferenciação entre si próprio e os outros brancos que justifique assinalar publicamente tal ocorrência.
Quando um branco começa a dizer que até (e esta palavra "até" sublinha a singularidade do facto) tem amigos de outras raças está a discriminar, está a separar um agregado em particular da unidade grupal que constituem todos os seus amigos, está a diferenciar esse conjunto de indivíduos não por serem melhores ou piores amigos, não por serem constantes ou ausentes do quotidiano desse círculo de camaradagem, não por serem de maior ou menor confiança. Eles são catalogados e separados do grupo de amigos do branco português apenas por terem uma cor de pele diferente. Isto é puro racismo.
Esta discriminação também abrange outros tipos de preconceitos étnicos bem como atitudes homofóbicas, xenófobas e, mesmo, políticas.
A declaração "eu até tenho amigos gays" é frequentemente ouvida sair da boca de homofóbicos. "Eu dou-me bem com ciganos" ou "nada tenho contra os judeus" são braços da mesma raiz de ódio e preconceito.
Até antirracistas e antixenófobos alimentam-se da mesma planta moral dos racistas para resolver debates políticos anticomunistas quando disparam o fatal "eu até tenho amigos comunistas", "tu és um comunista diferente dos outros" ou, pior, "o meu pai até foi comunista, mas...". Farto-me de ouvir isto...
Há neste tipo de frases um inevitável tom condescendente e paternalista, uma assunção de superioridade assassina do equilíbrio da relação entre os interlocutores destes diálogos.
Esta é a mesma caridade classista das senhoras de sociedade que dizem às outras que se dão com "gente do povo", que frisam o gosto em lidar com "pessoas simples" e que concluem encontrar ali a "autenticidade" em falta nos círculos da alta burguesia.
Esta é a parte mais horrível do racismo, pois está diretamente ligada ao alimento geracional da estratificação social em exploradores e explorados, é um dos pilares do edifício da injustiça social.
Este racismo do branco português é aliás ridículo e um tiro no pé. Se for para os Estados Unidos da América, o branco português deixa de ser branco, passa a ser classificado como hispânico ou latino e está sujeito a ouvir da boca de um americano branco a frase assassina: "eu até tenho amigos latinos." De condição de explorador passa, num instante, à condição de explorado.
Finalmente, o racismo escondido atrás da frase "eu até tenho amigos pretos" é perigoso porque tenta ilibar o racista do seu racismo: mais do que desculpabilizar, procura-se justificar, racionalizar, defender. O autor desta frase, subliminarmente, afirma nada ter contra as pessoas com a pele de cor negra e, por nada ter contra elas, a sua argumentação e os insultos que profere não podem ser racistas e, por isso, são racionalizações, análises e pensamentos razoáveis, justos e objetivos.
A frase "eu até tenho amigos pretos" é um instrumento de propaganda racista construída para convencer pessoas não racistas a apoiar ideias racistas. Isto é perigoso.»
Via Pedro Tadeu
Via SOS CABEDELO.
Prolongamento do enrocamento na raíz do molhe.
Na sequência da reunião promovida pelo vereador Miguel Babo com o SOS Cabedelo e o Sr. Presidente Carlos Monteiro, e da Reunião de Câmara de 04-05-2020, conforme ata que se segue, aguardamos com expectativa pela revisão do projeto com o novo enrocamento, em conformidade com os mesmos alinhamentos e geometria do enrocamento existente, evitando descontinuidades com impacto negativo na segurança dos banhistas e na qualidade da onda do Cabedelo.
A duna mais junto ao mar adquire o seu perfil de equilíbrio, que embora variando ao longo do ano face à proximidade da rebentação e como tal à disponibilidade de areia na praia, mantêm-se também mais ou menos constante num dado local e permitindo assim o início da sua fixação pelas plantas.
Neste sistema dunar assim criado, à duna mais próxima ao mar chama-se “duna primária”.
Com os conhecimentos existentes sobre a criação das dunas, da sua relação dinâmica com o vento e a fragilidade das plantas estabelecidas dadas as difíceis condições de sobrevivência das mesmas nas dunas, podemos estruturar o uso potencial dos sistemas dunares fixos da seguinte forma:
• Praia – tolerante ao recreio
• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas
• Espaço interdunar – sensível, mas tolerante a certos usos recreativos e instalação de construções leves
• Duna secundária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas
• Zona pós-dunar – tolerante ao recreio e construção, tendo em conta as capacidades de carga, níveis freáticos e outros parâmetros biofísicos.
Esta é a distribuição natural das ocupações em função do valor e sensibilidade do sistema dunar. Qualquer outra situação implica sempre impactes significativos ao nível da utilização do património colectivo que esses sistemas constituem.
É preciso não esquecer a importância, cada vez maior, que as dunas, principalmente as dunas primárias, têm como “tampão natural” à violência das ondas, criando com elas um equilíbrio dinâmico – recebendo, armazenando e largando areia - que protege os usos do solo a sotavento e que implica sempre a sua conservação, bem como da duna secundária associada.
Sem este sistema e em situações de litoral “agressivo” e níveis de subida médios do mar inquestionáveis, a preservação das dunas ganha dimensões tanto estratégicas na defesa de pessoas e bens como ecológicas de defesa de um sistema sensível ás alterações que o Homem faz.
Como é que os sistemas dunares são destruídos?
As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera.
A destruição da vegetação - e é isso que está a acontecer com a intervenção desta máquina - transforma uma duna fixa numa duna móvel.
O desfecho traduz-se, quase sempre, na destruição da duna com riscos de recuo da linha de costa significativos.
Mas, como alguém já disse, estes pormenores têm a ver com quem de direito - Junta de Freguesia de S. Pedro e Câmara Municipal da Figueira - e não com um cidadão que se preocupa e está atento aos atentados ambientais.
Portanto, os "quens" de direito que actuem como é seu dever e obrigação.
O alerta está feito.
Nota de rodapé.
Esta postagem foi feita com a ajuda do que foi lido aqui.
Este cavalheiro, snob e convencido, mostra sempre um ar superior, que me causa repulsa e faz-me fazer zapping, quando aparece na pantalha televisisva. Os chamados "medias" precisam, à direita, destes "enterteiners" comediantes de feira e politiqueiros...